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CARTOGRAFIA TEMÁTICA CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD Cartograia Temáica – Prof. Ms. Luiz Henrique Pereira Olá! Meu nome é Luiz Henrique Pereira. Sou graduado e mestre em Geograia pela Universidade Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro-SP. Tenho experiência na área de Geociências, com ênfase em Geograia Física. Desenvolvo pesquisas relacionadas ao Manejo de Bacias Hidrográicas, Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento e Cartograia. E-mail: e_luizh@yahoo.com.br Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação CARTOGRAFIA TEMÁTICA Luiz Henrique Pereira Batatais Claretiano 2013 Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação © Ação Educacional Clareiana, 2011 – Batatais (SP) Versão: dez./2013 526 P489c Pereira, Luiz Henrique Cartografia temática / Luiz Henrique Pereira – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 238 p. ISBN: 978-85-8377-081-7 1. Geoinformação. 2. Tratamento da informação espacial. 3. Representação cartográfica. 4. Comunicação cartográfica. 5. Geotecnologias. I. Cartografia temática. CDD 526 Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Coordenador de Material Didáico Mediacional: J. Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cáia Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Marins Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Luis Henrique de Souza Patrícia Alves Veronez Montera Rita Cristina Bartolomeu Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Bibliotecária Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano - Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br SUMÁRIO CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ............................................................................. 11 3 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 35 4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 36 UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA CARTOGRAFIA TEMÁTICA E A PROBLEMÁTICA DO TERMO "ESCALA" 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 37 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 37 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 37 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 39 5 BREVE PANORAMA TEÓRICO DA CARTOGRAFIA ............................................... 41 6 O DESENVOLVIMENTO DA CARTOGRAFIA TEMÁTICA ........................................ 53 7 ESCALA CARTOGRÁFICA X ESCALA GEOGRÁFICA ............................................... 57 8 DETERMINAÇÃO DA ESCALA NUMÉRICA E A GENERALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA .................................................................................................. 59 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 63 10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 63 11 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 64 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 64 UNIDADE 2 – OS MAPAS SOB A ÓTICA DA COMUNICAÇÃO VISUAL 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 67 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 67 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 68 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 68 5 TRADUÇÃO GRÁFICA ......................................................................................... 69 6 VARIÁVEIS VISUAIS ............................................................................................ 77 7 FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES DA VARIÁVEL VISUAL COR ................................ 82 8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 95 9 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 96 10 E-REFERÊNCIA .................................................................................................... 97 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 97 Claretiano - Centro Universitário UNIDADE 3 – AQUISIÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS E TRATAMENTO ESTATÍSTICO DA INFORMAÇÃO ESPACIAL 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 99 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 99 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 100 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 101 5 FONTES DE DADOS GEOGRÁFICOS ..................................................................... 102 6 FONTE DE DADOS CARTOGRÁFICOS: DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA, SENSORIAMENTO REMOTO E OBSERVAÇÃO DE CAMPO (GPS) ......................... 104 7 FONTES DOS DADOS CARTOGRÁFICAS............................................................... 108 8 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS GEOGRÁFICOS PARA A ELABORAÇÃO DE MAPAS TEMÁTICOS ................................................................ 109 9 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS ...................................................................... 116 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 118 11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 119 12 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 119 13 REFERÊNCIAS BOBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 120 UNIDADE 4 – MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO DA CARTOGRAFIA TEMÁTICA 1 OBJETIVO ...........................................................................................................121 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 121 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 121 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 122 5 MÉTODOS DE MAPEAMENTO PARA DADOS QUANTITATIVOS: MAPAS COROPLÉTICOS ...................................................................................... 123 6 MÉTODOS DE MAPEAMENTO PARA DADOS QUANTITATIVOS: MAPAS ISOPLÉTICOS .......................................................................................... 127 7 MÉTODOS DE MAPEAMENTO PARA DADOS QUALITATIVOS: COLEÇÃO DE MAPAS .......................................................................................... 130 8 MÉTODOS DE MAPEAMENTO PARA REPRESENTAÇÕES DINÂMICAS: REPRESENTAÇÃO POR FLUXO ............................................................................. 133 9 MÉTODOS DE MAPEAMENTO PARA REPRESENTAÇÕES DINÂMICAS: REPRESENTAÇÃO CRONOLÓGICA ....................................................................... 135 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 139 11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 139 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 140 Claretiano - Centro Universitário UNIDADE 5 – CARTOGRAFIA DE SÍNTESE E OUTRAS FORMAS DE VISUALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO ESPACIAL 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 141 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 141 3 ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..................................................... 141 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 142 5 SÍNTESE CARTOGRÁFICA .................................................................................... 143 6 OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: DIAGRAMAS ....................... 147 7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 153 8 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 153 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 154 UNIDADE 6 – CARTOGRAFIA DIGITAL: COMPREENDENDO A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 155 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 155 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 156 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 156 5 GEOTECNOLOGIAS: O SENSORIAMENTO REMOTO NA AQUISIÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS E O SIG COMO MEIO DE VISUALIZAÇÃO .................................................................................................... 158 6 CARTOGRAFIA E ENSINO: CONSTRUÇÃO SOCIAL E MEIO ENTRE O SUJEITO E O OBJETO DE CONHECIMENTO .......................................... 165 7 CARTOGRAFIA MEDIANDO A CONSTRUÇÃO DE UM CONHECIMENTO INTEGRADO: SOCIEDADE, NATUREZA E ESPAÇO ................................................ 166 8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 171 9 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 172 10 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 172 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 173 UNIDADE 7 – A INFLUÊNCIA DAS CORES NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO VISUAL 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 175 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 175 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 176 Claretiano - Centro Universitário 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 176 5 A COR E A COMUNICAÇÃO ................................................................................. 