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<p>RESUMO AP2 ANÁLISE MACROECONÔMICA</p><p>Aula 1 - a base e o campo da macroeconomia</p><p>Ciências Econômicas concentra seus estudos nos diversos conhecimentos</p><p>relacionados direta ou indiretamente com fenômenos de produção, distribuição,</p><p>acumulação, organização e circulação de bens ou serviços. Visa, sobretudo,</p><p>torná-los mais eficientes e de maior acessibilidade à sociedade. Poderá avaliar,</p><p>ainda, questões como a determinação dos mais adequados níveis de preço, custos</p><p>e lucros para a empresa.</p><p>● Inflação, endividamento público, crescimento econômico do país, da crise</p><p>nacional ou internacional</p><p>● Emprego: Ele representa a utilização de um indivíduo como fator produtivo a</p><p>qualquer atividade de produção ou circulação de bens e serviços</p><p>● Taxa de juros: o preço do dinheiro</p><p>Observe a expressão inglesa trade-off. Ela representa, em Economia, uma</p><p>situação-dilema (ou um conflito de decisão) em que uma ação em proveito de</p><p>alguma coisa dificulta outra.</p><p>Aula 2 - o ciclo dos negócios</p><p>O Produto Interno Bruto representa a estimativa do valor de tudo que foi</p><p>produzido por um país em um dado período. Seu valor é apurado pelo somatório da</p><p>multiplicação do preço pela quantidade produzida de cada um dos bens e serviços,</p><p>que são produzidos e destinados para o consumo final</p><p>O crescimento econômico ocorre quando há algum aumento na atividade</p><p>econômica de uma região (local, regional ou nacional) em certo período, quando há</p><p>crescimento econômico, também ocorre algum crescimento no nível de emprego.</p><p>Se o PIB aumentou de valor, presume-se que houve aumento na produção</p><p>agregada. Como, para produzir mais, necessita-se de mais trabalhadores, o</p><p>desemprego tende a diminuir.</p><p>Os economistas denominam a diferença entre o PIB potencial e o PIB efetivo</p><p>hiato do produto.</p><p>A trajetória do PIB potencial não é uma reta crescente. Garante-se, assim,</p><p>apenas uma forma crescente. Ciclo econômico é o padrão mais ou menos regular</p><p>de expansão (recuperação) e contração da atividade econômica em torno da</p><p>trajetória da tendência do crescimento.</p><p>Há períodos em que o produto agregado reduz-se, estando em posição</p><p>acima ou abaixo do produto potencial, o que caracteriza períodos de retração ou de</p><p>recessão econômica.</p><p>É melhor entendermos a Lei de Okun como uma relação entre o crescimento</p><p>do produto e a mudança no desemprego. A estabilidade de seus parâmetros</p><p>depende das condições econômicas variáveis ao longo do tempo e/ou das</p><p>especificidades da estrutura produtiva de cada país.</p><p>A interpretação dessa lei é a de que a redução da taxa de desemprego</p><p>depende do crescimento do produto em taxa superior à do produto potencial. O</p><p>impacto percentual da redução da taxa de</p><p>desemprego depende do parâmetro α, estimado</p><p>pelo método da regressão estatística.</p><p>Aula 3 - medidas das atividades econômicas</p><p>O PIB é uma estimativa, um cálculo estatístico, e não um levantamento exato</p><p>dos preços de todos os bens e serviços de um país. PIB nominal, que representa o</p><p>PIB a preços correntes, isto é, baseado nos preços vigentes no período da</p><p>apuração. O outro, que denominamos PIB real, consiste no valor do Produto Interno</p><p>Bruto em termos de preços constantes, a partir de um ano considerado como base</p><p>de referência.</p><p>O deflator do PIB é o meio pelo qual identificaremos a variação média dos</p><p>preços ocorrida em um período depois de conhecidos o PIB nominal e o PIB real.</p><p>O deflator nos dirá qual parte do aumento do PIB nominal cabe somente ao</p><p>crescimento dos preços e nos ajudará a perceber quanto do aumento do PIB se</p><p>deve a uma elevação real no nível de produção.</p><p>Deflator do PIB = (PIB nominal / PIB real) x 100</p><p>O produto nacional bruto (PNB) representa a produção cuja renda</p><p>correspondente é de propriedade dos indivíduos residentes no país de forma</p><p>definitiva, ou seja, o PNB é a soma de tudo o que é produzido aqui e fica aqui.</p><p>Portanto, a diferença entre PIB e PNB é a renda líquida enviada ao exterior (RLEE</p><p>ou a renda que é mandada para o exterior menos aquela procedente dele).</p><p>PNB = PIB – RLEE</p><p>O Produto Interno Líquido (PIL) é precisamente o PIB descontado o valor da</p><p>depreciação ‒ este, dado por qualquer perda derivada do desgaste natural,</p><p>acidental ou de obsolescência.</p><p>PIL = PIB – depreciações</p><p>Aula 4 - Crescimento de curto,</p><p>médio e longo prazos na</p><p>Macroeconomia</p><p>Na Macroeconomia, o crescimento</p><p>econômico de curto prazo é o</p><p>período cuja demanda agregada</p><p>determina o nível de produto</p><p>(agregado). Nessa fase,</p><p>observam-se as flutuações do</p><p>produto entre períodos de recessão e de recuperação econômicas dadas pelo ciclo</p><p>de negócios. O período de longo prazo é aquele em que a acumulação do capital</p><p>(máquinas) e o progresso técnico ditam o crescimento. Isso quer dizer que o lado da</p><p>oferta de produto é plenamente intensificado.</p><p>O médio prazo seria o período de transição entre o curto e o longo prazo. No</p><p>médio prazo, portanto, a oferta agregada, ou seja, o potencial de produtos dado</p><p>pelos recursos de mão de obra, máquinas e tecnologia disponíveis, começa a gerar</p><p>efeitos na produção agregada.