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Estudos E Impactos Ambientais

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Estudos e ImpactosEstudos e Impactos
AmbientaisAmbientais
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Bem vindo(a)!
Olá, alunos.
Sejam todos bem vindos a mais uma disciplina do nosso curso. Eu sou o Dr. Sandro e
estou muito feliz em poder ministrar essas aulas para vocês. ESTUDOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS é uma disciplina com um conteúdo um pouco mais voltado para o
direito ambiental, de mais leituras técnicas e por isso é muito importante que vocês
se mantenham atentos e em acompanhamento contínuo da nossa apostila e de
materiais extras que serão disponibilizados a vocês.
Na unidade I vamos estudar sobre legislação ambiental. Vamos conhecer melhor a
Constituição Federal do Brasil que é o órgão que ampara todas as normas e
decretos de todas as áreas da justiça, entre elas a legislação ambiental. Conhecer
suas diretrizes é essencial para o seu futuro pro�ssional. 
Já na unidade II você irá aprender sobre os Licenciamentos Ambientais. Vamos
aprender quais os procedimentos para obter as licenças ambientais, quais são elas e
quais os tipos de empreendimentos que são obrigados a tê-las. Este documento é
um dos mais importantes para uma empresa.
Na sequência, na unidade III, falaremos a respeito dos estudos e métodos de
avaliação do impacto ambiental. Quais os conceitos e metodologias para realizar a
avaliação de impacto ambiental. Quais etapas e formas de caracterizar e identi�car
os impactos ambientais causados por um empreendimento. ou atividade.
Em nossa unidade IV, vamos �nalizar o conteúdo dessa disciplina com
monitoramento ambientaL. Por último, porém não menos importante, o
monitoramento ambiental é uma das etapas mais importante em favor da
preservação ambiental. Vamos aprender também como elaborar um plano de
controle ambiental, documento necessário para o licenciamento ambiental.
Espero que vocês aproveitem muito. Bons Estudos. 
Professor Dr. Sandro. 
Unidade 1
Legislação Ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Introdução
O Equilíbrio entre o desenvolvimento de uma sociedade e o meio ambiente é o
primeiro passo para uma sociedade sustentável. Para isso é necessário que sejam
cumpridas normas e regras que possam nos auxiliar neste processo.
A legislação ambiental foi criada com o intuito de amparar e sustentar as normativas
em favor do desenvolvimento sustentável, visando sempre o bem estar humano e
ambiental. Buscando o crescimento industrial de forma planejada garantindo o
ambiente para as futuras gerações.
Buscando o�cializar todas essas diretrizes, o Constituição Brasileira Criou em 1981 a
Política Nacional do Meio Ambiente. Com o Auxílio do SISNAMA e CONAMA Esses
órgãos buscam criar, implantar e �scalizar as leis ambientais de�nidas pela
Constituição Federal de 1988. Com normativas e leis que dão suporte a toda a
legislação ambiental, o papel do SISNAMA e seus instrumentos é fazer cumprir o
imposto em lei.
Durante esta unidade, será abortado quais são as normas pertencentes a Lei n°
6.938 de 1981, que é a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente. Veremos quais seus
objetivos, quais seus instrumentos e por quem ela é de�nida. O entendimento da lei
da PNMA é de extrema necessidade, já que é ela que sustenta e dá autonomia a
todos os sistemas responsáveis pela preservação ambiental.
O conhecimento da legislação ambiental brasileira é de extrema importância uma
vez que ela irá ser a base de todas as ações e �nalidades que poderão ser realizadas
por vocês futuros pro�ssionais.
Bons estudos a todos. 
Legislação Ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Para uma melhor compreensão da Legislação Ambiental Brasileira, precisamos
antes entender como ela foi formulada e como é estruturada dentro da legislação
brasileira. É do conhecimento de todos, que a legislação são as normas que
devemos cumprir, porém de onde elas vieram? Quem são responsáveis por elas?
Para entender isso, é necessário primeiro entender como é estruturado o poder
público no Brasil.
É o poder público que elabora as normas legais no Brasil. De acordo com a
constituição brasileira, o poder público é dividido em três setores: legislativo,
executivo e judiciário. Cada um desses três setores é composto por órgãos diferentes
dentro dos âmbitos federais, estaduais e municipais, conforme exposto na tabela 1.
Figura 1: A Estrutura do Poder no Brasil
Fonte: acesse o link Disponível aqui
http://professorhonoriogeografia.blogspot.com/2016/03/a-estrutura-do-poder-no-brasil.html
Sabendo que a legislação brasileira não são somente as leis, é importante saber que
existe uma hierarquia para que seja ordenado todo este sistema. No topo do poder
está a Constituição Federal (CF). Nenhum outro órgão é mais importante ou está
acima dela. Em seguida, de cima para baixo, temos as Leis complementares, as leis
ordinárias, os Decretos, as Instruções normativas e por último, porém, não menos
importante, as Portarias.
Sabendo disso, classi�camos todo esse sistema em dois setores:
Ordem primária: Poder Legislativa – Constituição Federal e Leis
Ordem Secundária: Poder Executivo – Decretos e Resoluções / portarias /
deliberações.
Dentro de todos esses instrumentos legislativos se encontra a legislação ambiental
brasileira. Que nada mais é que a Legislação que ampara todas as normas e
diretrizes que contribuem para preservação e conservação do meio ambiente. Essa
Legislação impõe direitos e obrigações à população que é �scalizada pelo poder
público. O descumprimento dessa legislação gera punições que podem ser desde
multas, passando por restrições de direito e chegando até a  detenção ou reclusão
por períodos estabelecidos na constituição.
Tabela 1 - Poderes nos três níveis de Governo
Poder
Público Executivo Legislativo Judiciário
Federal Presidênciada República
Congresso
Nacional
Conselho Nacional de
Justiça, Tribunais
Superiores, Tribunais
Regionais e Juízes de
Primeira Instância
Estadual/DF Governadoria
Assembléia
Legislativa
ou Câmara
Legislativa
Tribunal de Justiça e Juízes
de Primeira Instância
Municipal Prefeitura Câmara deVereadores -
Fonte: Professor Honório Disponível aqui
http://professorhonoriogeografia.blogspot.com/2016/03/a-estrutura-do-poder-no-brasil.html
O poder legislativo exige competências legislativas sobre o meio ambiente na esfera
federal (União), na esfera Estadual (Estados e Distrito Federal) e esfera municipal.
Cada esfera irá legislar sobre assuntos diferentes sendo que todos eles são de�nidos
na constituição.
Conforme exposto no Artigo 225, 1° parágrafo, da Constituição Federal de 1988: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Ainda de acordo com o Art. 225 da CF:
IV -  exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de signi�cativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade; 
O não cumprimento da Lei é passível de punições, tanto para pessoas físicas quanto
para jurídicas, conforme exposto na lei de crimes ambientais n° 9.605 de 12 de
fevereiro de 1998.
Visando cumprir de forma intensiva o imposto pelo artigo 225 da CF, buscando a
preservação ambiental e com um foco maior no desenvolvimento sustentável, No
dia 31 de agosto de 1981 foi criada a lei da Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA).
Muitas pessoas se perguntam se a lei é e�ciente e quais benefícios ela trouxe para o
nosso país, para falar um pouco mais sobre isso é necessário saber que antes desta
lei qualquer empreendimento causador de degradação ou poluição ambiental não
sofria nenhuma penalização, sendo assim os empresários não visavam a
sustentabilidade ambiental e sim somente a lucratividade do empreendimento. O
máximo exigido pelos empreendedores era a indenização pelos danos causados aos
donos das terras. Isto se aplicava tanto para mineração, obras e outros
empreendimentos (Geologia e meio ambiente, 2019).A criação da PNMA se tornou um marco na história ambiental do Brasil. Ela
conseguiu inserir na política a importância e a necessidade da preservação e
conservação do meio ambiente para a atual e futuras gerações, buscando optar
sempre por processos de desenvolvimento sustentáveis, visando a conscientização
de empreendimentos verdes diminuindo assim, a degradação da ambiental. 
