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CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE
Especialização em Prótese Dentária
LILLYS MARIA DE OLIVEIRA CAMPOS
CLONAGEM TERAPÊUTICA EM PRÓTESE TOTAL
 SÃO PAULO 
 Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Odontológicas
 2023
 CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE
Especialização em prótese dentária
LILLYS MARIA DE OLIVEIRA CAMPOS
 CLONAGEM TERAPÊUTICA EM PRÓTESE TOTAL
Monografia apresentada ao centro universitário Amparense, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em prótese dentária
Orientador: Marco Antônio Rigo Rodrigues
SÃO PAULO
Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Odontológicas
2023
RESUMO
A técnica de cópia de próteses totais (PT), reconhecida como “copy denture”, tem como principal benefício potencializar uma rápida adaptação ao novo par de próteses, uma vez que este irá possuir um formato já conhecido pelo paciente, mantendo tanto a posição dos dentes quanto sua dimensão vertical de oclusão. Apesar de haver relatos na literatura, esta técnica é pouco difundida e, muitas vezes, não é considerada como opção de tratamento em casos de pacientes idosos com maiores dificuldades potenciais de se adaptarem a novas próteses totais. O presente trabalho tem por objetivo descrever a importância da clonagem de prótese sendo uma técnica simples, rápida e de baixo custo para confecção de próteses totais convencionais novas a partir da duplicação de próteses antigas, em uso pelo paciente. Esta pesquisa foi realizada por meio de leitura em artigos e livros associados a implantodontia.Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica, por meio de artigos usando nos bancos de dados eletrônicos: Pubmed, RBNE, BVS, Periódicos Capes, na Biblioteca e SciELO. 
Palavras-chave: prótese, clonagem, edentulos
10
ABSTRACT
The technique of copying complete dentures (PT), recognized as "copy denture", has the main benefit of enhancing a quick adaptation to the new pair of prostheses, since this will have a format already known by the patient, maintaining both the position of the teeth and their vertical dimension of occlusion. Although there are reports in the literature, this technique is not widespread and is often not considered as a treatment option in cases of elderly patients with greater potential difficulties in adapting to new complete dentures. The present work aims to describe the importance of prosthesis cloning as a simple, fast and low-cost technique for the manufacture of new conventional complete dentures from the duplication of old prostheses, in use by the patient. This research was carried out by reading articles and books associated with implantology. A bibliographic review study was carried out, through articles using electronic databases: Pubmed, RBNE, BVS, Periódicos Capes, in the Library and SciELO
Keywords: prosthesis, cloning, edentulous
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
REVISÃO DE LITERATURA	8
2.1 Edentulismo
DISCUSSÃO 	20
4. CONCLUSÃO	24
REFERÊNCIAS	25
1- INTRODUÇÃO
As próteses totais convencionais (PTs) são o tratamento de escolha para muitos pacientes, restaurando não apenas a função, mas também o aspecto psicológico e social. Para pacientes mais velhos, adaptar-se a uma nova prótese pode ser um desafio ainda maior, especialmente com grandes mudanças nas superfícies oclusais e de suporte.1
Dessa forma, replicar o contorno e a forma de uma prótese antiga usada por um paciente há muitos anos, pode evitar a necessidade de restaurar a atividade muscular facial e o desconforto associado à adaptação de um novo formato de prótese.2
Estudos recentes têm destacado a inter-relação entre saúde bucal e saúde geral, mostrando que a má saúde bucal (principalmente dentária e dentadura), constitui um fator predisponente para doenças sistêmicas e/ou agrava as condições de saúde de uma população. O quadro configura a necessidade crescente de cuidados de saúde oral, e a perspetiva do serviço de cuidados de saúde oral é fortalecida com a crescente compreensão e consciência, da importância da saúde oral na vida e no envelhecimento saudável.3
Dadas as dificuldades que muitos pacientes experimentam quando precisam substituir suas próteses pelos métodos tradicionais, diferentes métodos de fabricação de próteses foram desenvolvidos. Essas dificuldades são encontradas principalmente por pacientes idosos e pessoas com doença de Parkinson ou demência. O método “copy denture” duplicação de próteses totais, também conhecido como clonagem, é descrito em diversos protocolos na literatura, tendo como principal vantagem potencializar a rápida adaptação a novas próteses, pois esta terá um formato único, onde o paciente já está habituado com a a posição dos dentes e as dimensões verticais de sua mordida.4
Além disso, outros benefícios foram encontrados com a técnica, como: orientação para a equipe técnica de laboratório sobre posição, estética e forma dos dentes, técnicas de registro dos maxilares superiores e inferiores mais simples, redução de etapas laboratoriais, além de menos visitas clínicas para confecção de próteses. o paciente passa menos tempo na cadeira odontológica.5
Após o uso prolongado de próteses totais (PT), essas precisam ser substituídas por outras devido ao desgaste, fratura ou descoloração dos dentes de resina. A dentadura antiga pode fornecer informações valiosas sobre aspectos com os quais o paciente ainda está satisfeito, como a posição dos dentes ou a cor das gengivas, o que pode ser útil para ajudar o paciente a se ajustar ao novo tratamento.6
Tendo em vista as informações acima, o presente trabalho tem como objetivo principal relatar um estudo acerca da forma de confecção de prótese total, utilizando a clonagem terapêutica de próteses antigas do paciente e apresentando as vantagens desta técnica nas etapas do tratamento.
2- REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Edentulismo
Indivíduos com mais de 60 anos compõe o segmento da população que mais cresce em termos proporcionais em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Essa tendência atual de envelhecimento crescente da população representa um grande desafio para as políticas de saúde. O envelhecimento provoca alterações fisiológicas diversas no organismo, podendo afetar a saúde e o cotidiano das pessoas. Aumenta também a incidência de doenças crônicas, exigindo mais atenção, cuidados de familiares e profissionais de saúde com os idosos. Nesse contexto, a atenção com a saúde bucal constitui condição fundamental para um envelhecimento saudável.7
Nesse contexto, a odontologia geriátrica surgiu para abordar os efeitos do tempo na cavidade oral, nos dentes e nas estruturas adjacentes. No Brasil, muitos profissionais da odontologia têm aderido a programas voltados à saúde bucal do idoso. Isso é importante para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, que muitas vezes são vítimas do atraso na aposentadoria e recebem pouco apoio da família ou dos gestores públicos de saúde.8
Edentulismo, cárie radicular e doença periodontal são os problemas mais comuns na assistência odontológica para idosos. Embora a perda total dos dentes seja considerada um fenômeno natural do envelhecimento, sabe-se que está associada à falta de prevenção, instrução e cuidado na higiene bucal do adulto9
A doença periodontal piora com a idade e é a principal causa de perda dentária. O lento desenvolvimento da cárie radicular também leva ao aumento da perda dentária em idosos, de acordo com os autores isso levou a um aumento no uso de próteses dentárias e outras complicações relacionadas à saúde bucal nessa população.10
A perda dentária pode ter grande impacto na saúde bucal e na qualidade de vida do indivíduo, pois afeta a mastigação, o consumo de diversos alimentos, a fonética, além de causar prejuízos estéticos e efeitos psicológicos. Para os idosos, esses fatores reduzem o bem-estar e levam a alterações psicológicas e funcionais. Muitos pacientesidosos desenvolvem alterações bucais devido a efeitos colaterais dos medicamentos utilizados, manifestações de doenças sistêmicas e deficiências. Os problemas bucais em idosos possui um forte impacto funcional, social e psicológico nos aspectos cotidianos relacionados à vida em comunidade. Questões relacionadas à dor e desconforto, renda familiar e número de dentes naturais foram determinantes dessas alterações e foram consideradas relevantes para os programas de saúde pública.11
O impacto da reabilitação com prótese total removível na qualidade de vida de 245 idosos edêntulos independentes socialmente ativos foi avaliado em Belo Horizonte - MG. Dos pesquisados, 26% disseram que a mastigação foi "sempre" limitada; 19% disseram que "às vezes" tiveram dificuldade para engolir; 69% "nunca" limitaram o contato social devido à aparência e 22% Medicação é usada "sempre" para aliviar a dor ou desconforto. As próteses totais removíveis apresentam limitações que afetam a qualidade de vida, apontando a necessidade de investimentos em programas de promoção da saúde para preservação dos dentes naturais12
O termo qualidade de vida revela-se bastante subjetivo e depende de inúmeras variáveis ​​relacionadas com a satisfação com a vida familiar, amorosa, social e ambiental. Este é um conceito muito amplo que tem a ver com saúde física e mental, estado mental, espiritualidade, riqueza material e grau de independência das relações e ambientes sociais.13
Muitos idosos acreditam que a perda de dentes é uma consequência natural do envelhecimento.14 
Essa crença leva os indivíduos a negligenciar os cuidados bucais e os dentes naturais são gradativamente substituídos por dentaduras. Devido à perda completa do elemento dental, pode-se demonstrar diminuição da capacidade mastigatória, com comprometimento da fala, aspectos nutricionais, estéticos e psicológicos.15
Vários estudos mostraram que a maioria dos pacientes idosos tem problemas relacionados à saúde bucal, incluindo cárie dentária, doença periodontal, disfunção salivar, uso inadequado de dentaduras e funções de mastigação, deglutição e paladar prejudicadas. Também inclui um grande número de indivíduos edêntulos.16
Devido às desigualdades sociais e regionais, o Brasil não oferece boas condições de suporte e tratamento para os idosos, principalmente aqueles com saúde bucal precária.17
De maneira geral, observa-se que a situação bucal dos idosos no país é precária, caracterizada por perdas dentárias, infecção e higiene bucal inadequada. As redes de saúde pública nem sempre conseguem atender com serviços médicos e odontológicos universais e garantias e recomendações de tratamento. Nesse contexto, o impacto na qualidade de vida dessas pessoas é inevitável e requer maior atenção no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esse crescente segmento da população.18
Isso pode ser facilmente constatado pelos dados do Levantamento Epidemiológico Nacional de Saúde Bucal (SB-Brasil), realizado em 2010. Em relação à necessidade de próteses, na faixa etária de 65 a 74 anos, a proporção de pessoas que não precisavam de próteses foi de 7,3% Dentaduras, com diferenças regionais significativas, bem como diferenças entre os maxilares afetados.19
Pesquisas mostram que a perda dentária limita a função diretamente relacionada à manutenção da qualidade de vida. Os efeitos podem se manifestar como declínio nas habilidades mastigatórias e vocais, além de comprometimento nutricional, estético e psicológico, além de diminuição da autoestima e integração social. 20
