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Aspectos legais da recuperação de áreas degradadas

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaAspectos legais da recuperação de áreas degradadas 
Aluno: Vanderson Ferreira
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
Os órgãos e entidades responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental constituem o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), estruturado da seguinte maneira: Órgão Superior, com a função de assessorar o presidente da República; órgão consultivo e deliberativo, refere-se ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que assessora e recomenda ao conselho do governo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente; órgão central, incumbido pela Secretaria do Meio Ambiente, a qual possui as funções de planejar e supervisionar as políticas fixadas para o meio ambiente; órgãos executores, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Instituto Chico Mendes), os quais têm função de executar a política voltada para o meio ambiente; órgãos seccionais, órgãos ou entidades estaduais que executam programas e projetos, além de fazerem o controle e a fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; e, por fim, os órgãos locais, que compõem órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e pela fiscalização de atividades que causam degradação ambiental, inseridas dentro de suas jurisdições (BRASIL, 1981). Entre os vários instrumentos que compõem a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), vamos nos aprofundar sobre o licenciamento ambiental, visto que esse instrumento está estritamente relacionado à degradação ambiental.
DESENVOLVIMENTO
Em outras palavras, por meio do licenciamento ambiental, o empreendedor inicia seu contato com o órgão ambiental e passa a conhecer suas obrigações quanto ao controle ambiental adequado de sua atividade. A licença ambiental possibilita que o órgão ambiental estabeleça regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas por determinada empresa, sendo que durante esse processo são avaliadas algumas características, como: o potencial de geração de líquidos poluentes (efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos, entre outras (FEITOSA et al., 2004). 
Desse modo, é importante que você, profissional da área ambiental, entenda sobre as atividades que são capazes de causar degradação ambiental e necessitam de prévio licenciamento. Portanto, conheça algumas dessas atividades: extração e tratamento de minerais; indústrias diversas (material elétrico, material de transporte etc.); obras civis; serviços de utilidades (produção de energia termoelétrica, disposição de agroquímicos, destinação de resíduos sólidos urbanos etc.); turismo; atividades agropecuárias; e uso de recursos naturais (BRASIL, 1997).
O órgão competente pelo licenciamento pode requisitar informações para estudos de impacto ambiental e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental. 
Os estudos ambientais servirão de subsídio para análise da licença requerida, podendo ser de diversos tipos, como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. Desse modo, segundo o art. 3 do Decreto 237/97, “A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA)”. No entanto, caberá ao órgão ambiental competente definir qual tipo de estudo ambiental é pertinente ao respectivo processo de licenciamento (BRASIL, 1997)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vale ressaltar que o mercado está cada vez mais exigente, requisitando que as empresas sejam licenciadas e que cumpram a legislação ambiental. Outro ponto importante é que os órgãos de financiamento e de incentivos governamentais submetam aprovação dos projetos à apresentação da licença ambiental (FEITOSA et al., 2004). Dessa forma, empresas que funcionam sem licença ambiental estão sujeitas às sanções previstas em Lei, como: advertências, multas, embargos, paralisação temporária ou definitiva das atividades (BRASIL, 1998).
Em se tratando de empreendimento com significativo impacto ambiental, considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em EIA e RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de Unidade de Conservação do Grupo de Proteção Integral, chamada de compensação ambiental. Ou seja, a compensação ambiental pode ser utilizada para ressarcir os danos causados, por ações irreversíveis ou não mitigáveis. A compensação ambiental tem como foco principal a biodiversidade, que em cada estado é realizada de uma forma. Desse modo, esse instrumento ambiental é de grande importância para o auxílio na proteção, criação de áreas protegidas e conservação dos recursos naturais. 
Além disso, as medidas compensatórias podem também ser importante instrumento para a implementação de projetos de recuperação de áreas degradadas, visto que é disposto em diversas normas, tais como: Resolução CONAMA 369/2006, esclarecendo que medidas compensatórias devem ser adotadas em casos de intervenção ou supressão de vegetação em APP. Sendo assim, as medidas de caráter compensatório consistem na efetiva recuperação ou recomposição de APP e deverão ocorrer na mesma sub-bacia hidrográfica, prioritariamente na área de influência do empreendimento, ou nas cabeceiras dos rios (BRASIL 2006a, art. 5º, § 2º). Outro exemplo que podemos verificar encontra-se na Lei 11.428/2006 da Mata Atlântica, a qual estabelece compensação para supressão de vegetação desse bioma, com base nos termos do artigo 17, § 1º, no qual é verificada pelo órgão ambiental a impossibilidade da compensação ambiental prevista no caput desse artigo, o qual exigirá a reposição florestal, com espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica e, sempre que possível, na mesma microbacia hidrográfica. Ainda de acordo com essa lei, conforme Art. 32, em se tratando de atividade mineradora.
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