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APOSTILA DE PROTESE 
EMILLY PEREIRA 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
PREPAROS EM DENTES COM FINALIDADE PROTETICA 
Princípios Mecânicos no Preparo 
Dentário: 
Retenção: 
-Impede o deslocamento axial da 
restauração sob forças de tração. 
-Depende do contato entre as superfícies 
internas da restauração e externas do 
dente preparado. 
-Retenção friccional é determinada pela 
paralelismo das paredes axiais. 
-Excesso de retenção friccional dificulta a 
cimentação. 
-Retenção mecânica resulta da 
interposição do cimento entre 
irregularidades das paredes do preparo e 
da restauração. 
-Inclinação das paredes do preparo e 
presença de sulcos contribuem para a 
retenção. 
-Determinação de um plano de inserção 
único é essencial. 
A retenção é alcançada pelo contato 
das paredes internas da coroa com as 
superfícies do dente preparado, criando 
uma área que proporciona retenção 
friccional à prótese e impede seu 
deslocamento gengivo-oclusal sob ação 
de forças de tração. A retenção 
depende da área preparada, altura, 
largura e conexidade das paredes do 
preparo: quanto maior a área de contato 
e mais paralelas as paredes, maior será a 
retenção da prótese. Entretanto, paredes 
muito paralelas podem dificultar o 
assentamento da prótese, causando 
desajuste oclusal e marginal. 
 
 
Resistência ou Estabilidade: 
-Dente preparado deve resistir às forças 
mastigatórias. 
-Preservação da vitalidade pulpar é 
prioridade. 
A forma do preparo deve fornecer 
resistência e estabilidade para minimizar a 
ação das forças oblíquas que podem 
causar rotação e deslocamento da 
prótese. A altura do preparo deve ser 
igual ou superior à largura, pois dentes 
com largura maior são mais suscetíveis à 
rotação da prótese. Quanto menor a 
angulação das paredes axiais do 
preparo, maior é a estabilidade da 
prótese, especialmente importante para 
dentes com coroas curtas. 
 
Rigidez Estrutural: 
-Importante para a estabilidade da 
restauração. 
-Dentes preparados devem manter sua 
integridade estrutural. 
 O preparo deve garantir que a 
restauração tenha espessura suficiente 
para resistir às forças mastigatórias, sem 
comprometer a estética e o tecido 
periodontal. O desgaste do dente deve 
ser feito seletivamente de acordo com as 
necessidades estéticas e funcionais da 
restauração. 
A quantidade de desgaste do preparo 
deve ser adequada para acomodar a 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
espessura dos materiais restauradores 
selecionados. Reduções insuficientes 
comprometem a estética, a longevidade 
da prótese e a saúde pulpar, enquanto 
reduções excessivas podem 
comprometer a estética e a resistência 
da infraestrutura. 
Integridade Marginal: 
-Área preparada e sua textura superficial 
influenciam na retenção. 
-Avaliação do paralelismo entre dentes 
preparados é crucial. 
-Maior área preparada resulta em maior 
retenção. 
-A presença de caixas em dentes 
cariados ou restaurados pode aumentar 
a retenção. 
Em resumo, a retenção adequada da 
restauração depende do contato entre 
as superfícies internas da restauração e 
externas do dente preparado, sendo 
influenciada pela inclinação das paredes 
do preparo, presença de sulcos e 
determinação de um plano de inserção 
único. A preservação da vitalidade 
pulpar é prioritária, e a integridade 
marginal e rigidez estrutural também são 
importantes para a estabilidade da 
restauração. 
Os meios adicionais de retenção, como 
caixas, canaletas, pinos, etc., são 
essenciais para compensar deficiências 
no dente a ser preparado, conferindo 
capacidade retentiva. A textura 
superficial do dente preparado influencia 
na união dos cimentos, enquanto o 
polimento excessivo pode diminuir a 
retenção. Quanto à resistência ou 
estabilidade, a altura das paredes do 
preparo e a integridade do dente são 
cruciais para prevenir o deslocamento da 
prótese sob forças oblíquas, sendo 
importante considerar a relação 
altura/largura do preparo e a presença 
de sulcos ou caixas para melhorar a 
resistência, especialmente em dentes 
com coroas curtas. 
É essencial que a restauração cimentada 
se adapte bem e tenha uma linha de 
cimento mínima para permanecer 
funcional na boca por mais tempo. 
Mesmo com as melhores técnicas e 
materiais, pode haver desajustes entre as 
margens da restauração e o dente 
preparado, preenchidos pelos cimentos. 
Com o tempo, esses desajustes podem 
permitir a retenção de placa bacteriana, 
levando a cáries, doenças periodontais e 
eventual perda do trabalho protético. 
Margens inadequadas facilitam a 
instalação de problemas no tecido 
gengival, contribuindo para o insucesso 
das restaurações fixas protéticas. 
Princípios Biológicos: 
Os procedimentos de preparo dentário 
devem ser minimamente invasivos, 
removendo apenas o volume necessário 
para atender aos requisitos mecânicos e 
estéticos da prótese, com o menor 
impacto biológico possível na polpa 
dentária. A redução da estrutura dentária 
pode expor os canaliculos dentinários, 
tornando-os suscetíveis a agentes 
químicos e mecânicos. Desgastes 
excessivos podem deixar uma camada 
fina de dentina, expondo a polpa e 
exigindo tratamento endodôntico. 
Manter tecido dentário em dentes 
polpados reduz as chances de alterações 
pulpares. 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
O calor gerado durante o preparo pode 
danificar a polpa, sendo recomendado o 
uso de turbinas com irrigação e pontas 
diamantadas novas para minimizar esse 
efeito. O posicionamento subgengival do 
término cervical pode afetar a saúde 
periodontal, interferindo nas distâncias 
biológicas entre os tecidos periodontais. 
O término do preparo deve estar 
localizado no início do sulco gengival 
para preservar o epitélio juncional e a 
inserção conjuntiva, evitando danos 
periodontais como inflamação, 
hiperplasia gengival ou reabsorção óssea. 
Cáries e fraturas subgengivais também 
podem comprometer a integridade do 
periodonto, exigindo cirurgia periodontal 
ou extrusão do dente para restabelecer 
as distâncias biológicas. 
 