Culturalmente, o edentulismo no Brasil ainda é visto por muitos como uma parte natural do envelhecimento. No entanto, como se sabe hoje, esse fato reflete falta de prevenção, informação e falta de cuidados com a higiene bucal que devem ser voltados principalmente para a população adulta de forma a preservar os dentes naturais, funcionais e saudáveis até a terceira idade.21 
No âmbito da política pública de saúde bucal do idoso, não é necessário apenas conhecer as necessidades clínicas do idoso por meio de investigações epidemiológicas, mas, principalmente, compreender os aspectos subjetivos relacionados à autopercepção do estado de saúde bucal e seu impacto na parte qualidade de vida, pode influenciar a adesão ao tratamento e a motivação para o autocuidado.22
Os fatores que influenciam as percepções de saúde bucal incluem características socioeconômicas, como educação e renda, e condições clínicas, como perda de dentes e uso e necessidade de próteses dentárias. De acordo com a literatura, a autopercepção da saúde bucal é uma medida multidimensional que reflete as experiências subjetivas dos indivíduos quanto ao seu bem-estar funcional, social e psicológico e, muitas vezes, determina a procura por atendimento odontológico.22
2.2 CLONAGEM EM PRÓTESE TOTAL
Alguns trabalhos publicados eliminaram a etapa de modalgem anatômica e deram continuidade ao processo de confecção de PT com técnicas tradicionais, reduzindo o tratamento em apenas uma etapa.23
 Desta forma, os requisitos funcionais e estéticos são restaurados sem perder as características individuais da prótese utilizada anteriormente. Dadas as dificuldades que muitos pacientes experimentam quando precisam substituir suas próteses pelos métodos tradicionais, diferentes métodos de fabricação de próteses foram desenvolvidos. Essas dificuldades são encontradas principalmente por pacientes idosos e pessoas com doença de Parkinson ou demência. 24
Uma técnica proposta pelos autores preconizava a fabricação e testes clínicos de planos feitos em cera. Porém, fazer a muralha de silicone para montagem do dente nessa técnica dispensa a etapa clínica, pois o dente será montado em cera em uma posição satisfatória e encaminhado para o encaixe sem planejamento direcional, mas é importante que para isso o paciente tenha os dentes das próteses antigas alinhados e esteticamente agradáveis. Este processo não foi relatado em outros trabalhos, e representa uma inovação da técnica descrita neste trabalho. Este artigo descreve uma técnica de duplicação de prótese total para manter a posição dos dentes remanescentes que precisam ser substituídos devido ao desgaste ou mudanças de cor. Pode ser implementada no laboratório e na clínica usando pouca frequência do paciente, e de maneira mais rápida do que as técnicas relatadas na literatura.25
Após o uso prolongado de próteses totais (PT), novas próteses precisam ser substituídas devido ao desgaste, fratura ou descoloração dos dentes de resina. A restauração original pode fornecer informações valiosas sobre aspectos com os quais o paciente ainda está satisfeito, como a posição dos dentes ou a cor das gengivas, o que pode ser útil para ajudar o paciente a se ajustar ao novo tratamento. Uma opção rápida de tratamento é a confecção de novas próteses totais, a partir da duplicação das antigas, com o objetivo de replicar aspectos que ainda satisfaçam o paciente, como a posição dos dentes.6 
Em um estudo foi utilizado a prótese antiga do paciente como moldeira individual para executar a moldagem funcional, no entanto não mantiveram a posição dos dentes remanescentes.3
Considerando a importância da reabilitação física para uma adequada função mastigatória e do sistema estomatognático, diversos métodos de confecção de próteses têm sido desenvolvidos com o objetivo de superar as dificuldades encontradas por muitos pacientes ou reduzir o tempo clínico para confecção de próteses.24 
As próteses totais são confeccionadas segundo técnicas "tradicionais", que requerem uma série de procedimentos clínicos e laboratoriais, nomeadamente: moldagem de estudo, confecção de moldeiras individuais, moldagem funcional, personalização de arcos faciais, registro de modelos com relação central e montagem dentária, estética, testes funcionais, instalação e controle.29 
Segundo o Ministério da Saúde, o Levantamento Epidemiológico de Saúde Bucal do Brasil, feito em 2010, constatou que mais de 3 milhões de idosos (15,8%) necessitavam de próteses totais(PT) (arcadas dentais bilaterais), e outros 4 idosos necessitavam de prótese total Próteses (PT) (Arco Bilateral). 15 milhões de pessoas (21%) precisam de uma prótese parcial (uma das arcadas dentárias).27
O edentulismo total, caracterizado pela perda de todos os elementos da arcada dentária, é considerado um dos maiores problemas de saúde bucal devido à sua alta incidência.28 29
 A perda total dos dentes leva ao comprometimento físico (reabsorção marginal), funcional (diminuição da capacidade de mastigar e falar), social e psicológico (isolamento social), ou seja, afeta a autoestima e a qualidade de vida desses pacientes.30
Considerando a importância da reabilitação física para uma adequada função mastigatória e do sistema estomatognático, diferentes métodos de confecção de próteses têm sido desenvolvidos com o objetivo de superar as dificuldades encontradas por muitos pacientes ou reduzir o tempo clínico de confecção das próteses, pois quando planejadas e executadas de acordo com o padrão, a maioria dos pacientes ficam satisfeitos com os resultados.31
	
