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Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 23:24:58 1 Introdução Parasitismo é a relação entre dois elementos de espécies diferentes onde um deles apresenta uma deficiência metabólica que faz com qu se associe por um período e significativo a um hospedeiro. Por sua vez, habitat parasitário é o local mais provável de encontro de determinado parasita em seu hospedeiro. Em helmintos normalmente considera-se, quando não se especifica a fase de desenvolvim to, o habitat da forma en adulta. Tipos de parasitismo ➢➢➢➢➢ Acidental: quando o parasita é encontrado em um hospedeiro anormal ao esperado e não consegue completar o ciclo. ex: EPM em cavalo. ➢➢➢➢➢ Errático: se o parasita se encontra fora do seu habitat natural. ➢➢➢➢➢ Obrig órioat : o parasita é incapaz de sobreviver sem seu hospedeiro. Precisa do hospedeiro para se desenvolver, mas não quer dizer que não consiga sobreviver fora dele. ➢➢➢➢➢ Proteliano: expressa uma forma de parasitismo exclusiva de estágios larvares, sendo o estágio adulto de vida livre. ➢➢➢➢➢ Facultativo: algumas espécies podem fazer ciclo em sua integra de vida livre e ocasionalmente podem ser encontrados em estado parasitário. Ciclo vital ➢➢➢➢➢ Homoxeno (monoxeno): ciclo se completa em apenas um hospedeiro. ex: Giargia intestinalis. ➢➢➢➢➢ Heteroxeno: onde são necessários mais de um hospedeiro para que o ciclo se complete, existindo pelo menos uma forma do parasita exclusivo de um tipo de hospedeiro. Quando existem dois hospedeiros pode ser chamado de dixeno, mais de dois hospedeiros é chamado de polixeno. ex: (larva=suíno; Tenia solium adulto=humano). ➢➢➢➢➢ Eurixeno: baixa especificidade de hospedeiro, ou seja, encontrado em grande número de espéci . es ➢➢➢➢➢ Estenoxeno: pequeno número de espécies hospedeiras, podendo ser só uma. Taxonomia Uso d sufixos e ➢➢➢➢➢ Família ; ex: Ixod (família – IDAE idae do carrapato) ➢➢➢➢➢ Subfamília ; ex: Culic – INAE inae (gênero Culex e Aedes, subfamília de musquito) ➢➢➢➢➢ Tribo ; ex: Triatom (tribo do – INI ini barbeiro) Obs: A partir de gênero sempre tem que ser sublinhado ou em itálic Gênero o. começa com a letra maiúscula e espécie com minúscula. Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 23:24:58 4 afetar também os seios nasais, região orbital, faringe, esôfago e até o proventrículo. O diagnóstico é feito através de esfregaços corados das lesões e para o tratamento são usados derivados imidazólicos. Família Trypanosomatidae Protozoários sanguíneos que como característica de destaque da família apresentam apenas um flagelo e possuem cinetoplasto. Têm gr de distinção geográfica. an Os diferentes gêneros apresentam diferentes ciclos parasitários: ➢➢➢➢➢ Monoxeno de insetos: e . Leptomonas, Herpetomonas, Crithidia, Blastocrithida Rhynchoidomonas ➢➢➢➢➢ Heteroxenos (insetos e plantas): Phytomonas. ➢➢➢➢➢ Heteroxenos (invertebrados e vertebrados): Leishmania, Endotrypanum e Trypanosoma. Apresentam diferentes formas evolutivas que são classificadas de acordo com a posição do cinetoplasto. Onde as formas amastigota e tripomastigota são encontradas no hospedeiro vertebrado e as formas tripomastigota e epimastigota no hospedeiro invertebrado. ➢➢➢➢➢ Amastigota: flagelo não está livre, está retido dentro da célula. É uma forma intracelular obrigatória, por isso o flagelo não é necessário ➢➢➢➢➢ Promastigota: cinetoplasto anterior ➢➢➢➢➢ Epimastigota: cinetop sto epi ao núcleo la ➢➢➢➢➢ Tripomastigota: cinetoplasmo posterior ao núcleo Gênero Trypanosoma Parasitam diversos animais como aves, répteis, anfíbios, peixes e mamíferos, sendo que os mamíferos são os de interesse médico veterinário. Diferentes subgêneros podem resentar ap diferentes formas de transmissão, podendo ser contaminativa (stercoraria) ou inoculativa (saliva). Obs: o tatu pode se contaminar comendo o inseto, no ato da mastigação as fezes são liberadas. Ciclo biológico : ➢➢➢➢➢ Formas