REFLITA
Você sabia que a primeira lei especí�ca sobre meio ambiente surgiu
somente em 1981? Mesmo com todo o desenvolvimento acelerado, o
crescimento industrial sem planejamento e visando somente o lucro,
somente em 1981 o Brasil investiu na criação de uma Lei capaz de
amparar o meio ambiente. Será que não demorou demais?
Fonte: O Autor. 
Política Nacional de Meio
Ambiente
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
A década de 70 foi a década do despertar da consciência ambiental. Década em que
as pessoas começaram a se preocupar com os níveis de poluição, de degradação da
qualidade ambiental, da queda abrupta da qualidade de vida, entre outros fatores
que contribuíram para essa mudança de pensamento em relação ao meio
ambiente.
A nível internacional, o marco foi a Conferência de Estocolmo (Suécia) em 1972,
sendo a primeira grande conferência do mundo sobre o meio ambiente.
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei
Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (6938/81), e regulamentada pelo Decreto
Federal nº  99.274, de 6 de junho de 1990, é de�nida sendo:
Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art.
235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus �ns e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa
Ambiental.
Anteriormente a PNMA, existiam algumas leis que tratavam especi�camente sobre
recursos ambientais como o código �orestal, as leis de recursos hídricos, lei da pesca,
porém ainda não existia uma norma que amparasse sobre todas as formas o meio
ambiente e seus recursos; colocando a preocupação com a preservação e
conservação no foco das decisões políticas e governamentais. Isso mudou com a
criação da Lei 6938/81.  
Os objetivos dessa lei, de acordo com a lei n° 6938/81:
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
Ill - planejamento e �scalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o
uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas;  
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação
ativa na defesa do meio ambiente.
Meio ambiente tem provavelmente um dos conceitos mais controversos e mais
difíceis de consenso. É algo que preocupa a todos e o que todos falam e pensam,
seja um pro�ssional da área, um cientista, um ecologista ou qualquer pessoa
interessada. Todo mundo tem um "conceito de meio ambiente" diferente, problema
vem quando a ideia de que se tem não corresponde à de seu interlocutor
(SALVADOR, 2005).
Segundo o Art. 3° da lei n° 6938/81 da PNMA, meio ambiente é de�nido como:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, in�uências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas;
Visando o cuidado com a preservação e conservação do meio ambiente, e cumprir o
proposto no Art. 225, a PNMA visará, de acordo com o Art. 4° da da lei n° 6938/81:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à de�nição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e
de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação
de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência
pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e
do equilíbrio ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à
sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para
a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com �ns econômicos.
Para que sejam alcançados esses objetivos, se fez necessário a criação de um
sistema que fosse capaz de coordenar e �scalizar a aplicação da lei ambiental. Por
isso foi criado em 1981 o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA.
Segundo o Artigo 6º, Lei da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) n° 6.938/81
diz que: 
“Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo
Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA.”
Segundo o Instituto Brasileiro de sustentabilidade (InBS), existem 6 importantes
princípios que dão suporte a PNMA: 
Princípio da Prevenção:
É o ato, ação, disposição, conduta, que busca evitar que determinado e conhecido
mal, dano, lesão ou intempérie, de origem humana, venha a agir sobre o meio
ambiente, tornando-o, fragmentadamente ou em um todo regional ou total, de
menor qualidade, reduzindo seu equilíbrio ecológico e consequentemente a boa
qualidade de possibilitando a perpetuação da espécie humana na Terra.
Princípio da Precaução:
O princípio é responsável pela vedação de determinadas ações no meio ambiente
uma vez que não haja certeza concreta de que tais ações não causarão reações
adversas. Se diferencia do Princípio da Prevenção pelo fato de buscar evitar que
reações desconhecidas aconteçam, uma vez que o  Princípio da Prevenção busca
prevenir o meio ambiente de degradações e consequências conhecidas.Como o
homem não conhece completamente o meio ambiente e as suas relações e inter-
relações, também não conhece todas as possibilidades de respostas do ambiente
frente a atuação humana. Assim não é capaz de formular certezas, traçar
informações conclusivas acerca das intempéries provocadas por determinados
procedimentos e intervenções.
Princípio do Poluidor-Pagador:
O Princípio do Poluidor-Pagador informa que os potenciais custos decorrentes da
prevenção, precaução e de eventuais danos ao meio ambiente devem �car
totalmente a cargo de quem possui a atividade que gera tal eventual poluição.
Assim, aquele que possui atividade poluidora ou que necessite de métodos de
prevenção ou precaução, é quem deverá arcar com os custos a �m de se evitar ou
reparar possíveis danos ao meio ambiente.
Princípio da Responsabilidade:
O princípio da responsabilidade faz com que os responsáveis pela degradação ao
meio ambiente sejam obrigados a arcar com a responsabilidadee com os custos da
reparação ou da compensação pelo dano causado.
Princípio do Limite:
Também voltado para a Administração Pública, a qual deve �xar parâmetros
mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons,
destinação �nal de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando
sempre promover o desenvolvimento sustentável.
Princípio da Função Social da Propriedade:
É um princípio adotado amplamente pelo direito que assume seu caráter ambiental.
Em uma síntese didática e bastante lógica, assim tem-se o princípio: O direito à
propriedade está condicionado ao cumprimento de sua função social. Em matéria
ambiental, a função social do meio ambiente é dar meios fundamentais para a sadia
qualidade de vida das pessoas, e o interesse público está voltado para tal.” 
É com o auxílio do SISNAMA e amparado pelas leis e normas da PNMA que são
instaurados e �scalizados as licenças ambientais para que um empreendimento
seja autorizado, buscando seguir as normativas impostas pelas leis, alcançando
assim os objetivos �xados.
De acordo com a lei n° 6.938/81, os instrumentos impostos pela PNMA são:
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação
ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade
ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de
proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas;
 VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de
Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da
degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,
obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;
  XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.
XIII - instrumentos econômicos, como concessão �orestal, servidão
ambiental, seguro ambiental e outros. 
Sistema Nacional de Meio
Ambiente (SISNAMA)
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
A palavra atual é sustentabilidade, assim entendido o atendimento das
necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras. O impacto da atividade
humana sobre o meio ambiente tem sido objeto de estudos e regulação, visando
assegurar a continuidade e dignidade da vida no longo prazo. Regras demandam
clareza e orientação na tomada de decisões (FENKER, 2011).
Durante muito tempo, o homem utilizou os recursos naturais como se fossem de
proporção in�nita. Sem planejamento ou controle sobre sua exploração. Ao
perceber que os recursos são esgotáveis, fez-se necessário buscar alternativas e vias
para contribuir com a preservação e conservação do meio ambiente.
O alto índice de crescimento de consumismo pela sociedade é um exemplo disso.
Atualmente a exploração dos bens naturais, com a �nalidade de servir as
necessidades da sociedade, tem se transformado em grandes desastres ambientais.
Por não possui um planejamento estratégico ou leis rígidas que controlem esse uso,
o meio ambiente é continuamente utilizado para suprir a necessidade da sociedade
conduzida pelo capitalismo, e injetando dinheiro na economia.
Com o crescimento populacional e o crescimento desenfreado impulsionado pelo
capitalismo e pela revolução industrial, criou uma geração chamada de consumidor
de risco global, a qual, de forma acelerada, se multiplicou e vem aumentando até os
dias atuais. O consumo e a demanda sobre produtos, diretos ou indiretamente,
originados da natureza aumentou, impulsionando a degradação ambiental através
do mau uso reduzindo drasticamente a quantidade e qualidade dos recursos
naturais.
O primeiro evento visando o meio ambiente foi a Conferência Internacional de Meio
Ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia), em 1972. Mesmo sendo um tema
complexo, devido ao momento de desenvolvimento industrial (principalmente dos
Países subdesenvolvidos), discutir a sustentabilidade era o objetivo do encontro,
onde se reuniram grandes líderes mundiais. 
Inspirado no direito americano (National Environmental Policy Act — NEPA — de
1969), o estudo de impacto ambiental foi introduzido no Brasil, de forma tímida, pela
Lei n. 6.803, de 2 de julho de 1980, que "dispõe sobre as diretrizes básicas para o
zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição" (BENJAMIN, 1993).
