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Ta1 - Introdução aos Estudos Linguísticos

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13/07/2021
1
Introdução aos 
estudos linguísticos 
A Linguística como estudo científico
Profª Dra. Wéllem A. de Freitas Semczuk
Unidade de Ensino: 1
Competência da Unidade: Conhecer o conceito de língua e sua
sistematização. Diferenciar os termos língua e linguagem.
Resumo: Nesta unidade, busca-se conhecer os precursores dos estudos
linguísticos, desde a Antiguidade até o século XIX, quando a Linguística
começa a assumir um caráter mais científico e passa-se a estudar a natureza
da linguagem humana.
Palavras-chave: Ciência linguística. Conceito de língua e
linguagem. Língua enquanto sistema.
Título da Teleaula: Linguística como estudo científico.
Teleaula nº: 1
Contextualização
• O que é estudar uma língua materna?
• O que é estudar a linguagem humana?
• Sempre houve interesse por compreender a
linguagem?
• Há diferenças entre os termos língua e linguagem?
• Qual a importância, para o profissional de Letras,
saber a origem dos estudos linguísticos e sua
sistematização?
Precursores dos 
estudos linguísticos
(antiguidade)
Antiguidade
• Hindus – os primeiros estudos linguísticos nasceram da
necessidade de registrar os usos da língua hindu nos
textos religiosos;
• Houve uma sistematização para que a leitura do texto
sagrado fosse sempre recitada segundo a tradição;
• Panini (séc. IV a.C.) é um dos gramáticos mais
representativos dessa época – bases da gramática
normativa do sânscrito.
Fonte: Freepek.com 
Gregos
• As palavras imitam as coisas ou os nomes são dados por pura convenção
(arbitrariedade da linguagem)?
• A palavra segue uma convenção;
• Pode ser mudada pelos humanos.
Convencionalistas
• A palavra nasce com as coisas;
• Não pode ser modificada pelas 
pessoas. 
Naturalistas
Irregularidades 
e regularidades 
linguísticas
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No período da Antiguidade grega, procurando preservar a 
ideia de que a língua era uma só, unificada e regular, 
buscava-se evitar qualquer invasão dos “iletrados” e das 
línguas estrangeiras.
Primeira 
gramática grega Alexandrinos Observação de 
regularidades
Linguagem 
literária
Gregos Romanos
• Privilegiavam a ideia de “certo” e “errado” –
considerando o uso clássico da língua latina.
• Estudo voltado para as regularidades da língua –
gramáticas normativas.
• Com a queda do Império Romano, o latim ganhou
ainda mais destaque, uma vez que era a língua da
Igreja Católica, instituição dominante na época.
Estudos sobre as
REGULARIDADES da língua
Fonte: Freepek.com 
Precursores dos 
estudos linguísticos
(Idade média - Séc. XIX)
Idade Média 
• A Igreja controlava todas as esferas da sociedade –
inclusive os estudos linguísticos;
• Valorização da língua escrita;
• A gramática passa a ser uma das disciplinas do
Trivium: gramática, lógica e retórica;
• O latim falado pelos camponeses era chamado de
vulgar, popular, e, nas universidades e igrejas,
estudava-se o latim clássico.
Fonte: Freepek.com 
Séculos XVII e XVIII
• Com o declínio do teocentrismo, percebe-se que a
língua apresenta aspectos universais a todas as
línguas – ligadas ao pensamento;
• Gramática de Port-Royal, de Lancelot e Arnoud,
confirma a tendência racional ao conceber a
linguagem como reflexo do pensamento;
• Caráter universal das línguas;
• Início do estudo comparativo entre as línguas.
Fonte: Freepek.com 
Método comparativo – Séc. XIX
• Friedrich Schlegel e Franz Bopp criaram a gramática comparativa -
que buscava verificar as familiaridades entre as línguas e comprovar seu
efetivo parentesco.
“[...] existem correspondências sistemáticas (e
não apenas aleatórias ou casuais) em termos
de estrutura gramatical, correspondências estas
passíveis de serem estabelecidas por meio
duma cuidadosa comparação” (FARACO, 2005,
p. 134).
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3
Latim 
clássico
LÍNGUAS ROMÂNICAS
Português Espanhol Francês Italiano
novu
movet
mordit
porta
populu
novo
move
morde 
porta
povo
nuevo
mueve
muerde
puerta
pueblo
neuf 
meut 
mord
porte
peuple
nuovo
muove
morde
porta
popolo
Fonte: Adaptado de Ilari (2004, p. 23). 
