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UNIDADE IV TÓPICOS INTEGRADORES III ENFERMAGEM 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Tópicos Integradores III – Enfermagem: Unidade 4 Recife: Grupo Ser Educacional, 2022. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 TÓPICOS INTEGRADORES 3 ENFERMAGEM UNIDADE 4 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA .......................................................................................................... 4 ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 4 PALAVRAS DO PROFESSOR ............................................................................................................ 5 SAÚDE DO IDOSO ................................................................................................................................. 5 TEORIAS DO ENVELHECIMENTO ................................................................................................. 6 MODIFICAÇÕES DO PROCESSO DE ENVELHECER ................................................................ 9 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIAS (AVD) ...................................................................................... 10 Atividades básicas da vida diária (ABVD) ............................................................................. 10 Atividades instrumentais da vida diária (AIVD) .................................................................... 10 CAPACIDADE FUNCIONAL DA PESSOA IDOSA .................................................................... 11 AGRAVOS MAIS COMUNS NOS IDOSOS ................................................................................ 12 Demências ................................................................................................................................. 12 Osteoporose .............................................................................................................................. 13 Mal de Parkinson ...................................................................................................................... 13 Violência ..................................................................................................................................... 14 Queda .......................................................................................................................................... 14 Depressão .................................................................................................................................. 15 Incontinência urinária .............................................................................................................. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 16 4 PARA INÍCIO DE CONVERSA Caro (a) aluno (a), como vai? Que bom ver você novamente! Essa é mais uma unidade que iremos aprofundar em muito conhecimento. Seja muito bem-vindo (a)! Conto com a sua determinação e a sua garra ao longo de toda a nossa jornada de estudos! Nesta Unidade nós vamos aprender quais são as teorias que buscam explicar o processo de envelhecimento. Logo em seguida, iremos saber quais são as alterações que ocorrem no corpo da pessoa idosa. Você sabe diferenciar as modificações patológicas das modificações fisiológicas que acontecem no corpo da pessoa idosa? É muito importante você conhecê-las e assim saber, quando está instalando-se um processo de adoecimento. Além disso, iremos ver aqui as Atividades de Vida Diárias, as AVD’s e vamos também aprender quais são os principais agravos que acometem a saúde dos idosos. Vamos lá? ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA A disciplina de Tópicos Integradores de Enfermagem III é dividida em módulos. Este módulo aborda questões relacionadas ao envelhecimento populacional. O envelhecimento populacional é um tema que vem ganhando amplo enfoque no cenário mundial, tornando-se significativo, tanto do ponto de vista científico quanto o das políticas públicas conquistando vários setores das camadas sociais no desafio constante que este processo de transição estar se colocando para a sociedade (BRITO, 2013). 