reprodutivas: epimastigota (no tubo digestivo do vetor) e amastigota (dentro da célula dos mamíferos) ➢➢➢➢➢ Formas não reprodutivas infectantes: tripomastigota metacíclico (fezes e urinas dos insetos vetores) e tripomastigotas circulantes (sangue dos mamíferos) ➢➢➢➢➢ Durante a fase no hospedei invertebrado o protozoário se transforma em epimastigota e, no ro intestino posterior, diferencia-se em tripomastigota metacíclico (após a fissão binária) os quais são eliminados pelas fezes do inseto vetor. O parasita não penetra a pele intacta, somente através da mucosa ou ferimentos na pele. Nos mamíferos os parasitas se desenvolvem no interior das células, sendo liberados no sangue após o rompimento celular. O diagnóstico é feito a partir da observação de formas tripomastigotas, já que a forma amastigot é intracelular a (célula de defesa ou tecido alvo). Cada espécie tem tropismo por um tipo de tecido, característica que pode ser utilizada para a diferenciação. O tem tropismo por células da musculatura lisa e cardíaca. T. cruzi Obs: vetor mecânico é qua o o hospedeiro invertebrado ingere a forma tripomastigota e não há nd multiplicação nele, ou seja, não são encontradas formas epimastigotas. O inseto faz apenas o transporte da forma infectante. Um exemplo é a peste de secar. A metaciclogênese é a passagem de formas evolutivas para que haja a fissão binária (multiplicação celular). Ocorre de tripomastigota para epimastigota e depois para tripomastigota novamente. Como resultado a forma tripomastigota gerada é chamada de metaciclica. Em casos protozoários que fazem a transmissão inoculativa, eles migram para a secção salivar após a diferenciação em tripomastigota metacíclico. Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 23:24:58 5 Espécie Doença Vetor Transmissão T. brucei Nagana Glossina spp. Inoculativa T. congolense T. vivax Inoculativa/mecânica T. b. gambiense Doença do sono Glossina spp. Inoculativa T. b. rhodisiense T. evansi Surra ou mal das cadeiras Tabanídeos Mecânica T. equiperdum Durina - Coito T. theileri Não patogênico Tabanídeos Contaminativa T. cruzi Doença de chagas Triatomídeos Contaminativa ➢➢➢➢➢ Mal das cadeiras: também chamado de surra, é causado pela espécie e é transmitido T. evansi por tabanídeos ou moscas de estábulo. O protozoário tem afinidade por células do tecido nervoso. Ocorre em equinos. ➢➢➢➢➢ Peste de secar: também chamada de nagana, é comum em bovinocultura leiteira. O protozoário causador é especialmente o e ocorre por processo mecânico/acíclico T.vivax realizado pelas moscas de estábulo ou tabanídeos. ➢➢➢➢➢ Durina: causada pelo protozoário , é o único do gênero que é transmitido pelo T. equiperdum contato direto. Ocorre em equinos. Gênero Leishmania São parasitas intracelulares obrigatórios, acometendo especialmente macrófagos. Apresentam apenas duas formas evolutivas: amastigota (hospedeiro vertebrado e invertebrado) e promastigota (hospedeiro invertebrado). Por não ter formas circulantes no sangue, o esfregaço sanguíneo não é um bom método de diagnostico. Apenas um gênero de inseto é responsável pelo ciclo biológico na américa central e do sul, o mosquito flebotomíneo s . (mosquito palha), onde a principal espécie é a . Na Lutzomyia pp L. longipalpis Europa, Ásia e norte da África, pode ser transmitida por mosquitos do gênero . A saliva Phlebotomus desses insetos contém componentes com atividade antiinflamatória, anticoagulante, vasod atadorae il imunossupressora, que interferem com a atividade microbicida dos macrófagos, facilitando a disseminação do parasita pelo organismo do hospedeiro. As diferentes espécies do gênero são divididas em complexos de acordo com a sintomatologia causada, sendo divididas em leishmaniose cutânea (causa lesões na pele) e leishmaniose visceral (ou calasar; atinge fígado, baço, rim, medula, linfonodos e etc). A é a mais comum causadora L. braziliensis
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