178 6 HOMEM, CULTURA, CIÊNCIA... E A COR ............................................................. 182 7 A PSICODINÂMICA DAS CORES: AS CORES APLICADAS À CRIATIVIDADE E A APRESENTAÇÃO DE IDEIAS .................................................... 194 8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 200 9 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 201 10 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 202 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 202 UNIDADE 8 – AS FACES DA CARTOGRAFIA: O PODER DA IDEOLOGIA E A CONSTRUÇÃO DO SABER 1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 205 2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 205 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 206 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 207 5 CONSIDERAÇÕES INICIAIS: O DESAFIO DE UMA CARTOGRAFIA SOCIALMENTE ÚTIL ............................................................................................ 208 6 SUGESTÕES PARA REFLEXÃO SOBRE O TEMA PROPOSTO: PRESSUPOSTOS E OBJETIVOS QUE DEVEM SER PENSADOS PELO PROFESSOR ............................................................................................... 212 7 CARTOGRAFIA E ESTADO: UMA RELAÇÃO ESTRATÉGICA ................................... 214 8 PROPOSIÇÕES PARA UMA CARTOGRAFIA DE INTERESSE SOCIAL ...................... 226 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 233 10 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 234 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 237 EA D CRC Caderno de Referência de Conteúdo Ementa ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Princípios teóricos da Cartograia Temática e suas relações com a Geograia. Aquisição de dados geográicos e tratamento estatístico da informação espa- cial. Fundamentos da semiologia gráica aplicados à comunicação cartográica. Generalização Cartográica. Métodos para mapeamento de dados geográicos quantitativos, qualitativos, estáticos e dinâmicos. Cartograia de Síntese. Análise e interpretação de Cartas Temáticas. Tendências cartográicas atuais. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. INTRODUÇÃO Para facilitar seu estudo sobre Cartografia Temática, divi- dimos o conteúdo em oito unidades, que serão resumidamente apresentadas a seguir. Na Unidade 1, apresentaremos os princípios teóricos que fundamentam a Cartografia do ponto de vista da comunicação científica. A compreensão das bases teóricas é fundamental para o entendimento de suas potencialidades e para o desenvolvimento de sua prática, especialmente no segmento temático da atividade cartográfica. Nessecontexto, abordaremos, também, as diferentes concepções de escala (matemática e geográfica), essencial quando se trata de representação (generalização) do espaço geográfico. © Cartograia Temática10 Na Unidade 2, conheceremos as diretrizes que norteiam a elaboração dos mapas temáticos, enfatizando os procedimentos que vão desde a compreensão da natureza da informação geográ- fica que se deseja apresentar, até a diagramação cartográfica. Em seguida, na Unidade 3, consideraremos a diversidade de dados passíveis de representação espacial e como convertê-los em informação. Aprenderemos a obter dados para serem mapeados, bem como as principais fontes utilizadas pela Cartografia. Os as- suntos pertinentes a esse tema são: fontes para aquisição de da- dos geográficos e procedimentos estatísticos direcionados ao tra- tamento, à apresentação, à interpretação e à análise desses dados. Ao longo da Unidade 4, conheceremos os principais métodos de mapeamento que viabilizam a visualização dos dados trabalha- dos na unidade anterior. Dentre os métodos mais difundidos nes- sa área, destacaremos os mapas coropléticos, isopléticos, coleção de mapas, representação por fluxo e representação cronológica. O conceito e a importância da síntese cartográfica serão apresentados na quinta unidade. Nela, também serão abordados outras possibilidades de representação dos dados geográficos, como: cartogramas e diagramas. A abordagem da sexta unidade compreende a atual tendên- cia da Cartografia, representada pela Cartografia Digital, inserida no contexto das Geotecnologias. Com caráter reflexivo, discutire- mos brevemente o processo de aprendizagem da Cartografia e a proposta educacional para o ensino dessa ciência. Finalmente, as Unidades 7 e 8 possuem caráter complemen- tar, com o propósito de salientar duas importantes questões para a Cartografia. Na Unidade 7, serão aprofundados os conceitos rela- cionados ao elemento "cor", enfatizando os estímulos fisiológicos desencadeados pela variabilidade espectral, a fim de elucidar que a escolha da cor não deve ser simplesmente um operação alea- tória ou estética, mas, sim, técnica e objetiva. Já na Unidade 8, traremos textos reflexivos, cujo objetivo é avaliar e estabelecer críticas sobre a Cartografia apresentada em sala de aula no Ensino Fundamental e Médio, refletindo sobre como algumas instituições muitas vezes se apropriam da informação espacial como meio de Claretiano - Centro Universitário 11© Caderno de Referência de Conteúdo direcionamento de interpretações, nem sempre condizentes com a realidade observada. Bons estudos! 2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO Abordagem Geral Neste tópico, apresentamos uma visão geral do que será es- tudado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você en- trará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Aborda- gem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade social. Veremos, no decorrer do nosso estudo, que as áreas como Cartografia Temática, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamen- to aplicados à análise e gestão ambiental possuem estreita relação entre si. No entanto, focaremos mais precisamente o estudo da Cartografia. A Cartografia, de acordo com a definição adotada pela Asso- ciação Cartográfica Internacional, é o conjunto de estudos e ope- rações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de ex- pressão, bem como à sua utilização (CARTOGRAFIA, 2012). Por meio dessa definição, podemos ver que a Cartografia en- globa as atividades que vão desde o levantamento dos dados, pas- sando pela preparação e organização, até a divulgação do mapa e sua posterior leitura. © Cartograia Temática12 Se considerarmos as etapas de coleta de dados e os proce- dimentos metodológicos adotados para a elaboração dos mapas, poderemos dividir a Cartografia em dois campos. O primeiro é o campo da Cartografia Sistemática, que se caracteriza por objetivar a representação exata e detalhada da superfície terrestre. Isso vai garantir para o mapa topográfico (ou mapa base) a precisão da posição, da forma e da dimensão das áreas medidas sobre o terreno. Sobre essa base, o mapa topográfico ainda dispõe de algu- mas outras informações descritivas do terreno, que são as rodo- vias e ferrovias e os limites políticos (como as divisões estaduais, municipais e até mesmo algumas propriedades rurais). Em essência, a Cartografia Sistemática elabora documen- tos capazes de atender a vários propósitos, pois se constitui num mapa base para o desenvolvimento de inúmeras atividades. Além disso, esses documentos podem ser utilizados por muito tempo, visto que os elementos representados não costumam sofrer gran- des alterações. Quando surgiu a necessidade de representar aspectos parti- culares da superfície terrestre, ou seja, incluir mais informações do que as já mencionadas, percebeu-se que o melhor meio não seria sobrepor as várias informações no mapa topográfico, o que geraria grande confusão dado o volume de informações num único plano. A solução encontrada foi tratar cada assunto de interesse de uma maneira particular. Assim, ainda no século 17, desenvolve- ram-se os mapas de assuntos especializados, que são atualmente os mapas temáticos! Logo, o outro campo da Cartografia que mencionamos refe- re-se à Cartografia Temática. Esses mapas tratam de qualquer assunto, das mais diversas naturezas, sejam reais, como os fenômenos naturais e sociais, se- jam imateriais, como os fenômenos culturais, econômicos, fluxos de informação, entre outros do espaço virtual. Claretiano - Centro Universitário 13© Caderno de Referência de Conteúdo E, assim, de maneira simplista, a Cartografia Temática tem por objetivo fornecer a representação dos fenômenos geográficos. Vale dizer que o termo “geográfico" está relacionado a aqui- lo que possui dimensão ou que apresenta distribuição no espaço. Todos os elementos, fenômenos ou dados que atendem a esse re- quisito são passíveis de cartografação, ou seja, podem ser apre- sentados por meio da representação gráfica. Enquanto a Cartografia Sistemática é descritiva e geométri- ca, a Cartografia Temática é analítica, pois requer certo conheci- mento para a sua