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Filosofia da Educação Pensamentos e correntes filosóficas da Educação Unidade 2 Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria CARMEM SILVIA DA FONSECA KUMMER LIBLIK AUTORIA Carmem Silvia da Fonseca Kummer Liblik Sou formada em Bacharelado e em Licenciatura em História, com Mestrado e Doutorado em História, pela UFPR. Também sou formada em Química Ambiental pela UTFPR, com especialização em Tutoria em EAD pela UNINTER. Tenho experiência profissional na área de ensino e de produção de material didático há 14 anos. Passei por empresas como Uninter, PUC-PR e UFPR. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz por poder ajudar você nesta fase de muito estudo e de muito trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Filosofia e pensamento educacional na Modernidade ............... 12 Educação e filósofos da Modernidade ............................................... 15 René Descartes ................................................................................................................................. 15 Jean Jacques Rousseau ............................................................................................................. 17 Immanuel Kant ..................................................................................................................................18 Georg Hegel ........................................................................................................................................ 19 Tendências e correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX ........................................................................................................22 Correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX ... 25 Positivismo ...........................................................................................................................................25 Utilitarismo ...........................................................................................................................................26 Pragmatismo .......................................................................................................................................27 Materialismo ........................................................................................................................................28 Fenomenologia ................................................................................................................................ 30 Existencialismo .................................................................................................................................32 9 UNIDADE 02 Filosofia da Educação 10 INTRODUÇÃO Nesta unidade, focaremos os sistemas filosóficos desenvolvidos desde o século XVI. Destacaremos, especialmente, os pensamentos de René Descartes, de Immanuel Kant, de Georg Hegel e de Jean- Jacques Rousseau, mas faremos isso com um olhar mais atento à sua relação com o conhecimento e com a educação. Filosofia da Educação 11 OBJETIVOS Olá, aluno! Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Interpretar as características e o contexto histórico em que foi gestada a filosofia e o pensamento educacional na modernidade. 2. Identificar e diferenciar os filósofos da modernidade e suas concepções sobre a educação. 3. Explicar as características e o contexto histórico das tendências e correntes filosóficas do século XIX e início do XX. 4. Identificar e diferenciar as correntes filosóficas do século XIX e início do XX. Filosofia da Educação 12 Filosofia e pensamento educacional na Modernidade OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de interpretar as características e o contexto histórico em que foi gestada a filosofia e o pensamento educacional na modernidade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A concepção de mundo medieval se enfraqueceu durante o século XVI. Assim, aos poucos, as características da Idade Moderna se consolidaram. A transição entre a Idade Média e a Idade Moderna é marcada, principalmente, pelos seguintes acontecimentos: • Renascimento italiano. • Reforma Luterana. • estabelecimento do método científico. • filosofia humanista. • Absolutismo francês. • Iluminismo. Desenvolve-se, então, o pensamento moderno, que rejeita dogmas religiosas e adota a razão humana como método de desenvolver conhecimentos. Portanto, a razão recebe a tarefa de, no lugar dos dogmas religiosos, atribuir sentido e representar o mundo, evitando explicações míticas e sobrenaturais. De maneira geral, considera-se que René Descartes tenha sido o precursor da filosofia moderna, no século XVII. O seu pensamento foi um dos mais influentes do período e dos períodos seguintes. Porém, Franklin e Pinheiro (2014) afirmam que outros filósofos, um pouco anteriores a Descartes, são, por