A fim de evitar e/ou minimizar essas deficiências, a reabilitação oral para esses pacientes pode ser realizada com próteses totais convencionais, próteses implanto-suportadas (overdentures) ou próteses totais fixas sobre implantes (também conhecidas como prótese tipo protocolo de Brånemark). A prótese total é a opção de tratamento mais utilizada para a reabilitação de pacientes edêntulos totais, pois proporciona estética aceitável, restaura a função e tem um custo menor em comparação com outras reabilitações, além de facilitar a higiene do paciente.32
As próteses totais são confeccionadas seguindo técnicas "tradicionais" e requerem uma série de procedimentos clínicos e laboratoriais, nomeadamente: estudo de moldagem, confecção de moldeiras individuais, moldagem funcional, personalização do arco facial, registo relacional centrado no modelo e dentes montados, testes estéticos e funcionais, instalação e controle. Uma réplica da prótese do paciente em uso.26
Impressões fiéis das áreas anatômicas por moldagem são cruciais, pois contribuem para a estabilidade, retenção e conforto da prótese. Para a confecção de próteses totais, geralmente são realizados dois tipos de moldagens: moldagens anatômicas, primárias ou preliminares (estáticas), com o uso de moldeiras, cujo objetivo é reproduzir a área chapeavel da boca, avaliar a inserção muscular e obter um modelo de estudo; funcionais, Moldagem secundária ou por compressão (dinâmica e seletiva), em que se aplica pressão em algumas áreas e alívio em outras, com o objetivo de recriar com precisão detalhes anatômicos, para isso se utiliza moldeira individuais pré-fabricadas.33
Outra técnica que visa reduzir custo e tempo de fabricação é a tecnologia de "simplificação", que envolve um número menor de procedimentos clínicos34 tais como a confecção de bases de prova diretamente sobre modelos de estudos, eliminando uma segunda etapa de moldagem de maior precisão;35 o não uso do arco facial da moldagem funcional e registro das relações maxilo - mandibulares em sessão única, utilizando a moldeira individual como base de prova e por fim a duplicação da prótese do paciente que se encontra em uso.36
 Havendo necessidade de substituição ou troca da dentadura antiga, ou da transitória por uma definitiva,	a	clonagem	da	prótese	total	que	se encontra
em uso pode ser indicada para ser utilizada como moldeira individual dentada.37
A técnica proposta possui vantagens como: eliminação da fase de moldagem anatômica; facilitação da moldagem em oclusão por meio da técnica de boca fechada; são fáceis de manusear e possuem uma aparência agradável; no laboratório podem servir como referência para confecção da nova prótese, ou seja, requerem menor tempo de cadeira, tempo laboratorial e materiais.37
.
 Essa técnica apresenta três fases: planejamento, terapia e execução. Os autores acreditam que as duas fases iniciais devam fazer parte não apenas da Técnica da Clonagem Terapêutica, mas também de qualquer tratamento de reabilitação por próteses totais, sejam elas convencionais ou híbridas (overdentures), independentemente da técnica empregada, pois são análises obrigatórias para o diagnóstico e o planejamento das mesmas. As três fases distintas estão relacionadas a seguir.25
 
2.3 FASE 1 PLANEJAMENTO :
Essa fase envolve análise do grau de cognição do paciente (aquisição de um conhecimento) e do seu perfil psicológico, análise da indicação de tratamentos prévios, modelos de estudo e de modificações na prótese antiga, anamnese da história médico-odontológica, exames intra e extrabucais, exames radiográficos e traçado do prognóstico do caso.25
 2.3.1 FASE 2 TERAPIA:
Nessa fase são executados os tratamentos prévios planejados, com o objetivo de promover uma condição fisiológica de todo o sistema estomatognático e devolver o máximo de retenção, estabilidade e conforto durante o tratamento. Esse tratamento realizado na prótese antiga é de fundamental importância para diminuir a ansiedade do paciente quanto à entrega das próteses novas, permitindo ao profissional realizar seu trabalho com tranquilidade e estabelecer um melhor relacionamento paciente-profissional.25
 2.3.2 FASE 3 EXECUÇÃO 
Após o planejamento e a terapia (Fases 1 e 2), dados importantes estarão contidos nas próteses modificadas; por isso elas devem ser clonadas (duplicadas) e é necessário que se sigam os protocolos de execução das próteses novas. Os clones funcionarão como moldeiras individuais dentadas e deverão conter as informações experimentadas e aprovadas clinicamente nas próteses modificadas, como DVO, área basal, oclusão, fonética, estética e conforto.25
2.4 PROTOCOLO DE EXECUÇÃO: DA CLONAGEM À INSTALAÇÃO DA PRÓTESE
Inicialmente um exame clínico do paciente deve ser realizado, bem como uma avaliação das próteses antigas que o mesmo possui, a fim de identificar quais fatores devem ser modificados por meio do novo tratamento. Após proceder às terapias necessárias na prótese antiga e comprovar clinicamente o planejamento, deve-se clonar (duplicar as próteses). A técnica de confecção de novas próteses a partir da duplicação das já existentes, será descrita por meio dos seguintes passos25:
1. Confecção do clone. 
2. Prova do clone na boca do paciente. Instalar o clone na boca do paciente e promover um ajuste oclusal procurando obter contatos bilaterais simultâneos em oclusão. 