Preservação do Órgão Pulpar: 
Ao preparar um dente para uma coroa 
total, é crucial considerar a preservação 
da vitalidade do nervo dental. A 
exposição de milhões de túbulos 
dentinários durante o preparo pode levar 
a danos pulpares. Vários fatores, como o 
calor gerado durante o procedimento, a 
qualidade das ferramentas utilizadas e a 
quantidade de dentina remanescente, 
influenciam no potencial de irritação 
pulpar. Portanto, a técnica de preparo 
deve ser seletiva, visando evitar danos à 
polpa. 
Preservação da Saúde Periodontal: 
Um objetivo primordial no tratamento 
com próteses fixas é preservar a saúde 
periodontal. Isso inclui a manutenção da 
higiene oral e a localização adequada 
da margem cervical do preparo. A 
extensão cervical do preparo deve 
permitir a higienização eficaz pelo 
paciente e o controle clínico pelo 
profissional. O término cervical pode 
variar de acordo com a condição 
periodontal do paciente e suas 
necessidades estéticas. É essencial evitar 
comprometer a biologia do tecido 
gengival, considerando fatores como a 
localização do término cervical, a 
presença de cáries, fraturas e a 
imunidade à cárie na região do sulco 
gengival. O preparo subgengival deve ser 
feito com cautela para evitar danos ao 
periodonto 
 
Tipos de Término Cervical: 
O término cervical pode estar 
supragengival (cerca de 2 mm acima da 
margem gengival) ou ao nível da gengiva 
marginal, evitando a região que mais 
acumula placa para prevenir recidiva de 
cárie e inflamação gengival. 
 
Ombro ou Degrau Arredondado 
(Ombro com Ângulo Axiogengival 
Arredondado): 
Caracteriza-se porum ângulo de 
aproximadamente 90° entre as paredes 
gengival e axial do preparo, mantendo a 
interseção arredondada para evitar 
tensões na cerâmica. 
Indicado para coroas confeccionadas 
em cerâmica, tanto para dentes 
anteriores quanto posteriores. 
Contraindicado em dentes com coroa 
clínica curta ou largura vestibulolingual 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
que impeça um desgaste uniforme nas 
paredes. 
Ombro ou Degrau Biselado: 
Similar ao ombro arredondado, mas com 
biselamento da aresta cavossuperficial. 
Proporciona melhor selamento marginal 
e escoamento do cimento, 
especialmente para coroas 
metalocerâmicas. 
Indicado para coroas metalocerâmicas 
com ligas áureas na face vestibular e 
metade das faces vestibuloproximais. 
 
