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PRÁTICA SIMULADA PENAL – JUVENAL JUNIOR – 22/02/2024 ALUNA: EMANUELA VIANA GUSMÃO ATIVIDADE: QUEIXA-CRIME PERÍODO/TURNO: 7º - NOTURNO -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- AO DOUTO JUÍZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG (Saltar 10 linhas) Marcos, nacionalidade..., estado civil..., contador, portador do RG nº..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado à Rua..., por seu advogado..., com procuração com poderes especiais em anexo, vem, mui respeitosamente, á presença de Vossa Excelência, oferecer a presente QUEIXA-CRIME em face de Elem, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG nº..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado à Rua das Flores, com fulcro nos arts. 30 e 41 do Código de Processo Penal e Art. 100§2º do Código Penal pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. FATOS No dia 15/09/2023, a querelada difamou e injuriou o querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, ofendendo, ainda, sua dignidade e decoro. Na ocasião, a querelada, ex-namorada do querelante, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, por meio de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na Rua das Flores, em Juiz de Fora, publicou na rede social, especificadamente no perfil pessoal do querelante, o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Marcos não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudica-lo perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Juiz de Fora, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” Imediatamente, o querelante, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos da querelada em seu perfil pessoal. A querelada, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as expressões injuriosas e difamantes no perfil do querelante em sua rede social, utilizou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no art. 141, III, do Código Penal, razão pela qual requer a sua condenação. DIREITO Ao afirmar que o querelante não passa de um “idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal. Outrossim, ao afirmar que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Juiz de Fora, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo, a querelada praticou o crime de difamação, previsto no art. 139 do Código Penal. A querelada praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal impróprio de crimes, nos termos do art. 70, segunda parte, do Código Penal. Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta da querelada, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, foram praticados dois crimes, a saber: injúria e difamação. PEDIDO Diante do exposto, requer: a) A manifestação do Ministério Público; b) A designação de audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer que seja recebida a presente, citada a querelada para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar a querelada como incurso nas penas dos artigos 139 e 140, combinado com art. 141, III, na forma do art. 70, todos do Código Penal. c) A intimação das testemunhas abaixo arroladas; d) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP. Termos em que, pede deferimento. Local _____data_____ ADVOGADO OAB _____, __________ ROL DE TESTEMUNHAS 1) Carlos 2) Miguel 3) Ramirez
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