Inflação e Moeda

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CENÁRIOS ECONÔMICOS
Aula 1: Crescimento e Desenvolvimento econômico (Unidade 1);
Aula 2: Política Monetária e a Questão inflacionária (Unidade 2);
Aula 3: Política Fiscal e a Economia (Unidade 3);
Aula 4: Economia Internacional e o papel da regulação do Estado (Unidades 4 e 5).
N. GREGORY MANKIW
Embora o nível mais alto de preços seja, no longo prazo, o primeiro efeito do aumento da quantidade de moeda, no curto prazo, a situação é mais complexa e mais controversa.
O que causa a inflação?
Principais funções da moeda: 
(a) Intermediária de trocas; 
(b) Unidade de conta ou medida de valor; 
(c) Reserva de valor. 
(1) Intermediária de trocas: 
Função por excelência da moeda.
(2) Unidade de Conta ou medida de valor:
Expressa a quantidade de moeda necessária para adquirir um bem ou um serviço por meio dos seus respectivos preços.
(3) Reserva de Valor: 
Permite transportar valor ao longo do tempo.
A forma como nos organizamos economicamente está inexoravelmente ligada ao papel da moeda.
Portanto, uma economia monetária só é possível a partir da liberdade que esse intermediário de trocas proporciona.
Viceconti & Neves
Os meios de pagamento (M1) constituem o total de moeda a disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações. 
Quais os efeitos de curto prazo da injeção monetária?
✓ O aumento da quantidade de moeda na economia estimula o nível geral de consumo e, portanto, a demanda por bens e serviços.
✓ Maior contratação significa menor desemprego.
✓ O aumento da demanda pode, com o tempo, levar as empresas a elevar os preços, porém, nesse ínterim, esse aumento também incentiva as empresas a contratar mais mão de obra e a aumentar a quantidade de bens e serviços produzidos. 
Essa linha de raciocínio leva a um amplo tradeoff final na economia: um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego.
Logo, no curto prazo, muitas políticas econômicas empurram a inflação e o desemprego em direções opostas. 
Esse tradeoff de curto prazo é de grande importância para a análise do ciclo de negócios – as flutuações irregulares e imprevisíveis na atividade econômica, medidas pela produção de bens e serviços ou pelo número de pessoas empregadas.
A inflação tende a corroer o poder de compra da moeda. Logo, a perda está em termos reais e não nominais. Nesse sentido, a inflação alta impacta: 
O emprego;
A renda; e 
A economia.  
Imprevisibilidade nos negócios: Retração; ausência de novos investimentos; estagnação de novas contratações / desemprego.
Piora do bem-estar das pessoas: 
Corrosão do poder de compra; isto é; perda de renda real. 
É possível que também haja perda de renda nominal (desemprego; fechamento de determinados negócios; dificuldade para locar imóveis, etc.).
Comprometimento do crescimento do país: 
Inflação alta trava a economia; dificulta a sua evolução; faz com que o país cresça a taxas ínfimas. Nessa direção, têm-se a partir de um menor crescimento, menos emprego e menos renda.
Causas da inflação:
1) aumento na demanda; 
2) aumento, ou pressões, nos custos de produção; 
3) inércia inflacionária e expectativas de inflação; e 
4) aumento de emissão de moeda.
Inflação de demanda:
 Quando há pouca quantidade de um determinado produto que muitas pessoas querem consumir, o preço do produto tende a subir para equilibrar a oferta com a procura. 
Inflação de Custos: 
Se um produtor vê seus custos se elevarem para a fabricação de um produto, pode optar por produzir uma menor quantidade desse produto o que, por sua vez, não será suficiente para suprir a demanda de consumo.
Inflação Inercial/expectativas:
A inércia inflacionária e expectativa de inflação está relacionada ao processo em que a inflação passada gera uma expectativa de inflação futura.
Podem levar a uma retroalimentação da inflação.
AUMENTO DE EMISSÃO DE MOEDA:
No momento em que os gastos são maiores do que os arrecadamentos, em alguns casos pode ser preciso “imprimir” mais dinheiro — ou seja, emitir mais papel-moeda para acertar as contas. 
Quando isso acontece, existe um maior volume de dinheiro em circulação no mercado, mas esse volume não está associado a um aumento de produção ou geração de riqueza no país.
Dessa forma, o resultado é que com mais dinheiro circulando no mercado do que a quantidade de oferta de produtos e serviços, os preços aumentam.
Como calcular a Inflação?
A inflação não é medida por um índice único;
O principal para calcular o seu valor oficial é o IPCA;
Este indicador é chamado de amplo porque tem o objetivo de abranger 90% da população urbana no país e é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação é definida como sendo uma alta persistente e generalizada dos preços da economia. A alta de preços deve ser persistente. Assim, uma economia que apresente em um determinado semestre um crescimento de preços da ordem de 4% e que, no semestre seguinte, apresente uma queda de preços (deflação) da ordem de 2% não pode ser caracterizada como uma economia inflacionária. A alta de preços deve ser generalizada, ou seja, todos os produtos da economia devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns dos bens e serviços produzidos na economia na economia apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam redução, este fenômeno pode decorrer simplesmente do mecanismo de ajuste dos respectivos mercados em virtude de alterações da demanda ou da oferta.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez. Introdução à Economia. São Paulo: Frase Editora, 2010. 
EXERCICIO
Partindo desse entendimento, ASSINALE, dentre as opções abaixo, uma das consequências mais claras de todo processo inflacionário:
(a) O PIB em termos reais permanece estacionário.
(b) A classe trabalhadora e, em geral, aqueles que recebem rendas fixas sofrem uma perda do poder aquisitivo.
(c) A tecnologia da economia tende a mostrar rendimentos crescentes de escala (ou custo unitário decrescente).
(d) A velocidade de circulação da moeda decresce.
(e) O salário em termos nominais aumenta.
EXERCICIO
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