3. Abertura de frênulos e bridas e recuperação da borda do clone maxilar e mandibular (se não foi realizado na fase da terapia). Promover a abertura do frênulo labial anterior, dos frênulos laterais e das bridas. A recuperação da borda é realizada com resina foto para moldeira individual. 
4. Registro oclusal. Fixar godiva de alta temperatura de plastificação ou resina fotopolimerizável para moldeira individual na oclusal dos dentes do clone mandibular, vaselinar levemente a oclusal dos dentes do clone maxilar e registrar a posição de oclusão. Para o caso de se usar a resina fotopolimerizável para moldeira individual, fazer pequenas perfurações na oclusal dos dentes do clone mandibular para melhorar a adesão da resina fotopolimerizável à resina acrílica (essas perfurações não devem atingir os pontos oclusais de parada cêntrica). 
5. Preparação para a Moldagem Mioestabilizada maxilar. Com uma broca Maxicut ® , remover as áreas retentivas internas do clone maxilar, 1 mm de toda área interna e as áreas que deverão ser aliviadas (moldagem com pressão seletiva), de acordo com o planejamento de cada caso. 6. Moldagem Mioestabilizada maxilar. Proceder à moldagem de boca fechada, estabilizando os clones no registro de mordida mandibular. Após a moldagem, executar a moldagem complementar (selamento posterior) com resina fotopolimerizável ou pasta zincoeugenólica.
 7. Preparação para a Moldagem Mioestabilizada mandibular. Com uma broca Maxicut ® , remover as áreas retentivas internas do clone mandibular, 1 mm de todaárea interna e as áreas que deverão ser aliviadas (moldagem com pressão seletiva) de acordo com o planejamento de cada caso. 
8. Moldagem Mioestabilizada mandibular. Proceder à moldagem da mandíbula de boca fechada, estabilizando os clones no registro de mordida. 
9. Marcações estéticas no clone maxilar (quando não realizadas anteriormente na fase 2 da terapia). Com caneta de marcação permanente ou lápis de ponta fina proceder às marcações das modificações estéticas necessárias. Essas alterações estéticas também devem ser transcritas na ficha clínica do paciente. 
10. Referência oclusal na forquilha. Preencher com godiva de alta temperatura de plastificação toda a superfície da forquilha e registrar a oclusal dos dentes do clone maxilar (que agora contém o molde funcional maxilar). 
11. Determinação da distância intercondilar média e ajuste prévio do articulador. Com o uso do arco facial, determinar a distância intercondilar média do paciente (pequena, média ou grande) e realizar o ajuste prévio do articulador semiajustável (guias condilares a 30°, ângulos de Bennett a 0° e ajuste dos postes condilares e dos estojos condilares de acordo com a distância intercondilar média predeterminada). 
12. Tomada do arco facial com o uso do clone maxilar (que contém o molde funcional maxilar) fixado no registro da forquilha. 
13. Preparo do molde funcional maxilar e mandibular através da fixação de filetes de cera utilidade com 6 a 8 mm de espessura, colocados a cerca de 2 a 3 mm abaixo da borda externa do molde em toda a sua periferia, a fim de evidenciar e proteger a futura canaleta do modelo que corresponderá à espessura da borda da futura prótese. 
14. Confecção dos modelos de trabalho. Manipular gesso-pedra melhorado (tipo IV), verter no interior dos moldes funcionais maxilar e mandibular com o auxílio de um vibrador para gesso e fazer pequenas irregularidades superficiais simulando “suspiros” que posteriormente irão auxiliar na união com o gesso utilizado na montagem dos modelos no articulador. 
15. Montagem do modelo de trabalho maxilar no ramo superior do articulador. Fixar o clone maxilar com cera 7 (que contém o modelo de trabalho maxilar) no registro oclusal da forquilha. Encaixar os estiletes metálicos do ramo superior do articulador nos orifícios das olivas plásticas do arco facial. Umidificar a parte do modelo maxilar que ficará em contato com o gesso da montagem, espatular gesso-pedra (tipo III), colocar entre a placa de montagem e o ramo superior do articulador e fechar até que o ramo superior do articulador toque o arco facial. Fixar, então, a morsa que unirá o arco facial ao ramo superior do articulador. Após a cristalização, remover a morsa de fixação e o arco facial do ramo superior do articulador. 