Posteriormente, em 1981, foi criada a lei de Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei
n° 6938 de 31 de agosto de 1981. Nesta Lei, para sua execução, foi criado o Sistema
Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA – com o objetivo de melhorar e recuperar a
qualidade ambiental do País.
SISNAMA se trata de uma rede jurídico-administrativa, composta por atores estatais
que exercem competências administrativas e executivas na tutela do meio
ambiente, incluindo todos os entes federativos, necessariamente observando os
princípios da informação e participação, com o objetivo de elaborar e discutir a
agenda de execução das políticas ambientais e exercer o poder de polícia ambiental
em todo o território nacional, com previsão na lei federal 6938/81 (PNMA) (PELICIONI
& PHILIPPI, 2005).
O SISNAMA é composto por um conjunto de órgãos os quais têm como
responsabilidade implementar e �scalizar as normas ambientais impostas pela
legislação ambiental brasileira vigente. De acordo com a lei Nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981:
Figura 3: Processo decisório.
Fonte: Freepik
“Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações
instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria
da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: 
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar
o Presidente da República na formulação da política nacional e nas
diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos
ambientais; 
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), com a �nalidade de assessorar, estudar e propor
ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o
meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio
ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade
de vida;  
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República, com a �nalidade de planejar, coordenar, supervisionar e
controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes
governamentais �xadas para o meio ambiente; 
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de
Conservação da  Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a
�nalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais �xadas para o meio ambiente, de acordo com as
respectivas competências; 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis
pela execução de programas, projetos e pelo controle e �scalização de
atividades capazes de provocar a degradação ambiental; 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis
pelo controle e �scalização dessas atividades, nas suas respectivas
jurisdições. ”
Em resumo, o SISNAMA é o responsável por coordenar toda a Política Nacional do
Meio Ambiente, com a �nalidadede fazer cumprir as normas e diretrizes prescritas
na legislação ambiental. Para isso, tem o auxílio do CONAMA, para que se faça
cumprir suas diretrizes e objetivos. 
SAIBA MAIS
É importante que vocês, alunos, estudem a legislação para então, saber
a forma correta de aplicar tudo o que iremos aprender nesta apostila. E
é de extrema importância a inclusão da educação ambiental no seu dia
a dia.  
De acordo com o Artigo 225 (conhecido popularmente como
constituição verde) § 1º da Constituição Federal de 1988:
“VI -  promover a educação ambiental em todos os níveis
de ensino e a conscientização pública para a preservação
do meio ambiente;” 
Conselho Nacional do Meio
Ambiente
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e
deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei
6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada
pelo Decreto 99.274/90. É composto por Plenário, CIPAM, Grupos Assessores,
Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho. O Conselho é presidido pelo Ministro do
Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretário-Executivo do
MMA. O Conselho é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos
federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil (MMA, 2019).
Com base nas atribuições impostas pelo SISNAMA, o CONAMA é responsável por
algumas diretrizes. De acordo com a lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981:
“Art. 8º Compete ao CONAMA: 
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a
ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das
alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos
públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e
municipais, bem assim a entidades privadas, as informações
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e
respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de signi�cativa
degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas
patrimônio nacional. 
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades
pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a
proteção ambiental; 
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou
restrição de benefícios �scais concedidos pelo Poder Público, em
caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação
em linhas de �nanciamento em estabelecimentos o�ciais de crédito; 
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de
controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e
embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes; 
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.”
São atos do CONAMA de acordo com MMA:
Resoluções, quando se tratar de deliberação vinculada a diretrizes e
normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e
ao uso sustentável dos recursos ambientais; 
Moções, quando se tratar de manifestação, de qualquer natureza,
relacionada com a temática ambiental; 
Recomendações, quando se tratar de manifestação acerca da
implementação de políticas, programas públicos e normas com
repercussão na área ambiental, inclusive sobre os termos de parceria
de que trata a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; 
Proposições, quando se tratar de matéria ambiental a ser
encaminhada ao Conselho de Governo ou às Comissões do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados; 
As reuniões do CONAMA são públicas e abertas à toda a sociedade.
Ao pensar nas atividades humanas como norteadoras das mudanças ambientais do
ecossistema, é necessário enfatizar as ações antrópicas que faz uma relação da ação
do homem sobre a natureza. O resultado dessas ações é o desequilíbrio do sistema
termodinâmico da atmosfera, o que acaba por acarretar graves problemas
ambientais. 
Queridos Alunos.
Esta unidade foi extremamente teórica. Falar de legislação brasileira pode parecer
complicado aparentemente, porém o conhecimento e compreensão de todos são de
suma necessidade.
Na Primeira Unidade deste livro, estudamos sobre legislação ambiental brasileira.
Vimos como sua história, como foi criada e quais os órgãos que as amparam e
�scalizam. Tudo de acordo com o proposto e con�rmado pela Constituição Federal de
1988.
Vimos que a Política nacional do Meio Ambiente foi a primeira lei ambiental
sistêmica, e a partir dela foi possível obter muitas vitórias contra a degradação do
meio ambiente. O conhecimento aprofundado das normas e decretos pode
contribuir com melhorias signi�cativas e auxiliar no desenvolvimento sustentável que
tanto almejamos.
Acredito que um pro�ssional deva estar a par de todas as diretrizes que baseiam sua
pro�ssão. A legislação ambiental está em constante atualização, por isso, se faz
necessário a leitura e o estudo rotineiro dessas normas, para que se mantenha
informado. Um bom pro�ssional deve seguir rigidamente as imposições constantes
na legislação para que não sejam aplicados possíveis crimes ambientais.
Principalmente quando pessoa Jurídica.
A legislação ambiental foi criada para que possamos seguir o caminho da evolução
humana visando às futuras gerações. Seguir com o desenvolvimento industrial de
forma sustentável onde o equilíbrio com o meio ambiente seja primordial e não
secundário.
Conclusão - Unidade 1
Leitura complementar
Deixo como leitura complementar ao assunto abordado neste capítulo,
um artigo que fala sobre a importância da política nacional do meio
ambiente para legislação ambiental brasileira, dos autores Aline
Ferreira, Nirvia Ravena. Vale a pena a leitura. 
ACESSAR
Livro
https://even3.azureedge.net/anais/30885.pdf
Unidade 2
Licenciamento Ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Introdução
Olá, Alunos.
Sejam bem-vindos à unidade II da disciplina de Estudos e Impactos ambientais. 
Espero que tenham aproveitado a aula anterior e que estejam prontos para a aula 
de hoje. Dando sequência em nossa disciplina, hoje aprenderemos um pouco mais 
sobre legislação ambiental. Começaremos a estudar sobre os licenciamentos.
Os licenciamentos ambientais são um importante tema o qual vocês precisam estar 
muito bem inteirados. É uma dos principais competências que vocês poderão 
operar quando formados e estará na responsabilidade de vocês o rigor no 
cumprimento das leis e normas estabelecidas na constituição federal de 1981 e 
amparadas pela política nacional de meio ambiente.
O cumprimento das exigências ambientais estará colaborando com o 
desenvolvimento ambiental e irá cooperar com a preservação e conservação 
ambiental conciliado com o desenvolvimento industrial, gerando uma sociedade 
sustentável.
Todo o assunto que iremos abordar nessa unidade está �elmente ligado a tudo o 
que foi estudado na unidade I, por isso, é de extrema necessidade que tenhamos 
claro tudo o que já foi estudado, para que não �que dúvidas nas futuras aulas do 
curso.
É importante lembrar que é indispensável a constante atualização dos 
conhecimentos quanto a legislação ambiental. Por ser uma norma vigente, ela pode 
sofrer constantes alterações, sempre que o congresso e senado federal achar 
necessário, por isso estar sempre atento a essas atualizações pode contribuir para o 
credenciamento de um bom pro�ssional da área.
Vamos lá?!
Licenciamento Ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Como podemos saber se os postos de combustível que abastecemos nossos carros
não poluíram as praias que frequentamos? Ou como as indústrias que fabricam os
produtos que consumimos não envenenam nossas cidades? Ou ainda, que os
hospital que nos atendem não despejam lixos contaminantes na água que
bebemos? Todos os tipos de atividade econômica precisam adotar uma série de
medidas para prevenir, reduzirou compensar danos ao meio ambiente para não
prejudicar os ecossistemas e a nossa saúde. Isso acontece através do licenciamento
ambiental. Este é o nome dado ao processo de autorização a qualquer atividade que
use os recursos naturais ou que possa causar estragos ao meio ambiente.
O Licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do poder
público para o controle ambiental. E, em muitos casos, apresenta-se como um
desa�o para o setor empresarial (FEITOSA et. al., 2004).
Muitas empresas dizem que o processo de licenciamento é demorado e que ele
atrapalha o crescimento econômico, porém muitas vezes o próprio empreendedor
produz estudos e licenças mal feitos o que leva as autoridades licenciadoras a
exigirem complementações do projeto, causando esse atraso e prejuízo do qual as
empresas reclamam.
O licenciamento e a licença são as políticas ambientais que mais impacta em nossas
vidas. Mas, a�nal. O Que são os licenciamentos e as licenças ambientais?
É um documento, com prazo de validade de�nido em que o órgão ambiental
estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem
seguidas por uma empresa. A partir do licenciamento, inicia-se o processo de
�scalização, por meio do poder público, para o cumprimento das normas que estão
contidas na legislação ambiental (FEITOSA et. al., 2004).
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso das atribuições e
competências que lhe são conferidas pela Lei no. 6.938, de 31 de agosto de 1981,
regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, é o órgão
responsável por coordenar o processo de licenciamento ambiental.
O Art. 10 da Lei da PNMA N° 6.938 de 31 de agosto de 1981 diz:
A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores
ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de
prévio licenciamento ambiental. 
De acordo com a resolução CONAMA n° 237: 
Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios
utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização
do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental,
instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente; 
Considerando a necessidade de se integrar a atuação dos órgãos
competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na
execução da Política Nacional do Meio Ambiente, em conformidade
com as respectivas competências; 
RESOLVE: 
Art. 1º. Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes
de�nições: 
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras
de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa
física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
De acordo com o manual do licenciamento ambiental escrito por Feitosa et. al.,
(2004), licenciamento ambiental:
É o procedimento no qual o poder público, representado por órgãos
ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação de
atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras. É obrigação do empreendedor,
prevista em lei, buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão
competente, desde as etapas iniciais de seu planejamento e instalação
até a sua efetiva operação.
Fica Previsto na resolução CONAMA N° 237 que:
Art. 2º. A localização, construção, instalação, ampliação, modi�cação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem
como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente
exigíveis.
É importante recordar que a resolução CONAMA é uma norteadora, podendo os
órgão ambientais competentes optarem por seguir resoluções e decretos locais.
Para que seja cumprido todas as diretrizes imposta pela resolução, o licenciamento
deverá cumprir algumas etapas. Essas etapas serviram de preparação para a
obtenção da licença especí�ca e adequada para cada estabelecimento proposto, de
acordo com o que exige a legislação ambiental. 
Procedimentos para o
licenciamento ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
O procedimento para o licenciamento ambiental é um dos maiores passos para a
criação de uma empresa. Independente do ramo que irá atuar, é necessário que seja
solicitado a licença para que a indústria possa ser �nalmente posta em ação.
Para obter o licenciamento, deverá ser seguido 8 passos: 
Figura 1: Passos para o licenciamento ambiental
Fonte: Freepik
O consultor (pro�ssional contratado para preparar o pedido de
licenciamento) junto com o empreendedor identi�caram se a
atividade ou o empreendimento exige um processo de
licenciamento ambiental. Tomarão conhecimento dos documentos
exigidos, dos estudos e projetos ambientais que possivelmente serão
exigidos para o processo de licenciamento. E ainda identi�car qual
tipo de licenciamento será mais adequado para a fase do
empreendimento ou atividade.
O Consultor deverá requerer ao órgão ambiental competente a
licença ambiental necessária, apresentando os documentos os
estudos e os projetos ambientais que foram preparados na etapa
número 1. Nessa fase é obrigatório que dê publicidade a este
requerimento por meio de, por exemplo, publicação em diário o�cial
da união ou em jornal de grande circulação, assim como preconiza a
resolução do CONAMA.
O órgão ambiental analisará toda a documentação apresentada pelo
empreendimento. O órgão ainda poderá realizar uma vistoria técnica
para veri�car se todas as informações apresentadas nos projetos e
estudos correspondem com as informações in loco.
O órgão ambiental, ao identi�car que os documentos, estudos e
projetos ambientais precisarão de uma complementação para dar
suporte ao licenciamento, exigirá complementação de informações
ao pedido. Assim, será entendido uma única vez, podendo haver
reiteração caso não seja totalmente esclarecido.  Lembrando que
essa etapa será automaticamente dispensada caso não se faça
necessário complementos de documentação ou de dados de
projetos e estudos. 
O órgão ambiental ao identi�car que a atividade ou
empreendimento necessitará de uma audiência pública, este poderá
ser solicitado. 
Caso aconteça a audiência pública, e os assuntos tratados nela, não
forem totalmente esclarecidos, o órgão ambiental competente
poderá solicitar novas complementações aos estudos. 
Após a conclusão de todo processo, o órgão ambiental competente
emitirá um parecer conclusivo, informando sobre todos os aspectos
apresentados e ainda poderá emitir um parecer jurídico, se for o
necessário. 
Em resumo, conforme �gura 1, é necessário que para que seja autorizado um
empreendimento, faz-se necessário cumprir um trâmiteprocessual, o qual analisará o
pedido realizado. 
Figura 2: Oito Etapas do procedimento de licenciamento ambiental.
1
• Definição pelo órgão ambiental competente quanto a necessidade,
ou não, do licenciamento.
2
• Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor.
3
• Análise pelo órgão ambiental competente.
4
• Solicitação de esclarecimento e complementações pelo órgão
ambiental competente.
5
• Audiência pública, quando couber.
6
• Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão
ambiental competente.
7
• Emissão de perecer técnico conclusivo.
8
• Deferimento ou indeferimento do pedido de licença.
Fonte: o autor.
Neste processo de licenciamento ambiental, outros documentos poderão ser
exigidos, como a certidão da prefeitura municipal ou o alvará do corpo de bombeiro
militar.
O parecer técnico informará se aquele pedido de licenciamento será
de�rido ou não (indeferido). Ou seja, caso os documentos, os estudos
e os projetos ambientais estejam de acordo com as normas jurídicas
e técnicas pertinentes a aquela determinada atividade a licença será
expedida. Caso não esteja, o órgão ambiental tem autonomia para
recusar o pedido. 
O órgão ambiental tem um prazo máximo de 6 meses para emitir, ou não, a licença
ambiental. Nos casos que exigirem audiência pública ou EIA/RIMA (Estudo de
Impacto Ambiental / Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente) esse prazo
aumenta para 12 meses. Quando o órgão ambiental não obedecer a esses prazos, o
órgão de competência superior supletiva poderá ser acionado e assim substituí-lo no
processo de licenciamento ambiental.
O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modi�car as
condicionantes e as medidas de controle e adequação e ainda suspender ou até
mesmo cancelar a licença expedida quando:
Exista a violação ou inadequação de quaisquer condicionantes e/ou normas
legais;
Ocorra a omissão ou falsa descrição das informações que subsidiaram a
expedição da licença;
Ocorra a superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. 
Tipos de empreendimentos
e atividades que precisam
de licenciamentos
ambientais
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Visando regulamentar e �scalizar as atividades e empreendimentos que necessitam
de licença ambiental para operar, a Resolução CONAMA n° 237/97 divulgou como
anexo 1 uma vasta tabela, classi�cada por área de atividade, os empreendimentos
que são indispensáveis o licenciamento.
O anexo nos informa os tipos de empreendimentos e atividades que
indispensavelmente, necessitam passar por um estudo e avaliação de impacto
ambiental. Essa tabela (Figura 3) foi reproduzida de forma mais clara no Manual do
Licenciamento ambiental, publicado em março de 2004 pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN e Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro - SEBRAE / RJ.