Quadro comparativo das línguas românicas Línguas indo-europeias
Indo-europeu ou protoindo-europeu: língua
hipotética da qual teriam derivado várias
famílias linguísticas faladas na Europa e na
Ásia; diz-se da língua-mãe dessas famílias, à
qual se chega pela comparação entre as
similaridades entre as línguas das subfamílias
do que seria uma mesma árvore genealógica.
Séc. XIX - Neogramáticos
Principal objetivo: construir uma
teoria explicativa da mudança.
Principal interesse: investigar os
mecanismos da mudança.
Principal objeto: às línguas vivas
naquele momento do tempo –
sincronia.
Ferdinand de 
Saussure
Ferdinand de Saussure 
Ferdinand de 
Saussure (1857-1913)
• Precursor dos estudos estruturalistas, e
neogramático de formação.
• Foi um linguista e filósofo suíço, cujas
elaborações teóricas propiciaram o
desenvolvimento da linguística
enquanto ciência autônoma.
• Obra póstuma: “Curso de linguística
geral”, 1ª edição em 1916, foi escrita
por seus alunos Charles Bally e Albert
Sechehaye.
Fonte: https://bit.ly/2MhputA. 
Acesso em: 25 jul. 2021.
Sistema, estrutura, normas
Para Saussure:
• a língua é um todo em si mesma, um sistema que
tem uma unidade própria de estudo;
• a linguagem é como um sistema articulado, uma
estrutura, não existe em si mesma;
• o que regula o funcionamento das unidades que
compõem o sistema linguístico são normas que
internalizamos muito cedo e que começam a se
manifestar na fase de aquisição da linguagem.
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Linguagem
Linguagem 
(sistema)
Língua 
(social e autônoma)
Fala 
(individual)
Estruturalismo 
“[...] compreende que a língua, uma vez formada
por elementos coesos, inter-relacionados, que
funcionam a partir de um conjunto de regras,
constitui uma organização, um sistema, uma
estrutura. Essa organização dos elementos se
estrutura seguindo leis internas, ou seja,
estabelecidas dentro do próprio sistema.”
(MARTELOTTA, 2012, p. 114)
Exercício
Seção 1.1 – Precursores dos estudos linguísticos - p. 23
Mudanças linguísticas
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Atividade de interação 1
• Sobre as mudanças linguísticas. 
Qual a concepção de linguagem existente desde a 
antiguidade até o início do século XIX?
Fonte: Shutterstock.com
Signo linguístico
Dicotomias saussureanas
• Divisão lógica de um conceito em dois outros conceitos, em geral contrários,
que lhe esgotam a extensão.
• Significante x significado
• Língua x fala
• Diacronia x sincronia
• Sintagma x paradigma
Signo linguístico
“Os termos implicados no signo linguístico são psíquicos e estão unidos, em
nosso cérebro, por um vínculo de associação. [...] O signo linguístico une não
uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica.”
Conceito 
(significado)
Imagem acústica
(significante)
(SAUSSURE, 2012, p. 106-107).
• Os signos são definidos convencionalmente pelo grupo, e não pelo
indivíduo.
Exemplo: aliança
referente
Significante:
aliança
Significado:
marca de união entre duas pessoas
1º princípio: a arbitrariedade do signo linguístico
• Por que você tem o nome que tem? 
• Não existe lógica para nomear as coisas ou seres: arbitrariedade.
Afirmar que o signo linguístico é arbitrário significa 
reconhecer que não existe uma relação necessária, 
natural, entre a sua imagem acústica (seu significante) 
e o sentido a que ela nos remete (seu significado). 
(MARTELOTTA, p. 119)
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2º princípio: caráter linear do significante
• O significante, por ser de natureza auditiva, se desdobra somente no
tempo e tem as propriedades que toma emprestadas ao tempo:
(a) representa uma extensão;
(b) essa extensão é mensurável numa única dimensão: é uma linha.
Exemplo:
• Cada morfema é uma sequência de fonemas, cada
frase é uma sequência de morfemas, cada discurso
uma sequência de frases.
Imutabilidade e 
mutabilidade do signo 
linguístico
Imutabilidade do signo linguístico
• À primeira vista, um tanto paradoxal, oprincípio da
mutabilidade e imutabilidade do signo linguístico.