vezes, incluídos na filosofia moderna, como Montaigne e Francis Bacon. Filosofia da Educação 13 Pode-se afirmar que, na filosofia moderna, não vigorou uma escola de pensamento específica. Antes, a unidade pensamento moderno é encontrada no modo de propor as questões filosóficas e nas hipóteses comuns aos autores. As áreas do conhecimento de maior interesse do período foram metafísica, epistemologia e filosofia da mente. Por não ter existido uma escola de pensamento predominante na filosofia moderna, costuma-se abordá-la com base em correntes filosóficas. Basicamente, os filósofos se então se dividiam entre racionalistas e empiristas, embora não se identificasse desse modo. DEFINIÇÃO: Epistemologia é mesmo que teoria do conhecimento. Trata-se conhecimento sobre o conhecimento. A premissa básica dos racionalistas é a origem inata dos conhecimentos. Alguns, de forma mais branda, afirmaram que parte dos conhecimentos seria inata, aceitando que a experiência também cumpre o seu papel. Entre os principais racionalistas, estão René Descartes e Baruch Spinoza. Por outro lado, o empirismo se opunha ao racionalismo. A sua principal premissa era a da tábula rasa, segundo a qual a mente humana nasceria vazia e receberia conhecimentos a partir das nossas experiências. Portanto, não há espaço para conhecimentos inatos. Entre os principais empiristas, estão filósofos britânicos John Locke e David Hume. Nesse contexto, o Iluminismo abordou a educação de uma perspectiva epistemológicade base empirista, o que implica que as experiências dos indivíduos desempenharão um papel importante nos processos de ensino-aprendizagem. Para Novelli (2001), no âmbito do Iluminismo, a educação se livra dos antigos vícios e desacredita que o conhecimento é um privilégio de uns poucos escolhidos. Filosofia da Educação 14 Quadro 1 – Características do racionalismo e do empirismo Pontos em comum Pontos de discordância Racionalismo Buscam uma solução para os problemas do conhecimento e do pensamento. Supõe a existência de conhecimentos inatos (a priori, da experiência). Isso significa que o conhecimento pode estar por trás da experiência imediata. Empirismo Preocupam-se com questões relacionadas à representação mental de conteúdos e ao estudado da realidade. Nega os princípios inatos e a possibilidade de conhecer a priori. Isso significa que o conhecimento é obtido por meio da experiência imediata. Fonte: Franklin e Pinheiro (2014, p. 72). RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como interpretar as características e o contexto histórico em que foi gestada a filosofia e o pensamento educacional na modernidade. Filosofia da Educação 15 Educação e filósofos da Modernidade OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de identificar e diferenciar os filósofos da modernidade e suas concepções sobre a educação. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Na Idade Moderna, o ideal de liberdade se espalhou pela Europa, apontando que uma sociedade justa e adequada depende de indivíduos livres e autônomos. Nesta seção, conheceremos os pensamentos de autores que contribuíram para que isso acontecesse. René Descartes Como afirmamos, René Descartes foi uma personagem importante da filosofia moderna. Suas contribuições influenciaram, além da filosofia, a física e a matemática. Também impulsou a Revolução Científica. Uma das suas principais premissas era a de que a razão é meio pelo qual obtemos conhecimento. Figura 1 – René Descartes Fonte: Wikimedia Commons. Filosofia da Educação 16 A epistemologia de René Descartes tem, como meta, um fundamento irrefutável para a busca da verdade. Sem isso, para o filósofo, não haveria modo de se progredir, razão pela qual definiu a chamada dúvida metódica – reflexão que abandona elementos que ou não sejam verdadeiros ou possam ser contestados. Com a dúvida metódica, Descartes tentou demonstrar que é viável produzir conhecimentos a partir de uma postura cética. Nesse caso, as dúvidas podem e são encaradas como ferramentas de reflexão filosófica. O método de Descartes apresenta quatro etapas ou regras fundamentais: • Verificar as evidências dos fenômenos e determinar se são reais e indubitáveis. • Analisar os fenômenos, escandindo-o em seus componentes mínimos. • Sintetizar as observações. • Enumerar os princípios utilizados na investigação dos fenômenos e as conclusões obtidas, garantindo a coerência do pensamento. De acordo com Descartes, todo e qualquer tipo de conhecimento deve ser submetido à dúvida, exceto um: a certeza de que existimos. Essa certeza está sintetizada em sua mais famosa frase, “Se penso, logo existo”, presente na obra Discurso sobre o método. Mas o que essa certeza tem de especial? Acontece que, a partir disso, a consciência humana passou a ser considerada, com seriedade, pelas teorias epistemológicas. Embora possa parecer que Descates visava a certezas