5 Os propósitos desta unidade são: UNIDADE IV • Saúde do Idoso; • Teorias do Envelhecimento; • Modificações do processo de envelhecer; • Atividades de vida diárias; • Capacidade Funcional da pessoa idosa; • Agravos mais comuns nos Idosos SAÚDE DO IDOSO O crescimento acelerado da população de idosos vem ocorrendo de forma contínua em todas as partes do mundo e, principalmente, no Brasil. Isso se deve às melhores condições da qualidade de vida e aos avanços tecnológicos associados com a diminuição das taxas de natalidade, que contribuíram para o um aumento significativo dessa população (BRASIL, 2006). É de extrema importância, para todos os profissionais que trabalham com o cliente idoso aprender, conhecer, compreender e diferenciar as modificações funcionais orgânicas do processo do envelhecimento, chamadas de senescência, daquelas da ação contínua do envelhecer patológico, chamada de senilidade. É preciso, principalmente, para os profissionais enfermeiros, diferenciar o normal do patológico. No entanto, isso pode ser algo complicado e difícil, pois inúmeras circunstâncias se superpõem e, portanto, não deve ser atribuindo ao processo da velhice. Não podemos e nem devemos esquecer que sintomatologias patológicas, inúmeras vezes, são plausíveis de tratamento e cura. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) estudante, este guia de estudo é bastante didático, por isso Não deixe de consultar seu livro-texto, explore as bibliografias sugeridas, acessando os links direcionados ao sites e vídeos que complementam de informações toda a temática estudada nesse módulo além de informações adicionais. Preparado (a)? Vamos começar! 6 VOCÊ SABIA? No campo dos Cuidados ao idoso, existem duas palavras que são bem utilizadas: 2006 e Gerontologia. São campos de estudos que atuam com o mesmo público, o idoso, mas possuem finalidades distintas. No geral, ambas as áreas se direcionam para a qualidade de vida e bem-estar da pessoa idosa. Profissionais que desejarem atuar com os cuidados ao idoso, devido ao constante aumento dessa população no Brasil, precisam compreender de forma mais eficaz e com medidas de intervenções resolutivas o mundo da pessoa idosa e, para isso, é necessário se especializar em geriatria e/ou em gerontologia (SBGG, 2020). É o profissional com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento (Psicologia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito etc), titulado pela SBGG, apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice, com um olhar interdisciplinar a partir da sua área original de conhecimento. A SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) confere, através de concurso, o Título de Especialista em Gerontologia. ??? Qual a atuação do profissional especialista em Gerontologia quanto: A prevenção: propor intervenções preventivas aos problemas mais comuns que afetam os idosos e orienta a criação de condições adequadas para um envelhecimento com qualidade. A ambientação: proporciona em orientações melhores condições ambientais para uma vida com qualidade na velhice, priorizando os mais variados espaços por onde circulam ou vivem pessoas idosas. A reabilitação: propõe intervenções quando ocorreram perdasque são resgatáveis e, quando irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e ambientais para uma vida digna. Aos cuidados paliativos: propõe intervenções quando ocorrem doenças progressivas e irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, com atenção estendida aos familiares, visando o maior bem-estar possível e a dignidade do idoso até a sua morte. TEORIAS DO ENVELHECIMENTO Historicamente, o ser humano tem buscado esclarecer o processo de envelhecimento, todavia, este processo apresenta-se de forma bastante peculiar e sua manifestação é variável entre os seres 7 humanos da mesma espécie e de espécies diferentes. Essa observação derivou diversas teorias sobre o envelhecimento, que apesar de divergirem quanto as correntes teóricas, partilham da mesma ideia de que no envelhecimento há perda progressiva com a idade, o consequente aumento da susceptibilidade e incidência de doenças, aumentando a probabilidade da morte (MOTA, 2004). Hipócrates (460 a 437 a.C.), considerado