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Conceitos aplicação das leis mecânicas aos sistemas biológicos. Magnitude: A “quantidade” de força aplicada (p. ex., 1 N, 5N). Direção: a forma como a força é aplicada ou sua orientação em relação ao objeto (p. ex., para a frente, para cima, para trás). Ponto de aplicação: onde a força é aplicada (p. ex., no centro, na parte inferior ou na parte superior). Linha de ação da força: Esta é uma linha reta, construída no mesmo plano e direção da força que se estende a partir do ponto de aplicação. Centro de rotação: ponto sobre o qual o dente consegue girar sobre o próprio eixo ou em cima do eixo em que estamos aplicando a F se uma força e um binário são aplicados a um objeto, o Crotação pode ser controlado de modo que se tenha qualquer posição desejada. A e A ’ representam a ponta da cúspide antes e após o movimento. Uma linha foi desenhada conectando esses pontos. No ponto médio da linha existe uma perpendicular construída. O ponto no qual essa a perpendicular intersecta qualquer outro ponto perpendicular de uma maneira semelhante (aqui, o ápice foi selecionado como o outro ponto) é o centro de rotação (ponto vermelho). CENTRO DE RESISTÊNCIA: onde tem a maior resistência; é um ponto de equilíbrio de forças onde iremos manter a posição do dente para um objeto livre no espaço, o centro de resistência é o mesmo que o centro de massa (ponto em que está concentrada toda a massa do corpo). Se o objeto é parcialmente fixo (estaca penetrando na terra ou uma raiz dentária implantada no osso) o seu centro de resistência será determinado pela natureza das pressões externas. se aplica uma F no centro de massa, desloca como um todo, em linha reta, sem rotação. Os dentes são parte de um sistema contido: além da gravidade, os dentes estão contidos por estruturas periodontais, que não são uniformes (e envolvem a raiz, mas não a coroa). Logo, o centro de massa ou o centro da gravidade não irá produzir um movimento em linha reta, caso a força seja aplicada sobre ele, uma vez que as estruturas circundantes e sua composição alteram este ponto. Um novo ponto análogo para o centro de gravidade é necessário para se obter um movimento em linha reta; este é chamado de centro de resistência (CRES) do dente.. CRES de um dente geralmente está localizado ligeiramente mais para apical que o CG. As estruturas periodontais que cercam a raiz do dente geram esta migração apical do CRES. O dente não somente é deslocado na direção da força como também gira ao redor do centro de resistência – então, o dente se inclina enquanto se movimenta. O CR de qualquer dente está aproximadamente no ponto médio da porção da raiz implantada no osso (relação com a raiz clinica). Se uma única força é aplicada à coroa de um dente, ele irá não somente transladar, mas também girar em torno do CR, porque um momento é criado pela aplicação de uma força a distância do CR. A distância perpendicular do ponto de aplicação de força ao centro de resistência é o braço de alavanca (L). A pressão sobre o ligamento periodontal será muito grande na crista alveolar e no ápice da raiz no lado oposto está associado com a superfície radicular e a quantidade de osso e com o número de raízes. 2º PMS: na altura da crista (não está bem no centro). 1º M: na altura da furca. AEB: força na vestibular. reabsorção radicular pode modificar o centro de resistência DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS/VETORES DA FÍSICA Tem-se uma decomposição de forças, isto é, uma componente vertical e uma componente horizontal e, a partir dessas forças, uma resultante, que será a projeção das duas forças. A lei de adição de vetores pelo método do paralelogramo. FR representa uma força de retração no incisivo e FE, uma força gerada por um elástico de classe II. O efeito total das duas forças está representado por pela resultante R. Biomecânica ortodôntica Torque ou momento medida de tendência de girar um objeto em torno de algum ponto; gerado por uma força agindo a uma distância gerado pela força excêntrica (fora do centro, longe do cetro de resistência) movimento predominantemente de raiz, no sentido vestíbulo-lingual, com o centro de rotação no braquete. o ápice se movimenta mais rápido que a coroa observar pela radiografia qual a implantação dentária implantação maior: precisa criar um momento maior