compreensão e, às vezes, pode ser considera- da até mesmo autoexplicativa, caso o mapa tenha sido elaborado dentro das normas da representação cartográfica. É importante destacar que os elementos representados no mapa, tanto na Cartografia Sistemática como na Temática, são de- terminados unicamente em função da escala cartográfica adotada para elaboração do mapa. Podemos concluir com isso que a escala cartográfica é a con- dição primordial para a precisão, legibilidade e eficiência do mapa, pois o acúmulo ou não dos símbolos dispostos no mapa depende- rá do tamanho do espaço disponível. Nesse sentido, é preciso relembrar que uma escala carto- gráfica pequena implica poucos detalhes, pois representa uma ex- tensa área num espaço restrito, como os planisférios ou os globos terrestres, representados num único pedaço de papel. Já uma escala cartográfica grande implica um mapa rico em detalhes, pois representa uma pequena porção do terreno, signifi- cando, assim, uma maior aproximação do real. A decisão de incorporar ou não determinados elementos na representação cartográfica em função da escala é o objetivo da generalização. © Cartograia Temática14 Então temos que, quanto menor for a escala cartográfica do mapa, maior será a necessidade de generalização da informação. Logo, o que encerra a CartografiaTemática é sua função em representar, de modo adequado, os fatos que se passam na super- fície da Terra. O modo adequado ao qual nos referimos é indicado pelas normas da Semiologia Gráfica, que tem por objetivo analisar a na- tureza da informação espacial (ou seja, se é qualitativa ou quan- titativa; discreta ou ordenada) e selecionar o melhor método de transcrevê-la para o mapa. A Cartografia, especialmente a Temática, constitui-se num instrumento indispensável para o trabalho tanto do geógrafo como para o professor de Geografia, pois ela possibilita o registro e a análise espacial dos dados, permitindo que sejam estabeleci- das importantes relações entre os fenômenos e o espaço, desven- dando as causas e os efeitos que regem a dinâmica da natureza e do nosso cotidiano na constante construção e transformação do espaço. Análise espacial dos dados Na elaboração de produtos cartográficos, o que fazemos é nada mais do que espacializar informações, ou seja, dispor sobre um plano cartográfico, que representa uma determinada área, os dados ou fenômenos que constroem e formam o espaço geográ- fico. Buscaremos na Geografia novamente a função da Cartogra- fia. Generalizando um pouco, sabemos que a Geografia é a ciência responsável por estudar a relação entre o homem e a natureza, cabendo ao geógrafo compreender as relações existentes entre ambos no processo de produção do espaço geográfico. Em outras palavras, a Cartografia é responsável por dar visi- bilidade ao fenômeno geográfico. Claretiano - Centro Universitário 15© Caderno de Referência de Conteúdo Assim, mostra-se a grande contribuição da Cartografia pe- rante a sociedade, cumprindo, como ciência, o seu papel social. As informações cartográficas constituem as bases sobre as quais se tomam decisões e encontram soluções para os problemas socioeconômicos e técnicos existentes. A Cartografia foi a principal ferramenta usada pela humani- dade para ampliar os espaços territoriais e organizar sua ocupação. Hoje, ela está presente no cotidiano da sociedade, informando-a, levando soluções para problemas urbanos, de segurança, saúde pública, turismo, bem como fornecendo subsídios ao planejamen- to rural e à gestão ambiental de maneira geral. Conceitualmente, pode-se dizer que a Cartografia é uma “atividade meio”, ou seja, não possui uma finalidade em si mesma. Seu uso é abrangente, servindo de suporte a diversas ciências e tecnologias. A Cartografia constrói seu produto conforme as ne- cessidades apresentadas e entrega-o na forma de mapa, único ins- trumento capaz de representar em escala, com o grau de exatidão requerido, informações quantitativas e qualitativas necessárias ao planejamento territorial. Considerando tudo o que foi exposto até o momento, pode- mos afirmar que a Cartografia Temática é a expressão gráfica da Geografia! Ao longo das décadas, as técnicas de representação da in- formação espacial foram se aperfeiçoando e, cuidadosamente, transformando-se numa linguagem universal, própria da Carto- grafia. No entanto, para melhor utilizá-la e compreende-la, é de fundamental importância que conheçamos sua linguagem, suas potencialidades e seus limites. No que diz respeito ao uso das representações cartográficas no ensino escolar, enfatizamos o seu papel enquanto linguagem. © Cartograia Temática16 As representações são abstrações do mundo real necessárias ao nosso desenvolvimento cognitivo. São símbolos que atribuímos aos elementos que nos rodeiam para que possamos representar a realidade. O uso de símbolos como forma de linguagem é muito impor- tante para a cognição e assimilação do indivíduo e para o desen- volvimento de seu aprendizado. Na escola, é a linguagem que for- nece os conceitos e as formas de organização do real; na verdade, é a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. As representações cartográficas caracterizam-se como um tipo de linguagem no qual se escrevem (grafam) o espaço geográ- fico e os fenômenos que nele ocorrem. Compreendemos a Cartografia Temática, foco do nosso es- tudo, como um meio de comunicação, um veículo que possibilita a discussão das realidades geográficas. A linguagem é um sistema simbólico elaborado pelos grupos sociais e é particular a cada grupo. É ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, ou seja, a retificação dos concei- tos para interpretarmos o nosso mundo. A linguagem é a mediação entre o sujeito e o objeto do co- nhecimento. Assim, entendemos que é por meio dela que as ideias são socialmente formadas e culturalmente transmitidas; portanto, sociedades e culturas diferentes conduzem a linguagens diferen- ciadas. A noção de mediação indica que, como sujeito do conheci- mento, o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, por meio de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que nós dispomos. Essa mediação é realizada por objetos, por meio da organização do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo, ou seja, tudo o que influi na construção do conhecimento. Claretiano - Centro Universitário 17© Caderno de Referência de Conteúdo E é nesse contexto que podemos inserir a Cartografia – como uma linguagem mediadora entre o sujeito e o objeto do conheci- mento. Só para esclarecer os termos, “sujeitos” somos nós, e o “ob- jeto do conhecimento” é o nosso mundo exterior. Tradicionalmente, a Cartografia é subutilizada na Educação Básica. Reduz-se ao simplismo da mera ilustração artística. Contudo, ela deve ser entendida como um meio para a cons- trução social, não como algo acabado e estático. A Cartografia não é meramente um amontoado de técnicas; ela tem o poder de construir, reconstruir e, acima de tudo, revelar informações! A Cartografia é aceita como meio de construção do conhe- cimento, inserindo-se como grande aliada para compreensão de qualquer tema abordado dentro da aula de Geografia. Os mapas podem ser instrumentos extremamente ricos em informação; pode-se considerar como uma de suas grandes vir- tudes o entendimento de diferentes variáveis sobre um mesmo espaço, auxiliando na compreensão das relações entre fenômenos (as causas) e no entendimento da realidade como um todo inte- grado (os efeitos). Mas o que realmente observamos na maioria dos materiais didáticos é que eles simplesmente usam a Cartografia como uma ferramenta para a compreensão e exemplificação dos assuntos tratados, e não como uma forma de construção do conhecimento. É preciso encarar a Cartografia além de seus aspectos visuais e artísticos, propondo alternativas para a sua utilização, que ultra- passem o simplismo da imagem e cheguem ao nível de conheci- mento necessário para a compreensão da realidade que o aluno vive, pois a maneira como os mapas são utilizados, apresentando o conteúdo imediato do texto, e não incorporando nada ao que já se foi mencionado, expõe ao aluno uma realidade um tanto caótica, © Cartograia Temática18 uma vez que os fenômenos aparecem bagunçados e independen- tes. Assim, os conteúdos dos mapas pouco ou em nada subsidiam o aluno no entendimento da realidade. Há outro problema no uso dos mapas no ensino. As repre- sentações cartográficas são capazes de expressar a percepção do espaço daqueles grupos e/ou pessoas que a construíram. As cartas e mapas expõem territórios, paisagens, elementos ou até mesmo fenômenos que são representados mediante ideologias de seus realizadores, pois essas representações são condicionadas pela forma de como esses grupos veem o mundo; em outros termos, são “olhares”, e como coloca Japiassu (1975) em sua obra O mito da neutralidade científica: não há “olhares neutros”. Eles são ba- nhados por uma atmosfera sociopolítica. Esse mesmo autor lembra que a produção do conhecimento se faz numa sociedade determinada, que condiciona seus objeti- vos, seus agentes e seu modo de funcionamento. Ela é profunda- mente marcada pela cultura em que se insere e carrega em si os traços da sociedade que a engendram,refletindo suas contradi- ções, tanto em sua organização interna quanto em suas exterio- rizações, como a arquitetura e a arte, ou mesmo a forma de uma cidade em termos de suas características. Assim, a Cartografia apresenta-se como algo muito além do que uma simples técnica. É necessário se ter em mente que seu uso e sua construção não são neutras. Por exemplo, ao darmos uma definição ampla e geral de que a Cartografia é uma atividade de construção, repre- sentação e interpretação do território a partir da generalização de elementos da paisagem, estamos aceitando o fato de que quem faz a cartografia é um indivíduo carregado de ideologias, mesmo que ingenuamente. Diante desse contexto, cabe a seguinte indagação: é possível a aplicação na Educação Básica de mapas construídos sob determi- nada condição sociopolítica a alunos que vivem outras realidades? Claretiano - Centro Universitário 19© Caderno de Referência de Conteúdo Que espaço é esse que se observa nas representações car- tográficas? O que são essas representações em termos de territó- rios? A que se destinam? O que entra em questão é: qual realidade que está sendo transmitida ao aluno? Uma realidade distante do seu cotidiano com mapas carregados de conteúdos ideológicos díspares à sua realidade, que não estejam relacionados com o seu dia a dia. Essa problemática incentivou pesquisadores, grupos de es- tudos e laboratórios de programas científicos a iniciar um novo processo de produção de conhecimento cartográfico, mais compa- tível com a realidade dos alunos, aproximando-os de seu espaço. A solução a esse problema foi a elaboração dos Atlas Municipais, que são um conjunto de mapas específicos de uma localidade, de um território específico, restringindo a representação a uma reali- dade mais próxima para determinada comunidade. Esse projeto, que entra na linha de melhoria do ensino pú- blico, teve como objetivo central elaborar material didático e pro- cedimentos de ensino para o estudo da localidade dentro da disci- plina de Geografia. Esse material parte do pressuposto de que é o próprio aluno o principal usuário dos mapas. Assim, definem-se claramente as finalidades dos mapas. E, se retomarmos as questões iniciais, sa- beríamos responder a quem ele se destina, à qual uso etc. Além disso, minimizaríamos o principal problema aqui levantado, que corresponde à questão da contextualização da realidade em que o mapa foi gerado com a realidade do indivíduo. A educação cartográfica por meio do lugar de vivência do aluno permite que ele relacione facilmente no mapa os espaços representados com sua realidade. Assim, os Atlas Municipais po- dem levar os alunos a uma melhor compreensão crítica e reflexiva da realidade. © Cartograia Temática20 Grupos de pesquisa têm concluído que a temática dos ma- pas municipais e o consequente estudo da localidade têm favore- cido um processo de ensino e aprendizagem mais significativo, já que se trata de aspectos do lugar vivido pelos alunos e até mesmo dos professores. Para finalizar, concluímos que a Cartografia tornou-se essen- cial para a educação contemporânea, tanto para o aluno atender às necessidades do seu cotidiano quanto para estudar o ambiente em que vive. Aprendendo as características físicas, econômicas, sociais e humanas do ambiente, ele pode entender as transforma- ções causadas pela ação do homem e dos fenômenos naturais ao longo do tempo. Há a necessidade de refletir acerca da teoria e metodologia da Cartografia quando se considera o ambiente educacional, pois falar de Cartografia no ensino de Geografia implica a Cartografia feita de forma crítica, sem esquecer ou reduzir o conhecimento teórico e científico dos mapas. Contudo, não adianta um material ser elaborado calcado nas melhores teorias pedagógicas, utilizando-se dos melhores recur- sos didáticos e linguísticos, se não houver um comprometimento e ética por parte dos professores perante sua profissão e seus alu- nos. Reflita sobre as ideias expostas nesta Abordagem Geral e, principalmente, comece você, futuro professor de Geografia, a desenvolver o hábito de avaliar criticamente os mapas presentes em seu cotidiano, sejam eles apresentados na televisão, em mídias impressas, em simples panfletos, nos livros didáticos etc. Não se esqueça de que a Cartografia é uma ciência só; a di- visão entre sistemática e temática é apenas uma questão didática. Claretiano - Centro Universitário 21© Caderno de Referência de Conteúdo Glossário de Conceitos O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá- pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados neste Caderno de Referência de Conteúdo. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 1) Acurácia: na Cartografia, pode ser entendida como a dis- crepância entre o valor do dado estimado e o observado (referência), ou seja, o quanto o dado se difere espacial- mente. 2) Aplicativo: desde os anos de 1980, com a difusão dos computadores, a informática tornou-se indispensável nas áreas de Geociências, e a palavra “aplicativo” confi- gurou-se como um termo usual, que se refere a progra- mas de computador (softwares), criados para atender às necessidades específicas de um determinado usuá- rio. pode, também, designar uma ferramenta específica dentro do software. Por exemplo: o Sistema de Infor- mações Geográficas SPRING/INPE possui aplicativos de processamento digital de imagens. 3) Arquivos raster: são comumente denominados de ima- gem, pois consistem em uma matriz regular, formada por linhas e colunas, em que cada unidade (célula) é de- nominada de pixel. Cada pixel, por sua vez, contempla um valor numérico. Pode ser compreendido como um modo de armazenamento de dados. 4) Arquivos vetoriais: constituem-se em um modo de ar- mazenamento de dados por coordenadas (vetores), compostos por linhas, pontos ou polígonos, passíveis de edição que permitam alterações em sua geometria e po- sição espacial, sem que haja, necessariamente, perda de informação, diferentemente dos dados raster. 5) Banco de Dados Geográfico (BDG): arquitetura compu- tacional que permite o armazenamento de dados alfa- -numérico, sob a forma de tabelas, com o diferencial de suportar feições geométricas com suas respectivas coor- denadas espaciais. © Cartograia Temática22 6) CAD: a sigla significa Computer Aided Design ou Desenho Assistido (auxiliado) por Computador. Abrange o conjun- to de softwares com funções de auxiliar a manipulação e criação de informações vetoriais, baseado no uso de planos cartesianos, em que os eixos X, Y e Z podem as- sumir variadas unidades de medida, como metros, qui- lômetros ou graus, minutos e segundos. Justamente por esse fato, os softwares CAD foram largamente utilizados para suprir as necessidades da cartografia digital, pois simulavam o plano cartesino como um plano. 7) Carta: representação simbólica, geralmente plana, da superfície terrestre e de seus objetos e fenômenos. Na bibliografia, observa-se que a distinção entre os termos “mapa” e “carta” não é consolidado. De modo geral, o mais aceito é que “mapa” se refere a um termo de utili- zação comum, enquanto “carta” é especialmente usada no âmbito da cartografia topográfica, hidrográfica, náu- tica e aérea, em que as medidas de distância e orienta- ção são precisas, sendo normalmente apresentadas em média e grande escalas (até 1:25.000). Particularmente, acreditamos que a definição de mapa contém a “ideia de carta” e restringe sua utilização ape- nas para quando há subdivisão, sistematização e articu- lação entre folhas, obedecendo a um plano nacional ou internacional, como: as folhas das cartas topográficas 1:50.000 do IBGE. 8) Carta cadastral: o mesmo que planta cadastral. Repre- sentação detalhada das ruas, quadras e lotes de uma área urbana. 9) Carta corográfica: carta topográfica de escala intermé- dia, em regracompreendida entre 1:500 000 e 1:50 000, que representa os traços gerais de países ou regiões (ter- mo em desuso). 10) Carta imagem: tendo como fundo uma imagem da su- perfície terrestre (visada perpendicular), são delineadas (como um desenho sobreposto) apenas algumas infor- mações que se deseja evidenciar. Claretiano - Centro Universitário 23© Caderno de Referência de Conteúdo 11) Cartografia topográfica: ramo da Cartografia que trata das cartas topográficas. Devido ao seu interesse nacional, normalmente a responsabilidade de seu levantamento é atribuída a organismos estatais ou reconhecidos pelo Estado. No Brasil, o IBGE é o grande responsável pela or- ganização, criação e atualização das informações planial- timétricas (X, Y e Z). No estado de São Paulo, destaca-se o Instituto Geográfico Cartográfico (IGC). Com o advento das novas tecnologias de aquisição de dados terrestres, como o imageamento de altimetria realizado a laser ou RADAR transportados por aeronaves, algumas empresas privadas de aerolevantamento iniciaram a comercializa- ção de informações topográficas de elevado detalhe e precisão para áreas específicas. 