 Chanfrado: 
A junção entre a parede axial e a 
gengival é feita por um segmento de 
círculo. 
Deve apresentar espessura suficiente 
para acomodar o metal e a faceta 
estética. 
Considerado por muitos autores como o 
tipo ideal de término cervical. 
 
 
A técnica de preparo 
Preconizada pelo Departamento de 
Prótese da Faculdade de Odontologia de 
Bauru da Universidade de São Paulo tem 
como objetivo simplificar os 
procedimentos, racionalizando a 
sequência de preparo e as pontas 
diamantadas utilizadas. Denominada 
técnica da silhueta, ela permite ao 
operador uma noção real da quantidade 
do dente desgastado, pois inicialmente se 
prepara apenas a metade do dente, 
preservando-se a outra metade para 
avaliação. 
Essa técnica parte do princípio de que o 
conhecimento do diâmetro ou da parte 
ativa das pontas diamantadas é 
fundamental para controlar a 
quantidade de desgaste dentário. Além 
disso, o profissional pode usar como 
referência uma matriz de silicone pesada 
obtida do próprio dente, se este estiver 
bem posicionado no arco, ou do modelo 
encerado para diagnóstico. 
Esses princípios, uma vez compreendidos 
e assimilados, podem ser adaptados ou 
combinados com outras técnicas, sem 
influenciar significativamente no resultado 
final, desde que o objetivo seja ter um 
dente adequadamente preparado para 
receber uma prótese de acordo com suas 
necessidades estéticas e funcionais. 
 
 
 
 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
PREPARO DE DENTES ANTERIORES 
Com a broca 1014 iremos iniciar fazendo 
um sulco na cervical que tem mais ou 
menos 1.4 milímetros, podemos também 
usar uma broca maior e usar so a metade 
do diâmetro da broca, e tem que ser com 
uma inclinação de 45 graus, esse sulco 
deve situar mais ou menos 1 milímetro 
supra gengival. 
 
É necessário iniciarmos supra gengival e 
após preparar todas as faces colocamos 
o fio afastador, podendo começar com 
o 2.0 podendo depender do tipo de 
gengiva do meu paciente e também 
pode começar com o fio mais fino e 
depois ir para o mais grosso. 
Para ajudar na confecção do sulcos de 
orientação, vamos desenha na face da 
coroa e caso optar por utilizar a técnica 
da silhueta vc faz 2 traços contínuos na 
proximal e ai introduz a broca onde se 
marcou com a caneta, para se fazer 
esses sulcos de orientação vamos utilizar 
a broca 3145 ou a 3146(cilíndrica) pois 
ela tem a extremidade arredondada, 
iremos colocar essa extremidade 
arredondada no primeiro sulco da 
cervical que nos fizemos, depois que se 
faz esse sulco de orientação que para 
fazermos ele precisamos seguir a 
anatomia da coroa. 
 
Não pode-se ir com a broca reta, é 
preciso acompanhar a anatomia da 
coroa, após fazer 2 sulcos de orientação, 
vamos unir esses sulcos sempre com a 
ponta da broca no sulco que vocês 
fizeram na cervical, vamos unir esse 
sulcos com a broca 4138 que é uma 
broca tronco cônica, e é ela que vai da 
o contorno do dente que é a tal da 
rotação de entre 5 a 10 graus. 
 
Na face vestibular quando fazemos o 
sulco vamos deixar ele supra gengival e 
na palatina não precisa de ter um 
preparo supra gengival pois não envolve 
estética, quando for descer com o 
preparo sub gengival tem que tomar 
cuidado para não invadir o espaço 
biológico. 
Vai fazer um desgaste da incisal 
acompanhando um sulco que vc já fez 
na vestibular, vc entra com a broca e 
aprofunda na incisal do dente, quando 
vc passar a broca para unir os sulcos da 
vestibular vc também vai passar para unir 
os da cervical. 
 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
após fazer esses sulcos na incisal, você irar 
nivelar ele com a mesma broca. 
Para romper ponto de contato utilizamos 
a broca 2200 com uma matriz metálica 
protegendo ali o dente vizinho. Insira a 
broca e rompa o ponto de contato 
sempre acompanhando o contorno da 
margem gengival. 
 