para movimentação e, ao mesmo tempo, aplicar menos força. pouca implantação: aplicar menos força ainda o controle da posição radicular durante o movimento requer tanto uma força para mover o dente na direção desejada quanto um binário para produzir o momento de equilíbrio necessário para controlar a posição da raiz. Quanto mais pesada for a força, maior deve ser o momento de equilíbrio do binário, para impedir a inclinação, e vice-versa. Mecânica de Classe I quando mecânica ocorre dentro do próprio arco, não é entre arcos. usa em MCP mola helicoidal corrige um problema de Classe I Classe I tem alguma alteração (giroversão, apinhamento, dente cruzado). Se ele não tem maI-oclusão, ele tem uma NEUTRO- OCLUSÃO que coincide com a relação molar Classe I. Mecânica de Classe II Classe II: disto-oclusão, dentes para frente e mandíbula para trás puxa arcada superior para trás e a inferior para frente para fazer essa movimentação pode-se colocar o elástico no 1º molar inferior e canino superior sempre considerando a resultante das forças componente horizontal é menor que toda a força que aplicadoa, pois parte dessa força também é um componente vertical, consequentemente, esse dente não irá somente para frente, ele também irá extruir, abrindo a mordida. o ponto B irá para trás e irá interferir no ponto ANB a mecânica de Classe II, nem sempre melhora o problema de Classe II, pode piorar o caso. O problema da mecânica de Classe II é o componente vertical (componente extrusivo). Pode-se resolver isso alterando o ponto de aplicação de força: Mecânica de Classe III arcada inferior para trás e a superior para frente se uma única força é aplicada no dente, este se moce na direção da força aplicada. Tipos de movimento dental. A, Inclinação descontrolada. B, Inclinação controlada. C, O movimento radicular (torque). D, Translação ou movimento de corpo. O CROT em cada caso é representado por um ponto vermelho. Note-se que durante a translação (D) o CROT está no infinito ou, em outras palavras, não existe. Inclinação centro de resistência e de rotação estão longe das coroas uma combinação de uma força e um momento vai fazer com que o dente incline enquanto se move, e seu CROT estará posicionado ligeiramente mais para apical que o CRES. descontrolado pois não tem controle da posição do dente. movimento da mola helicoidal raiz e coroa em sentidos opostos raiz para palatina e coroa para vestibular ex.: aparelho extra-oral elástico para cima: força do centro de resistência para cima; dente irá inclinar com a raiz para distal. elástico para baixo: força do centro de resistência para baixo; dente irá inclinar com a raiz para a mesial. a inclinação do dente muda, mas o centro de rotação é deslocado para longe do centro de resistência e a raiz e a coroa se movimentam na mesma direção centro de rotação deslocado para longe do centro de resistência, no ápice da raiz o dente se move de forma semelhante a um pêndulo de um relógio, fixo no ápice em um determinado ponto e com a coroa se movendo de um lado para o outro. para uma inclinação controlada, precisa de 2 componentes de força: um componente para a direção que deseja e outro componente para modificar o centro de rotação do dente em direção ao ápice. Prolongamentos estendendo-se em direção ao centro de resistência, vistos aqui como ganchos integrados aos bráquetes dos caninos, podem ser usados para diminuir o momento de forçae, assim, reduzir a quantidade de inclinação quando elásticos ou molas são usados para deslizar os dentes mesiodistalmente ao longo do arco. Essa ideia, surgida nos anos 1920, foi reintroduzida como parte de um dos primeiros aparelhos pré-ajustados. Infelizmente, quanto mais comprido o gancho, mais efetivo ele é mecanicamente, porém maior a possibilidade de problemas com a higiene oral, levando à irritação da gengiva e/ou à descalcificação. Existem outros métodos mais práticos para controlar a inclinação. Translação ou movimento de corpo movimento de coroa e raiz na mesma extensão, paralelo ao longo eixo na posição inicial. momento da coroa (momento da força, no sentido horário) é equilibrado pelo momento da raiz ou contra-momento (momento de torque, no sentido anti-horário) e o dente movimenta no sentido da força resultante. admite-se que o centro de rotação está localizado no infinito, ou seja, uma rotação de raio infinito. A aplicação