inabaláveis, isso não é verdadeiro. Em seu sistema de pensamento, a certeza de que existimos funcionava como um esteio a partir do qual se pudesse estabelecer outras verdades. É como se fosse o elemento mais primitivo de seu sistema e, por isso, não cabia ser contestado. Outro aspecto relevante do sistema de pensamento cartesiano é o dualismo, de acordo com o qual, apesar de interagirem o tempo todo, corpo e mente seriam substâncias diferentes. Para o autor, as relações entre corpo e mente, para serem viabilizadas, dependeriam de intervenção divina. Filosofia da Educação 17 Jean Jacques Rousseau Jean-Jacques Rousseau é adotado, até hoje, como uma referência de peso da filosofia da educação. Estabeleceu-se como um expoente da filosofia moderna, sobretudo da produzida durante o Iluminismo. Além de ter sido filósofo, atuou como escritor, como teórico político e, até mesmo, como compositor, embora não tivesse recebido instrução formal em música. Figura 2 – Jean Jacques Rousseau Fonte: Wikimedia Commons. O movimento romântico foi uma das grandes influências de Rosseau. De acordo com Novelli (2001), esse movimento se contrapôs à insensibilidade do racionalismo iluminista, propondo a valorização de temas como a vida e a natureza. O romantismo teria um papel preponderante sobre a educação, sobretudo por adotar uma concepção de homem repleta de potencialidades. Como o que nos interessa é a filosofia da educação, não podemos evitar mencionar a obra Emílio, ou, da Educação, que, pela primeira vez, tratou de filosofia da educação no mundo ocidental. De uma maneira geral, o texto defende que o homem é capaz de se manter bom em sociedade, apesar de a corrupção ser inerente à sociedade. Vale lembrar Filosofia da Educação 18 que uma das teses mais importantes de Rosseau é a de que o homem é um ser bom por natureza. Nessa obra, entre outras coisas, Rousseau demonstra que a educação é um meio de criar as condições necessários ao adequado desenvolvimento dos indivíduos. Nesse sentido, a infância teria um papel essencial na vida de todos os sujeitos e, por isso, não deveria receber tratamentos autoritários por parte dos adultos. Para Rousseau, como a sociedade faz, as escolas e outras instituições de ensinam subvertem o caráter do homem e cassam a sua liberdade. Nesse sentido, se quisermos que a sociedade se transforme, seria uma condição de base a transformação dos métodos de ensino, direcionando- os à capacidade das crianças de analisar de julgar o mundo. Isso tem o intuito de, paulatinamente, garantir que as crianças se habilitassem ao uso da razão, garantindo a própria liberdade. Portanto, pode-se afirmar que o principal objetivo do projeto pedagógico de Rousseau é preparar os indivíduos para conviver com os seus semelhantes em sociedade, utilizando a educação como ferramenta. Logo, a educação é considerada em um sentido amplo, para além dos muros das instituições de ensino. Immanuel Kant Immanuel Kant foi outro dos filósofos mais importantes da modernidade, responsável pela chamada filosofia crítica. As suas reflexões se pautaram, sobretudo, em temas como a vontade, a objetividade e o saber. De maneira geral, a sua filosofia crítica assumia que as relações entre sujeito e objeto, em que se incluem o conhecimento, poderiam ser estabelecidas em âmbitos outros que não o da fé e o da crença. IMPORTANTE: Para Kant, “crítica” é sinônimo de análise, e não de reprovação. Assim, seria um modo de ir além do que os objetos significam, compreendendo, de fato, o conhecimento que revelam. Filosofia da Educação 19 Figura 3 – Immanuel Kant Fonte: Wikimedia Commons. Como aconteceu com Rousseau, a educação foi um tema importante para o pensamento kantiano. De acordo com o autor, a finalidade da educação seria conduzir o homem rumo à perfeição, de acordo com os preceitos assumidos em suas reflexões sobre moral e sobre ética. Assim, a educação deveria visar à formação de homens morais. Porém, ao contrário de Rousseau, a coação e a obediência deveriam caracterizar os processos pedagógicos, visto que, de outro modo, não haveria como garantir a formação de indivíduos de bom caráter e conscientes dos conceitos de liberdade e de moral. Além disso, a coação e a obediência seriamas formas de ensinar aos indivíduos o uso da razão, permitindo que possam ser autônomos. Georg Hegel Georg Hegel foi um destacado filósofo alemão. A principal meta de seu sistema filosófico era explicar os acontecimentos do presente com base na sucessão de acontecimentos passados. Filosofia da Educação 20 Figura 4 – Georg Hegel Fonte: Wikimedia Commons. De modo geral, o sistema filosófico de Hegel é marcado pelo respeito à realidade, mas à realidade encarada de uma perspectiva específica: a de que é mutável de muitas formas diferentes, principalmente quando se considera a sua historicidade. Antes de Hegel, as transformações da realidade – o