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Donald Woods Winnicott Psicologia da Criança I Quem foi Winnicott? Quem foi Winnicott? Donald Woods Winnicott nasceu em Plymouth, na Grã- Bretanha, em 1896 Faleceu em 1971, em Londres, de problemas cardíacos Pediatra e psicanalista inglês Middlle Group na Sociedade Psicanalítica Britânica: influências kleinianas, especialmente a importância do primeiro ano de vida e a técnica do jogo A base Crença de cada um deveria buscar e definir sua própria verdade: nada é estabelecido ou absoluto Algumas ideias O nascimento do ser humano O ser humano só pode personalizar-se e conhecer-se através do outro: paradoxo Amadurecimento, e não desenvolvimento Tendência inata ao amadurecimento/integração Amadurecimento O que me impede de crescer e usufruir o fato de ser eu mesmo? O período de não-integração Mãe Pai SociedadeFamília Bebê O processo de integração Eu O processo de amadurecimento Dependência absoluta Dependência relativa Rumo à independência Dependência absoluta 0 a 6 meses, aproximadamente Não percepção do outro Modo de relação subjetiva com a realidade Início das relações objetais (subjetivas – produtos da ilusão onipotente) Adquire noções de espacialidade e temporalidade Formação de um ego corporal Do que o bebê precisa? Dependência absoluta Cuidados maternos específicos Holding (segurar ou sustentar) Handling (manejo, cuidados físicos) Confiabilidade/previsibilidade Garantir a ilusão de onipotência Manter a criança no mundo subjetivo, sem interferências do mundo externo Cuidado suficientemente bom: satisfação e frustração Capacidade de adaptação Vivências repetidas de bons cuidados maternos (holding) Construção de memórias Adquire confiança de que o objeto pode ser encontrado Tolera a ausência do objeto = capacidade de estar só EU EU SOU Inicia a concepção de realidade externa/interna e de que o mundo já existia antes do seu nascimento Surge a magia do desejo Controle do ambiente pela ilusão mágica, criativa e onipotente EU ESTOU SÓ Dependência relativa Dos 6 meses até aproximadamente 2 anos Reconhece que a mãe não está lá Descobre que há algo além de si mesmo Desenvolve a noção de eu-não eu Início do reconhecimento do ambiente Cuidados maternos específicos Emerge do estado de preocupação materna primária (estreitamento do mundo e cansaço pela extrema dependência do bebê) Pequenas falhas Início da desilusão: que só pode ocorrer a partir da capacidade para a ilusão/abandono da ilusão de onipotência Sair e poder voltar: confiabilidade no ambiente Desadaptação gradual da mãe às necessidades do bebê: Transicionalidade O objeto transicional Início dos fenômenos transicionais (8 a 10 meses) – Impulso para chegar a um objeto, capacidade de criar, inventar e reconhecer o não-eu Objeto transicional que representa o território intermediário entre o mundo subjetivo e o mundo externo O objeto transicional O bebê assume direitos sobre o objeto O objeto é afetuosamente acariciado e amado Não deve mudar nunca (só se provocada pelo bebê) Deve sobreviver ao amor e ao ódio instintivos Deve dar a impressão de proporcionar calor, se mover, ter textura, vitalidade ou realidade própria Seu destino é poder ser gradualmente desinvestido – relegado ao limbo Rumo à independência Capacidade de se defrontar com mundo Identificação com a sociedade Desenvolvimento da independência Contínuo desenvolvimento e amadurecimento