16. Montagem do modelo de trabalho mandibular no ramo inferior do articulador. Encaixar o registro oclusal do clone mandibular nos dentes do clone maxilar e fixar com cera utilidade e 7. Umidificar a parte do modelo mandibular que entrará em contato com o gesso da montagem, espatular gesso-pedra (tipo III), colocar entre a placa de montagem e o modelo, fechar o articulador até que o pino guia incisal toque a mesa incisal e esperar a cristalização do gesso. Utiliza-se um peso em torno de 2 kg sobre o ramo superior do articulador para evitar a expansão do gesso. 
17. Promover as alterações estéticas planejadas no clone maxilar. Se alterações estéticas foram planejadas, mas não realizadas na fase da terapia, elas deverão ser realizadas nesta fase. Por exemplo: aumento ou diminuição de altura da posição incisal dos dentes anteriores superiores, correção da inclinação anterior ou posterior e vestibularização ou palatinização dos dentes anteriores. As alterações são realizadas com fresas, se forem necessários desgastes, ou com cera, se necessários acréscimos. 
18. Separação do modelo de trabalho mandibular do clone mandibular. Desparafusar a placa de montagem inferior do ramo inferior do articulador e deixar o clone mandibular em um gral com água fria durante 10 minutos. Levar para um recipiente com água quente e, após o amolecimento da pasta de óxido de zinco e eugenol, com o auxílio de uma espátula, separar o clone mandibular do modelo de trabalho mandibular. 
19. Confecção do plano de orientação mandibular. Fazer uma base de prova mandibular e um rolete de cera 7, seguindo o formato do arco dental vestibular do clone maxilar. Manter a dimensão vertical de oclusão (DVO) através do toque do pino guia incisal na mesa incisal. 
20. Transferências das linhas de orientações do clone maxilar para o plano de orientação mandibular. Transferir as linhas (e preenchê-las com cera azul) das marcações planejadas no clone maxilar para o plano de orientação mandibular. 
21. Separação do modelo de trabalho maxilar do clone maxilar. Desparafusar a placa de montagem do ramo superior do articulador e deixar o clone maxilar em um gral com água fria durante 10 minutos. Levar para um recipiente com água quente e, após o amolecimento da pasta de óxido de zinco e eugenol, com o auxílio de uma espátula, separar o clone maxilar do modelo de trabalho maxilar.
 22. Confecção do plano de orientação maxilar. Fazer uma base de prova maxilar e um rolete de cera 7, seguindo o formato do arco dental vestibular do plano de orientação mandibular. Manter a DVO através do toque do pino guia incisal na mesa incisal. 
23. Transferência das linhas de orientação (linha dos caninos e linha mediana) do plano de orientação mandibular para o plano de orientação maxilar, preenchendo-as com cera azul. Marcação da linha da altura do incisivo central no plano de orientação maxilar através da mensuração da linha que foi delimitada no clone maxilar. 
24. Prova dos planos de orientação na boca do paciente. Instalação dos planos de orientação na boca do paciente e confirmação da estética, oclusão e DVO. 
25. Seleção de marca, cor, tamanho e forma dos dentes artificiais. 
26. Seleção da cor da gengiva artificial inserida e mucosa alveolar do paciente, utilizando o kit de escalas de gengivas do sistema STG. 
27. Individualização da curva de compensação do paciente através da técnica de amassamento da cera com parada anterior. 
28. Individualização do articulador. Ajustes individuais das guias condilares e ângulos de Bennett do articulador através da curva individual de compensação. 
29. Duplicação em silicone extraduro de laboratório da curva individual de compensação. Retirar o plano de orientação inferior e vaselinar discretamente a oclusal do plano de orientação superior. Adaptar silicone extraduro em excesso sobre o modelo inferior e fechar o articulador até que o pino incisal toque a plataforma incisal copiando a curva individual de compensação do plano de orientação superior. Após a cura do silicone, recortar os excessos e transferir as linhas de referência do plano de orientação maxilar para o plano duplicado em silicone. 
30. Montagem dos dentes artificiais pela técnica da Montagem Regressiva e enceramento utilizando o sistema STG de caracterização em cera, de acordo com a cor da gengiva artificial selecionada. 
31. Prova dos dentes em cera na boca do paciente. Confirmação da cor da gengiva artificial selecionada, oclusão, estética e DVO e análise da exposição dos dentes na escultura gengival. Aprovação do paciente para a conclusão do trabalho. 
32. Vedamento e inclusão das próteses totais em muflas para microondas (Vipi-STG ® ). 
33. Demuflagem e preparo para acrilização. 
34. Acrilização das próteses totais através do sistema STG. 
35. Demuflagem e elaboração final das próteses. 
36. Instalação das próteses totais, ajuste oclusal e entrega do protocolo de cuidados posteriores e controles periódicos GOMES T, CASTRO JR OV. Técnica da clonagem em prótese total. PCL (Revista Brasileira de Prótese Clínica & Laboratorial). 2003; 5; 24.
2.4.1 Prova dos Planos de Orientação na Boca do Paciente e Seleção de Marca, Cor, Tamanho e Forma dos Dentes Artificiais
A prova dos planos de orientação na boca do paciente é uma fase em que se tem a oportunidadede verificar se o planejamento estético-funcional está correto ou se é necessário fazer alguma modificação. Existe a vantagem de os planos estarem montados em articulador, pois realizam-se com facilidade alterações de aumento ou diminuição da DVO ou modificações de inclinações do plano.