devir, para usar o jargão filosófico – eram analisadas do ponto de vistas da sua concretude, dos seus resultados. Desde Hegel, existe a preocupação de verificar se os sistemas filosóficos representam as transformações da realidade. As preocupações de Hegel com a liberdade do homem o conduziram às reflexões sobre educação. Nessa parte do seu pensamento, há uma preocupação notável com a natureza do homem. Como a realidade, o homem é considerado fruto do que aconteceu e do que acontecerá, radicando-se em seu próprio tempo. A ideia de uma pedagogia hegeliana é controversa, porque não há algo como uma concepção pedagógica em sua obra. Isso não significa, contudo, que suas ideias não tenham influenciado a filosofia da educação. Nesse sentido, vejamos algumas ideias importantes. Filosofia da Educação 21 • O processo de aprender depende da intervenção de alguém. Portanto, é um processo mediado. • Na medida em que contribui com a autonomia dos indivíduos, é como se a educação provocasse o seu nascimento (ou um segundo nascimento). • Os indivíduos devem aprender o que lhes ensinado. Assim, terão acesso à cultura de sua época é a cultura compartilhada por todos os povos. • A formação dos indivíduos se constitui de muitas e diferentes etapas. Na obra de Hegel, as possibilidades que o acúmulo de conhecimento pode proporcionar aos indivíduos são muito marcantes: se, por um lado, existe algo que possa ser conhecido, deve existir, por outro, alguém com o direito de conhecer. Então, mais do que repassar conhecimentos, é necessário, segundo Hegel, ter certeza de que os conhecimentos foram aprendidos. Embora não tenha sido um entusiasta das questões metodológicas, Hegel destacou o conteúdo no contexto das práticas docentes. Como jamais se sentiu confortável com a proposição de formalismos e de técnicas, o filósofo defendeu que o elemento determinante das relações de ensino é o conteúdo, que perpetuará os conhecimentos desenvolvidos pelo homem. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como identificar e diferenciar os filósofos da modernidade e suas concepções sobre a educação. Filosofia da Educação 22 Tendências e correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de explicar as características e o contexto histórico das tendências e correntes filosóficas do século XIX e início do XX. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A Idade Contemporânea e, portanto, a filosofia contemporânea se estende do século XIX, com o advento da Revolução Industrial, até hoje. Tudo o que há de diferente na filosofia ocidental atual veio de obras de filósofos do século XIX, como Auguste Comte, Friedrich Nietzsche, Søren Kierkegaard, Arthur Schopenhauer e Karl Marx. No século XIX, Auguste Comte desenvolveu o que ficou conhecido como positivismo, movimento que expandiu o ideal iluminista de que o avanço do conhecimento promoveria o desenvolvimento das sociedades. Mais especificamente, o positivismo assumiu que o conhecimento científico e a ordem social seriam os elementos básicos do desenvolvimento das sociedades. O materialismo dialético, de Karl Marx, defendia que a História teria de ser analisada com base na produção material dos seres humanos. De modo geral, isso significa que o contexto europeu do século XIX, repleto de desigualdade social, não poderia ser explicado sem considerar as revoluções políticas e sociais de épocas anteriores, culminando em Revolução Industrial e em desenvolvimento econômico. Contrariamente ao romantismo e ao idealismo característicos da Idade Moderna, Arthur Schopenhauer propôs que a natureza humana não seria composta somente pela faculdade da razão. Segundo ele, a vontade seria uma das forças que compõem a natureza e não teria relação com entidades sobrenaturais. Filosofia da Educação 23 Com Kierkegaard, a filosofia passa a se interessar pela vida dos indivíduos, para que nos tornemos capazes de compreender a nossa própria condição e a angústia que a preenche. Apesar de todos os filósofos citados terem sido muito importantes, é possível que Friedrich Nietzsche seja ainda mais relevante. Costumam ser-lhes creditadas a maior das rupturas com a filosofia moderna e um prenuncia dos temas da filosofia do século XX. Entre outras coisas, Nietzsche criticou o objetivo de se determinar uma única verdade (racional e objetiva) para os fatos do mundo. Além disso, foi um ferrenho opositor dos sistemas morais, cuja pretensão de definir valores resulta no desprezo à origem dos costumes. O início do século XX, por conseguinte, traz a suspeita de que as teorias iluministas e modernas talvez não fossem tão certas. A Primeira Guerra Mundial foi um desses fatores e o Holocausto engendrou o começo do pessimismo contemporâneo em relação à ciência e à técnica. Theodor Adorno e Max Horkheimer, no livro Dialética do Esclarecimento, classificam o holocausto como o ápice da barbárie que