</p><p>OFERTA AGREGADA</p><p>A produção agregada de bens e serviços é influenciada positivamente pelos</p><p>preços. Eixo horizontal do gráfico, temos os possíveis resultados para a oferta</p><p>agregada, ou seja, os valores de y. Eles representam o Produto Interno Bruto (PIB)</p><p>pelo lado da produção. No eixo vertical do gráfico, a variável é o nível de preços, ou</p><p>seja, um índice de preços, por exemplo, o IGP ou IPC. Oferta agregada está</p><p>obrigada a respeitar é sua inclinação como não negativa.</p><p>DEMANDA AGREGADA</p><p>A curva de demanda agregada assume uma inclinação negativa, retratando</p><p>que uma queda no preço aumenta a demanda e/ou um aumento no preço induz a</p><p>uma redução dela. É a representação da quantidade de bens e serviços que os</p><p>agentes econômicos (famílias, governo, sociedades empresárias etc.) querem</p><p>adquirir mediante o nível de preço e outros fatores, como renda, impostos, juros,</p><p>taxas de câmbio etc.</p><p>Seguintes, uma queda na taxa de juros, a diminuição de impostos, a</p><p>expansão monetária, entre outros, apresentam-se como fatores que provocam</p><p>deslocamento da demanda para a direita em relação à sua posição original.</p><p>Enquanto o crescimento da demanda apenas levar ao crescimento das</p><p>vendas, sem que ocorra alteração de preços, devemos entender que se trata de um</p><p>período de crescimento econômico de curto prazo.</p><p>A capacidade ociosa de uma empresa constitui o elemento pelo qual se pode</p><p>produzir mais sem necessariamente aumentar o preço do produto.</p><p>Caso a produção adicional não resulte em acréscimo de custos, não há razão</p><p>econômica para um aumento da demanda implicar aumento de preços. Mesmo que</p><p>os empresários enxerguem a oportunidade para auferir mais lucros, eles levarão</p><p>algum tempo para identificar se podem mesmo fazê-lo sem que, por exemplo,</p><p>venham a perder clientes para seus concorrentes. Portanto, há um espaço de tempo</p><p>no qual o aumento da demanda agregada causa um aumento na produção</p><p>agregada sem que haja alteração de preços. Esse tempo será tão mais longo,</p><p>quanto maior for a taxa de capacidade ociosa da economia. Esse período é o de</p><p>crescimento de curto prazo.</p><p>A curva de oferta agregada é horizontal no curto prazo. A produção pode</p><p>aumentar ou diminuir sem que haja alteração nos preços. A demanda agregada é</p><p>que ditará o valor do PIB. Se ela aumentar, ele se elevará. Se ela diminuir, cairá</p><p>com ela o PIB da economia, o que caracteriza recessão.</p><p>CRESCIMENTO DE LONGO PRAZO</p><p>O crescimento de longo prazo é o resultado final do processo de crescimento. É o</p><p>ponto em que o país chega após transcorrer o tempo para as ações econômicas</p><p>gerarem todos os seus efeitos;</p><p>No longo prazo a curva de oferta assume a forma vertical, isto é: no longo</p><p>prazo, a economia chega ao seu potencial de produção – um dado nível de</p><p>produção, como Yo –, no qual os preços não terão força para aumentar ou diminuir</p><p>a oferta agregada.</p><p>Observe que a passagem de um ponto de longo prazo para outro é o tempo</p><p>gasto para a variação de preços (aumento ou queda) provocar todos os efeitos e</p><p>levar a oferta ao mesmo nível inicial. Antes desse período de longo prazo,</p><p>os efeitos</p><p>intermediários que afetam demanda e oferta estarão ocorrendo nos períodos de</p><p>curto e médio prazos.</p><p>Você pode se perguntar o que faz a produção de longo prazo se alterar no</p><p>tempo. A resposta é simples: o surgimento de mais fatores na economia.</p><p>CRESCIMENTO NO MÉDIO PRAZO</p><p>Vamos conceituar o médio prazo de forma pragmática: é o intermediário entre</p><p>o curto e o longo prazo. Se no curto prazo a curva de oferta é horizontal e no longo,</p><p>vertical, o médio prazo representa a passagem (ou mudança) do grau da inclinação</p><p>da curva de oferta horizontal para vertical. Para entendermos um pouco mais o que</p><p>isso representa, basta lembrar as razões e as implicações da curva de oferta em</p><p>ambas as inclinações.</p><p>Aula 5 - os componentes de demanda e renda no PIB</p><p>Na Macroeconomia, a demanda agregada é tipificada por quatro elementos:</p><p>o consumo, o investimento, os gastos do governo e as exportações.</p><p>O valor do PIB é distribuído em renda para</p><p>as famílias. Assim, sua renda pode ter</p><p>apenas três destinos: o consumo (C), a</p><p>poupança (S) ou o pagamento de impostos (T). Dessa maneira, tem-se outra</p><p>identidade: PIB = C + S + T, C + S + T = C + I + G + (X – M).</p><p>Aula 6 - Modelo keynesiano</p><p>Keynes demanda assume uma importante função para o crescimento</p><p>econômico: multiplica os gastos e renda efetuados na economia, levando-a a</p><p>crescer, principalmente em momentos de crise. Segundo o modelo, se a demanda</p><p>agregada aumenta, as empresas procuram atender a essa elevação por meio de</p><p>mais produção e de mais empregos. Isso faz aumentar a renda, possibilitando</p><p>sucessivas expansões de produção até que a economia chegue a um novo ponto de</p><p>equilíbrio. A variável agregada consumo (privado) representa o maior componente,</p><p>em proporção, da demanda agregada. Assim, define-se a função consumo C como</p><p>uma relação bem definida entre consumo e renda, da seguinte forma: C = a + bY,</p><p>em que: C representa o consumo agregado; Y, o nível de renda; a e b, parâmetros</p><p>em que a > 0 e 0 < b < 1. (relação positiva)</p><p>É uma indicação do consumo vital ou de subsistência desse indivíduo, que</p><p>denominamos consumo autônomo. Pode sacar dinheiro de sua poupança, pedir</p><p>emprestado, receber doações etc. Considera-se, portanto, que haverá sempre</p><p>algum nível de consumo em um determinado período de tempo, mesmo que o</p><p>indivíduo não obtenha renda.