2.4.2 Análise da Oclusão
A coincidência das bordas dos planos na boca do paciente confirma que a posição mandibular foi corretamente registrada e transferida para o articulador. Para esse procedimento, com os planos na boca do paciente, pede-se a ele para fazer pequenos movimentos de abertura e fechamento. Deverá haver coincidência das linhas dos planos, sem desvios laterais nem protrusivos. Para evitar erros, planos que não possuem retenção suficiente devem ser fixados com adesivos para prótese Desvios entre as linhas superiores e inferiores indicam necessidade de remontagem do modelo inferior.25
2.4.3 Análise da DVO Testes fonéticos (Silvermann). 
Observa-se a presença do EFP (espaço funcional de pronúncia). Quando o paciente pronunciar a palavra “Mississipi” os planos devem se separar em torno de 1 mm, e quando forem pronunciadas as palavras “sessenta e seis”, os planos devem se separar em torno de 3 mm. Para evitar conclusões erradas, se os planos não estiverem com retenção, indica-se o uso de fixador para não levar a falsas interpretações do espaço funcional de pronúncia. 25
2.4.3.1 Testes visuais estéticos. 
Observa-se o paciente de frente e de perfil (Método de Turner & Fox). Uma dificuldade para selar os lábios e uma contração exagerada dos músculos mentuais em DVO pode sugerir uma DVO aumentada. Já um “encurtamento” do terço inferior da face e a mandíbula protruída em relação à maxila pode sugerir uma DVO diminuída25
 2.4.3.2 Método de Lytle. 
DVO 5 DVR 2 EFP (espaço funcional de pronúncia). Inicialmente, com o uso do compasso de Willis, deve-se registrar a DVR do paciente. Cuidados com a tomada da DVR: O paciente não deve estar deitado, e sim em pé ou sentado com uma postura o mais vertical possível. O paciente deve estar relaxado. Pode-se pedir para ele abrir bem a boca e fechar várias vezes para que haja um cansaço muscular. O paciente deve estar com os planos na boca. Após o registro do valor da DVR subtrai-se 3 mm, determina-se o valor da DVO e confere-se com a DVO dos planos25
2.5 Seleção dos dentes artificiais e confirmação das linhas de referência
Conferir a linha mediana e a linha dos caninos. Observar a posição e inclinação da linha mediana e do espaço ocupado entre a linha dos caninos (que corresponderá ao espaço ocupado pelos seis dentes anteriores superiores). Além da seleção de cor, tamanho e forma dos dentes, deve-se conversar com o paciente sobre o seu interesse em caracterizar os dentes artificiais25
3- DISCUSSÃO
Próteses totais clonadas são indicadas para pacientes com dentaduras que apresentam retenção e estabilidade reduzidas, desgaste dentário e DVO reduzida. As novas próteses confeccionadas com esta técnica mostraram-se adequadas em termos de retenção e estabilidade. Em geral, os ajustes são mínimos e permitem grande estética e conforto. O uso prolongado de próteses totais e maus hábitos podem levar à diminuição do DVO.6
Essa é uma característica que deve ser observada ainda na fase do exame clínico para avaliar a possível compensação do tratamento. Alterações dimensionais positivas de até 2 mm podem ocorrer durante a polimerização, mas tais alterações dimensionais devido a processos de acrilização também são comuns em técnicas convencionais.38
Como desvantagem da técnica proposta, aponta-se a necessidade de colar os dentes de resina acrílica na muralha de silicona, para fixá-los na posição correta, o que gera um resíduo de cola que deve ser removido durante a fase de acabamento e polimento das próteses. Como vantagem pode-se citar que após o procedimento de moldagem através das próteses duplicadas em resina acrílica incolor, o paciente pode ser liberado para suas atividades pessoais normais, utilizando suas próteses antigas e os procedimentos laboratoriais seguem conforme descrito anteriormente
Isto se torna vantajoso, pois na técnica convencional, o paciente deveria deixar no consultório as próteses antigas para serem encaminhadas ao laboratório e seguirem-se as etapas. A maior vantagem da técnica de confecção de próteses novas a partir da duplicação das próteses totais antigas é a facilidade e rapidez de execução, além da redução de número de etapas laboratoriais e clínicas25
Esta alternativa de tratamento é viável para a substituição rápida e eficiente de próteses totais removíveis, desgastadas por atrição e desadaptadas da fibromucosa de pacientes edêntulos.25
Para alguns autores a duplicação de próteses totais está indicada para casos em que o paciente utiliza este tipo de prótese e as mesmas apresentam diminuição
da retenção e da estabilidade, com dentes desgastados e redução da DVO. As novas próteses confeccionadas por essa técnica mostram-se adequadas quanto à retenção e estabilidade. Geralmente, os ajustes são mínimos e obtém-se excelente estética e conforto. O uso prolongado de próteses totais e hábitos parafuncionais pode causar diminuição da DVO25.
Para a moldagem funcional, o material de escolha foi o silicone de condensação fluido, pois é de fácil manuseio, tem sabor e odor agradável, custo moderado e é possível obter uma boa impressão do rebordo desdentado25.