Extração e tratamento de minerais
- pesquisa mineral com guia de utilização
- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem bene�ciamento
- lavra subterrânea com ou sem bene�ciamento
- lavra garimpeira
- perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural
Indústria de produtos minerais não metálicos
- bene�ciamento de minerais não metálicos, não associados à extração
- fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção
de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.
Indústria metalúrgica
- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos
- produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia
- metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive
ouro
- produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia
- relaminação de metais não-ferrosos , inclusive ligas
- produção de soldas e anodos
- metalurgia de metais preciosos
- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas
- fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive
galvanoplastia
- fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia
- têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície
Indústria mecânica
- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico e/ou de superfície
Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações
- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores
- fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e
informática
- fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos
Indústria de material de transporte
- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios
- fabricação e montagem de aeronaves
- fabricação e reparo de embarcações e estruturas �utuantes
Indústria de madeira
- serraria e desdobramento de madeira
- preservação de madeira
- fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada
- fabricação de estruturas de madeira e de móveis
Indústria de papel e celulose
- fabricação de celulose e pasta mecânica
- fabricação de papel e papelão
- fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e �bra prensada
Indústria de borracha
- bene�ciamento de borracha natural
- fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos
- fabricação de laminados e �os de borracha
- fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha ,
inclusive látex
Indústria de couros e peles
- secagem e salga de couros e peles
- curtimento e outras preparações de couros e peles
- fabricação de artefatos diversos de couros e peles
- fabricação de cola animal
Indústria química
- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos
- fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas
betuminosas e da madeira
- fabricação de combustíveis não derivados de petróleo
- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e
outros produtos da destilação da madeira
- fabricação de resinas e de �bras e �os arti�ciais e sintéticos e de borracha e látex
sintéticos
- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto, fósforo
de segurança e artigos pirotécnicos
- recuperação e re�no de solventes, óleos minerais, vegetais e animais
- fabricação de concentrados aromáticos naturais, arti�ciais e sintéticos
- fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,
germicidas e fungicidas
- fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes, impermeabilizantes, solventes e
secantes
- fabricação de fertilizantes e agroquímicos
- fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários
- fabricação de sabões, detergentes e velas
- fabricação de perfumarias e cosméticos
- produção de álcool etílico, metanol e similares
Indústria de produtos de matéria plástica
- fabricação de laminados plásticos
- fabricação de artefatos de material plástico
Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos
- bene�ciamento de �bras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos
- fabricação e acabamento de �os e tecidos
- tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos
diversos de tecidos
- fabricação de calçados e componentes para calçados
Indústria de produtos alimentares e bebidas
- bene�ciamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares
- matadouros, abatedouros, frigorí�cos, charqueadas e derivados de origem animal
- fabricação de conservas
- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados
- preparação , bene�ciamento e industrialização de leite e derivados
- fabricação e re�nação de açúcar
- re�no / preparação de óleo e gorduras vegetais
- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação
- fabricação de fermentos e leveduras
- fabricação de rações balanceadase de alimentos preparados para animais
- fabricação de vinhos e vinagre
- fabricação de cervejas, chopes e maltes
- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gasei�cação de
águas minerais
- fabricação de bebidas alcoólicas
Indústria de fumo
- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de bene�ciamento
do fumo
Indústrias diversas
- usinas de produção de concreto
- usinas de asfalto
- serviços de galvanoplastia
Obras civis
- rodovias, ferrovias, hidrovias , metropolitanos
- barragens e diques
- canais para drenagem
- reti�cação de curso de água
- abertura de barras, embocaduras e canais
- transposição de bacias hidrográ�cas
- outras obras de arte
Serviços de utilidade
- produção de energia termoelétrica
-transmissão de energia elétrica
- estações de tratamento de água
- interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário
- tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos)
- tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas
embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros
- tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles
provenientes de fossas
- dragagem e derrocamentos em corpos d’água
- recuperação de áreas contaminadas ou degradadas
Transporte, terminais e depósitos
- transporte de cargas perigosas
- transporte por dutos
- marinas, portos e aeroportos
- terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos
- depósitos de produtos químicos e produtos perigosos
Turismo
- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos
Atividades diversas
- parcelamento do solo
- distrito e pólo industrial
Atividades agropecuárias
- projeto agrícola
- criação de animais
- projetos de assentamentos e de colonização
Uso de recursos naturais
- silvicultura
- exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos �orestais
- atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre
- utilização do patrimônio genético natural
- manejo de recursos aquáticos vivos
- introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modi�cadas
- uso da diversidade biológica pela biotecnologia
  O Licenciamento Ambiental é a base estrutural do tratamento das questões
ambientais pela empresa. É através da Licença que o empreendedor inicia seu
contato com o órgão ambiental e passa a conhecer suas obrigações quanto ao
adequado e controle ambiental de sua atividade. O mercado cada vez mais exige
empresas licenciadas e que cumpram a legislação ambiental. Além disso, os órgãos
de �nanciamento e de incentivos governamentais, como o BNDES, condicionam a
aprovação dos projetos à apresentação da Licença Ambiental (FEITOSA et. al., 2004). 
SAIBA MAIS
Principais Leis Ambientais do Brasil.
Duas leis podem ser consideradas marcos nas questões relativas ao
meio ambiente:
Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação
ambiental quanto às infrações e punições. Concede à sociedade,
aos órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo para
punir os infratores do meio ambiente. Destaca-se, por exemplo, a
possibilidade de penalização das pessoas jurídicas no caso de
ocorrência de crimes ambientais.
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão
integrada e ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos
sólidos. Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em
amplitude nacional e interpreta a responsabilidade como
compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Na prática,
de�ne que todo resíduo deverá ser processado apropriadamente
antes da destinação �nal e que o infrator está sujeito a penas
passivas, inclusive, de prisão.
Outras Importantes Leis podem ser vistas no site:
https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/as-
principais-leis-ambientais-brasileiras.
Fonte: Tera Ambiental (2015).
Licenças ambientais
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Sabendo que para implantar um empreendimento é necessário realizar um
licenciamento ambiental e obter uma licença para o empreendimento ou atividade,
faz-se necessário conhecer quais são os tipos de licença ambiental que devem ser
requeridas juntas ao órgão competente. Após analisar quais os tipos de
empreendimentos exigem essa licença, é hora de entrar em contato com um
pro�ssional competente e providenciar este documento.
O licenciamento é um processo chamado de tripartite ou trifásico porque é dividido
em 3 fases. Segundo consta na na resolução Conama 237/81, existem 3 tipo de
licenças: 
Cada licença possui uma �nalidade e é autorizada de acordo com a fase de
implantação de determinado empreendimento ou atividade, por isso a importância
dos relatos reais do exato momento da solicitação junto ao órgão ambiental
competente.
De acordo com a resolução CONAMA N°237:
Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle,
expedirá as seguintes licenças: 
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento
do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e
concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação; 
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especi�cações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante; 
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a veri�cação do efetivo cumprimento do que
consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação. 
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada
ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do
empreendimento ou atividade.
Licença Prévia (LP);
Licença de Instalação (LI);
Licença de Operação (LO). 
Ainda segundo a mesma resolução, CONAMA N° 237:
Art. 9º - O CONAMA de�nirá, quando necessário, licenças ambientais
especí�cas, observadas a natureza, características e peculiaridades da
atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo
de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e
operação. 
Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de
análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em
função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem
como para a formulação de exigências complementares, desde que
observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de
protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento,
ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública,
quando o prazo será de até 12 (doze) meses. 
Art. 15 - O empreendedor deverá atender à solicitação de
esclarecimentos e complementações, formuladas pelo órgão
ambiental competente, dentro do prazo máximo de 4 (quatro) meses, a
contar do recebimento da respectiva noti�cação 
Parágrafo Único - O prazo estipulado no caput poderá ser prorrogado,
desde que justi�cado e com a concordância do empreendedor e do
órgão ambiental competente. 
Art. 16 - O não cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 14 e 15,
respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que
detenha competência para atuar supletivamente e o empreendedor ao
arquivamento de seu pedido de licença.
Conhecer os tipos de licenças disponíveis para o empreendimento em questão é de
extrema importância para o empreendedor. Cumprir os prazos e exigências
contribuem para a rapidez do processo gerando e�ciência em todo o decorrer do
licenciamento, garantindo assim uma licença de atividade. 