Para trabalhar na incisal é importante 
você trabalhar com uma ligeira 
inclinação para a palatina .Importante 
preocupar com a palatina do dente . 
o desgaste da incisal é importante que 
seja o suficiente para que ocorra uma 
perfeita protrusão e retrusão. 
A face palatina é a mais difícil de ser 
feita por ter pouca visão e tem que ter 
cuidado com o cíngulo. 
Preparo da face palatina: 
O preparo do cíngulo é de grande 
importância para conseguir retenção e 
estabilidade para coroa total, é essa 
região que vai configurar uma pequena 
parede oposta a parede vestibular 
preparada . 
Com a broca esférica 1014 ou 1016 
posicionada a 45 graus confeccionar 
um cíngulo de profundidade 
correspondente a metade do diâmetro 
da broca na região cervical supra 
gengival, acompanhando a curvatura 
da margem gengival, estendendo da 
mesial para distal ou apenas na metade 
distal ( técnica da silhueta). 
 
Com a broca 1014 faça 2 perfurações na 
metade distal da cavidade palatina 
aprofundando metade do diâmetro da 
broca. Em seguida, com aa porção 
lateral da broca 3168 nivele toda a 
concavidade palatina com 
profundidade das perfurações 
realizadas. 
 
Agora após se assegurar que a redução 
da metade distal, comparando com a 
metade mesial integra esta adequada, 
prepare a outra metade. 
Para concluir o preparo sempre verifique 
se não tem áreas retentivas e de 
acabamento com as brocas f e ff 
 
 
 
 
 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
Preparo protético para coroa 
metalocerâmica posterior 
O preparo de coroa metalocerâmica 
com uma profundidade de 1,5 a 2,0 mm 
é essencial para garantir espaço 
adequado tanto para o metal quanto 
para a cerâmica. Um desgaste 
insuficiente pode resultar em uma 
prótese com sobre contornos, o que 
pode levar a problemas como retenção 
de placa bacteriana, ulceração e, 
posteriormente, retenção gengival. Além 
disso, um desgaste excessivo pode 
causar danos à polpa dentária em casos 
onde o dente ainda é vital, 
comprometendo as exigências 
mecânicas. 
A técnica da silhueta é uma abordagem 
que permite um maior controle durante o 
processo de preparo. Iniciando pela 
metade do dente, ela proporciona uma 
maneira sistemática de alcançar a 
profundidade adequada e garantir que 
a restauração atenda aos requisitos 
funcionais e estéticos, evitando assim 
complicações futuras. 
Para preparar a face vestibular, 
usaremos uma broca esférica 1014, que 
possui um diâmetro de 1,4 mm. A 
posição da broca será inclinada a 45 
graus, e será feito um sulco cervical 
correspondente à metade do diâmetro 
da broca. localizado a 1mm
 
supragengival, seguindo a curvatura 
natural da mesma. 
Esse procedimento é fundamental para 
criar espaço adequado para a 
restauração e garantir uma adaptação 
precisa da coroa metalocerâmica, 
evitando problemas como retenção de 
placa bacteriana e irritação gengival. 
Além disso, seguindo a curvatura da 
margem gengival, promove-seuma 
estética natural e minimiza-se o risco de 
complicações futuras. 
Desenhe linhas verticais na face 
vestibular, especificamente na metade 
mesial correspondente à cúspide mesial 
e ao sulco oclusal vestibular, sendo útil 
para orientar o preparo axial. Essas linhas 
servirão como guias visuais para ajudar 
na localização e direcionamento da 
broca durante o preparo. 
Ao trabalhar inicialmente com a broca 
3146 sobre essa linha, você estará 
concentrando o desgaste na área onde 
a restauração precisa ser mais precisa, 
mantendo a estrutura dentária 
circundante o mais intacta possível. Para 
que assim que termine uma metade 
você compare com a outra que não 
esta preparada. 
 
Certifique-se de seguir as orientações da 
anatomia dentária e manter uma 
abordagem cuidadosa e precisa ao 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
desenhar as linhas e realizar o preparo 
pois irar precisar de um preparo bem 
feito para a retenção do provisório. 
Para fazer os sulcos de orientação, 
siga estes passos: 
• Utilize as linhas verticais 
desenhadas na face vestibular 
como guias. 
• Com a broca 3146, faça os sulcos 
de orientação sobre essas linhas, 
aprofundando uma vez e meia o 
seu diâmetro. 
• Esteja ciente das inclinações 
presentes na face vestibular dos 
dentes posteriores. Os sulcos 
devem acompanhar essas 
inclinações. (uma no terço médio-
cervical e outra no terço oclusal) 
• Utilize a broca 4138 para unir os 
sulcos, garantindo uma 
preparação axial adequada e a 
remoção de qualquer excesso de 
material entre eles. 
 