</p><p>A RENDA DISPONÍVEL</p><p>Podemos definir renda disponível (Yd) como a renda (Y)</p><p>menos os impostos diretos (T). A variação do consumo</p><p>devido à variação de uma unidade Y é definida como a</p><p>produtividade marginal do consumo, cujo símbolo pode ser</p><p>expresso por PMgC (Propensão Marginal a Consumir). Isto é:</p><p>Os economistas também se referem à Propensão Marginal a Poupar, que</p><p>representa a fração da renda adicional que uma pessoa destina à poupança.</p><p>Vejamos a dedução da Propensão Marginal a Poupar. Se a renda (Y) disponível é</p><p>toda utilizada para consumo (C) e/ou poupança (S), temos: Y = C + S. Soma da</p><p>PMgC com a Propensão Marginal a Poupar deve ser equivalente a 1.</p><p>Y – T = Yd = C + S.</p><p>Isso equivale a dizer que a renda disponível é igual a consumo mais poupança ou</p><p>que a renda disponível é igual à renda total descontados os impostos.</p><p>∆ renda = [1 / (1 – b)] ∆a. Note que a representa o aumento total (final) da renda</p><p>devido à expansão dos gastos.</p><p>O consumo autônomo (Co), os gastos governamentais e as exportações,</p><p>entre outros, são considerados gastos autônomos não afetados ou dependentes dos</p><p>níveis de renda e compõem a demanda agregada. Eles são autônomos em relação</p><p>à renda, ou seja, qualquer que seja a renda, há um nível de consumo, gasto do</p><p>governo, investimento e exportação que não depende dela.</p><p>Se o governo gastar exatamente o que arrecada com os impostos (supondo</p><p>essa a única fonte de receita pública) e se o valor da poupança for totalmente</p><p>utilizado para o conjunto de gastos em investimento, dizemos que a renda estará</p><p>em equilíbrio.</p><p>A renda e a produção de equilíbrio, isto é, a produção em que a oferta será</p><p>igual ao que se demanda, são dadas pela equação Ye = [1/(1–b)] (a – bT + I + G).</p><p>Quanto mais se aumentarem os impostos, menor será a renda disponível para o</p><p>consumo e, assim, menor será a renda de equilíbrio.</p><p>Por exemplo: sendo a Propensão Marginal a Consumir 0,8, se o governo</p><p>aumentar os impostos, cada unidade de aumento deve causar uma queda de R$ 4</p><p>(– 0,8/0,2) na renda. Assim, diz-se que o multiplicador de gastos é 4. Cada redução</p><p>ou aumento de impostos irá elevar ou diminuir a renda de equilíbrio em R$ 4. Se o</p><p>aumento de impostos for, digamos, de R$ 12, a renda de equilíbrio será reduzida em</p><p>R$ 48. Se, ao contrário, houver uma queda de impostos de R$ 8, a renda de</p><p>equilíbrio aumentará em R$ 32.</p><p>À medida que os indivíduos vão aumentando sua renda, mais bens importados são</p><p>adquiridos. Então, considera-se que as importações são uma função crescente da</p><p>renda.</p><p>Aula 7 - Investimento produtivo e os juros: o papel dos investimentos</p><p>“o investimento é a alma do crescimento econômico”.</p><p>Os investimentos representam a possibilidade de elevar a capacidade</p><p>produtiva e propiciar maior prosperidade na economia. Quando há investimento,</p><p>ocorre a expansão da empresa, que gera mais emprego, renda e produção tanto</p><p>para a empresa investidora como para a economia como um todo.</p><p>Investimentos representam a possibilidade de elevar a capacidade produtiva</p><p>e propiciar maior prosperidade na economia. Quando há investimento, ocorre a</p><p>expansão da empresa, que gera mais emprego, renda e produção tanto para a</p><p>empresa investidora como para a economia como um todo.</p><p>Os investimentos têm, pelo menos, dupla função na economia: 1. são um</p><p>importante elemento de demanda agregada 2. proporcionam incremento na</p><p>capacidade produtiva.</p><p>Podemos dividir os investimentos em duas fases: a primeira ocorre quando</p><p>há despesas com a compra de capital, impulsionando, portanto, a demanda</p><p>agregada. Momento em que eles estão, ao mesmo tempo, consumados e em</p><p>operação, o que resulta em aumento da produção (oferta agregada) e da</p><p>capacidade produtiva da economia. Considerando que o estoque de capital também</p><p>se deprecia, a diferença entre investimento bruto e líquido é dada pelo montante de</p><p>investimento destinado a cobrir o que se desgasta ao longo do tempo, ou seja, a</p><p>depreciação. IL = IB – D, sendo: IL = investimento líquido; IB = investimento bruto;</p><p>D = taxa do estoque de capital depreciado no período.</p><p>Os investimentos, a cada período, vão</p><p>sendo executados em função do que</p><p>ainda resta alcançar do nível de capital</p><p>desejado.</p><p>I = a ∆ Yt</p><p>.</p><p>Analisando a equação 4, percebemos</p><p>que os gastos com investimentos são feitos em função de uma taxa de variação (∆)</p><p>do produto. Se o produto (ou PIB), em um determinado período, cresce 10 unidades</p><p>monetárias (u.m.) e a razão capital-produto (a) é 0,5, os gastos com investimentos</p><p>serão, portanto, de 5 u.m. quando o produto aumenta.