REFLITA
Borges (2019) publicou um artigo intitulado: “Licenciamento Ambiental
– Proteger a sociedade ou facilitar negócios de risco”. De acordo com o
autor, ainda existe uma dúvida em tornodo licenciamento. E vocês,
alunos, o que acham? Leiam o artigo do autor e re�itam.  
ACESSAR
https://www.ecodebate.com.br/2019/02/20/licenciamento-ambiental-proteger-a-sociedade-ou-facilitar-negocios-de-risco-artigo-de-clovis-borges/
Por incrível que pareça, o Brasil nunca teve uma lei única sobre licenciamento ambiental.
A criação de uma lei geral é o que está em pauta no Congresso Nacional. Com uma lei
geral bem feita as empresas ganham segurança na hora de investir e a população pode
ter mais segurança de que sua vida será preservada. Mas a proposta de lei em discussão
na câmara hoje tem pontos que vão em uma direção bem diferente.
Um deles e deixar com que cada estado e município determine seu processo de
licenciamento. É justamente nessas esferas que á menos estruturas nos órgãos
ambientais para fazer licenciamentos ágeis e robustos. Isso pode fazer com que estados
virem paraísos �scais para empresas poluidoras atraindo empreendimentos com base
na falta de regras. Isso é a senha para mais tragédias como mariana e Brumadinho.
O projeto também pode isentar de licenciamentos várias atividades como asfaltamento
de estradas sem considerar seu tamanho, eu potencial de degradação e sua localização.
Pavimentar uma via numa região metropolitana é diferente de fazer isso na Amazônia,
onde estradas induzem a desmatamento e violência.
Por �m, o processo de discussão na câmara cria licença por adesão e compromisso. Na
prática é um autolicenciamento. A �scalização feita depois pode atestar se a empresa
mentiu ou não, mas o risco é que essa �scalização nunca seja feita e que os acidentes
aconteçam com frequência. Por isso é preciso que �quemos atentos ao debate sobre a
lei do licenciamento no congresso; ele é a garantia de saúde para você, de segurança
para o empresário e de um meio ambiente equilibrado para todos.
A lei é necessária, mas ela não pode virar uma licença para destruir.
Leitura complementar
Como Leitura Complementar, deixo um artigo que conta um pouco da história da
legislação ambiental brasileira.
Conclusão - Unidade 2
Legislação ambiental brasileira: evolução histórica do direito ambiental (Ann Helen
Wainer).
WAINER, Ann Helen. Legislação ambiental brasileira: evolução histórica do direito
ambiental. id/496850, 1995. 
Disponível em:
ACESSAR
Livro
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/176003
Unidade 3
Estudos e métodos de
avaliação do impacto
ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Introdução
Compreender o meio ambiente é compreender a sí próprio. Tudo o que somos e
tudo o que vemos e tocamos faz parte de um único lugar. O Ecossistema. Qualquer
ação, seja ela natural ou antrópica que afete o sistema terrestre uma hora atingirá
nós, seres humanos. Passar a estudar o nosso planeta e como ele funciona,
contribuirá para garantia de um futuro saudável e completo.
Atualmente a busca pelo desenvolvimento alinhada a conservação e preservação
ambiental tem gerado um slogan o qual vem sendo discutido e utilizado por muitos
países: o desenvolvimento sustentável. A busca pela sustentabilidade e pelo selo
verde do empreendedorismo tem acarretado em busca por novos métodos de
mitigação de problemas ambientais e novos processos biotecnológicos que visam
atender as normativas da sustentabilidade.
Esta disciplina, portanto, busca informar e esclarecer possíveis dúvidas quanto as leis
ambientais, formas de aplicação e �scalização envolta do desenvolvimento
sustentável.  Uma das formas de �scalização ambiental é a aplicação do estudo e
avaliação de impacto ambiental, o qual consegue, muitas vezes, prever ou diminuir o
grau de impacto ambiental previsto para um empreendimento.
A extensão em que a AIA se tornou institucionalmente incorporada em muitos
países em todo o mundo torna este um momento apropriado para abordar esta
questão e considerar se a reforma da AIA pode contribuir para a consecução de seus
objetivos fundamentais. A unidade começa descrevendo as origens e os princípios
da relação do homem com o meio ambiente. Em segundo lugar, a perspectiva em
torno das fontes de impacto ambiental. A questão da e�cácia da AIA é discutida
juntamente com o entendimento da causa e efeito da problemática. As formas dos
estudos sobre o grau de in�uência da AIA no planejamento do desenvolvimento são
exempli�cadas. 
História e conceito dos
impactos ambientais
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Evolução humana e impactos ambientais.
Para entender melhor como surgiu o conceito de impacto ambiental e onde o
homem entra nessa problemática, precisamos voltar no tempo, começando pelos
primitivos.
No início da colonização humana, o homem vivia da caça e viviam em cavernas,
sendo que o grande descobrimento da época foi o fogo. Era uma população
pequena de nômades, coletores e caçadores, gerando poucos impactos ambientais,
os quais eram rapidamente regenerados pelo próprio meio ambiente.
Com o passar dos anos, o aumento populacional exigiu uma maior demanda de
alimentos e área ocupacional. Iniciou-se a domesticação de animais e um
crescimento considerável na área destinada a agricultura, criando a �xação da
população em determinados locais, utilizando uma maior quantidade dos recursos
naturais e impactando com maior proporção no ecossistema.
Em consequência da �xação dessas populações em determinados locais,
começaram a surgir os primeiros povoados e posteriormente as cidades dando
inicio assim as civilizações. O crescimento populacional obteve um crescimento
exponencial, criadores e agricultores �xaram e aumentaram suas áreas de cultivos
em determinados locais, começaram as migrações da população rural para a área
urbana, impactando direta e indiretamente no meio ambiente.
Com o descobrimento do Brasil, os europeus viram uma forma de extrair riquezas
aparentemente inesgotáveis. O primeiro bioma afetado foi a Mata atlântica, onde se
estabeleceram gradualmente de pequenos povoados e posteriormente de grandes
áreas urbanas.
A revolução industrial é o grande marco do aumento dos impactos ambientais em
todo mundo. Fenômeno dinâmico e in�nito, acarretou mudanças nas relações
sociais e ambientais, impulsionando o crescimento da urbanização e levando a
impactos mais intensos. 
História e conceito dos impactos
ambientais
Os impactos ambientais são oriundos e necessariamente atrelados à atividade
humana. Quando se conceitua impactos ambientais também se determina que
possa ser de�nido como a alteração de qualidade ambiental que resulta da
modi�cação de processos naturais ou sociais, provocadas pela ação humana
(SÁNCHEZ, 2015).
De acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA n° 1 de 23 de janeiro de 1986:
“Art. 1°. Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetam: 
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II - as atividades sociais e econômicas; 
III - a biota; 
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V - a qualidade dos recursos ambientais.”
A NBR ISO 14001 de 2004 de�ne impacto ambiental como:
3.7 impacto ambiental qualquer modi�cação do meio ambiente (3.5),
adversa ou bené�ca, que resulte, no todo ou em parte, dos (3.6) da
organização (3.16) aspectos ambientais.
REFLITA
A degradação ambiental está diretamente ligada à sociedade,
economia e política, impulsionando a degradação da biodiversidade.
Será este o caminho e a herança que queremos para as futuras
gerações? Será este o caminho a ser seguido?
(O autor) 
Em resumo: impacto ambiental é o desequilíbrio provocado por um “trauma
ecológico”, resultante da ação do homem sobre o meio ambiente.
Pode ser causado por acidentes naturais (a explosão de um vulcão, o choque de um
meteoro com a terra, um raio, etc.), porém, devemos dar mais atenção aos impactos
causados pela ação do homem, o maior responsável pelas alterações do espaço
natural.
Com isso, vão ocorrer alterações das propriedades físicas,químicas e biológicas do
meio ambiente, causadas por atividades humanas, afetando setores como corpos
d’água (quantidade, qualidade e acesso), solos (erosão, produtividade e nutrientes),
�ora (composição, densidade, produtividade e espécies chaves), fauna (população e
habitat) e saúde (vetores de doenças e patogenias).