Na face palatina, após realizar os sulcos 
de orientação na face vestibular, você 
pode seguir estendendo o contorno do 
sulco cervical utilizando a broca 1014. 
Certifique-se de acompanhar a margem 
gengival, mantendo-a igual à face 
vestibular para garantir uma preparação 
simétrica e estética. 
Após a confecção dos sulcos de 
orientação com a broca 3146, você fará 
as marcações desses sulcos, 
aprofundando-os uma vez e meia o 
diâmetro da broca. Isso ajuda a criar 
uma estrutura guia mais definida para o 
restante do preparo. 
 
Em seguida, utilize a broca 4138 para unir 
os sulcos. É importante seguir a 
angulação e anatomia natural do dente 
durante esse processo para garantir uma 
preparação precisa e adequada à 
coroa metalocerâmica. 
 
Na face oclusal, para realizar marcações 
de orientação, concentre-se nas 
vertentes triturantes da cúspide mesio-
vestibular e sobre o sulco anatômico 
ocluso-vestibular. Essas marcações 
ajudarão a guiar o preparo da coroa 
metalocerâmica, garantindo uma 
distribuição adequada das forças 
oclusais e uma adaptação precisa da 
restauração. 
 
Ao fazer as marcações de orientação, 
você estará identificando os pontos 
principais onde o desgaste do dente 
deve ser concentrado para criar espaço 
e permitir uma restauração funcional e 
esteticamente satisfatória. 
Após isso faça o desgaste da oclusal 
seguindo a anatomia que a oclusal do 
seu dente tem. 
Ao utilizar a broca 2200 para romper o 
ponto de contato, é essencial proteger o 
dente vizinho para evitar danos à sua 
estrutura. Você pode fazer isso utilizando 
uma matriz no porta-matriz. 
Ao colocar a matriz no porta-matriz, 
posicione-a de forma que ela se adapte 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
adequadamente à superfície do dente 
vizinho, protegendo-o completamente. 
Isso garantirá que qualquer desgaste 
realizado com a broca 2200 seja 
direcionado apenas ao ponto de contato 
desejado, sem afetar o dente adjacente. 
Com a broca 4137 FF, você estará dando 
o acabamento final ao preparo para a 
coroa metalocerâmica. Esta broca é 
especialmente designada para esse 
propósito, permitindo suavizar as 
margens do preparo e garantir que a 
restauração se encaixe de forma precisa 
e confortável. 
Ao utilizar a broca 4137 FF, trabalhe com 
movimentos suaves e precisos, focando 
especialmente nas margens do preparo 
para remover quaisquer irregularidades 
ou asperezas. Certifique-se de manter a 
angulação correta e evitar aplicar muita 
pressão para não comprometer a 
estrutura dentária. 
 
 CONFECCAÇO DE PROVISORIO 
Quando for fazer um provisório, deve se 
tomar bastante cuidado com o ponto de 
contato, esse provisório precisa ter ponto 
de contato na mesial e na distal, pois 
caso não tenhamos o ponto de contato 
vai entrar alimento ali naquele local, a 
gengiva vai inflamar e quando remover 
o provisório para fazer a moldagem, não 
teremos condições de moldar o nosso 
paciente pois a gengiva do nosso 
paciente estará demasiada, a 
moldagem so pode ser feita em gengiva 
sadia. 
Ex: caso meu paciente precise de um 
aumento de coroa que vai precisar ali 
da retirarem da gengiva eu preciso que 
para que ocorra esse aumento de coroa 
o meu paciente vá com o seu provisório. 
Antes do provisório precisa se observar se 
a superfície do meu dente esta lisa, não 
podemos deixar uma cervical cheia de 
degrau, pois esse provisório não ficara 
bem adaptado por isso tem que ter um 
acabamento perfeito. 
Provisório em dente anterior: se você fez 
o desgaste muito pequeno na vestibular, 
na hora do provisório vai ter que ter 
grande quantidade de acrílico. 
TECNICA DA MASSA GROSSA 
 EM DENTES POSTERIORES 
Conhecida como a técnica da bolinha, 
normalmente para se usar essa tec deve 
ser utilizada somente em posteriores pois 
em anteriores nos não conseguimos uma 
estética legal por causa do seu 
polimento, após o termino do preparo, 
vou utilizar um pincel para passar uma 
camada de vaselina em cima do 
preparo, nos dentes adjacentes e em seu 
antagonista. 
Passo a passo: 
Em um pote dappen manipule uma 
porção adequada de resina, condizente 
com o tamanho do dente, normalmente 
para molar, meio potinho. 
Manipule dentro do pote, quando da 
pra tirar o acrílico e colocar em cima do 
preparo, com o dedo vc comprime ele e 
vem com a espátula de resina rente de 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
 