</p><p>Investimentos também aumentam, ou seja, desencadeia-se um processo de</p><p>aceleração, já que, ao elevar o estoque de capital, a oferta de produto aumenta</p><p>também. Esse entendimento é denominado princípio acelerador dos investimentos.</p><p>Ocorrendo, por qualquer motivo, um crescimento econômico, haverá uma</p><p>certa elevação inicial dos investimentos que, por aumentar a demanda por capital,</p><p>também, por si só, aumentará o produto a uma outra taxa, acelerando o crescimento</p><p>econômico original.</p><p>A taxa de juros representa o custo de investir. A taxa nominal e a taxa real.</p><p>A primeira é definida como aquela expressa em termos de quantas unidades</p><p>monetárias são pagas como juros. Com taxa de juros de 10% são os juros nominais.</p><p>A taxa real de juros mede o quanto realmente se paga, levando em consideração o</p><p>poder aquisitivo do dinheiro antes e depois de efetuado o empréstimo.</p><p>Se o empréstimo de 100 u.m., com taxa de juros (nominal) de 10%, fosse</p><p>realizado em um ambiente de inflação de 10%, o valor real do que se emprestou</p><p>seria 110 u.m.</p><p>r = n - r = taxa real de juros; n = taxa nominal de juros; π = taxa de inflação.π</p><p>I = f (Y , n, π, Kt-1)</p><p>O investimento depende das variáveis nível de produto (Y), taxa de juros</p><p>nominal (n), inflação</p><p>(π) e estoque de capital do período anterior (Kt-1).</p><p>Resumindo, entenda como cada uma dessas variáveis pode afetar o nível de</p><p>investimento:</p><p>● ↑ 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → ↑ 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 ↑ 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 ↑ 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜</p><p>● = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 & ↑ 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 → ↓ 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜</p><p>● = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 → ↑ 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 ↓ 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 ↑ 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜</p><p>Se um empresário perceber que a demanda por seus produtos está</p><p>aumentando, ele poderá avaliar isso como uma boa oportunidade para realizar</p><p>novos investimentos em sua fábrica.</p><p>O cálculo relevante para a taxa de juros real será a taxa de juros nominal</p><p>subtraída do índice de preços dos produtos do empresário. Para o empresário, é</p><p>melhor avaliar o ritmo da subida de preços de seus produtos vendidos no mercado,</p><p>em vez da taxa de inflação. Isso porque, se o preço da mercadoria subir, o poder</p><p>aquisitivo da empresa para saldar o empréstimo subirá. Assim, o custo que o</p><p>empresário terá de pagar com os juros nominais ficará mais em conta, pois parte</p><p>dessa despesa virá do próprio aumento de preços dos produtos que venderá.</p><p>Pensando assim, poderíamos definir uma segunda modalidade de cálculo da</p><p>taxa de juros real:</p><p>r = n – pe Nesse caso, pe seria a taxa esperada de crescimento de preços da</p><p>empresa. Não existe taxa de juros nominal negativa. Em se tratando de taxa real, a</p><p>situação é outra. Como ela resulta da diferença entre taxa nominal e inflação,</p><p>torna-se possível a taxa negativa. Se a taxa real é negativa, perdeu quem</p><p>emprestou, ganhou quem pegou o empréstimo. Isso se dá porque, como vimos, o</p><p>montante a pagar em termos de poder aquisitivo do dinheiro é menor em relação ao</p><p>momento de realizar o empréstimo.</p><p>As empresas podem desejar manter baixos ou altos níveis de estoque, o que</p><p>poderia se chamar de política sobre o nível de estoque desejado.</p><p>Um aumento da taxa de juros desestimula os estoques, pelo fato de encarecer o</p><p>custo econômico de mantê-los. Se a taxa de juros permanecer em níveis baixos,</p><p>certamente não haverá pressão sobre os estoques, pois serão baixos os valores</p><p>que poderiam ser aplicados. Contudo, níveis elevados de juros no mercado de</p><p>aplicações financeiras certamente farão com que as empresas venham a manter</p><p>baixos níveis de estoque.</p><p>Aula 8 - o setor público</p><p>Os economistas denominam o orçamento público como o espelho da</p><p>previsão de seus gastos, relacionados com as respectivas previsões de</p><p>arrecadação tributária. A diferença entre essas duas variáveis traz o conceito</p><p>bastante conhecido de superávit ou déficit público.</p><p>OG = T – G em que, OG, T e G representam, respectivamente, as variáveis orça-</p><p>mento do governo, arrecadação tributária e gastos do governo. Podemos formular a</p><p>arrecadação tributária em duas hipóteses. Uma só considerando os tributos</p><p>dependentes da renda e outra dividindo a arrecadação tributária em dois</p><p>componentes: um que depende da renda e outro que não depende dela.</p><p>T = t Y | T = to + t Y</p><p>Tributos em função da renda, t representa a porcentagem da renda que será</p><p>destinada aos pagamentos de impostos. t é a alíquota dos impostos e Y, a renda.</p><p>Há uma arrecadação fixa, pelo menos, que não se altera por variação de renda.</p><p>Há uma arrecadação fixa, pelo menos, que não se altera por variação de</p><p>renda. Toda vez que o governo instituir um aumento na alíquota do imposto, a</p><p>arrecadação com o tributo aumentará?