de um braço de alavanca para criar tipos diferentes de movimentação dental. Note que a força foi mantida constante através de A a D. A, Inclinação descontrolada, sem braço de alavanca. B, Inclinação controlada produzida por um braço de alavanca abaixo do CRES do dente. C, Translação, agora a força está sendo aplicada através do CRES, tornando possível através do aumento do comprimento do braço de alavanca. D, O movimento radicular com movimento mínimo da coroa; aqui, o braço de alavanca estende-se para além do CRES. (O ponto vermelho é o CROT e o ponto azul é o CRES.) Observe como o MF aumenta ou diminui com o aumento ou a diminuição da distância da aplicação da força no CRES. Adicionando-se um momento de oposição (um momento na direção oposta à do MF) para o sistema. Pode ser por uma força diferente daquela gerada pelo MF (difícil pelo braquete estar fixado ao dente) ou pela criação de um binário no braquete (adaptação de um arco retangular no slot retangular do braquete do dente). é o método mais amplamente usado. Este, determina a natureza do movimento dental. A combinação desse novo momento (MB), juntamente com a aplicação de uma força, é popularmente conhecida como a relação momento/força (MB/F). Ao variar essa relação M/F, a qualidade de movimentação dentária pode ser alterada entre inclinação, translação e movimento radicular. Em termos de direção, o momento gerado pelo binário (MB) quase sempre ocorrerá na direção oposta do momento de força (MF) sobre o CRES. Um diagrama esquemático que representa a geração de uma inclinação devido a um binário (MB). É a razão do MB para a força aplicada (F) que determina a natureza do movimento do dente (proporção M/F). Quanto maior for a relação, maior será o controle sobre o movimento do dente. A razão entre o momento produzido pela força aplicada para mover um dente (MF) e o momento contrário produzido pelo binário utilizado para controlar o posicionamento radicular (MB) determina o tipo de movimento dental. Sem nenhum MB, (MB/MF = 0), o dente gira ao redor do centro de resistência (inclinação pura). À medida que a razão momento-força aumenta (0 < MB/MF 1), o centro de rotação é deslocado para cada vez mais longe do centro de resistência, produzindo o que é chamado de inclinação controlada. Quando MB/MF = 1, o centro de rotação é deslocado para a infinidade e o movimento de corpo (translação) ocorre. Se MB/MF > 1, o centro de rotação é deslocado no sentido incisal e o ápice radicular irá movimentar mais do que a coroa, produzindo um torque de raiz. . Binário tipo de momento criado por um par de forças de igual magnitude e em sentidos opostos, atuando a distância do dente isso gera um momento puro desde que o efeito de translação das duas forças se anule colocando uma força de cada lado, o movimento de inclinação tende a se anular e o dente tende a girar em cima do seu longo eixo (rotação) é o melhor tipo de força para corrigir uma rotação quanto maior a distância do braço de alavanca, maior o binário produzido pelo torque ex: cola um botão na vestibular e um na palatina de um dente e cola outro botão na vestibular e na palatina de outro dente o bracket produz um binário: fio é reto e para colocar esse fio dentro do bracket precisa torcer ele, este ficará empurrando o dente resultante de forças será deixar o dente mais vertical. Um binário, como se vê à esquerda, é definido como duas forças iguais em magnitude, porém opostas quanto à direção. A aplicação de um binário produz rotação pura. Na aplicação clínica, duas forças desiguais aplicadas à coroa de um dente para controlar a posição da raiz podem ter como resultante um binário e uma força pura para mover o dente. Se fosse aplicada uma força de 50 g a um ponto da superfície vestibular de um incisivo a 15 mm do centro de resistência, seria produzido um momento de 750 g-mm (o momento de força ou MF), inclinando o dente. Para se obter um movimento de corpo, é necessário aplicar um binário, para criar um momento (o momento do binário ou MB) igual em magnitude e oposto em direção ao movimento original. Um modo de fazer isso seria aplicar uma força de 37,5 g empurrando a borda incisal vestibularmente em um ponto a 20 mm do centro de resistência. Isso cria um momento de 750 g-mm na direção oposta, de modo que o sistema de força é equivalente a um binário com uma força pura de 12,5 