• Uma das principais propriedades do signo linguístico é
sua arbitrariedade.
• O signo é arbitrário na medida em que a relação que
une seu significante ao seu significado não é
regida por nenhuma norma, não tem um sentido
lógico, é totalmente arbitrária.
Imutabilidade do signo linguístico
A língua chega à massa social através da tradição, e 
assim, chegam também os signos, ou seja, ao 
significante “cachorro” associa-se o significado 
“cachorro”, porque antes já foi feita essa associação. 
Como a relação que liga um ao outro é totalmente 
arbitrária, ela se torna, então, incontestável, já que, 
para que algo seja contestado, é preciso que, antes, 
seja regido por alguma lógica a ser contestada.
Mutabilidade do signo linguístico
• O tempo, que assegura a continuidade da língua, tem
outro efeito, em aparência contraditório com o
primeiro: o de alterar mais ou menos rapidamente os
signos linguísticos e, em certo sentido, pode-se falar,
ao mesmo tempo, da imutabilidade e da mutabilidade
do signo.
(SAUSSURE, 2012, p. 114-115).
Mutabilidade do signo linguístico
≠
[...] a língua não é livre, porque o tempo permitirá que as
forças sociais que se exercem sobre ela desenvolvam seus
efeitos, e chega-se ao princípio de continuidade, que anula
a liberdade. (SAUSSURE, 2021, p. 129)
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Linguagem e 
comunicação
Linguagem
A linguagem constitui um sistema por meio do qual ocorre a comunicação
entre os indivíduos.
Para que serve a linguagem?
Basicamente, a linguagem 
serve para a 
comunicação e, portanto, 
para a manutenção das 
relações sociais.
• A comunicação constitui um processo que consiste,
sobretudo, na troca/transmissão de informações.
• Seu objetivo básico é levar o outro à compreensão,
além de gerar vínculos interacionais, afetivos.
Comunicação
Disponível em: https://bit.ly/2KbzWlT. Acesso 
em: 20 abr. 2020.
O processo comunicativo
emissor receptor
contexto
mensagem
código
canal
codificação decodificação
 interlocutores
Situação-problema
Situação-problema
Para solucionar esse problema, como será sua
abordagem considerando as discussões do estruturalismo
de Saussure?
Você é um professor da educação básica, responsável pela disciplina 
de Língua Portuguesa no 6° ano. Logo na primeira aula, tem início um 
debate entre alguns alunos, os quais divergem em relação aos nomes 
dados aos objetos. 
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Problematizando a Situação-Problema
• A abordagem estruturalista, de Saussure,
apresentará que o signo linguístico é arbitrário.
• Os alunos precisam reconhecer que não existe uma
relação necessária, natural, entre o significante e o
significado.
• Os alunos devem perceber que o signo não é
motivado, e sim, cultural, convencional, já que resulta
do acordo implícito realizado entre os membros de
uma determinada comunidade. Trata-se, portanto, de
uma convenção.
Resolvendo a Situação-Problema
Estratégia geral para a resolução:
• Buscar um objeto e, por meio dele, trazer as
explicações de Saussure.
É fundamental que as 
discussões apontem 
para as distinções, 
porém sem a 
necessidade de uma 
linguagem acadêmica 
dos termos.
cadeira
Fonte: Shutterstock. Fonte: Shutterstock.
Mutabilidade do signo 
linguístico
Atividade de interação 2
• Sobre a mutabilidade do signo linguístico.
Como se chama, na sua região, a ave da
imagem ao lado, cinza de pintinhas brancas?
Fonte: Shutterstock.com
Revisão final
Revisão final
• Desde a antiguidade houve a necessidade de
sistematização da língua.
• Com os romanos surge a concepção de “certo” e
“errado” na língua.
• A linguagem é vista enquanto um sistema, com a
junção da língua e da fala.
Fonte: Freepek.com 
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Referências
FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica: uma introdução ao 
estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. 
ILARI, Rodolfo. Linguística histórica. 3. ed. São Paulo: Ática, 
2004. 
MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. São Paulo: 
Contexto, 2012.
SALGADO, Beatriz de Oliveira; MARQUES, Paula. Introdução aos 
estudos linguísticos. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2017.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 28.ed. São 
Paulo: Cultrix, 2012. 
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 1.ed. São 
Paulo: Parábola, 2021. 
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