Dentro dos impactos ambientais, gerados pela ação antrópica, é necessário que
sejam de�nidos se são: 
CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO
Diretos ou primários;
Indiretos ou secundários;
De curto prazo;
De longo prazo;
Reversíveis ou irreversíveis;
Cumulativos e sinérgicos.
 
ATRIBUTOS DO IMPACTO
Magnitude: descreve a grandeza do impacto;
Importância: descreve o grau de signi�cância do impacto relacionado ao fator
ambiental afetado.
 
CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA
Positivo: quando causa melhorias na qualidade do ambiente;
Negativo: quando causa danos.
 
CRITÉRIO DE ORDEM
Direto, primário ou de primeira ordem: consequência de uma relação de causa
e efeito;
Indireto, secundário ou de enésima ordem: consequência secundária ou cadeia
de reações em relação à ação.
 
CRITÉRIO DE ESPAÇO
Local;
Regional;
Estratégico: impacto de importância coletiva, nacional ou internacional.
Isolado – só na área da atividade;
Restrita – Dentro e fora da área analisada;
Abrangente – Para fora da área analisada.
 
CRITÉRIO DE TEMPO
Curto prazo;
Médio prazo;
Longo prazo.
 
CRITÉRIO DE DINÂMICA
Temporário: permanece apenas um tempo determinado;
Cíclico: consequências ocorrem em ciclos e pode ser constante;
Permanente: consequências não param de manifestar.
 
CRITÉRIO DE PLÁSTICA OU SEVERIDADE
Baixa (1) – Reversível com ações imediatas;
Média (2) – Danos reversíveis ao meio ambiente sem danos a saúde humana
com ações mitigadoras;
Alta (3) – Irreversíveis ao meio ambiente e a saúde humana.
 
MAGNITUDE DO IMPACTO
Nenhum impacto - 0;
Desprezível - 1;
Baixo grau (Tolerado) - 2;
Médio grau (Signi�cativo) - 3;
Alto grau (Moderado) - 4;
Muito alto (Crítico) - 5.
Importante:
O Impacto deve ser solucionado, evitado ou mitigado buscando
começar sempre do impacto com magnitude mais alta, como o crítico,
por exemplo, seguindo para o desprezível.
SAIBA MAIS
De acordo com NEREZ (2011) a água e a poluição causam doenças que
matam de 5 a 6 milhões de pessoas todo ano, 90 mil quilômetros
quadrados de �orestas foram derrubadas anualmente na década de 90,
remanescendo apenas um terço do total das matas nativas na Terra. No
Brasil, mas de 90% da Mata Atlântica foi dizimada. A deserti�cação já
atinge 33% da superfície terrestre; 2,4 bilhões de pessoas não têm
acesso a saneamento básico, que ainda é precário. No país, quase 70%
das internações hospitalares decorrem de doenças hídricas, vitimando
mais de 50 mil pessoas por dia. Os resíduos sólidos só aumentam, e o
clima se altera por toda parte. 
Avaliação de impacto
ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
A partir do princípio de que impactos locais podem gerar efeitos negativos em
escalas muito maiores, podemos observar que pequenas ações locais podem gerar
impactos capazes de serem classi�cados a níveis globais.
Um exemplo disso é o desmatamento �orestal. A ação gera consequências como a
destruição da biodiversidade, erosão e deserti�cação do solo, mudanças climáticas
signi�cativas, enchentes, proliferação de doenças, etc. A ação pode provocar
desequilíbrio no ecossistema. Sendo assim, é necessário inicialmente conhecer as
fontes de impactos ambientais e aplicar a classi�cação de acordo com os critérios
exigidos para cada situação e assim realizar a avaliação de impactos ambientais
(AIA).
Avaliar as consequências das atividades sobre o meio ambiente é uma forma de
evitar que acidentes ambientais ocorram e minimizar os impactos sobre o meio
ambiente. Além de constituir um item fundamental para um sistema de gestão
ambiental adequado.
Para que se faça uma AIA, é necessário que se faça um levantamento de aspectos e
impactos ambientais. Para isso, será necessário a:
Identi�cação;
Caracterização;
Classi�cação dos impactos ambientais.
Mas a�nal, o que é a avaliação de impactos ambientais (AIA)? 
Introduzida no Brasil por meio da Lei nº 6.938/1981 e bem recepcionada pela
Constituição Federal de 1988, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é um dos
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) para atividades com
potencial poluidor/degradador do meio ambiente.
Uma de�nição sintética é adotada pela International Association for Impact
Assessment – IAIA: “avaliação de impacto, simplesmente de�nida, é o processo de
identi�car as consequências futuras de uma ação presente ou proposta” (Sánchez,
2015, p. 42). 
Lembrete:
AIA: instituida, como ferramenta de gestão ambiental para a prevenção
de impactos ambientais, pela Política Nacional do Meio Ambiente -
PNMA (Lei nº 6.938/81), para todo empreendimento potencialmente
poluidor.
O AIA deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar para que seja realizado um
estudo completo do local impactado, como a geologia do local, população afetada,
características socioeconômicas da região, tipos de minerais e vegetação natural do
ambiente entre outros aspectos, para então pensar no conjunto de impactos, como
se classi�cam e então, pensar no estudo adequado para que o empreendimento
afete o mínimo possível o ambiente. Para isso, a avaliação deve conter:
Diagnostico;
Descrição;
Análises;
Avaliações sobre os impactos ambientais efetivos e potenciais do projeto.
Visando regulamentar todo este processo, a Política Nacional de Meio Ambiente
(PNMA) estabelece dois órgãos como responsáveis por gestionar esse processo a
nível nacional:
CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente): órgão regulamentador e
normativo nacional.
IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e recursos naturais renováveis):
órgão executor e �scalizador dessa PNMA.
Em escala estadual, é criado um órgão ambiental responsável por administrar esse
procedimento.
A AIA é composta de dois documentos básicos para o processo de licenciamento
junto aos órgãos competentes, que se convencionou chamar, na prática, de:
1° documento: Estudo de Impacto Ambiental – EIA.
2° documento: Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
Esses documentos estão relacionados ao processo de licenciamento ambiental e
devem ser elaborados sempre que o projeto tiver potencial de gerar impactos
ambientais negativos. Importante que os documentos atendam aos objetivos
especí�cos:
EIA: documento técnico.
RIMA: “tradução” do EIA, possibilitando a qualquer cidadão a compreensão
clara do que implica tal empreendimento. 
A avaliação ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
A avaliação de impacto ambiental (AIA) é a avaliação dos efeitos que podem surgir
de um grande projeto (ou outra ação) que afeta signi�cativamente o meio
ambiente. É um processo sistemático para considerar possíveis impactos antes de
ser tomada uma decisão sobre uma proposta e se deve ou não receber aprovação
para prosseguir. A AIA exige, entre outros, a publicação de um relatório da AIA
descrevendo os prováveis impactos signi�cativos em detalhes. A AIA é, portanto,
uma ferramenta antecipada e participativa de gestão ambiental.
O objetivo mais imediato da AIA, decorrente diretamente dessas funções, é fornecer
aos tomadores de decisão uma indicação das prováveis consequências ambientais
de suas ações. Isso tem como objetivo garantir que o desenvolvimento prossiga
apenas de maneira aceitável. A AIA está cada vez mais sendo posicionada em um
contexto mais amplo de sustentabilidade e seu objetivo original e substantivo de
contribuir para formas de desenvolvimento mais sustentáveis está sendo
redescoberto (Glasson et al. 2013). No entanto, seu papel preciso nesse sentido ainda
precisa ser claramente de�nido (Cashmore et al., 2004).
Faz mais de 35 anos que o EIA foi consagrado pela legislação nos Estados Unidos.
