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030224 Celulão Sião Olhos fixos no Senhor

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Tema: Olhos fixos no Senhor
Texto base: E todos nós, com rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, estamos sendo transformados na mesma imagem de um grau de glória para outro. Pois isso vem do Senhor que é o Espírito. 2 Coríntios 3:18
O discipulado é a tarefa principal da igreja, então devemos saber o que é e biblicamente como fazê-lo. O discipulado começa com o povo de Deus contemplando corporativamente a glória de Deus na face de Jesus. O que estamos fazendo aqui hoje, não é apenas trazer informação e mudança de comportamento, mas somos chamados a sermos como Jesus. Contemplar juntos é importante, pois gera transformação. Somos transformados enquanto todos nós contemplamos o Senhor. É importante contemplar o Senhor pessoalmente, mas também devemos contemplá-Lo juntos. Deus não se tornou homem para melhorar sua vida - Ele veio para torná-lo semelhante a ele. Deus vai usar tudo em nossas vidas para produzir transformação - até mesmo nossos maiores fracassos.
O exemplo de Paulo
Vamos ler Atos 9.1, 3-6: “Mas Saulo, ainda respirando ameaças e assassinato contra os discípulos do Senhor, foi ao sumo sacerdote... Agora, enquanto seguia seu caminho, aproximou-se de Damasco e, de repente, uma luz do céu brilhou ao seu redor. E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: “Quem és tu, Senhor?” E ele disse: “Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo. Mas levante-se e entre na cidade, e você será informado do que deve fazer”.
Paulo era um homem brilhante que conhecia muito bem as Escrituras e estava imerso em teologia. Ele até mantinha “valores judaico-cristãos” e compartilhava muito em comum com os cristãos que perseguia. Com isso em mente, a primeira resposta de Paulo à beleza de Jesus é bastante reveladora: E ele disse: “Quem és tu, Senhor?” E ele disse: “Eu sou Jesus, a quem você persegue” (Atos 9.5).
Este extraordinário teólogo poderia facilmente ter dado um seminário de uma semana sobre o assunto de Deus, e ainda assim, quando ele viu Deus na face de Jesus, ele só tinha uma pergunta: Quem é você? Paulo descobriu que contemplar Deus é completamente diferente de saber informações sobre Ele. A informação que Paulo conhecia não o levou à conversão, mas um momento de revelação permanente e imediatamente alterou sua vida.
O discipulado pessoal de Paulo começou com a contemplação. Quantas pessoas em nossas igrejas aprenderam informações sobre Deus, mas se elas realmente contemplaram a pessoa de Jesus, elas também podem gritar: “Quem é você?”
Jesus revela algo a Paulo: “E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9.4).
A primeira coisa que Paulo descobriu foi a profunda identificação de Jesus com Seu povo; Paulo perseguiu o próprio Jesus perseguindo Seu povo. A mensagem era clara: se você toca o povo de Jesus, você o toca. A dor da igreja era a dor de Jesus, e a glória de Jesus era a glória da igreja. Portanto, o encontro de Paulo com Jesus foi também um encontro com a glória da igreja. A glória da Igreja é Jesus e não ao contrário. A sua glória precisa ser reflexo da glória de Jesus!
TRANSFORMADOS POR REVELAÇÃO
A conversão de Paulo veio por revelação, e revela algo importante: o trabalho da apologética, que é defender o cristianismo explicando-o e apresentando argumentos razoáveis para ele, tem valor, mas não é a base da nossa fé. A base da nossa fé não é a razão, mas a revelação.
A contemplação não foi apenas a base da conversão de Paulo, foi também a base de seu ministério. Quando reconhecemos o papel que a contemplação desempenhou na vida de Paulo, podemos entender melhor sua exortação aos coríntios de que a transformação começa com a contemplação corporativa em 2 Coríntios 3.18.
Quando Paulo exorta a igreja nesse versículo que está fazendo referência da experiência e Moisés no Monte Sinai em Êxodo 34.29-35 quando desce do monte com as tábuas dos Mandamentos nas mãos e seu rosto brilhava de tal maneira que tinham que colocar um véu em seu rosto. Esse brilho em seu rosto era resultado do seu encontro com Deus. Ele não percebia, mas outros percebiam. Assim é a nossa vida. Ela brilha quando temos uma vida de contemplação e intimidade diária com o Pai.
Foi a revelação da pessoa de Deus que transformou Moisés e também transformou Paulo. Quero desafiar você a buscar a Deus com intensidade!
A glória que o Espírito resplandece sobre o crente é superior, em qualidade e duração, a que Moisés experimentou. Ao contemplar a natureza de Deus sem o véu em nossas mentes, nos assemelhamos à Cristo. No evangelho vemos a verdade de Cristo e ela transforma nossa moral na medida que a entendemos e a usamos. Quando aprendemos da vida de Cristo podemos entender quão maravilhoso é Deus e o que ao em realidade lhe agrada. Na medida que nosso conhecimento se aprofunda, o Espírito Santo nos ajuda a mudar. Chegar a ser como Cristo é uma experiência progressiva. Quanto mais perto de Jesus, mais parecidos com Ele seremos.

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