 
cima para baixo, fazendo com que a 
resina desça ate a cervical e pede o 
paciente para ocluir. 
Depois que oclui, a resina quando 
começa a tomar presa, ela irar aquecer 
e quanto mais aquece e toma presa ela 
vai diminuindo. 
 
 
Repita os movimentos de retirar e inserir o 
provisório ate que a resina alcance a 
polimerização, com cuidado para a 
resina não aquecer. 
Essa técnica consiste em esculpir todo o 
dente. 
Após o desgastes, podemos marcar com 
o lápis o final do preparo para fazer o 
desgaste da vestibular e da palatina . 
 
Quando fizemos o desgaste ex: molares 
inferiores, precisamos lembrar da 
anatomia do dente. 
Quando o dente superior toca o inferior 
tocam em uma posição, nos superiores 
temos a vertente lingual da cúspide 
vestibular que irar tocar na face 
vestibular do inferiores, e temos que 
lembrar de da esse inclinação quando 
estivermos fazendo o provisório. 
Vamos fazer o desgaste do provisório 
com a maxicut e com a minicut. 
Se o contorno cervical não estiver 
adaptado eu preciso reembazar, o ideal 
é depois que vc já fez um formato . se 
faltar marial eu preciso desgastar esse 
provisório por completo na parte interna, 
vou com a broca na parte interna faço o 
desgaste, passo a vaselina , encho a de 
resina e levo no dente, seguro com uma 
mão e com a outro com uma sonda eu 
tiro o excesso e sempre tomando 
cuidado com as proximais por causa do 
meu ponto de contato. 
Checo os contatos oclusais e ajusto com 
a broca da minha preferência 
 Em alguns casos que apareça uma falha 
na margem da restauração temporária 
pode ser reparada com acréscimo direto 
com um pincel, passando o pincel no 
liquido e no pó e levando ali para a 
falha. 
 
Para dao polimento é preferível utilizar a 
borracha menor. 
 Não pode se esquecer que na 
confecção do provisório precisa se 
deixar espaço para a papila. 
Termino para faceta em dente de 
estoque: 
É indicado para unitários e prótese sobre 
implante. 
Para fazer provisório em dente anterior. 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
Primeiro passo quando for fazer a 
confecção desse dente de estoque, 
precisamos saber se aquele dente 
confere com o dente da pessoa, 
precisamos desgastar a face interna do 
dente estoque para conseguimos um 
melhor adaptação, após o desgaste de 
toda a palatina, iremos realizar também 
o desgaste da cervical, sempre 
respeitando o sentido angulação da 
coroa. 
 O dente de estoque é utilizado para ter 
uma melhor estética. 
Após colocar em posição e ele ta bem 
adaptado em cima do preparo mas ele 
ta muito cumprido, ele ta maior do que o 
dente do lado, não devemos cortar a 
incisal, devemos cortar a cervical. 
Saberemos que o desgaste esta 
adequado quando posicionarmos o 
preparo sobre a faceta e ela esta 
alinhada com os demais dentes 
 
Utilizando um pincel fino, aplicar vaselina 
no pote dappen manipule uma porção 
de resina acrílica, condizente com o 
tamanho do preparo, quando estiver 
saindo da fase fibrilar para a plástica, 
manipule uma porção com uma 
espátula 7 e aplique sobre a face interna 
da faceta. Após polimerizar a resina tire 
os excessos, caso falte resina vou 
colocando com o pincel. 
 
