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Parasito II 1 bimestre

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Parasitologia II
Mutucas
• A ordem Diptera é dividida em dois grupos: Nematocera e Brachycera 
• A subordem Nematocera compreende dípteros pequenos que apresentam antenas longas - MOSQUITOS
• A subordem brachycera é composta pelas moscas, que possuem antenas curtas e com arista (órgão 
sensorial) - MOSCAS E MUTUCAS
Possem dois tipos de peças bucais:
• Sugador-picador: encontrado em dípteros hematófagos, se alimentam de sangue 
• Sugador-lambedor: não perfurante, encontrado em mosquitos, por exemplo a musca doméstica, se 
alimentam de fluidos vegetais como seiva, néctar, líquidos açucarados em geral. 
Taxonomia
Ordem diptera: presença de dois pares de asas, um mais desenvolvido e outro rudimentar 
Subordem nematocera: antenas formada por diversos artículos e as femeas são hematofagas 
Família tabanidae 
• São moscas robustas de medio a grande porte( 5-25mm) 
• Excelentes voadoras 
• Machos se alimentam de nectar e grão de pólen, e as femeas de sangue 
• Conhecidas como MUTUCAS ou moscas de cavalo 
• Fêmea apresenta aparelho bucal sugador-lambedor 
• Mecanismo principal para achar hospedeiro é a visão e a arista 
• Olhos holópticos( juntos) nos machos e dicópticos( separados) nas fêmeas 
• Co2 eliminado pelo hospedeiro atrai 
• Antenas contem 3 segmentos: escapo, pedicelo, flagelo 
• 3 generos principais: Chysopts, Tabanus e Haematopaota 
MORFOLOGIA 
• Cabeça mais larga que o tórax; 
• Aparelho bucal tipo picador-sugador; 
• Tem as mandíbulas fortes afiadas e serrilhadas causando dor 
• As larvas da mutuca têm a forma de cones alongados; 
• Tem a cabeça em formato de meia lua 
CICLO
• Completo, holometábolo; 
• Ovo – larva – pupa- adultos. 
Fêmea e o macho fazem a cópula no ar e terminam no solo, após isso o macho morre e a fêmea hematófaga 
faz a oviposição em ambiente aquático ou úmido( na vegetação, pedras, mugos),ao eclodir as larvas caem na 
água e se enterram no lodo onde desenvolvem oito estádios larvares, ( L1-L2-L3-L4-L5-L6-L7-L8) desenvolve 
a pupa no mesmo lugar das larvas, porém procuram locais próximos a superfície, emerge e vira adulta. 
• Em função da espécie, clima e quantidade de alimento, a transição de L1 a L8 pode variar de 30 dias no 
verão a 1 ano no inverno 
• As pupas se desenvolvem em locais secos, e os adultos emergem em 1 a 3 semanas. O ciclo se completa em 
4 a 5 meses. 
• No período primavera-verão as condições meteorológicas favoráveis aceleram o desenvolvimento, 
aumentando o número de gerações quando comparado a um mesmo intervalo de tempo em relação às 
estações de outono e inverno; 
• Isso acontece por conta do aumento da temperatura média (acima de 25oC), na intensidade luminosa, na 
umidade relativa do ar e na precipitação pluviométrica 
OVOS
• Alongados com 1-2mm de coloração branca cremosa ou acinzentada; 
• Variam de 200 a 1.000 ovos; 
• Postura nas vegetações, pedras e musgos de ambientes aquáticos 
LARVAS
• Os ovos caem na água e completam seu desenvolvimento no lodo (se enterram)
• São carnívoras- uma larva pode comer a outra se não haver alimento 
• Passam por 8 estágios larvares; 
• A fase larval pode durar meses. 
PUPA
• Período de pupa é curto, 1-3 semanas; 
• São parecidas com (pupário) das borboletas; 
• Ocorre nos mesmos lugares da larva, porém procuram locais próximos a superfície 
NUTRIÇÃO 
• Os machos nutrem-se de néctar e seiva das plantas; 
• As fêmeas podem sobrevivem dessa alimentação porém precisam de sangue para 
maturação dos ovos; 
• Horário diurno. 
• Localizam as presas pela visão e a picada é profunda e dolorosa
ACASALAMENTO 
• A prioridade para o tabanídeo (macho) emergido é acasalar;
• Ferormônios- macho encontra a fêmea 
HABITAT 
• Insetos silvestres 
• Hábitos diurnos
Gênero tabanus 
Características morfológicas 
• Antenas com os dois primeiros segmentos curtos e o terceiro 
(flagelo) com 4 anéis; 
• Probóscida raramente mais longa que a altura da cabeça. 
Geralmente, curta e robusta. 
• Possuem antenas curtas formadas por três ou quatro 
segmentos. 
Importância Médico Veterinário
• As larvas são carnívoras (aparelho bucal mastigador), podendo ocorrer canibalismo na falta de alimento. 
Atacam animais e humanos. Os adultos são agressivos e infligem picadas dolorosas. Voam bem e fazem 
alimentação interrompida por telmofagia (laceram os vasos para ocorrer extravasamento de sangue). 
Transmitem diversas doenças, como anemia infecciosa equina, tripanossomose, etc. 
Controle das mutucas
• Deve-se eliminar o habitat de criação de larvas, pois os adultos permanecem em regiões próximas ao 
desenvolvimento das larvas; 
• Controle químico deve ser feito com inseticidas de contato com efeito residual nos estábulos e nos animais; 
• Manter os animais afastados de zonas de bosques nas horas mais quentes do dia, pois é próximo a esses 
locais que se reproduzem; 
• Fitas escuras adesivas colocadas nos estábulos funcionam como armadilhas para capturar esses insetos. 
Ordem diptera - família culicidae 
• A ordem Diptera, insetos de duas asas, compreende as moscas, mutucas, pernilongos e mosquitos. Possui 
várias espécies hematófagas que agem como vetores de transmissão de doenças humanas e veterinárias.
• Importantes são os mosquitos comuns, da família dos Culicídeos, que inclui os gêneros Culex (Pernilongo 
Doméstico, filariose linfática, Aedes (vetor dos vírus da Dengue, Febre Amarela, Zika e Chikungunya) e 
Anopheles (vetor da Malária e filariose linfática). 
Importância médica 
• Transmite doenças por repasto sanguíneo 
• São vetores mecânicos de outros microorganismos; 
• Causas ações secundárias (miíases), alergias; 
• Metamorfose completa (holometábola); 
Morfologia geral 
• Cabeça, tórax e abdome; 
• Mesotórax é único torácico bem desenvolvido onde é implantado o par de asas; 
• Único par de asas; 
• Aparelho bucal tipo picador-sugador (hematófagos) ou sugador- lambedor 
• Possui 2 olhos e 3 ocelos( detecta a intensidade da luz) 
• Peças bucais bem adaptadas segundo a função, o tipo de alimentação. (haustelo, rostro, tromba, 
probóscida); 
Cabeça grande e móvel, com: 
• um par de antenas 
• um par de olhos compostos 
• olhos simples (ocelos) 
Família culicidae 
• Culicídeos ou mosquitos, ou pernilongos, mosquito prego; 
• Trasmite malária, filaríases, febre amarela, dengue; 
• Subfamília Anophelinae e Culicinae. 
Ovos
• Os ovos dos mosquitos são de contorno eliptico ou ovoide e são 
depositados isoladamente ou em conjuntos com os elementos 
aglutinados e que recebem o nome de jangadas. 
• Anopheles sp- oviposição isoladamente sobre a água 
• Culex- oviposição de jangada 
• Aedes -faz oviposição em ambiente com água 
Larvas 
• Larvas de Culex sp possuem sifão alongado em comparação com as 
de Aedes sp. Já as larvas de Anopheles sp não possuem sifão 
respiratório, fazendo a respiração através da placa espiracular. 
• A posição em relação a coluna d'agua: Aedes sp fica 
perpendicular, culex sp em diagonal e Anopheles sp paralelamente 
Ciclo biológico
• Desenvolvimento completo, holometábolo: 
• Femea precisa fazer a oviposição em meio aquatico, eclode e desenvolve a 
larva L1-L2-L3-L4, vira pupa e emerge o adulto 
• Cada estágio do desenvolvimento é estruturalmente e funcionalmente 
distinto 
 Características 
• Machos e fêmeas alimentam-se de sucos vegetais, ricos em carboidratos; 
• Fêmeas são hematófagas, se alimentam de sangue para maturação dos ovos 
• Cópula: hábitos crepusculares( final da tarde), machos fazem dança nupcial 
 