</p><p>● As elevações de alíquotas (de 1 para 2% ou de</p><p>5 para 9%) geralmente aumentam a arrecadação pois</p><p>as pessoas continuam a trabalhar, ainda que</p><p>reclamem do aumento da taxa.</p><p>● Em situações de alíquotas sistematicamente</p><p>altas, o imposto desestimula a atividade geradora de</p><p>renda</p><p>● Nos seus pontos extremos, a arrecadação é</p><p>zero; assim, há de existir uma faixa em que a elevação</p><p>da alíquota aumentará a arrecadação e outra faixa em</p><p>que ela diminuirá.</p><p>A relevância está em saber o caminho que deve ser</p><p>perseguido se o governo optar por maior arrecadação. Este não está</p><p>necessariamente em aumento de impostos.</p><p>Quando o governo gasta mais do que arrecada, tem-se o déficit público, que</p><p>até agora estudamos. Por sua vez, o endividamento se dá quando o governo capta</p><p>recursos de outros agentes para cobrir o déficit em suas contas. Entende o déficit</p><p>público primário como o dos gastos menos as receitas, não incluindo os juros da</p><p>dívida pública. Não se consideram as despesas com os juros nem as correções</p><p>monetárias e cambiais.</p><p>O superávit primário evidencia o esforço do governo para controlar suas</p><p>contas. Esse conceito, o operacional, abrange o total das operações do governo; em</p><p>determinado período, temos juros da dívida como importante fator de peso nos</p><p>gastos públicos.</p><p>Receitas correntes (RC) menos gastos correntes (GC) = resultado primário</p><p>(RP) do orçamento. Se RP > 0, temos superávit privado; se RP < 0, déficit primário.</p><p>RP – juros da dívida = resultado operacional (RO). Se RO > 0, temos superávit</p><p>operacional; se RO < 0, déficit público operacional.</p><p>O resultado nominal ou total de superávit ou déficit público mede, portanto, o</p><p>todo dos gastos e receitas que envolvem as contas públicas. O resultado primário é</p><p>dado pelo que o governo arrecada e gasta no período em exercício, como as</p><p>despesas com o pagamento de juros das dívidas contraídas e, por fim, o efeito da</p><p>inflação e variação cambial sobre as contas públicas. Esquematicamente, portanto,</p><p>temos: Resultado primário (do orçamento) + juros = resultado operacional.</p><p>Resultado operacional + correção monetária e cambial = resultado nominal ou total.</p><p>Basicamente, o governo financia o déficit público através de dois</p><p>mecanismos: por emissão monetária e/ou por venda de títulos públicos. Afinal, qual</p><p>é a consequência, para o setor privado, quando há o déficit ou a dívida pública alta?</p><p>Isso aumenta o déficit e a dívida cresce. Chega um determinado momento</p><p>em que, para continuar refinanciando o déficit e a própria dívida (rolagem da dívida),</p><p>o governo precisa oferecer juros mais altos para o setor privado comprar tais títulos</p><p>(leia-se: remunerar mais com juros para as pessoas emprestarem ao governo).</p><p>Aula 9 - a moeda, os bancos comerciais, o multiplicador monetário</p><p>Daí chamamos de meio circulante nacional o total das cédulas (e moedas</p><p>metálicas, inclusive as comemorativas) da unidade monetária, Real, que está em</p><p>poder do público e da rede bancária. Moeda, portanto, representa a possibilidade de</p><p>compra de qualquer bem na economia. Você deve observar que o valor (poder</p><p>aquisitivo) da moeda é inversamente proporcional ao nível de preços. Toda vez que</p><p>o nível de preços sobe, simultaneamente, o valor da moeda é reduzido. E se os</p><p>preços recuam, o valor da moeda aumenta. Ou seja: M = 1/P</p><p>Moeda precisa ter durabilidade, aceitação universal e ser de difícil</p><p>falsificação. Denomina-se banco comercial todo estabelecimento bancário</p><p>autorizado pela Autoridade Monetária a receber depósitos à vista. A atividade</p><p>principal de um banco comercial é realizar empréstimos.</p><p>Multiplicação dos meios de pagamento: dados os depósitos bancários, uma</p><p>parte deles é retida em forma de reservas. A outra parte é utilizada como</p><p>empréstimos, que se converterão em novas formas de meios de pagamento, ou</p><p>seja, em moeda.</p><p>Quanto maiores as reservas, menos recursos o banco terá para emprestar.</p><p>Por consequência, menor será o número e o valor de depósitos adicionais.</p><p>d representa a fração dos depósitos em relação ao total dos</p><p>meios de pagamento (M); r representa as reservas como</p><p>fração dos depósitos à vista. Quanto maior d (relação entre o</p><p>total dos depósitos em razão do total dos meios de</p><p>pagamento), e quanto menor r (fração dos depósitos que são</p><p>retidos em reservas bancárias), maior será o multiplicador dos meios de pagamento.</p><p>Portanto, um aumento na taxa de redesconto tende a elevar as reservas</p><p>bancárias e, assim, a diminuir o multiplicador e os meios de pagamento.</p><p>Aula 10 - as políticas fiscal e monetária: instrumentos de política econômica</p><p>O prefixo extra tem o significado de além, isto é, cada um dos impostos</p><p>extrafiscais é instituído para uma finalidade além da arrecadação.</p><p>Sua principal</p><p>motivação, através de aumento ou redução de suas alíquotas, é intervir na atividade</p><p>econômica. Atualmente, os impostos conceituados como extrafiscais são o IPI, o</p><p>IOF, o II, o IE e o ITR. Assim, eles são frequentemente alterados afim de ativar ou</p><p>contrair a economia, tendo em vista os propósitos para a política econômica do</p><p>governo. Em resumo, esses são os impostos de que a política fiscal se utiliza.