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Tratamento da Hiperplasia Prostática

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Caso 5: A hiperplasia prostática benigna (HPB) é comum em homens idosos. Vários tratamentos cirúrgicos são efetivos no alívio dos sintomas urinários da HPB; entretanto, a terapia medicamentosa é eficaz em muitos pacientes. O mecanismo de ação na melhoria do fluxo urinário envolve reversão parcial da contração aumentada da musculatura lisa na próstata e na base da bexiga. Tem sido sugerido que alguns antagonistas de receptores α1 possuem efeitos adicionais sobre células da próstata que ajudam a diminuir os sintomas. A prazosina, a doxazosina e a terazosina são eficazes em pacientes com HPB. Esses fármacos são particularmente úteis em pacientes também hipertensos, como o paciente alegou não ter comorbidades, nem tabagismo, vamos considerar que ele não seja hipertenso. Um dos efeitos adversos da tansulosina é justamente a tonteira devido á queda da pressão arterial, principalmente causando hipotensão ortostática. Interesse considerável tem enfocado qual subtipo de receptor α1 é mais importante para contração da musculatura lisa na próstata; antagonistas de receptor α1A subtipo-seletivos, como a tansulosina, podem ter melhor eficácia e segurança no tratamento dessa doença. Como indicado antes, muito embora a tansulosina tenha menos efeito redutor da pressão arterial, ela deve ser usada com cautela em pacientes suscetíveis à hipotensão ortostática, e não deve ser utilizada em pacientes fazendo cirurgia ocular. É importante ressaltar que a próstata e o trato urinário inferior possuem uma grande concentração de receptores alfa-1. Os sintomas da HPB incluem: resistência à emissão de urina, resultante da pressão mecânica na uretra, devido ao aumento da musculatura lisa e o aumento do tônus muscular liso na próstata e no colo da bexiga, mediado por receptores alfa-adrenérgicos
Ioimbina: é um antagonista α2-seletivo, utilizado algumas vezes no tratamento de hipotensão ortostática, porque promove liberação de norepinefrina pelo bloqueio de receptores α2, tanto no SNC como na periferia. Isso aumenta a ativação simpática central e promove o aumento da liberação de norepinefrina na periferia. No passado, a ioimbina foi muito usada para tratar homens com disfunção erétil, mas foi suplantada por inibidores da 5-fosfodiesterase, como a sildenafila, similar a tansulina. A ioimbina pode elevar muito a pressão arterial, se administrada a pacientes recebendo fármacos bloqueadores do transporte de epinefrina. Ela reverte os efeitos anti-hipertensivos de agonistas de adrenoceptores α2, como a clonidina protótipo da classe.
Midodrina: A midodrina é um agonista dos receptores a, eficaz por via oral. Trata-se de um profármaco convertido em metabólito ativo, a desglimidodrina, que alcança concentrações máximas cerca de 1 hora após a administração. A meia vida da desglimidodrina é cerca de 3 horas e a sua duração de ação, cerca de 4 a 6 horas. O aumento da pressão arterial pela midodrina está associado com a contração dos músculos lisos arteriais e venosos. Isso é vantajoso no tratamento de pacientes com insuficiência autônoma e hipotensão postural.

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