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Aula 12 Probabilidade e Estatística 267 tteste = X − μ0 S√ n tteste ∼ t com (n−1) graus de liberdade. Observação – Embora o modelo t-student seja a distribuição teoricamente correta a ser usada para o cálculo da estatística-teste sempre que a v.a. X _ seja normalmente distribuída e σ não seja conhecido, em geral, os autores utilizam a distribuição t apenas quando, nas condições citadas, trabalhamos com pequenas amostras, isto é, quando X _ segue o modelo normal não conhecemos σ e n<30. Porém, se n≥30, mesmo não conhecendo σ, podemos usar a distribuição normal. Nesse caso, a estatística-teste fica: Zteste = X − μ0 S√ n , para n ≥30. Tendo Zteste aproximadamente uma distribuição N(0; 1). Não esqueça: podemos usar a normal, quando não conhecemos o desvio padrão populacional se, e somente se n ≥30. Essa possibilidade de usar a distribuição normal ao invés da distribuição t quando não conhecemos σ é conseqüência da grande semelhança entre essas duas distribuições e do fato provado estatisticamente: a distribuição normal pode ser usada como aproximação da distribuição t-student para n ≥30. Nos testes de hipóteses, o valor assumido pela estatística- teste (seja ela Z ou t) funciona como uma bússola que nos indica se devemos continuar ou não acreditando que a média populacional é μ 0 . Isto é, a probabilidade associada ao resultado amostral da média X _ que nos é dado pela estatística-teste vai nos apontar a direção de nossa decisão a respeito da hipótese H 0 : se devemos rejeitá-la ou não. Vamos agora acompanhar atentamente alguns exemplos de testes de hipóteses para a média μ para melhor compreender os caminhos que devemos sequencialmente seguir, quando esses testes são elaborados, considerando as duas situações envolvidas, grandes amostras e pequenas amostras: Exemplo 1 Suponha uma indústria de farinha de milho na qual há uma máquina que é regulada para encher pacotes com peso médio, μ = 400 gramas e desvio padrão, σ = 2,5 gramas. Sistematicamente, o encarregado do controle de qualidade dessa indústria analisa uma amostra com 36 pacotes para verificar se essa máquina mantém essa regulagem. Prob_Est_Livro.indb 267Prob_Est_Livro.indb 267 30/12/14 15:4530/12/14 15:45 Aula 12 Probabilidade e Estatística268 a) Diante do exposto, como deveriam ser formuladas as hipóteses: nula (H 0 ) e alternativa (H 1 )? Solução Neste problema, o encarregado quer submeter à prova a hipótese: H 0 : μ = 400gr (o que equivale à afirmação “a máquina está regulada”) Para se contrapor a essa hipótese H 0 , a alternativa será “a máquina não está regulada”. Isto é, a hipótese H 1 afirma que: H 1 : μ ≠ 400gr (Preste bem atenção: a máquina pode estar desregulada se ela estiver enchendo os pacotes além do admissível, como também, ela pode estar desregulada se estiver enchendo os pacotes abaixo do peso admissível. Por isso, H 1 deve ser formulada com o sinal “≠”). Portanto, para problemas desse tipo, temos as hipóteses: H 0 : μ = μ 0 } teste bilateral H 1 : μ ≠ μ 0 No caso deste problema, μ 0 = 400 logo, H 0 : μ = 400gr ⇔ "a máquina está regulada" H 1 : μ ≠ 400gr ⇔ "a máquina não está regulada" b) Considere as informações dadas no início do exemplo e suponha que, ao analisar uma amostra com 36 pacotes dessa farinha, o encarregado de controle de qualidade tenha encontrado uma média amostral, X _ = 401 gramas. Diante desse resultado e considerando um nível α = 5%, o que deve decidir esse encarregado sobre a regulagem dessa máquina? Deve rejeitar a suposição de que ela está regulada e parar a produção para regulá-la ou deve concluir que não há motivos para suspeitar de uma possível desregulagem da mesma? Solução A construção de um teste de hipóteses, de uma maneira geral, pode ser estruturada seguindo uma seqüência de passos a qual pode facilitar bastante a compreensão dessa construção. Acompanhe a seqüência das etapas nesse teste. 1º passo: construção das hipóteses Prob_Est_Livro.indb 268Prob_Est_Livro.indb 268 30/12/14 15:4530/12/14 15:45
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