</p><p>Política fiscal representa as ações do governo utilizando os tributo(receitas) e/ou</p><p>seus gastos (despesas), de forma a alterar o orçamento público visando ao alcance</p><p>de objetivos macroeconômicos fundamentais (crescimento econômico, aumento do</p><p>emprego, contenção da inflação). Essa política é feita visando, ainda, influir na</p><p>queda da concentração de renda e interferir no modo e na quantidade de produtos e</p><p>serviços (alocação de recursos) de toda a economia.</p><p>Em termos didáticos, a política fiscal (PF) consiste na alteração de impostos</p><p>e/ou gastos do governo visando impactar a economia. Principalmente em termos de</p><p>expandir ou contrair a economia, conter a inflação, afetar o modo e a produção de</p><p>bens e serviços, conforme o interesse dos condutores da política econômica.</p><p>Utilizou-se da política fiscal, por meio de elevação dos impostos, para reduzir a</p><p>demanda agregada e, assim, conter a subida de preços.</p><p>A PF é expansionista quando o governo aumenta os seus gastos e/ou reduz</p><p>a arrecadação dos impostos (deterioração das contas públicas) para obter uma</p><p>expansão nas atividades econômicas, de forma a gerar mais produção e emprego.</p><p>A política fiscal é dita contracionista quando o governo age através da</p><p>elevação dos impostos ou da redução dos seus gastos (melhoria no orçamento</p><p>público).</p><p>A redução de gastos implica queda da demanda. Logo, diminui-se a renda do</p><p>país. Temos, pois, uma PF contracionista, resultando em uma melhoria do</p><p>orçamento publico, porém às custa de uma retração da atividade econômica.</p><p>● O governo opte por aumentar seus impostos: o governo adia as promessas de</p><p>ampliação da rede de hospitais e universidades públicas, o que representa uma</p><p>diminuição dos gastos. Aumento de receitas, diminuição de despesas públicas;</p><p>Conclusão: PF contracionista.</p><p>● Para conter essa inflação causada pela alta demanda, o governo pode adotar a</p><p>redução dos seus gastos ou o aumento dos impostos. A renda e a demanda</p><p>agregada reduzirão. Isso irá reduzir a inflação, embora com o ônus de a</p><p>atividade econômica diminuir (recessão). Nesse caso, a política fiscal também</p><p>foi a contracionista.</p><p>● País esteja com baixa taxa de crescimento. O país apresenta ociosidade de</p><p>recursos; o governo reduz o peso dos impostos à produção e à renda, bem</p><p>como efetua, ele próprio, gastos como a construção de rodovias.</p><p>● Por um lado, haverá restrições no orçamento do governo (mais despesas e</p><p>menos receitas), por outro, a economia vai prosperar. Pelo descrito, a política</p><p>fiscal para expandir o produto e o emprego é expansionista (aumento do gasto</p><p>público e redução dos impostos).</p><p>A política fiscal é um meio para o governo intervir na economia. Se o</p><p>interesse for aumentar a atividade econômica (crescimento econômico) e o</p><p>emprego de fatores de produção (entre eles, a mão de obra), pode-se adotar a</p><p>PF expansionista. Para tal, podem-se reduzir os impostos e/ou elevar o nível</p><p>dos gastos do governo. O ônus dessa medida é a redução do resultado fiscal do</p><p>governo. Se em determinado momento o orçamento estiver superavitário, a PF</p><p>irá causar uma redução que até pode levar ao déficit público.</p><p>Se o interesse do governo for alcançar a estabilidade de preços (combater a</p><p>inflação), pode-se adotar a forma contracionista via diminuição dos gastos</p><p>públicos. A PF contracionista possui o condão de melhorar as contas públicas.</p><p>Isso é bom para o governo porque, com um orçamento superavitário, ele</p><p>consegue pagar os juros de sua dívida. Portanto, pode também fazer uso do</p><p>aumento de impostos como um meio para melhorar seu orçamento. O lado</p><p>negativo da PF contracionista é que ela restringe a atividade econômica,</p><p>mediante a diminuição da renda da população.</p><p>O número de vezes que uma moeda passa de mão em mão, dados os</p><p>negócios realizados, recebe o nome de velocidade de circulação da moeda ou</p><p>velocidade-renda da moeda. Podemos estimar a velocidade-renda da moeda de</p><p>um país em um dado período dividindo o valor do PIB pelo valor da moeda</p><p>ofertada.</p><p>M V = P Y</p><p>A equação nos diz que a quantidade de moeda ofertada multiplicada pela</p><p>velocidade em que ela circula expressa o valor do PIB nominal (preço</p><p>multiplicado pela quantidade produzida) de um país.</p><p>Ms > Md → ↑ Demanda por bens → ↑ P</p><p>Examinemos, agora, o caso de elevação de M: mais moeda nas mãos</p><p>representa mais gastos, a procura por bens e serviços (Y) aumentará; empresários</p><p>responderão com o aumento das vendas, da produção ou dos preços.</p><p>Para ampliação de M, reduz-se o percentual do valor de depósitos a serem</p><p>mantidos sob a forma de reservas compulsórias e/ou diminui-se a taxa de</p><p>redesconto. Já para contrair a oferta de M, aumenta-se o valor das reservas</p><p>compulsórias dos bancos comerciais e/ou encarece-se o custo de utilização dos</p><p>recursos monetários do Bacen para operações de redesconto de liquidez, que é a</p><p>taxa de empréstimo de redesconto.</p><p>O principal modo como as autoridades monetárias alteram o volume de</p><p>papel-moeda em poder do público. Venda ou compra de títulos públicos no</p><p>chamado mercado aberto.