Desde então, a AIA recebeu força legal e institucional em muitas outras partes do
mundo, de modo que agora é praticada em mais de 100 países (Petts,2009, Wood,
2002), incluindo muitas economias em desenvolvimento e em transição (Lee e
George 2000). Embora tenha sido adaptado a diferentes contextos e circunstâncias,
suas intenções básicas e elementos centrais são amplamente aceitos. No entanto,
apesar da adoção internacional da AIA e de sua integração legal e processual em
muitos sistemas de planejamento de projetos, têm sido cada vez mais levantadas
questões sobre se a AIA está atingindo seus objetivos. Embora seja geralmente
aceito que a AIA tenha um papel importante em certas decisões que afetam o meio
ambiente, sua in�uência parece ter sido menor do que seus criadores esperavam
(Sadler, 1996, Wood, 2002). Isso tem sido frequentemente atribuído à má
implementação do que é visto como um meio essencialmente adequado de
proteção ambiental, embora a atenção atual esteja focada na fraca integração da
AIA com os contextos de tomada de decisão em que opera (Cashmore et al., 2004 ). 
Impactos ambientais:
relação causa e efeito
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Os impactos ambientais podem ocorrer em qualquer tipo de ambiente, seja ele no
ecossistema natural, agrícola ou urbano. São associados com a ação humana a partir
de uma relação de causa e efeito, como se fosse um “efeito dominó”, onde a
problemática ambiental é causada através da atividade irregular realizada pelo
homem, e assim por diante.
É importante lembrar que sempre irá existir um aspecto (atividade, produto ou
serviço de uma organização que pode interagir com o meio ambiente. Um aspecto
ambiental signi�cativo pode ter um impacto ambiental signi�cativo) e um impacto
(qualquer modi�cação do meio ambiente, adversa ou bené�ca, que resulte, no todo
ou em parte, dos aspectos ambientais da organização.). Em resumo, a causa seria o
aspecto e o efeito seria o impacto, conforme �gura 2. 
Figura 1 – Relação causa e efeito.
Na tabela 1 podemos ver alguns exemplos de impactos ambientais em sua relação
de causa e efeito. 
Conhecer o método causa e efeito pode contribuir de forma signi�cativa com a
Identi�cação e caracterização do empreendimento ou atividade. 
Tabela 1 – Impactos ambientais originados de aspectos.
Aspectos Impactos originados
Descarga de gases
tóxicos Contaminação/poluição atmosférica
Descarga de e�uentes Contaminação da água
Disposição de resíduos
em aterros
Contaminação das águas super�ciais e
subterrâneas
Queima de combustível Emissão de ; aquecimento global emudanças climáticas.
Fonte: o autor.
CO2
Figura 2: Planeta Terra
Fonte: acesse o link Disponível aqui
REFLITA
Atualmente, os meios de comunicação (mídia impressa, televisiva e
internet) utilizam e divulgam inadequadamente tais conceitos. No
âmbito da mídia, pro�ssionais que desconhecem aspectos básicos
alusivos à Ciência Ambiental os empregam de modo errôneo,
difundindo desta forma para a sociedade termos com signi�cados
incorretos quando confrontados com as leis ambientais vigentes.
Inúmeros relatórios técnicos e trabalhos de cunho cientí�co vêm
apresentando erroneamente a aplicação dos termos supracitados,
devido à falta de cuidado dos pro�ssionais da área ambiental.
(MENEGUZZO; CHAICOUSKI. 2010) 
Concluímos o objetivo desta unidade discorrendo sobre a importância da aplicação 
da AIA em todos os setores da sociedade. Essa avaliação pode contribuir para que nós, 
seres vivos, possamos ter uma vida mais saudável e mais feliz, em harmonia com a 
biodiversidade. 
É muito importante contratar um pro�ssional adequado para que seja formulado um 
processo correto e anexado todos os estudos necessários para obter o licenciamento. 
Seguir o protocolo exigido para este processo contribui para velocidade do resultado 
do pedido.
Após a revolução industrial, a degradação ambiental aumentou drasticamente, e a 
luta para combatê-la não conseguiu acompanhar sua evolução. Hoje os países estão 
mais preparados para combater crimes ambientais e por isso se faz tão importante o 
estudos e avaliações ambientais em empreendimentos que possam oferecer risco a 
saúde e ao meio ambiente.
Obter a licença ambiental com a ajuda dos estudos e projetos de avaliação ambiental 
tem sido uma das melhores formas de combater o desmatamento ambiental e 
contribuir para que seja criado uma sociedade consciente. 
O desenvolvimento ambiental visa manter o desenvolvimento industrial a partir de 
novos processos biotecnológicos alcançando assim o progresso social consorciado 
com o meio ambiente. Quanto mais evitarmos os impactos ambientais, mai saudáveis 
serão nossas vidas; da atual e futura geração. 
Conclusão - Unidade 3
Como leitura complementar, deixo para vocês um artigo o qual explica
um pouco mais sobre os impactos ambientais gerados pelo rompimento
da barragem de brumadinho. Uma problemática atual que gerou grande
impacto na biodiversidade. 
ACESSAR
Livro
Leitura complementar
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/desastre-ambiental-brumadinho.htm
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001: 2004 - Sistemas 
da Gestão Ambiental. ABNT, 2ª Edição. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 
BENJAMIN, ANTÔNIO HERMAN DE VASCONCELLOS E. O impacto ambiental.1993. 
BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº l/86, de 23 de 
janeiro de 1986: Dispõe sobre procedimentos relativos a Estudo de Impacto 
Ambiental. Diário Oficial da União, 1986. 
CASHMORE, Matthew et ai. The interminable issue of effectiveness: substantive 
purposes, outcomes and research challenges in the advancement of environmental 
impact assessment theory. lmpact Assessment and Project Appraisal, v. 22, n. 4, p. 
295-310, 2004. 
Nerez, Antonio. Dourados Nws. Uma reflexão sobre o Meio Ambiente e o futuro da 
humanidade. Dispónível em: <http://www.douradosnews.com.br/colunistas/uma-
reflexao-sobre-o-meio-ambiente-e-o-futuro-da-humanidade/8660/>. Acessado em 18 
de Set. 2019. 2011. 
FEDERAL, Senado. Constituição. Brasília (DF), 1988. 
FENKER, Eloy. Impacto ambiental e dano ambiental. Artigo técnico. Disponível em:< 
http://www. ambientebrasil. com. br/noticias/index. php3, 2011. 
GEORGE, Clive; LEE, Norman (Ed.). Environmental Assessment in Developing and 
Transitional Countries: Principies, Methods, and Practice. Wiley, 2000. 
GLASSON, John; THERIVEL, Riki. lntroduction to environmental impact assessment. 
Routledge, 2013. 
Instituto Brasileiro de Sustentabilidade. Disponível em: https://www.inbs.com.br/6-
principios-direito-ambiental-20l7/ acessado em 21 de Set. de 2019. 
MENEGUZZO, lsonel Sandino; CHAICOUSKI, Adeline. Reflexões acerca dos conceitos 
de degradação ambiental, impacto ambiental e conservação da natureza. 
GEOGRAFIA (Londrina), v. 19, n. l, p. 181-185, 2010. 
PETTS, Judith (Ed.). Handbook of Environmental lmpact Assessment: Volume 2: 
lmpact and Limitations. John Wiley & Sons, 2009. 
SADLER, Barry. Environmental assessment in a changing world: Evaluating practice to 
improve performance, final report of the international study of the effectiveness of 
environmental assessment. Canadian Environmental Assessment Agency. Ottawa, 
Canada, 1996. 
SALVADOR, Alfonso Garmendia et ai. Evaluación de impacto ambiental. Pearson 
prentice hall, 2005. 
SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental. Oficina de Textos, 2015. 
Unidade 4
Monitoramento ambiental
AUTORIA
Sandro Martins de Oliveira
Introdução
Olá Alunos. Bem-vindos a mais uma unidade de nossa disciplina. Está é a última
parte que vamos estudar sobre a disciplina de estudos e impactos ambientais. Peço
que, por favor, vocês prestem atenção pois é um tema bastante detalhista e sua
veracidade pode interferir no resultado dos licenciamentos ambientais futuros.
O monitoramento ambiental é, com certeza, a principal ferramenta em benefício da
preservação ambiental. A coleta de dados, e constante acompanhamento das
características físico-químicas e biológicas da zona estudada contribui para a
preservação e a mitigação de impactos ambientais.
Descrever com riqueza de detalhes o ambiente a ser implantado o
empreendimento pode favorecer na velocidade

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