Contudo, outros materiais também podem ser empregados, tais como o silicone de adição de consistência regular a leve, que apresenta excelente estabilidade dimensional e reprodução de detalhes, odor agradável e possibilita vários vazamentos, mas possui como desvantagem o alto custo; o poliéster, que é um material mais rígido, não libera subproduto na reação de presa, assim é possível obter excelentes modelos, contudo, também apresenta um custo elevado e menor resistência ao rasgamento; a pasta zinco enólica, que possui boa estabilidade dimensional, bom escoamento e fluidez e um ótimo custo/benefício, não obstante, desvantagens como ausência de flexibilidade, tempo de presa e trabalho reduzido e causa desconforto por ser muito pegajoso são apresentadas e, por fim, a mercaptana, por ser um material de fácil utilização, apresentar boa resistência ao rasgamento e boa reprodução dos detalhes, porém apresenta um odor desagradável bem como uma memória elástica deficiente.25
Além disto, a técnica de cópia se aplica aos casos em que as próteses antigas apresentam características mínimas que permitam a reprodução de aspectos específicos das próteses, como o contorno das bases protéticas e posicionamento dos dentes. A seleção de casos deve ser bastante criteriosa e discutida com o paciente previamente, visto que grande parte das próteses que necessitam de substituição apresentam deficiências críticas que contraindicam a presente técnica, como falta de suporte labial, contorno dentário inadequado, alterações excessivas da dimensão vertical e da extensão da base da prótese25.
Outros autores trazem ainda técnicas de replicação das próteses com algumas modificações. Uma possibilidade é a confecção de toda a réplica em resina acrílica, até mesmo a região dos dentes.39Esta alternativa, no entanto, dificulta a execução de alterações de padrões e dimensões oclusais e montagem de dentes, ao contrário da duplicação em cera que oferece uma maior liberdade de manipulação dos ajustes oclusais e montagem de dentes para a futura prótese. Assim como a técnica da “copy denture”, a técnica simplificada visa reduzir etapas clínicas e laboratoriais para a confecção de PT e, segundo a literatura, obtém resultados de satisfação com o tratamento reabilitador, similares aos obtidos pela técnica convencional.40
Apesar de serem técnicas distintas, elas se assemelham pelo fato de que em ambas o cirurgião-dentista realizará apenas uma moldagem intrabucal, e pela ausência do uso de arco facial para a montagem dos modelos em articulador.40
As duas são opções de técnicas alternativas à técnica convencional, não havendo,no conhecimento dos autores, estudos na literatura demonstrando vantagens sobre uma ou outra. Como demonstrado em alguns relatos de caso, a técnica da “copy denture” é realizada utilizando apenas equipamentos ou materiais que estão na rotina clínica do cirurgião-dentista, sendo possível a realização de todas as etapas em seu consultório até a prova dos dentes em cera, deixando apenas a acrilização como etapa laboratorial. Contudo, visando um melhor aproveitamento do tempo clínico do cirurgião é desejável a coparticipação de um técnico de prótese dentária para a realização de etapas como a confecção da prótese em cera após a moldagem, montagem dos dentes em cera e acrilização.1
A redução no valor final das próteses, por consequência do menor número de consultas necessárias para finalização do tratamento reabilitador, é levantada como um dos benefícios da técnica de cópia convencional.41
Outro aspecto já mencionado é a manutenção de padrões oclusais e do formato das próteses antigas. Estes fatores podem ajudar na adaptação de pacientes idosos ao novo par de próteses, uma vez que estes pacientes apresentam dificuldades em se adaptar a um novo formato de prótese, devido à necessidade de recondicionarem suas atividades musculares quando estas são instaladas. Isto parece ser ainda mais enfatizado em pacientes que utilizam as próteses antigas há vários anos.42
Apesar dos benefícios levantados sobre as técnicas de réplica de PTs quando comparados com as técnicas de confecção convencionais, há ainda autores que refutam estas informações43 em um estudo clínico foi comparado parâmetros de satisfação dos pacientes reabilitados com próteses confeccionadas com técnicas convencionais e técnicas de duplicação das próteses pré-existentes. Os autores encontraram uma melhora apenas no quesito “constrangimento” no grupo reabilitado com a técnica de duplicação da prótese.
Contudo, há algumas ressalvas no estudo. Além de o próprio autor ressaltar o pequeno número de participantes, as próteses foram confeccionadas por alunos de graduação que estavam iniciando suas atividades clínicas na área de reabilitação. Por isto, sugere-se a realização de ensaios clínicos randomizados que comparem pacientes tratados com próteses confeccionadas pelos métodos convencional e de cópia1
1. CONCLUSÃO
Pode-se dizer que a técnica da clonagem terapêutica melhora não só a estética dentária, como toda a parte muscular do rosto, é uma excelente alternativa para quem necessita trocar as próteses antigas, mas tem medo de perder retenção e estabilidade na confecção de um nova, ou até mesmo não adaptar-se a mesma, a técnica permite uma maior fidelidade na cópia e transferência das informações da prótese antiga, trazendo resultados satisfatórios com enormes benefícios ao paciente. 
5- REFERÊNCIAS
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