como o pai da medicina, foi o primeiro estudioso a abordar sobre o processo do envelhecimento, como sendo algo irreversível causado pela perda de calor do corpo (SPIRDUSO, 2005). Medvedev (1990) recenseou mais de 300 teorias desde o século XVIII em que diversos estudos apontam que o fator genético assume posição preponderante sobre o envelhecimento. No entanto, também destacam-se os fatores estocásticos como determinantes na velocidade do fenômeno do envelhecimento. Assim, as teorias sobre o envelhecimento humano podem ser operacionalmente divididas em duas categorias gerais: Teorias Genéticas: o envelhecimento é o produto das alterações bioquímicas que são programadas pelo próprio genoma, o que poderia resultar no ajustamento da expectativa de vida por meio de diferentes genes. Para Borgonovi (2007) e Torres (2002), segundo essa teoria, cada ser humano teria a continuidade da sua existência definida por padrões genéticos, o que pode ser constatado através de síndromes do envelhecimento precoce, como são a Progeria infantil ou síndrome de Hutchinson-Gilford e Progeria do adulto ou síndrome de Werner, doenças que estariam relacionadas a deficiências de enzimas controladas por genes autossômicos recessivos. Neste grupo destacamos: a Teoria da Velocidade da Vida, Teoria dos Telômeros e Teoria Imunológica. Teoria da Velocidade da Vida, enfatizamos que a mesma, sofreu várias reformulações, até ser considerada que a influência metabólica na longevidade poderá ser, parcialmente, explicada pelo aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), nos animais metabolicamente mais ativos (MOTA, 2004). Teoria dos Telômeros, outro mecanismo genético considerado, seria o encurtamento dos telômeros, como sendo o principal responsável pelo desencadeamento do envelhecimento. Os telômeros são estruturas localizadas no final dos cromossomos de células eucarióticas, e de acordo com Torres (2002), tem como principal função manter a estabilidade estrutural do cromossomo e garantir a replicação do DNA cromossomal. Segundo Cunha e Jeckel-Neto (2002), o encurtamento dos telômeros também traria como consequência perdas de informações genéticas e instabilidades genômicas no decorrer da vida. Teoria Imunológica, observa-se que a função imunológica declina-se com o avançar a idade, motivo pelo qual a hipótese básica da teoria imunológica seja a de que a redução da eficácia do sistema imune, mantido pela interação entre linfócitos e macrófagos no organismo, ao longo dos anos, tornam as 8 pessoas mais susceptíveis contra as injúrias, provocando assim, o envelhecimento. Tal teoria postula que a diminuição da resposta imune estaria relacionada ao envelhecimento do timo, órgão central no desenvolvimento e diferenciação de Linfócitos T (CUNHA; JECKEL-NETO, 2002). Teorias Estocásticas: defendem que a perda de funcionalidade está presente na maioria dos padrões de envelhecimento, sendo causada pela acumulação de lesões que se dar de forma aleatória, associadas também a ação ambiental, que juntas, provocam uma regressão fisiológica progressiva. Diversas teorias estão enquadradas neste grupo, dentre as quais se destacam a Teoria do Erro Catástrofe, Teorias das Mutações Somáticas e a Teoria do Stress Oxidativo. A Teoria do Erro Catástrofe, também chamada de Teoria do Acúmulo de Danos, afirma que a principal causa do envelhecimento se dá pela concentração de moléculas defeituosas oriundas de falhas no reparo e na síntese de moléculas intracelulares, o que resultaria na perda progressiva de algumas funções no organismo (TORRES, 2002). A Teoria das Mutações Somáticas pressupõe que ao longo dos anos, alterações que ocorrem nas células somáticas (46 cromossomos), produziriam células mutantes incapazes de cumprir suas funções biológicas, o que provocaria uma perda progressiva das funções dos órgãos e tecidos, com instalação do envelhecimento (CUNHA; JECKEL-NETO, 2002). A Teoria do Estresse Oxidativo, considera o envolvimento de Radicais Livres (RL) no fenômeno do envelhecimento, este seria o resultado da acumulação de lesões moleculares provocadas pelas reações dos RL nas células do organismo humano, o que acarretaria na perda da funcionalidade e em diversas doenças com o aumento da idade, levando à morte (MOTA, 2004). ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL Como já tínhamos definido, a gerontologia é uma área do conhecimento humano que se direciona ao estudo contínuo do envelhecimento e as suas mudanças, ao logo do tempo, nos diferentes aspectos biopsicossocial e cultural, distintamente da área geriátrica, que tem a finalidade de estudar clinicamente o idoso, tentando objetivar na prevenção e tratamento das doenças. Inúmeros estudiosos do campo da saúde do idoso deduzem cientificamente que existem cinco distintos tipos do processo de envelhecer. Acesse o seu Ambiente Virtual, e localize o livro de Saúde do Idoso nas páginas 9 e 10 e saiba mais! Bons estudos! 9 Você até agora está com um bom entendimento? Precisa de ajuda para tirar algumas dúvidas? Sinalize o seu tutor, ele vai lhe auxiliar no que for preciso! MODIFICAÇÕES DO PROCESSO DE ENVELHECER O profissional enfermeiro, no ato do cuidar da pessoa idosa, precisa se atentar para as modificações morfológicas, externas e internas, e funcionais do organismo do idoso (MINAS GERAIS, 2006). Além disso, é importante salientar que a composição e a conformação corporal também sofrerão importantes mudanças no processo do envelhecer, tais como: • O tecido adiposo (gordura) do corpo do idoso tem a tendência de aumentar com o passar da idade; • Na região do tecido subcutâneo, ou seja, situado sob a pele, geralmente, existe a diminuição das gorduras dos membros superiores e inferiores, e o aumento do tecido gorduroso no tórax e abdômen, caracterizando a chamada região gordurosa centralizada; • A quantidade hídrica no corpo do idoso reduz cerca de 15 a 20% nas regiões orgânicas intracelulares e, ao mesmo tempo, ocorre também a redução dos sais minerais e vitaminas das regiões internas e externas das células, principalmente sódio e potássio, resultando em maior susceptibilidade de complicações do organismo que estão relacionadas às diminuições de substâncias líquidas e, com isso, aumenta a dificuldade de reposição do volume hídrico perdido do corpo humano; • Existe diminuição dos componentes líquidos associado ao aumento do tecido adiposo corporal, que provavelmente poderá contribuir para as modificações do processo de absorção, atividade celular e eliminações das substâncias tóxicas na pessoa idosa; • A diminuição da proteína albumina modifica o transporte de inúmeras substâncias sanguíneas; • A atividade basal celular reduz, em média, 10% a 20% com o avanço da idade, interferindo nas necessidades calóricas diárias; • A beneficência da glicose pode se alterar, desenvolvendo conflitos para se diagnosticar determinadas patologias como, por exemplo, o diabetes melitus. VEJA O VÍDEO Prezado(a)aluno(a), agora vamos ver um vídeo sobre o que é ser idoso na perspectiva deles, dos IDOSOS! Está imperdível! São 14:49s que mostram para você sobre esse processo em uma linguagem muito simples e divertida! https://youtu.be/hJ8MB05jOOs https://youtu.be/hJ8MB05jOOs 10 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIAS (AVD) São as Atividades da vida diária e sua classificação (básicas, instrumentais e as diferentes atividades avançadas da vida diária). Todas elas englobam todas as atividades da vida cotidiana, as quais têm um valor, um significado concreto e um propósito para cada pessoa. As ocupações são centradas na identidade e nas capacidades de cada pessoa, e influem no modo de como cada um ocupa seu tempo e toma suas decisões. ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (ABVD) As Atividades básicas da vida diária são atividades diretamente relacionadas com o cuidado do próprio corpo. Quais são as Atividades básicas da vida diária? • Banho / ducha; • Controle de esfíncteres; • Vestir-se; • Comer; • Alimentação; • Mobilidade funcional; • Cuidado das ajudas técnicas pessoais; • Higiene íntima e cuidado pessoal; • Atividade sexual; • Dormir / descansar; • Higiene do banheiro / vaso sanitário. ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (AIVD) As Atividades instrumentais da vida diária são atividades relacionadas com o meio no qual se vive, e geralmente são atividades complexas. Podem ser opcionais, já que podem ser desenvolvidas por outras pessoas. Quais são as Atividades instrumentais da vida diária? • Cuidar de outras pessoas (incluindo a seleção e supervisão dos cuidadores); • Cuidar de animais de estimação; • Cuidar dos filhos; • Usar os sistemas de comunicação; • Mobilidade no entorno social; • Controle financeiro; • Cuidar e manter a saúde; 11 • Criar e manter um lar; • Preparação da comida e limpeza; • Procedimentos de segurança e respostas de emergência; • Fazer compras. CAPACIDADE FUNCIONAL DA PESSOA IDOSA Segundo Santos (2016), o termo capacidade funcional refere-se à manutenção das habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma, e se relaciona diretamente à habilidade de executar atividades de vida diária (AVD), fundamentais para a garantia da autopreservação e sobrevivência do indivíduo. A redução da capacidade funcional predispõe o idoso à dependência, quedas e institucionalização, representando fator para hospitalização e morte dos idosos longevos. A avaliação da capacidade funcional surge como um paradigma na saúde da pessoa idosa pela viabilidade de manutenção desses indivíduos ativos, independentes e autônomos por mais tempo e participando ativamente da sociedade, mesmo na existência de doenças (TOMAS, 2017). O aumento da prevalência de doenças crônicas na população mais velha é a principal causa do comprometimento da funcionalidade dentre os idosos (PARAHYBA & SIMÕES, 2006), assim como o uso de cinco ou mais medicamentos para o controle dessas doenças também está claramente relacionado ao declínio funcional (NOGUEIRA et al, 2010). Ganham importância nesse processo os eventos agudos como as fraturas associadas a episódios de queda e os acidentes vasculares encefálicos. O histórico de internações hospitalares e a institucionalização são ao mesmo tempo preditores e consequências de incapacidade funcional nessa população, entre os longevos, as limitações, os déficits motor e intelectual e as DCNT se acentuam, podendo gerar dependência de terceiros para as atividades diárias (FIEDLER & PERES, 2008). EXEMPLO Prezado (a) aluno(a), agora deixa eu te dar um exemplo de como você deve fazer para mensurar a capacidade funcional do idoso! O Índice de Barthel (MAHONEY & BARTHEL, 1965) é um instrumento amplamente utilizado no mundo na avaliação do nível de independência do sujeito para a realização das AVD, apresentando confiabilidade e validade consistentes. Permite avaliar quantitativamente o nível de dependência funcional, classificando o indivíduo em níveis funcionais (dependência total, severa, moderada, leve ou independência) para dez tarefas: alimentação, banho, vestuário, higiene pessoal, eliminações intestinais, eliminações urinárias, uso do vaso sanitário, transferência cadeira-cama, deambulação e subir e descer escadas. O somatório das pontuações gera escores variando de zero a cem (MINOSSO et al, 2010). 12 ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL O processo de mensurar ou avaliar a pessoa idosa deve investigar e inserir todos os diversos fatores (dimensões) do processo de saúde e doença. É considerada uma avalição multidimensional e deve ter como finalidade principal a definição de diagnóstico funcional global e etiológico (disfunções/doenças), bem como o planejamento e execução de um plano de cuidados. Acesse o seu livro de Cuidado Integral a Saúde do Idoso na página 20 e saiba mais! VEJA O VÍDEO Caro(a) aluno(a)! Compartilhando sobre a importância de u outro exame importantíssimo para a capacidade cognitiva foi da pessoa idosa é a partir do Mini-exame do Estado Mental – MEEM (FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUGH, 1975). O instrumento objetiva avaliar funções cognitivas específicas: orientação para o tempo, localização, registro de três palavras, atenção e cálculo, lembrança das três palavras registradas, linguagem e capacidade construtiva visual, gerando um escore que varia entre 0 e 30 pontos. No Brasil, Bertolucci et al. (1994) propuseram a utilização de pontos de corte diferenciados para o MEEM de acordo com a escolaridade, considerando o indivíduo com comprometimento