12) Cartodiagramas: são representações com diagramas so- brepostos. Aplicam-se a fenômenos discretos, e seu uso tem sido bastante discutido. Não que os diagramas em si não sejam importantes instrumentos de análise de fe- nômenos geográficos; eles de fato são. No entanto, sua disposição sobre mapas costuma confundir o leitor. Nes- se tipo de representação, são dispostos especialmente diagramas de linha, colunas, histogramas e diagramas de área (também conhecido como "pizza"). 13) Compilação cartográfica: conforme IBGE (1998), é o processo de elaboração de um novo e atualizado original cartográfico, tendo por base a análise de documentação existente, em que um ou mais mapas e cartas, fotogra- fias aéreas e/ou levantamentos de diversas naturezas são adaptados e compilados sobre uma base confiável, atribuindo escala e projeção únicas. Esses elementos têm origem em documentação variada, que inclui outras cartas, fotografias aéreas, entre outros. 14) Comunicação visual: meio de comunicação baseado em elementos visuais, como signos, imagens, desenhos e gráficos. No processo de comunicação, estabelecido entre o remetente da mensagem e o destinatário, pode haver perda de informação, devido a fatores como re- presentação inadequada (erro do redator) ou falta de arcabouço conceitual por parte do destinatário. Dessa © Cartograia Temática24 forma, a comunicação visual, quando destinada à ciên- cia, encontra a dificuldade na subjetividade da inter- pretação. Assim, a Cartografia é obrigada a estabelecer procedimentos metodológicos rigorosos para diminuir a possibilidade de apresentar informações ambíguas. 15) Coordenadas (sistema de): designa uma grandeza linear e ou angular que indica um valor único de localização, que pode ser ocupado por um ponto, baseado numa estrutura ou um sistema de referência. Justamente por isso, é importante designar seu complemento quando utilizamos esse termo, como: coordenadas “planas”, “geodésicas”, “geográficas”, entre outras. 16) Coordenadas geodésicas: coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) definidas sobre uma super- fície de referência (elipisoide). 17) Coordenadas geodésicas elipsoidais: coordenadas geo- désicas relativas ao elipsoide de referência. 18) Coordenadas geográficas: a latitude e a longitude defi- nidas sobre a superfície terrestre, ou um modelo. 19) Coordenadas retangulares: um sistema de coordenadas retangulares, no plano, é aquele que utiliza duas medi- das de distância retilíneas a dois eixos perpendiculares entre si para referenciar a posição dos pontos relativa- mente a uma origem arbitrária. 20) Cores hipsométricas: sequência convencional de cores destinada a representar as classes de altitude definidas entre curvas de nível adjacentes. As cores são ordenadas do verde escuro (usado para as menores altitudes) até ao castanho avermelhado (para áreas mais elevadas). A utilização da cor branca posteriomente ao vermelho restringe-se aos morros cobertos por neves perenes ou intermitentes. Devem-se excluir tons de azul para qual- quer relevo acima da cota 0m, o qual é reservado para a representação da batimetria. 21) Dado: de forma abrangente, pode ser caracterizado como uma sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis apropriados para o processamento. En- tende-se, assim, que o dado antecede a informação. Claretiano - Centro Universitário 25© Caderno de Referência de Conteúdo 22) Datum geodésico: conceito muito relevante para as ope- rações cartográficas, que diz respeito ao conjunto dos parâmetros que constituem a referência de um deter- minado sistema de coordenadas geográficas e que inclui a definição do “elipsoide de referência” e a sua posição relativamente ao globo terrestre. Denomina-se como superfície de referência, que contém cinco parâmetros: ponto do terreno, altura goidal, elipsoide de referência, coordenadas astronômicas e azimute. O datum forma a base para o cálculo dos levantamentos de controle hori- zontal do terreno. A definição do datum é fundamental para a precisão das operações cartográficas. 23) Decodificação: é o processo realizado pelo destinatário no ato de compreender a informação, que consiste em captar o significante e extrair o significado. 24) Escala cartográfica: relação matemática. Termo genéri- co que expressa o quociente entre o comprimento de um segmento no mapa e seu correspondente na super- fície real. Em geral, as escalas nos mapas variam com a posição e com a direção consideradas. 25) Escala geográfica: refere-se ao recorte espacial, tama- nho da área ou território abordado para análise. Im- portante destacar que é de coneito inverso ao da esca- la cartográfica. Quando nos referimos à escala grande, estamos considerando uma área superficial grande, um país, o globo. Por sua vez, quando nos referimos à es- cala geográfica pequena, consideramos uma cidade, um bairro. 26) Exatidão cartográfica: grau de conformidade de um va- lor com o valor verdadeiro ou aceito como padrão. Na cartografia, as operações são normatizadas por leis e normas, que definem padrões de precisão que variam conforme finalidade do estudo e escala de de trabalho. Trabalhos em escalas cartográficas reduzidas aceitam er- ros maiores (por isso, são mais generalizadas); logo, pos- suem menor exatidão. Já aqueles trabalhos realizados em escalas grandes, de detalhe, devem possuir elevada exatidão cartográfica. © Cartograia Temática26 Como regra geral, para determinar o erro tolerável, ou seja, a margem de erro aceita em um mapa de modo a cumprir os critérios de exatidão cartográfica, deve-se sempre considerar escala cartográfica de referência, sen- do que o erro será 1/5 de milímetro (0,0002m) do deno- minador da escala. 27) Fotogrametria: para a American Society for Photogram- metry and Remote Sensing (ASPRS, 1979), a fotograme- tria consiste na arte, ciência e tecnologia de obtenção de informação confiável sobre objetos físicos e o meio ambiente por meio de processos de gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas e padrões de energia eletromagnética radiante e outras fontes. 28) Generalização: operação que consiste em selecionar, classificar, simplificar e harmonizar a informação a in- cluir numa carta, de acordo com a sua escala e finalida- de. A generalização implica, em regra, uma redução da complexidade da informação original, necessária quan- do se trata de a adaptar a uma carta de menor escala ou finalidade diversa. 29) Geodesia: ciência que se ocupa do estudo da forma e dimensões da Terra. 30) Geoide: superfície de nível aproximadamente coinciden- te com o nível médio do mar, supostamente prolongado por sob os continentes. O geoide é, em cada ponto, per- pendicular à vertical do lugar. 31) Geoprocessamento: de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE), pode ser definido como um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e ao trata- mento de informações espaciais para um objetivo espe- cífico. Assim, as atividades que envolvem o geoproces- samento são executadas por sistemas específicos para cada aplicação. Esses sistemas são mais comumente tratados como Sistemas de Informação Geográfica (SIG) (DSR, 2012). 32) GIS – Geographic Information System; SIG – Sistema de Informação Geográfica: de acordo com o Instituto na- cional de Pesquisas Espaciais (INPE), SIG é o conjunto de Claretiano - Centro Universitário 27© Caderno de Referência de Conteúdo tecnologias matemáticas e informacionais responsáveis pelo processamento de dados gráficos e não gráficos (al- fanuméricos) com ênfase a análises espaciais e modela- gens de superfícies. 33) GPS – Global Positioning System: sistema de posiciona- mento global baseado num conjunto de satélites de ór- bita polar, mantido pelo governo dos EUA. 34) Isoietas: linha que une pontos de igual valor de precipi- tação num determinado período de tempo. 35) Landsat: o programa Landsat, desenvolvido pela Natio- nal Aeronautics and Space Administration – NASA, foi originalmente denominado Earth Resources Technology Satellite – ERTS. Foi o primeiro programa de satélite de sensoriamento remoto para observação dos recursos terrestres posto em órbita da Terra. O primeiro satélite, de caráter experimental, foi construído para demonstrar a viabilidade de mapeamento e monitoramento de fei- ções da superfície da Terra a partir de imagens orbitais. Esse programa foi desenvolvido com o objetivo de pos- sibilitar a aquisição de imagens da superfície da Terra de maneira global e repetitiva. O primeiro satélite dessa série foi lançado em 23 de julho de 1972 com a deno- minação de ERTS-1. Em 14 de janeiro de 1975, o nome foi trocado para Landsat – Landsatellite, e, em 22 de ja- neiro, foi lançado o segundo satélite, então denominado Landsat-2. 