a humanidade chegou devido ao que eles chamaram de “razão instrumental”. A razão instrumental é a utilização não reflexiva da ciência e das técnicas visando a uma finalidade. Desde o século XVIII o capitalismo já vinha se utilizando da racionalidade como instrumento de poder, e o nazismo, por meio da câmara de gás e dos experimentos científico cruéis que utilizavam prisioneiros de campos de concentração como cobaias, marcaram a contemporaneidade como uma época em que o avanço científico não garantiu o avanço moral humano. Nesse contexto, uma dificuldade que aparece a partir de agora no estudo da Filosofia é o surgimento de correntes filosóficas. No período contemporâneo, as correntes passam a ser mais exatas e claras, isto é, há uma classificação mais detalhada de cada posição e abordagem filosófica. Busca-se, nesse sentido, aproximar ou distanciar os filósofos conforme as principais ideias contidas nelas. A seguir nos debruçaremos nessas correntes, quais sejam: Positivismo, Utilitarismo, Pragmatismo, Materialismo, Fenomenologia e Existencialismo. Filosofia da Educação 24 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como explicar as características e o contexto histórico das tendências e correntes filosóficas do século XIX e início do XX. Filosofia da Educação 25 Correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de identificar e diferenciar as correntes filosóficas do século XIX e início do XX. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Positivismo O processo de industrialização desencadeado no século XIX, o desenvolvimento de grandes cidades, e o desenvolvimento das ciências e das técnicas fazem parte do contexto em que o positivismo surgiu. Essa corrente influenciou um sem-número de áreas do conhecimento e, ainda,os âmbitos político e social de todo o mundo, principalmente dos países europeus. De acordo com Comte, três estágios comporiam o progresso humana: o teológico, o metafísico e o positivista: • o teológico, que apostava em explicações sobrenaturais e divinas para os fenômenos naturais, prenominou até a Idade Média. • por sua vez, o metafísico, que se seguiu ao teológico, experimentou a mudança das concepções religiosas para concepções mais baseadas no homem e no exercício da razão. • por fim, o positivista, proposto por ele, teria o objetivo de criar uma ordem social, adotando, para isso, como ferramenta, o conhecimento científico. Para Comte, a filosofia teria um caráter enciclopédico. Isso significa que era encarada como se não contivesse o próprio saber, devendo cuidar da classificação e da hierarquização dos conhecimentos. Então, como tudo o mais, a filosofia deveria submeter-se às conclusões dos métodos científicos, considerado capaz de produzir progresso e de resolver os problemas sociais. Filosofia da Educação 26 Comte apontou que a figura do cientista desempenha um papel muito importante, visto, no âmbito do positivismo, política e moral são indissociáveis da lógica e das ciências. Por exemplo, um projeto lógico não pode prescindir de princípios políticos e morais. Radicalizando suas ideias de ordem social e de progresso, Comte chegou a propor a chamada “Religião da Humanidade”, cujos aspectos principais eram o culto à racionalidade e a grandes personagens do progresso humano. Muitas foram as críticas feitas às ideias de Comte, sobretudo à sua Religião da Humanidade. Apesar disso, a influência do positivismo é sentida até s dias de hoje. ainda na contemporaneidade percebemos sinais do positivismo nas sociedades ocidentais, como a crença de que a ciência concentra o progresso da humanidade. Utilitarismo O utilitarismo remonta a Francis Hutcheson, teólogo e filósofo que que defendeu a tese de que o prazer representa o bem, enquanto, a dor representa o mal. Por isso, o melhor estado para um ser humano é aquele em que o prazer é maior do que a dor. Jeremiah Bentham adotou essa teoria e a tornou conhecida como utilitarismo. Portanto, esse é um rótulo que reúne várias teorias éticas. A máxima utilitarista, um pouco diferente da tese de Francis Hutcheson, é a de a que a felicidade mais profunda tem que ser alcançada pelo maior número de pessoas que for possível. Como se pode perceber, é um sistema de pensamento eudemonista, mas, contrariamente ao que faz o egoísmo. Um dos grandes interesses de Benthan foi a jurisprudência, visto que considerava que a ética fosse essencial para os mecanismos legais de promoção de bem-estar. Por outro lado, compôs os chamados “radiciais filosóficos”, que, entre outras coisas, focavam a educação, as reformas sociais, os privilégios das classes dominantes e autoridade da Igreja Católica. A educação de qualidade foi considerada por Bentham uma das mais eficientes soluções para os problemas sociais. Isso acontece Filosofia da Educação 27 porque grande parte dos problemas sociais não pode ser sanada sem a compreensão