</p><p>Em resumo, se o governo compra títulos, ele está aumentando os meios de</p><p>pagamento, a oferta de moeda na economia, o que exemplifica uma política</p><p>monetária expansionista. Caso contrário, se o governo resolve vender títulos, ele</p><p>está reduzindo os meios de pagamento, situação de uma política monetária</p><p>contracionista.</p><p>Quem quer adquirir um produto (dinheiro) é o consumidor (tomador de</p><p>empréstimo) e ele está disposto a pagar o preço (juros) estipulado no mercado</p><p>(mercado bancário). Quanto mais pessoas quiserem comprar o produto (tomar</p><p>empréstimos), maior será a possibilidade de aumento de preço (juros),</p><p>considerando uma dada oferta de produto.</p><p>Quando há uma política monetária expansionista, ocorre uma elevação na</p><p>quantidade de moeda na economia. Os bancos ficam com mais recursos para</p><p>emprestar. Logo, a taxa de juros, que é o preço do dinheiro emprestado, tende a ser</p><p>reduzida.</p><p>Em suma, a política monetária expansionista, por injetar mais dinheiro na</p><p>economia, impacta as taxas de juros no sentido de reduzi-las. Em situação oposta, o</p><p>aperto monetário dado pela política monetária contracionista leva ao aumento das</p><p>taxas de juros.</p><p>Aula 11 - inflação</p><p>Se, em dado momento, a situação de um país evidencia patamares</p><p>elevadíssimos e insustentáveis de aumento generalizado de preços, podemos dizer,</p><p>o caso é de hiperinflação.</p><p>Consequência da inflação: Da queda do poder aquisitivo da moeda, sucede</p><p>uma onda de reivindicação de reajustes salariais. Inflação levando a aumento de</p><p>salários, que leva a aumento de preços, que volta a ser evidenciado como aumento</p><p>da inflação.</p><p>A hiperinflação se caracteriza quando tais problemas são tão graves, que a</p><p>moeda perde suas funções básicas (unidade de troca, reserva de valor e meio de</p><p>troca), e ocorre grande desestímulo ao investimento produtivo.</p><p>Todos os produtos que tiverem aumentado de preço no mesmo período de</p><p>tempo terão também reduzido o valor da moeda na proporção dos seus preços mais</p><p>elevados. Bem, se a inflação indica o aumento médio de preços de todos os</p><p>produtos negociados no mercado, a taxa de inflação dá a indicação da perda do</p><p>valor real da moeda, isto é, do valor aquisitivo da moeda.</p><p>O salário nominal é tão somente a quantidade de reais (unidade monetária)</p><p>especificada no contrato de trabalho. Já o salário real é dado pelo salário nominal</p><p>(wn) levando em consideração os preços dos bens que podem ser comprados com</p><p>ele. Portanto, o salário real (Wr) é dado por:Wr = Wn/P</p><p>Vimos que a taxa real de juros é o resultado da taxa nominal subtraído da</p><p>taxa de inflação, isto é: r = n – π: r é a taxa real de juros; n é a taxa nominal de</p><p>juros; π é a taxa de inflação.</p><p>Vejamos</p><p>como a economia explica o que causa a alta generalizada de</p><p>preços. A pergunta cuja resposta buscamos é: como ou por que surge a inflação?</p><p>quantidade de moeda muito grande disponível na economia; com mais dinheiro</p><p>acabam por elevar a demanda além do que a oferta de bens e serviços existente</p><p>pode suprir. Havendo mais procura do que oferta, os preços acabam por subir.</p><p>Assim, chega-se à teoria da inflação de demanda.</p><p>Agora imagine a hipótese de a economia operar em pleno emprego de seus</p><p>fatores de produção. Não há trabalhadores desempregados, exceto uma parte</p><p>ínfima deles, que estão saindo de um emprego para outro ou que estão perto de ser</p><p>contratados. Nesse caso, mais evidente ainda que o aumento da demanda implicará</p><p>inflação de demanda. Observe: a quantidade produzida de bens e serviços está em</p><p>pleno emprego, ou seja, os bens e serviços que estão sendo ofertados na economia</p><p>são produzidos ao máximo possível. Dessa forma, qualquer aumento da demanda</p><p>agregada pressiona os produtores a aumentarem a oferta, contudo, como estão</p><p>funcionando em plena capacidade de produção (pleno emprego), não conseguem</p><p>aumentar a produção e respondem à demanda aumentando os preços.</p><p>Assim, a inflação de demanda também pode ocorrer quando a economia de</p><p>um país está operando em pleno emprego ou próximo dele. Portanto, o efeito de</p><p>uma política econômica para combater a inflação é de caráter recessivo (diminuição</p><p>da produção, renda e emprego).</p><p>Trata-se da teoria da inflação de custos. Segundo essa teoria, a inflação tem</p><p>sua origem na elevação dos custos de produção, sendo estes repassados para os</p><p>preços das mercadorias. Em síntese, todo aumento no preço dos insumos de</p><p>produção que resulte em repasse aos preços dos bens e serviços de forma</p><p>generalizada gera a denominada inflação de custos.</p><p>Aula 12 - balanço de pagamentos</p><p>Chamamos de setor externo o conjunto de países que mantém relações</p><p>comerciais e financeiras com um dado país.</p><p>A transitoriedade da pessoa (física ou jurídica) no país é que definirá se ela é</p><p>residente ou não residente. Sua nacionalidade será o que menos importa. Se uma</p><p>pessoa qualquer ou uma empresa vier a se instalar de forma permanente em um</p><p>Estado estrangeiro, suas transações econômicas serão contabilizadas como</p><p>residente nesse país, seu centro econômico.