Quando a resina começar a esquentar, 
remova e coloque ate atingir a 
polimerização. Após isso remova os 
excessos com a broca de tungstênio e 
olhe ao redor do preparo. 
Após a escultura, realize o 
reembasamento do provisório e remova 
os excessos. Cheque os pontos oclusais 
com um pedaço de carbono. 
O acabamento e polimento deve ser 
feito com pontas de borracha abrasiva 
de granulação mais grossa para mais 
fina. Promovendo o acabamento da 
peça. Por fim utilize a roda de feltro com 
pasta de polimento para resina acrílica. 
 
Modelagem de Retentor 
intrarradicular: 
Dentes fraturados endodonticamente as 
vezes é necessário realizar reconstrução 
de extensas áreas perdidas, sejam elas 
por carie e com desgaste restaurador 
prévio. Por tanto é necessário 
providenciar uma base para que a nova 
restauração protética obtenha 
condições e estabilidade adequada. 
 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
Uma técnica bastante utilizada é a 
moldagem do retentor intrarradicular. 
Nesta técnica prepara-se uma peça para 
fundição com a forma coronária final do 
preparo protético (núcleo) e com o pino 
intrarradicular que promovera a retenção 
dessa peça. 
 Modelagem do pino 
Após o término do preparo já antes 
confeccionado. Deve pincelar esse 
preparo com vaselina solida com auxilio 
de um pincel fino ou com um fino 
pedaço de algodão enrolado em uma 
lima endodôntica. Certifique que não há 
faltas e nem excesso de vaselina dentro 
do conduto. Em seguida separa o pin jet 
e umedeça com o liquido da resina 
acrílica. 
Agora devemos pegara a resina de 
baixa contração que é a duralay, e levar 
no interior do conduto copiando 
perfeitamente. 
 Para isso: pegue um pote dappen, 
manipule uma porção de resina e 
quando estiver saindo da fibrilar para a 
plástica, recolha uma pequena porção 
com espátula 7 e aplique em volta do 
pin-jet, correspondente a extensão do 
preparo intrarradicular, com rapidez leve 
esse conjunto ate o interior do conduto e 
não remova. Parte coronária pode ser 
comprimida contra a entrada do 
conduto, parte pode ser readaptada 
contra a porção coronária do pino. Deve 
se aguardar um pouco ate a 
polimerização e assim remover o 
conjunto lentamente do interior do 
conduto. Não remova completamente, 
coloque e tire para evitar polimerização 
incorreta. Pequenas falhas podem ser 
corrigidas com cera utilidade mas 
precisa se atentar para não deixar exc 
esso de cera no conduto. 
 
Outra técnica que temos é a tec do 
pincel (nealon). Colocamos pó em um 
pote dappen e liquido no outro, com um 
pincel pegamos os 2 e precisa que fique 
praticamente fluido e assim levamos 
para o interior do conduto após encher 
levamos o pin-jet e asseguramos ate o 
fundo do conduto preparado. A partir 
disso devemos realizar a mesma tec de 
finalização da tec passada. 
Modelagem do núcleo 
Após a moldagem do pino no interior do 
conduto, preparado e adicionado mais 
resina contra a porção coronária do 
pin- jet.( com uma das tec apresentadas 
a cima) A forma final do preparo ainda 
será dada pelas brocas diamantadas. 
Nesse momento, basta que se apliquem 
incrementos para um volume dentro do 
qual possa antever a possibilidade de 
obter a forma do preparo pretendido. 
Após polimerizada a resina adicionada, 
vamos então ao preparo. Trabalhando 
as brocas diamantadas na resina e em 
algum remanescente dental coronário 
ainda existe. As margem tem que ser 
definidas em estrutura dental r não na 
resina acrílica. Para o termino a peça ira 
para laboratório para a fundição 
 