real de sua dimensão, o que depende, em grande parte, de educação. Outro importante filósofo utilitarista foi John Stuart Mill, que defendia que podemos julgar se ações são corretas somente de uma perspectiva que considere se conduzem à felicidade. Assim, os resultados das ações variam quanto ao grau de felicidade, o que é conhecido como consequencialismo. De acordo com Mill, a totalidade dos conhecimentos humanos é empírica, mesmo as proposições de ciências como a geometria, cujo caráter é dedutivo. Mas o que nos interessa, realmente, é saber como como via a educação: para ele, a educação está no entremeio de processos indutivos e de processos dedutivos relacionados aos conhecimentos, porque o método lógico é empregado em teorias sustentadas empiricamente, com o intuito de formalizá-las. Pode-se afirmar que a principal diferente entre as teorias de Benthan e as de Mill é a concepção de felicidade que adotam: para Mill, tudo o que conduz ao prazer corresponde a algum grau na escola abstrata de felicidade, ao passo que, para Bentham, a felicidade se resume à presença de prazer e à ausência de dor. Pragmatismo Trata-se da primeira corrente filosófica estadunidense. Surgiu no fim do século XIX e tinha, como máxima, a ideia de um conceito equivale ao efeito sensorial provocado por seu objeto. Isso equivale a afirmar, por exemplo, que o conceito de “verdade” é uma descrição exata da realidade. Um dos filósofos mais representativos do pragmatismo foi Charles Sanders Peirce, entre cujas preocupações estava a de demonstrar que ciência, filosofia e teologia não teriam motivos para promover embates. Para Peirce, debater está muito ligado às escolhas de palavras do que à realidade em si. Por isso, ao adotar essa via, tais áreas do conhecimento não alcançariam efeitos práticos sobre os sentidos humanos. Filosofia da Educação 28 Considerando o pragmatismo peirceano, não seria possível que nós desenvolvêssemos conhecimento somente com base em observações. Em vez disso, adquirimos conhecimentos quando percebemos a sua utilidade. Então, quando um conhecimento se tornar obsoleto, será substituído por concepções mais adequadas. Há pouco tempo, a relação entre pessoas do mesmo sexo biológico era tratada como doença. Porém, com o avanço das ciências da saúde, isso foi corrigido: atualmente, a homossexualidade é encarada como um comportamento natural do ser humano. Tendo em vista que as ideias de Peirce mantêm relação com o modo como compreendemos o mundo, podemos perceber que são importantes para a educação. Outro filósofo de grande expressividade do pragmatismo foi William James, segundo o qual a vericondicionalidade de uma ideia é proporcional à sua utilidade. Assim sendo, se determinada ideia está de acordo com os fatos do mundo, terá, necessariamente, de ser considerada verdadeira. Então, a verdade é algo inerente às ideias, mas decorre de um processo de associação em que os fatos do mundo têm especial relevância. Ademais, James reconhece que a crença em uma ideia é um dos fatores que a torna verdadeira. Isso significa que, se funcionarem, quase qualquer crença poderá ser respeitada e considerada verdadeira, embora o conceito de “funcionar” seja complexo no pensamento do autor. Materialismo Karl Marx e Friedrich Engels, inspirados por Hegel e por outros filósofos, questionaram as reflexões sobre a natureza humana que desconsideravam fatores políticos, sociais e históricos. Para ambos, nenhuma análise sobre o ser humana poderia apartar-se das suas condições de existência reais. Basicamente, pode-se afirmar que o materialismo é um tipo de concepção da História. Desenvolvido por Marx, tem o objetivo de investigar os acontecimentos que provocam as mudanças sociais, adotando a luta de classes como uma variável com grande influência sobre tais Filosofia da Educação 29 acontecimentos. Por exemplo, todas as transformações sofridas pelas forças produtivas de uma sociedade resultaram e resultarão em conflitos sociais de alguma espécie, ao mesmo tempo em que as diferentes estruturas sociais existiram e existirão devido a determinada estruturação dos meios de produção. Interessado nos comportamentos e nas transições de comportamentos das sociedades humanas, Marx toma o método dialético de Hegel, baseado no poder de contradição. A esse método, incorpora a a matéria, a única concepção de realidade que julga possível. Dessa forma, surgem, em Teses sobre Feurbach (1845) e em Ideologia Alemã (1846), as suas primeiras incursões no materialismo histórico, as quais apontam que as evoluções de uma sociedade são respostas às lutas de classes. Marx nunca adotou a educação como objeto de estudo central de suas obras, mas esse é um tema que aparece, secundariamente,em sua teoria, elaborada como uma crítica à economia de base capitalista. Portanto, alguns dos princípios de Marx devem ser avaliados por nós, para que prática educacional capaz de transformar o contexto social em que atuarmos seja possível. 