36) Mapa Base: É o mapa cujo objetivo é a representação espacial de informação geográfica de carácter genérico, comportando em geral um conjunto organizado de fo- lhas que cobrem um país ou região, de forma sistemáti- ca. São mapas de base as cartas topográficas e hidrográ- ficas. Pode ser, também, o mapa que serve de suporte, ou fundo, a uma carta temática. 37) Mapa físico: mapa temático que representa, essencial- mente, os aspectos naturais da topografia e hidrografia da superfície terrestre (termo em desuso, embora ainda utilizado em atlas). © Cartograia Temática28 38) Mapa hipsométrico: mapa temático que representa as classes de altitude por meio de cores hipsométricas. Es- sencialmente, seus dados são de natureza contínua, e sua representação é feita em tons dégradés, de cores frias a cores quentes, respectivamente, do mais baixo ao mais alto. 39) Mapa temático: mapa cujo objetivo é representar in- formação geográfica ou apoiar atividades, de carácter especializado. Tipicamente, os mapas temáticos apre- sentam, sobre um fundo de informação geral mais ou menos simplificado, muitas vezes extraído de cartas to- pográficas, hidrográficas e administrativas, fenômenos localizáveis de qualquer natureza, sob forma qualitativa ou quantitativa. Antigamente, os mapas temáticos tam- bém eram denominados de Mapas Geográficos. 40) Modelo digital do terreno: também denominado de Modelo Digital de Elevação (MDE), representa uma su- perfície contínua, formada pela variação de valores de altimetria, que indica as variações de geometria do re- levo. É estimado por meio de métodos de interpolação espacial, a partir dos dados originais observados, mais comumente modelados por grades retangulares ou mé- todos de triangulação. 41) Precisão: importante conceito para a Cartografia, pois indica o quanto os valores de uma série de dados estão próximos uns dos outros. É comum na avaliação de re- sultados obtidos pelas tecnologias certa confusão entre precisão e acurácia. 42) Precisão gráfica: é a menor grandeza medida no terre- no, capaz de ser representada no mapa sem que seja necessário utilizar símbolos ou convenções cartográficas (IBGE, 2012). 43) Rede geodésica: composta por um conjunto de pontos materializados (pontos reais, fixos na superfície terres- tre, e articulados às coordenadas geográficas precisa- mente conhecidas) distribuídos de forma homogênea ao longo de um determinado território, estruturando uma malha triangular. Uma rede geodésica constitui o Claretiano - Centro Universitário 29© Caderno de Referência de Conteúdo referencial de apoio à Cartografia e às operações de ge- orreferenciamento em geral. 44) Representação gráfica: é a linguagem gráfica, bidimen- sional, atemporal, destinada à vista. Se expressa por meio da construção da imagem, tem supremacia sobre as outras formas de linguagem, pois demanda apenas de um instante mínimo de percepção. E, especialmente, integra o sistema semiológico monossêmico. 45) Resolução espacial (espectral): é a capacidade de um sensor "enxergar" ou distinguir os objetos da superfície terrestre; já a resolução temporal se refere à frequência com que são obtidas imagens de um determinado local por uma determinada plataforma orbital. 46) Sistema de projeção: quando se refere a um sistema de projeção, na verdade está se referindo a um conjunto de referências espaciais composto por: um elipsoide de re- ferência, um datum geodésico e a projeção cartográfica. 47) Sombreado: forma de representação gráfica do relevo através de manchas que simulam as sombras resultantes de hipotéticas fontes de luz colocadas em locais deter- minados (em geral, no canto superior esquerdo das car- tas, incidindo a luz segundo um ângulo de 45º). 48) SPOT: a série SPOT (Satellite pour l’Observation de la Terre) foi iniciada com o satélite franco-europeu SPOT 1, em 1986, sob a responsabilidade do Centre National d’Etudes Spatiales – CNES da França. Hoje, a plataforma do SPOT está em órbita com três satélites (2, 4 e 5), o que possibilita acesso a qualquer ponto da Terra em me- nos de 24 horas e atuando em conjunto, com revisitas em intervalos de 3 a 5 dias. Os satélites da família SPOT operam com sensores ópticos, em bandas do visível, in- fravermelho próximo e infravermelho médio. © Cartograia Temática30 Esquema dos Conceitos-chave Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas próprias percepções. É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en- tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende- -se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co- nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe- dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza- gem. Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es- colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es- tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de ancoragem. Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, ape- nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci- so, sobretudo, estabelecer modificaçõespara que ela se configure como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con- siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais Claretiano - Centro Universitário 31© Caderno de Referência de Conteúdo de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei- tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog- nitivas, outros serão também relembrados. Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da construção do próprio conhecimento, por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor- nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe- cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele- cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon- ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). © Cartograia Temática32 Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave – Cartografia Temática. Claretiano - Centro Universitário 33© Caderno de Referência de Conteúdo Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im- portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, observe que para atingirmos a finalidade da ciência Cartográfica, que é apresentar informações úteis a sociedade, obrigatoriamente devemos conhe- cer os procedimentos teóricos e práticos para elaboração de um mapa, diagrama ou um cartograma. Desta forma, observamos em nosso mapa conceitual um caminhamento lógico que vai da com- preensão de conceitos a abordagens pragmáticas. Paralelamente ao pragmatismo cartográfico (e concomitantemente), caminha sua bagagem de conhecimento, os assuntos que serão espacializados em um plano bidimensional. Por isso, observamos que as informa- ções contidas no espaço geográfico, deverão ser compreendidas em termos de sua natureza para, posteriormente, selecionar os métodos de representação cartográfica mais adequados! O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien- te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza- das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co- nhecimento. Questões Autoavaliativas No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati- vas. Responder, discutir e comentar essas questões, bem como relacioná-las com a prática do ensino de Cartografia Temática pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, © Cartograia Temática34 mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando para a avaliação final, que será disser- tativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. Bibliografia Básica É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus es- tudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as bibliogra- fias apresentadas no Plano de Ensino e no item Orientações para o estudo da unidade. Figuras (ilustrações, quadros...) Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte- grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra- tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con- teúdos estudados, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. Dicas (motivacionais) O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo de emancipação do ser humano. É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aqui- lo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido perce- bido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. Você, como aluno do Curso de Graduação na modalidade EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. Claretiano - Centro Universitário 35© Caderno de Referência de Conteúdo Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri- mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode- rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ- ções científicas. Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu- ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau- las. No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure- cimento intelectual. Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores. Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 3. E-REFERÊNCIAS ASPRS – SOCIEDADE AMERICANA DE FOTOGRAMETRIA E SENSORIAMENTO REMOTO. Home page. Disponível em: <http://www.asprs.org/>. Acesso em: 27 mar. 2012. CARTOGRAFIA. O que é? Disponível em: <http://www.cartografia.eng.br/artigos/carto. php>. Acesso em: 29 mar. 2012. IBGE. Noções básicas de cartografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.html>. Acesso em: 27 mar. 2012. IMPE – DIVISÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO. Introdução sobre o geoprocessamento. Disponível em: <http://www.dsr.inpe.br/intro_sr.htm>. Acesso em: 27 mar. 2012. © Cartograia Temática36 4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA JAPIASSU, H. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975. 1 EA D Fundamentos Teóricos da Cartografia Temática e a Problemática do Termo “Escala” 1. OBJETIVOS • Conhecer e descrever os princípios teóricos da Cartogra- fia Temática. • Compreender e discutir as diferentes abordagens do ter- mo “escala”. 2. CONTEÚDOS • Fundamentos teóricos da Cartografia Temática. • Escala cartográfica x escala geográfica. • Generalização cartográfica e cálculo da precisão gráfica para determinação do valor da escala numérica. 3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: © Cartograia Temática38 1) Tenha em mente que o intuito final da cartografia é ofe- recer condições visuais adequadas para a transmissão de uma ideia; logo, é de extrema importância que você compreenda a proposta da comunicação cartográfica e os conceitos que a embasam. 2) A história da cartografia teórica moderna e a da Geo- grafia enquanto ciência são sincrônicas. Para o enten- dimento dos fatos e da evolução da ciência geográfica,indicamos um clássico da Geografia, a obra Geografia: pequena história crítica, de Antonio Carlos Robert de Morais. 3) Para saber mais sobre a International Cartographicqu Association, acesse o site disponível em: <http://carto- graphy.tuwien.ac.at/ica/>. Acesso em: 27 mar. 2012. 4) A comunicação cartográfica faz parte da Teoria da Infor- mação. Nessa teoria, fundamentada pela matemática, admite-se que a presença de ruídos na mensagem pro- voca perda de informação. Para saber mais, realize uma pesquisa na internet a respeito da Teoria da Informação. 5) É importante ressaltar que existem autores que de- fendem uma outra abordagem para a cartografia, uma cartografia não normativa. Essa abordagem está funda- mentada em uma corrente de pensamento direcionada ao Ensino Básico. Aprofunde seus conhecimentos sobre esse assunto pesquisando as obras, especialmente, do Professor Jhon Seeman. Faça uma busca pela internet e veja quais são as outras correntes cartográficas. 6) Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você saiba que a Cartografia Temática e a Sistemá- tica possuem muitos pontos em comum, uma vez que a Cartografia Temática surgiu a partir da Sistêmica, quan- do esta não mais pôde atender às necessidades impos- tas pelos avanços do século 17. Entre as semelhanças, podemos destacar as bases da comunicação gráfica e as teorias de linguagem. Entretanto, em nada elas se assemelham quanto à obtenção e coleta de dados, ao tratamento da informação e aos procedimentos meto- dológicos que geram os mapas. Outro ponto discrepante Claretiano - Centro Universitário 39© U1 - Fundamentos Teóricos da Cartograia Temática e a Problemática do Termo “Escala” aparece até mesmo no campo profissional, pois as for- mações dos cartógrafos não são as mesmas. 7) Neste Caderno de Referência de Conteúdo, optamos por adotar a cartografia como arte, por concordar que ela é adequada ao ambiente acadêmico de discussões e de- senvolvimento do conhecimento científico, além de per- mitir abranger um volume maior de informações sobre a cartografia, fornecendo condições necessárias para que no final deste estudo você possa formar sua própria opi- nião a respeito do tema e das suas diversas correntes que o definem. 8) Nesta unidade, vamos estudar a compreensão do pro- cesso de comunicação visual, a qual nos permitirá criti- car os mapas. Mas será que os mapas com os quais nos deparamos cumprem com clareza o papel de transmitir a mensagem? Sugerimos que você observe nos materiais didáticos como os mapas são abordados. O texto expli- cativo que os seguem aproveita as informações transmi- tidas pelo mapa ou o “despreza”, tomando-o como uma mera ilustração? Ressaltando a necessidade de a ciência utilizar a linguagem monossêmica, será que os mapas que vemos conseguem cumprir esse papel? Lembre-se de que a ciência é crítica e rigorosa em seus métodos; logo, ela nos "abre" espaço para avaliações. 9) É importante destacar que, nas referências bibliográficas disponíveis, a terminologia para os mapas da cartografia sistemática é variada. Pode ser encontrada como: mapa topográfico (BARBOSA, 1967), mapa geral (RAISZ, 1969) e mapa base (SANCHEZ, 1973; 1981). 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Você já notou que, em nosso cotidiano, as representações cartográficas se tornaram elementos essenciais em nossas vidas? Deparamo-nos com mapas nas escolas, nos telejornais, nos rotei- ros de viagem, no computador de bordo do carro, na rede mundial © Cartograia Temática40 de computadores, nas estações rodoviárias, enfim, sua apresenta- ção tornou-se essencial em inúmeros locais. Pois é, na era da informação, na qual o grande fluxo de infor- mações dita as regras das atuais relações de poder, nada melhor do que um instante de “abarcar de olhos” para compreender a mensagem comunicativa e "pular" para a próxima. Se a mensagem for bem estruturada, esse "abarcar de olhos" é o tempo necessário para percebermos a informação, captar a mensagem, entendê-la e assimilá-la. E não para por aí, porque, após a sua assimilação, você ainda pode acreditar ou não na informação veiculada. Essa tarefa é o desafio da comunicação visual. A composi- ção de cores e de elementos é uma "arma" na mão de quem sabe manuseá-la, tornando simples mensagens em verdadeiras obras de arte de forte valor ideológico. Com os mapas não são diferentes. Os mapas pertencem à família da representação gráfica, são respaldados por teorias cien- tíficas e, por isso, nada em um mapa pode ser considerado por acaso, nem seus símbolos, nem suas cores, nem seu tamanho e, muito menos, seu conteúdo. Dessa forma, convidamos você a ir além da simples visuali- zação de um mapa, ou seja, ir em busca de construir um conhe- cimento específico capaz de nos dar condições para desvendar o universo que está por trás dos mapas, conhecê-lo a fundo, para, assim, compreender a dimensão da ciência Cartográfica! Iniciaremos nossos estudos pelas principais teorias que re- gem a cartografia. Veremos seus aspectos básicos e suas intrínse- cas ligações com a Geografia, o que a torna essencial neste curso, afinal, a cartografia nada mais é do que a expressão gráfica da Ge- ografia. Pense nisso! Claretiano - Centro Universitário 41© U1 - Fundamentos Teóricos da Cartograia Temática e a Problemática do Termo “Escala” 5. BREVE PANORAMA TEÓRICO DA CARTOGRAFIA Para que o estudo da cartografia seja proveitoso, é de funda- mental importância conhecer o seu propósito como ciência. Para isso, será apresentada suas principais bases teóricas. Princípios teóricos da Cartografia Apesar de registros históricos apontarem que os primeiros documentos cartográficos datam de séculos antes do apareci- mento da própria escrita, a preocupação com a questão teórica é recente, surgindo apenas na metade do século 19, com grande expressão na Alemanha e na França. No século 17, a cartografia desenvolvia-se, principalmente, em função das grandes navegações e da necessidade de explora- ção de novas terras para se confirmar a expansão territorial. Nes- sa época, buscava-se mais aprimorar as técnicas matemáticas e a arte para a apresentação dos mapas do que o seu conteúdo cien- tífico em termos de sistematização das atividades e divulgação do conhecimento. Somente no final dos anos de 1930, a cartografia firma-se como um campo da ciência. A partir desse período, surgem inúme- ras definições, elaboradas por diversos autores nas mais distintas épocas que explicam seus meios e fins (por exemplo, o livro Intro- dução à Cartografia Temática, de Paulo Araújo Duarte, de 1991, traz um conjunto de definições sobre cartografia). Todavia, essas definições possuem algumas divergências entre si, que variam de acordo com as concepções dos autores, seus princípios pessoais, a cultura na qual se inserem, a atmosfera política que os envolve, em resumo, o contexto histórico em que viveram. A característica técnica do mapa é indiscutível. Além dis- so, alguns autores entendem a cartografia como ciência, outros, ainda, como arte, e a grande maioria aceita as duas concepções. Esta última possui uma grande aceitação no Brasil, e é adotada por © Cartograia Temática42 importantes autores especializados na área. Ainda na década de 1990, surgiram outras definições que a classificaram como disci- plina, como fez a International Cartographic Association em 1991. Como mencionado, a grande maioria das definições compar- tilham um objetivo comum. Podemos considerar que a cartografia é ao mesmo tempo: • Ciência. • Arte. • Técnica. Esses três tópicos serão os pilares de nossos estudos. Assim, transcrevemos, a seguir, uma definição dada à Cartografia no ano de 1964, pela International Cartographic Association (ICA), que engloba esses itens e satisfaz às necessidades do curso. Cartograia –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Cartograia é o conjunto de estudos e operações cientíicas, artísticas e técnicas, baseadas nos resultados de observações diretasou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização (ASSOCIAÇÃO CARTOGRÁFICA INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA, 2012). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A seguir, analisaremos cada um dos tópicos destacados an- teriormente. Vejamos: • Ciência: de acordo com Duarte (2002), a cartografia pode ser considerada uma ciência, pois está inserida em um campo de atividade humana que requer o desenvolvi- mento de conhecimentos específicos, aplicação sistemá- tica de operações de campo e laboratório, planejamento dessas operações, metodologia de trabalho e aplicação de técnicas, além do conhecimento de outras ciências. • Arte: a sensibilidade artística é própria, também, de todo trabalho cartográfico. Por ser caracterizado como docu- mento exclusivamente visual, o mapa está submetido a leis fisiológicas de percepção da imagem. Assim, para que Claretiano - Centro Universitário 43© U1 - Fundamentos Teóricos da Cartograia Temática e a Problemática do Termo “Escala” se cumpra corretamente sua função de transmitir a infor- mação ao receptor (dentro da ótica de comunicação), é essencial que haja harmonia entre cores, símbolos, boa disposição dos elementos (traçados, legenda, letreiros), respeitando sempre as regras da semiologia gráfica, e primando pela estética. Nesse sentido, Duarte (1991) afirma que o trabalho cartográfico deve objetivar o ide- al da beleza. Deve-se salientar que a arte não quer dizer complexidade, e muito menos que deva se priorizar o as- pecto decorativo do mapa em detrimento da precisão de sua informação. Na representação cartográfica, o caráter artístico, juntamente com o científico, deve compor um conjunto harmonioso, que satisfaça o leitor por meio da beleza, e garanta a qualidade e o nível de informação for- necida. • Técnica: a técnica justifica-se pelo fato de que todo con- junto de operações ser direcionado à obtenção de um do- cumento com caráter altamente técnico, o mapa. Seu ob- jetivo primeiro, de comunicar uma idéia sem dar margens a interpretações contraditórias (MARTINELLI, 1991), con- firma esta posição. Outro fator que destaca claramente a tecnicidade do mapa é, como indica Joly (2003), que a atividade cartográfica engloba as atividades que vão des- de o levantamento de campo, ou mesmo de documentos cartográficos já existentes na bibliografia, até a impressão definitiva e publicação do mapa elaborado. Atualmente, com a difusão das geotecnologias, em especial das ferramentas de geoprocessamento, nas quais se inserem os sistemas de informações geográficas (SIG), a técnica assume des- tacada relevância entre os três itens discutidos. No entanto, não haverá êxito na manipulação das ferramentas essencialmente técnicas se o operador não dispuser de bom senso em relação à arte e, especialmente, à ciência. Caso contrário, a difusão dessas © Cartograia Temática44 ferramentas condicionará a banalização do tratamento das infor- mações geográficas e, consequentemente, a publicação de falsas informações. A necessidade de compreendermos a influência exercida pela ciência, arte e a técnica em um simples mapa reside na pre- tensão deste Caderno de Referência de Conteúdo em abordar a car- tografia sob uma visão holística, para que possamos compreender seu potencial e seus limites, e não apenas conceber o mapa como produto já pronto em papel ou num monitor de vídeo, passando despercebido todo o processo de elaboração que o antecedeu. Mas será que é necessário que todos aprendam essas carac- terísticas tão peculiares da ciência cartográfica? A justificativa para aceitarmos a afirmativa anterior é muito simples. Estamos nos propondo a nos especializarmos em numa área do conhecimento humano (a Geografia) que nos torna indivídu- os com conhecimentos específicos, diferenciados. O que é de do- mínio do senso comum, por exemplo, a leitura dos mapas (pelo menos deveria ser), como mencionado, todos sabem. No entan- to, o conhecimento dessas peculiaridades serão o seu diferencial no campo profissional. O domínio dessas informações garantirá a você a segurança diante dos obstáculos que surgirem, seja em perguntas em sala de aula, seja fora dela. Não se esqueça de que temos muito mais facilidade de ensinar aquilo que conhecemos a fundo e com o qual temos experiência. Sendo assim, é aconselhável que conheçamos todas as suas etapas. Como salientou Joly (2003), as operações cartográficas são extensas, vão desde o levantamento de dados até a divulgação do material. No entanto, isso não significa que devemos dominar o manuseio de cada etapa do processo de elaboração do mapa. É desejável, pelo menos no campo profissional, que haja especialis- tas para as diversas etapas do trabalho cartográfico. Podemos concluir que o material cartográfico é o responsá- vel por representar, de modo adequado, os fatos e fenômenos que Claretiano - Centro Universitário 45© U1 - Fundamentos Teóricos da Cartograia Temática e a Problemática do Termo “Escala” ocorrem sobre a superfície da Terra, no céu, no mar e até mes- mo nos astros, constituindo um instrumento indispensável para o trabalho do geógrafo, pois possibilita tanto o registro como a análise espacial dos dados. Conhecer e representar a Terra foram os primeiros objetivos da cartografia, e ainda hoje é a sua maior preocupação. Agora, com o foco na Geografia, convidamos você a exercitar seu raciocínio de pesquisador. À luz do que você conhece sobre as diversas concepções de espaço na Geografia, como a cartográfia pode contribuir em cada corrente do pensamento geográfico? É importante destacar que a cartografia convive com plura- lismos epistemológicos, o que ocorre em qualquer outra ciência. Compreender pontos de vista distintos nos permite visualizar o as- sunto por outro ângulo, facilitando o entendimento dos "porquês" de diferentes abordagens. Ao defender uma posição, é importante conhecê-la tão bem quanto suas antagônicas, para que as críticas sejam baseadas em argumentos científicos concretos, e não em "achismos" do senso comum. Desse modo, é de fundamental im- portância que você pesquise sobre as diversas abordagens existen- tes na cartografia, assim como na Geografia em geral. Comunicação cartográfica Há inúmeras formas de comunicar uma mensagem. De ma- neira simplista, podemos indicar a comunicação por meio da fala (comunicação verbal), da música, da escrita e de várias outras pos- sibilidades desenvolvidas ao longo da história do homem. Esses meios de comunicação atingem o seu objetivo median- te o uso de uma linguagem específica, que pode ser compreendida como: Linguagem –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Qualquer e todo sistema de signos que serve como meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráicos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguir © Cartograia Temática46 várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos, como se faz nos ilmes que misturam a linguagem visual com a sonora (ALMEIDA, 1980, n. p.; HOUAISS, 2001, n. p.). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Dessa forma, podemos considerar a cartografia como uma linguagem específica, pois atende a todos os requisitos mencio- nados. Ou seja, possui seus signos (normatizados pela semiologia gráfica), exprime uma ideia (o tema abordado) e é, na maioria das vezes, uma linguagem visual. Existem mapas cuja finalidade não se destina apenas ao sentido visual. Há mapas especiais desen- volvidos para deficientes visuais também. A Cartografia Tátil é a responsável pela elaboração de mapas (maquetes), formados por materiais distintos, apresentando formas e rugosidades específi- cas, segundo o objeto da realidade que esteja representando. É especial por ser um meio de comunicação entre
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