cognitivo quando pontuarem: * ≤ 13 para idosos sem escolaridade, * ≤ 18 com baixa escolaridade (1 a 4 anos de estudos) e média escolaridade (4 a 8 anos de estudos) e ≤ a 26 para idosos com alta escolaridade (8 anos ou mais de estudos). Acesse o link e saiba mais! https://youtu.be/j8PnADQ3VFw AGRAVOS MAIS COMUNS NOS IDOSOS DEMÊNCIAS A demência é caracterizada pela alteração na memória, ocorrendo de maneira gradual, sem apresentar um início definitivo. Algumas mudanças no cérebro são comuns nos idosos, como redução da memória a https://youtu.be/j8PnADQ3VFw 13 curto prazo e da capacidade de aprendizagem, porém, quando ocorrem, não são necessariamente devido à demência, podendo ser apenas devido ao avançar da idade (KANE, 2015). Os idosos apresentam perda cognitiva leve, o que leva à perda da memória associada com a idade. Ainda, pode ocorrer perda da capacidade do uso da linguagem, do pensamento e alteração no humor, sem afetar a realização das tarefas diárias e influenciar a autonomia. Já os idosos com a presença da demência apresentam alterações mentais mais graves, que irão progredir com o passar do tempo. No envelhecimento normal é comum o idoso perder coisas ou esquecer os detalhes, enquanto que na demência ocorre o esquecimento por completo dos acontecimentos. Além disso, há um prejuízo na capacidade do idoso com demência de executar tarefas comuns, como cozinhar, cuidar da higiene corporal, dirigir e até mesmo realizar a administração das finanças da casa. A demência pode apresentar características semelhantes à depressão no indivíduo idoso, como redução na quantidade de alimento ingerido ou nas horas de sono. Mas, na maioria das vezes, o paciente mantém os hábitos alimentares e o padrão de sono normal até que a doença esteja em estágio avançado. Uma outra diferença é que as pessoas com depressão raramente esquecem de fatos importantes ou assuntos pessoais, enquanto que as pessoas com demência apresentam esquecimento frequente (KANE, 2015). OSTEOPOROSE A osteoporose é caracterizada por um quadro clínico em que ocorre o enfraquecimento dos ossos, ou seja, eles se tornam mais finos e frágeis. Isso é chamado perda da densidade óssea, devido a isso fica mais fácil de ocorrer fraturas. Essa patologia é mais comum entre as mulheres, mas pode ocorrer nos homens também. Na maioria dos casos ela desenvolve devido ao envelhecimento, à redução dos níveis dos hormônios sexuais e também à baixa no organismo de vitamina D ecálcio. É possível prevenir o seu aparecimento através da suplementação de vitamina D e cálcio, associado ao exercício físico, como caminhadas e musculação. Em indivíduos com osteoporose, os ossos que apresentam maior vulnerabilidade são os ossos do pulso, coluna e quadril. As fraturas podem ocorrer com quedas de própria altura ou até mesmo em batidas mais fortes, que em indivíduos saudáveis não provocaria nenhum dano. Já no indivíduo afetado com a osteoporose, ocorre a fratura (RENA, 2019). MAL DE PARKINSON O mal de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa que ocorre de maneira progressiva, afetando o cérebro e a medula espinhal. Uma das características dessa doença é o tremor que ocorre mesmo em repouso, o aumento do tônus muscular, a redução para realizar os movimentos voluntários e a instabilidade postural. A frequência na população a partir dos 40 anos de idade é de 1:250, acima dos 65 anos, sobe para 1:100 e, acima dos 80 anos de idade, fica em 1:10 pessoas afetadas, ou seja, a frequência é maior com o avançar da idade (GUYTON, 2006) 14 VIOLÊNCIA A violência é caracterizada por uma ação única ou repetida que cause ao outro sofrimento e angústia. Além disso, ela pode ocorrer em relação interpessoal que tenha expectativa de confiança, como filhos e pais, ou por outro que não tenha vínculo nenhum com a pessoa e seja apenas um prestador de serviço, como um cuidador de idoso, por exemplo (DE SOUZA MINAYO, 2017). A violência pode ocorrer de diversas formas, como: • física; • psicológica; • sexual; • exploratória; • abandono; • negligência. VISITE A PÁGINA Prezado(a) aluno (a), você sabia que além desses tipos apresentados, existem mais de 15 tipos de violência? Acesse a página