1. A educação deve identificar e explicar todas as relações sociais, que tendem a ser reguladas por processos de dominação e de exploração. Desse modo, fará com que todos os indivíduos conheçam a realidade da sociedade em que vivem. 2. A educação deve visar à erradicação da desigualdade social e dos processos de dominação e de exploração 3. A educação deve assumir, como função social, a erradicação da alienação e a desumanização. Para que a educação apresente essas três características, segundo Marx os educadores dependem de compreende tanto o mundo físico quanto o social em que vivem e lecionam. Filosofia da Educação 30 Uma das preocupações de Marx em relação às instituições escolares e aos profissionais de educação residia no ensino de questões de interesse de partidos e de classes específicos. Em sua opinião, por exemplo, a gratuidade do ensino deve ser garantida pelo Estado, que jamais poderia, em troca, acrescentar suas pautas políticas aos currículos. De acordo com Marx, a educação teria de se apresentar em três dimensões: a intelectual, a física e a técnica. Isso não é o mesmo que educação integral. Na educação integral, existe uma preocupação com questões morais e afetivas. Na proposta de Marx, uma concepção chamada de onilateral (múltipla), questões morais e afetivas não seriam de responsabilidade da escola, mas, sim, da família e de outros adultos. A dimensão técnica da educação foi aventada porque Marx encontrou, nas fábricas capitalistas, qualidades que poderiam ser úteis ao desenvolvimento de um sistema de ensino transformador. Uma dessas qualidades, em sua opinião, é a aplicação da aprendizagem ao trabalho. No entanto, isso não o impediu de ir contra a ideia de que as escolas reduzissem o ensino ao exercício das funções fabris. Fenomenologia O termo fenomenologia apareceu, no século, nas obras Immanuel Kant e de Johann Heinrich Lambert. Nessa época, referia-se à descrição da consciência e da experiência, sem, no entanto, acionar conteúdos intencionais. No pensamento hegeliano, o termo assumiu o sentido de investigação da autoconsciência e da sua evolução. Para Hegel, a autoconsciência se inicia com uma experiência sensorial simples e pode chegar a processos ou movimentos de pensamento racionais e livres, produzindo conhecimento. No século XX, o termo foi adotado e, mais uma vez, ressignificado por Edmund Husserl, que o utilizou para nomear a sua escola de pensamento. Para o autor, a característica mais importante da consciência humana é intencionalidade, percepção que poderia ajudá-los a desfazer a antiga oposição entre mente e corpo. Filosofia da Educação 31 Mas como isso poderia ser feito? Husserl apontou que, quando tentamos compreender e definir o conceito de pensamento, enfrentamos o desafio de explicar a relação entre conteúdo intencional e as operações mentais (pensamentos). Para evitar esse desafio, devemos assumir que as operações mentais são tão baseadas nos sentidos quanto qualquer outra ação humana. Na prática, Husserl abandona a noção de representação, presente, há muito, na filosofia, rejeitando que a relação entre conteúdo intencional e as operações mentais (pensamentos) seja representacional. Logo, como a consciência humana tem caráter intencional, temos total consciência da realidade, independentemente de quais forem as nossas crenças quanto à veracidade das coisas (ABRÃO, 1999). É um fato que as teorias científicas se baseiam em experiências. Contudo, Husserl defendeu que as experiências, isoladamente, não poderiam ser consideradas científicas. Isso acontece porque estão repletas de suposições e de equívocos, indo contra o caráter da ciência. Então, quais seriam as bases da ciência? A proposta de Husserl visa à adoção de uma atitude científica durante nossas reflexões sobre as experiências. Então, devemos abandonar todas as nossas crenças – mesmo as mais comuns, como a de que um mundo material existe e nos engloba –, para, somente assim, filosofarmos. Portanto, a filosofia deve estar liberta de quaisquer inferências. Costumeiramente, a fenomenologia de Husserl é assumida como um método de investigação científica. Mas é importante notar que, seguindo o método de Husserl, diferentes pesquisadores chegarem a resultados distintos para o mesmo objeto de estudo. Isso não deve ser possível em uma abordagem científica. Ainda que Husserl não nos tenha fornecido um método consistente de abordagem científica da experiência, suas ideias gestaram uma das correntes filosóficas mais influentes do século XX: o existencialismo. Filosofia da Educação 32 Existencialismo No século XX, sobretudo após a fenomenologia de Husserl, as reflexões sobre as experiências individuais atribuíram mais valor ao sentido que se atribui aos fatos do que à ideia de que existem verdades imutáveis. Sendo