</p><p>O balanço de pagamentos é um mecanismo sistemático de registrar todas as</p><p>operações financeiras e comerciais realizadas por residentes e não residentes de</p><p>um país em um determinado período.</p><p>Nas transações que o Brasil (e qualquer outro país) realiza com o resto do</p><p>mundo, existem duas grandes classes: a primeira é um conjunto de transações</p><p>realizadas de forma autônoma pelos residentes e não residentes no país; a outra</p><p>são transações realizadas para compensar o saldo obtido nas transações</p><p>autônomas, estas últimas, como veremos logo a seguir, exemplificadas pelos</p><p>empréstimos e financiamentos.</p><p>As transações entre residentes e não residentes de um país são</p><p>categorizadas em compensatórias e autônomas. O agente econômico faz uma</p><p>transação com qualquer outro país (do resto do mundo), de forma voluntária, por</p><p>sua própria disposição.</p><p>As transações de bens e serviços são contabilizadas no que se denomina</p><p>balanço (ou conta) de transações correntes. Por sua vez, as transações de</p><p>obrigações e direitos de natureza de capitais financeiros são registradas na conta</p><p>movimento de capitais autônomos.</p><p>O balanço comercial contabiliza todas as importações e exportações de bens</p><p>de um país. Esses bens importados e exportados têm seus valores registrados no</p><p>BP sem que se incluam os possíveis valores de seguro e do frete pagos para</p><p>transportar o produto de um país a outro.</p><p>Se o total de entrada de dólares decorrente das exportações for maior que a</p><p>saída causada pelo total de importações, o país estará com superávit na balança</p><p>comercial pelo dado período de tempo de tais transações. Em caso contrário, se a</p><p>entrada de dólares for menor que a saída, o país estará com déficit na balança</p><p>comercial.</p><p>Valores significativos altos de superávit indicam uma posição de significativa</p><p>entrada de dólares, que comporão as reservas internacionais. Vantagem: ajudam a</p><p>aumentar o nível de reservas internacionais ou evitam uma alta redução delas, no</p><p>caso de haver saída de divisas por outros fatores.</p><p>Assim, a balança de serviços é dividida em serviços fatores e serviços não</p><p>fatores. Outro serviço não fator que é contabilizado na balança de serviços – mas</p><p>não tem relação com o transporte ocasionado pela importação e exportação de</p><p>bens – é o turismo. Os serviços fatores, por sua vez, são os realizados direta e</p><p>exclusivamente pelos fatores de produção.</p><p>Em resumo, você viu que essa conta é dividida em balança comercial,</p><p>balança de serviços e transferências unilaterais. A balança comercial contabiliza as</p><p>exportações e importações de bens; a balança de serviços registra as transações de</p><p>serviços realizadas entre residentes e não residentes; já as transferências</p><p>unilaterais apuram a entrada e a saída de recursos (valores expressos em moeda</p><p>ou bens) sem qualquer contrapartida por quem os tiver recebido.</p><p>Logo, empréstimos e financiamentos entre residentes no país e o setor</p><p>externo entram na conta movimento de capitais autônomos.</p><p>Saldo do balanço de pagamentos (A + B + C): Transações correntes +</p><p>Movimentos de capitais autônomos + Erros e omissões</p><p>Você viu que o saldo do balanço de pagamentos é a soma das contas</p><p>transações correntes, movimento de capitais autônomos e erros e omissões. Esse</p><p>valor pode ser superavitário ou deficitário.</p><p>E se não há reservas suficientes para cobrir o déficit no BP? Nesse caso, a</p><p>contabilidade será feita em dois passos: primeiro, será feito um registro na conta</p><p>variações de reservas internacionais no valor de US$ 10 milhões. Porém, mesmo</p><p>com a baixa das reservas internacionais para zero, o país ainda continua devendo</p><p>ao setor externo a quantia de US$ 7 milhões. O que o país deve fazer? Essa</p><p>resposta será o segundo passo. O país recorrerá a algum órgão financeiro de ajuda</p><p>internacional, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma operação como</p><p>essa só é permitida com o objetivo de regularizar uma situação em que o país não</p><p>tem condições de cobrir os déficits em seu balanço de pagamentos. Logo,</p><p>empréstimos desse tipo não entram no item empréstimos e financiamentos, pois são</p><p>empréstimos liberados para compensar pro blemas de déficit no saldo do balanço</p><p>de pagamentos. Esse tipo de empréstimo entra no item operações de regularização</p><p>da conta movimento de capitais compensatórios.</p><p>Se não há mais reservas, se o FMI não quer ou não pode socorrer o país, e</p><p>não há mais a quem recorrer para levantar as divisas que faltam, nada mais resta a</p><p>não ser a proclamação à comunidade econômica e financeira internacional de que</p><p>momentaneamente não há como cobrir o déficit no BP. Em outras palavras,</p><p>decreta-se a moratória.</p><p>Em resumo: a soma do balanço comercial, do balanço de serviços e das</p><p>transferências unilaterais resulta no balanço de transações correntes. A soma do</p><p>balanço de transações correntes com o balanço de capitais autônomos e com a</p><p>conta erros e omissões implica no saldo do balanço de capitais. O balanço</p><p>(movimento) de capitais compensatórios tem valor contrário ao valor do saldo do</p><p>balanço de pagamentos. Portanto, a soma do balanço de pagamentos com o saldo</p><p>do balanço de capitais compensatórios será, necessariamente, zero.</p>