g para mover o dente lingualmente. Com esse sistema de força, o dente não se inclinaria, mas, com uma força tão suave, haveria somente uma pequena quantidade de movimento. Para se conseguir uma força de 50 g para um movimento efetivo, seria necessário usar 200 g contra a superfície vestibular e 150 g na direção oposta contra a borda incisal. O controle das forças dessa magnitude com um aparelho removível é muito difícil, quase impossível – o movimento efetivo das raízes é muito mais viável com um aparelho fixo. Sistema de binário único binário em uma extremidade e uma força simples na outra geralmente envolve um fio com uma dobra (inserido em um tubo ou braquete) e outra extremidade ligada a um acessória com apenas um ponto de contato sistema de força de só braquete sistema de forças estaticamente determinado mola catiléver Sistema de dois binários quando o fio é amarrado dentro de um bráquete em ambas as extremidades estaticamente indeterminado. sistema de força de dois braquetes ex: arco transpalatino fio reto posicionado em braquetes angulados (método de reposicionamento): geometria classe I, classe II, classe III, classe IV, classe V, classe CI, A geometria fio–acessório é definida pelo espaço interbraquetes (D) e a angulação dos braquetes nas posições A e B relativa à referência horizontal (x-x ’). As setas roxas mostram como o fio no braquete cria os binários de força (MA ou MB). Nota: As equações mencionadas na caixa aplicam-se a todas as geometrias (classes I a VI), sem exceção. fio angulado (dobras) em braquetes alinhados (método de subtração): dobras em degrau, dobras em “V” descentralizadas, dobras em “V” centralizadas Dobras em degrau (as angulações das dobras são feitas de tal maneira que as duas linhas azuis são paralelas uma a outra), com geometria da classe I. Nota: Não importa onde a dobra em degrau é colocada entre os dois braquetes; terá sempre um efeito semelhante. Um aparelho 6 × 2 pode ser usado para produzir movimento transversal dos primeiros molares permanentes. Nessa circunstância, o segmento anterior torna-se a ancoragem, e é importante acrescentar os caninos na unidade de ancoragem, mas os pré-molares não podem ser amarrados ao arco, pois irão prejudicar sua eficiência. A longa distância entre o canino e o molar é necessária para produzir as forças e os momentos desejados nesse sistema de dois binários. A. Uma dobra externa poucos milímetros atrás do bráquete do canino resulta principalmente em expansão domolar com pouca ou nenhuma rotação (com segmentos desiguais, este se aproxima da posição de um terço entre as unidades do sistema de dois binários). B. Uma dobra externa atrás do canino combinada com uma dobra para dentro no molar resulta em expansão e rotação para fora do molar. (Redesenhado de Rebellato J. Semin Orthod. 1995;1:37-43.) Arco de canto sistema inventado por Angle esse arco entra em uma canaleta retangular e o arco também é retangular, havendo um mínimo espaço entre eles, consequentemente, tem como gerar um momento binário dentro do bracket e fazer com que esse momento seja aplicado a raiz. Um arco retangular ajustado em uma canaleta retangular pode gerar o momento de um binário (MB) necessário para controlar o posicionamento radicular. O arco é torqueado (torcido) à medida que é encaixado na canaleta do bráquete. Os dois pontos de contato estão nos cantos do fio, onde ele contata o bráquete. O braço de alavanca é, portanto, bastante pequeno, e as forças devem ser maiores para gerar o MB necessário. Utilizando as mesmas dimensões dentárias indicadas na Figura 9.19, uma força lingual pura de 50 g geraria um momento de 750 g-mm. Para equilibrá-lo criando um momento oposto de 750 g-mm em um bráquete de 0,5 mm, é necessária uma força de torção de 1.500 g. A largura do bráquete determina o comprimento do momento de força (braço de alavanca) – metade da largura do bráquete – para controlar a posição mesiodistal da raiz. A largura do bráquete também influencia o ângulo do contato onde o canto do bráquete toca o arco. Quanto mais largo o bráquete, menor é o ângulo do contato. PROFFIT, William R. Ortodontia Contemporânea: Grupo GEN, 2021. Capítulo 9. Nanda, Ravindra. Estratégias Biomecânicas e Estéticas em Ortodontia. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2015. Capitulo 4.
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