 
 @ODONTOBYMILLY 
 
Aplicando oque eu aprendi: 
• O que é retenção e por que é 
importante no preparo dentário? 
• Quais são os principais fatores que 
influenciam a retenção de uma 
restauração protética? 
• Qual é a importância da 
resistência ou estabilidade em um 
dente preparado? 
• Como a integridade marginal 
afeta a retenção de uma 
restauração? 
• Quais são os princípios biológicos 
que devem ser considerados 
durante o preparo dentário? 
• Quais são os tipos de término 
cervical e em que situações cada 
um é indicado? 
• Qual é a técnica da silhueta e 
como ela pode ser útil no preparo 
dentário? 
• Descreva o processo de preparo 
protético para uma coroa 
metalocerâmica posterior. 
• Como é feito o acabamento final 
do preparo para uma coroa 
metalocerâmica? 
• Explique a importância de se fazer 
um provisório bem adaptado e os 
passos para sua confecção. 
Respostas : 
O que é retenção no preparo dentário e 
como é alcançada? 
A retenção no preparo dentário refere-se 
à capacidade de impedir o 
deslocamento axial da restauração sob 
forças de tração. É alcançada pelo 
contato das paredes internas da coroa 
com as superfícies do dente preparado, 
criando uma área que proporciona 
retenção friccional à prótese e impede 
seu deslocamento gengivo-oclusal sob 
ação de forças de tração. 
 
Quais são os princípios envolvidos na 
resistência ou estabilidade do dente 
preparado? 
Os princípios incluem a necessidade de 
que o dente preparado resista às forças 
mastigatórias, mantendo sua integridade 
estrutural e altura adequada em relação 
à largura, além de minimizar a ação das 
forças oblíquas que podem causar 
rotação e deslocamento da prótese. 
Por que a rigidez estrutural é importante 
no preparo dentário? 
A rigidez estrutural é importante para 
garantir a estabilidade da restauração, 
assegurando que o dente preparado 
mantenha sua integridade estrutural e 
que a restauração tenha espessura 
suficiente para resistir às forças 
mastigatórias, sem comprometer a 
estética e o tecido periodontal. 
 
Qual é a importância da integridade 
marginal no preparo dentário? 
A integridade marginal é importante 
porque influencia na retenção da 
restauração, sendo determinada pela 
área preparada e sua textura superficial. 
Além disso, uma maior área preparada 
resulta em maior retenção, e a presença 
de caixas em dentes cariados ou 
restaurados pode aumentar a retenção 
da restauração. 
Quais são os princípios biológicos a serem 
considerados no preparo dentário? 
 
 
 @ODONTOBYMILLYOs princípios biológicos incluem a 
necessidade de procedimentos 
minimamente invasivos para preservar a 
vitalidade pulpar e a saúde periodontal. 
Isso envolve evitar desgastes excessivos 
que possam expor os túbulos dentinários, 
danificar a polpa ou interferir nas 
distâncias biológicas entre os tecidos 
periodontais 
 
Tipos de término cervical e suas 
indicações: 
Término cervical biselado: Indicado em 
restaurações estéticas para proporcionar 
uma transição suave entre o material 
restaurador e o dente natural, reduzindo 
o risco de retenção de placa 
bacteriana. 
Término cervical em ombro: 
Recomendado em restaurações 
metálicas ou quando há necessidade de 
retenção mecânica adicional devido à 
ausência de retenção intrarradicular. 
 
Técnica da silhueta e sua utilidade no 
preparo dentário: 
A técnica da silhueta envolve a criação 
de uma forma geométrica semelhante a 
um trapézio invertido no preparo 
dentário. Ela é útil para garantir uma 
redução uniforme das estruturas 
dentárias, controlar a profundidade do 
preparo e preservar a integridade das 
margens cervicais. 
 
Processo de preparo protético para uma 
coroa metalocerâmica posterior: 
O processo envolve a remoção do 
tecido dentário comprometido, a 
criação de um espaço adequado para 
a restauração, a redução do dente 
natural de acordo com as 
especificações do laboratório protético e 
a obtenção de uma impressão precisa 
para a fabricação da coroa 
metalocerâmica. 
Acabamento final do preparo para uma 
coroa metalocerâmica: 
 
O acabamento final inclui a verificação 
da adaptação da coroa ao dente 
preparado, o ajuste fino das margens 
para garantir uma vedação adequada, 
o polimento das superfícies para evitar 
rugosidades e a remoção de quaisquer 
irregularidades que possam 
comprometer a estética ou a 
integridade da restauração. 
 
Importância e passos para a confecção 
de um provisório bem adaptado: 
Um provisório bem adaptado é crucial 
para proteger o dente preparado, 
manter a função mastigatória e a 
estética, e prevenir a sensibilidade pós-
operatória. Os passos para sua 
confecção incluem a seleção de um 
material adequado, a obtenção de uma 
impressão precisa, a fabricação do 
provisório em laboratório ou no 
consultório e a verificação da 
adaptação e oclusão antes da 
cimentação 
 
 
 
 
 
 @ODONTOBYMILLY

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