assim, a origem do existencialismo tem, como foco, a liberdade, a existência e as escolhas individuais. Ao contrário de outras correntes filosóficas, inclui, em seu sistema, temas muito diversos. A tradição platônica sustenta que o conceito de bem moral é igual para toda a humanidade. Isso foi contestado muitos séculos, por Søren Kierkegaard, o primeiro filósofo da tradição existencialista. Para Kierkegaard, os conceitos morais não teriam uma base universal e não seriam objetivos. Por isso, o sentido da vida humana está na descoberta de vocações, e não em supostos critérios universais. O pensamento de Kierkegaard combateu, principalmente, o idealismo alemão e às ideias de Georg Hegel, em cujo sistema filosófico, como vimos, a humanidade seria apenas uma parte de um desenvolvimento histórico irrefreável. O interesse de Kierkegaard era outro: o de definir o que ser um indivíduo humano significa, sem que, para isso, seja necessário considerar qualquer outra coisa além de um indivíduo autônomo. No pensamento de Kierkegaard, há uma relação entre destino, ações e escolhas: o destino dos homens é construído por ações, as quais, por sua vez, dependem de escolhas. De tudo isso, o mais importante é o modo como escolhemos. Apesar de concordar com Hegel de que as escolhas morais gravitam em torno do que é hedônico e do que é ético, Kierkegaard se recusou a considerar que fatores históricos pudessem condicioná-las. Nesse sentido, as escolhas seriam livres. Como consequência, em vez de nos proporcionarem felicidade, nossas escolham nos causam angústia. Filosofia da Educação 33 Depois de Kierkegaard, Friedrich Nietzsche foi um dos filósofos mais da tradição existencialista mais influentes. No contexto histórico de Nietzsche, o pensamento ocidental questionava se os critérios que fundamentavam a civilização teriam valor absoluto ou universal. A Nietzsche foi apontar o quanto as supostas certezas ocidentais eram frágeis. Moral, arte, religião e ciência são temas muito presentes nas obras de Nietzsche e muito caros à civilização ocidental. De acordo com o filósofo, compreender a civilização ocidental representaria atingir a educação superior de toda a humanidade. Mas esse não poderia ser um projeto apenas de cunho pedagógico. Mais do que isso, deveria ser um projeto filosófico. Comumente, a obra de Nietzsche é dividida em três partes. No entanto, interessa-nos que, na parte conhecida como “metafísica de artista”, o filósofo foi um radical crítico de métodos de educação baseados em controle. Segundo ele, esses métodos pregavam a importância da cultura e chegavam, até mesmo, a incentivá-la, enquanto, por outro lado, submetiam seus alunos a interesses do mercado e a interesses do Estado. No que tange à cultura, a educação controladora, para Nietzsche,incentivava o acesso das pessoas a esse elemento, submetendo-as, porém, a interesses de vários tipos. Logo, conforme a civilização atingisse um estágio máximo de cultura, atingiria, também, um estágio máximo de produção de necessidades, transformando a utilidade no fim primeiro da educação (NIETZSCHE, 2003). Nietzsche fez, também, severas críticas ao sistema educacional de seu tempo, que tentava fazer com que os indivíduos introjetassem o que chamou de virtudes do rebanho. Em especial, as críticas tinham à vista os estilos de vida igualitários, que seria responsável por eliminar as características próprias das nações e dos indivíduos, na medida em que as ideias se tornam coletivas. Filosofia da Educação 34 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como Identificar e diferenciar as correntes filosóficas do século XIX e início do XX. Filosofia da Educação 35 REFERÊNCIAS ABRÃO, B. S. História da filosofia. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999. BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997. FARIA FILHO, L. M. de. Pensadores Sociais e História da Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. KIERKEGAARD, S. O desespero humano. São Paulo: editora Martin Claret, 2003. NIETZSCHE, F. Sobre os nossos estabelecimentos de ensino. São Paulo: Ed. Loyola, 2003. OLIVEIRA, M. A. S. Sujeição, costume e sentimento como manutenção da servidão feminina. Stuart mill e a sujeição das mulheres. Sapere Aude. Belo Horizonte, v. 4, n. 7, p. 494-500, 2013. RUSSEAU, J. J. Emílio, ou, Da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999. RUSSEL, B. História do pensamento Ocidental: a aventura dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. Filosofia da Educação Filosofia e pensamento educacional na Modernidade Educação e filósofos da Modernidade René Descartes Jean Jacques Rousseau Immanuel Kant Georg Hegel Tendências e correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX Correntes filosóficas do século XIX e do início do século XX Positivismo Utilitarismo Pragmatismo Materialismo Fenomenologia Existencialismo