abaixo e saiba mais! https://br.psicologia-online.com/tipos-de-violencia-448.html Ufa! Muita informação, não é? Você até agora está com um bom entendimento? Precisa de ajuda para tirar algumas dúvidas? Sinalize o seu tutor, ele vai lhe auxiliar no que for preciso! QUEDA A principal causa de morbidade na população idosa são as quedas. Em média, 35% dos idosos que residem em suas residências sofrem alguma queda anualmente. Já os idosos que moram em institutos de longa permanecia, a taxa de queda chega a ser de 50% de queda por ano, com cerca de 25% com ferimentos graves, como fraturas (ÁLVARES, 2010). https://br.psicologia-online.com/tipos-de-violencia-448.html 15 Após a primeira queda, é comum o medo de cair novamente pelo idoso e isso pode prejudicar a qualidade de vida dele. As principais consequências que podemos observar após a queda nos idosos são as fraturas, hematoma subdural., internações, risco de iatrogenias, incapacidade física e o risco de óbito decorrente da própria queda ou das complicações decorrentes dela. A maioria das quedas dos idosos ocorrem de forma acidental devido aos riscos ambientais e às mudanças fisiológicas que ocorrem com o avançar da idade. DEPRESSÃO A depressão é caracterizada como um transtorno mental comum. No idoso, a taxa de depressão é de 2% dos idosos em geral. De 10% a 12% daqueles que frequentam ambulatórios ou centros de saúde Em 50% dos idosos que moram em instituições de longa permanência (GULLICH, 2016). Nos idosos ainda é comum a depressão subsindrômica, que é a presença de apenas alguns sintomas da depressão nesse grupo de indivíduos. Devemos lembrar que a depressão é diferente da tristeza, pois ela é permanente por um período de semanas até anos e interfere de maneira significativa na vida social do indivíduo. Nos idosos, ela não manifesta de maneira clara, sendo na maioria das vezes confundida como um aspecto normal do envelhecimento. INCONTINÊNCIA URINÁRIA A incontinência urinária é a perda de urina involuntária em uma quantidade ou uma frequência que gera um desconforto social e problemas de saúde. Dentre as principais consequências, temos a insuficiência real infecção do trato urinário formação de ferida na região genital Além do impacto social causado pelo odor, que leva ao constrangimento, depressão e ao isolamento social do idoso. A frequência de idosos acima de 65 anos que apresentam incontinência varia de 8% a 34%, sendo que em idosos institucionalizados a taxa chega a 50% e a maior prevalência é entre as mulheres (MINAS GERAIS, 2006). VEJA O VÍDEO Caro (a) aluno(a), vamos falar sobre incontinência urinária? Você sabia que ela pode acontecer em qualquer idade? Veja quais são as causas da incontinência e muito mais nesse vídeo: https://youtu.be/SaVpv5uLEqk https://youtu.be/SaVpv5uLEqk 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÁLVARES, L.M; COSTA, R.L; SILVA, R.A. Ocorrência de quedas em idosos residentes em instituições de longa permanência em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. saúde pública, v. 26, n. 1, p. 31-40, 2010. AZEREDO, Z; MATOS, E. Grau de dependência em doentes que sofreram AVC. Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa, Lisboa, n. 3, v. 4, série 8, p.199-204, 2003. BERTOLUCCI, P.H.; BRUSCKI, S.M.; CAMPACCI, S.R.; JULIANO, Y. The MiniMental State Examination in a general population: impact of educational status. Arquivos de Neuropsiquiatria, n. 52, v. 1, p. 1-7, 1994. BORGONOVI, N.; PAPALÉO NETTO, M. Biologia e Teorias do Envelhecimento. In: PAPALÉO NETTO, M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2007, p. 44-59. BRITO, T.A.; FERNANDES, M.H.; COQUEIRO, R.S.; JESUS, C.S. Quedas e capacidade funcional em idosos longevos residentes em comunidade. Texto contexto - Enfermagem. [online]. vol. 22, n 01, p 45-5, 2013. Disponível em: https://www.scielo. br/j/tce/a/y4s3J6CnPvqpLgy985sDtZt/abstract/?lang=pt . Acesso em: 26 abr. 2022. CUNHA, G. L.; JECKEL-NETO, E. A. da. Teorias Biológicas do Envelhecimento. In: CANÇADO, F. A. X.; FREITAS, E. V.; GORZONI, M. L.; PY, L.; NERI, A. L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 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