• Anophele:gostam de de água parada, com leve correnteza 
• Aedes: preferencialmente na superfície de parede de recipientes;
• Culex: posição vertical, formam jangadas capaz de flutuar; 
 
• Larvas: período larvário é a fase de crescimento (ecdise ou mudas) vai de 
L1-L4; respiração por sifão na extremidade final do abdomen; 
• Pupas: na ecdise da L4 transforma-se em pupa em formato de vírgula; 
Ação Indireta - queda nos índices de produtividade, de reprodução por conta da 
perturbação, irritação 
• Ferimentos: na tentativa de escapar do incômodo gerado pelos insetos,os 
animais sofrem colisões com objetos podendo se ferir. 
Ação Direta: 
• Perda de sangue: Alta carga parasitária - anemia 
• Miíase: Infestação por larva - danos à pele ou carcaça 
• Inflamação da pele ou prurido: Prurido, irritação, alopecia e dermatose. 
• Hipersensibilidade, alergia: saliva (picada) 
Gênero Anopheleles - pernilongos
• Medem cerca de 1cm; 
• Corpo delgado, pernas longas e finas; 
• Cabeça globosa, olhos compostos, antenas longas com 15 segmentos; 
• Tórax achatado lateralmente; 
• Asas longas, estreitas e transparentes; 
• Machos com último segmento dos palpos dilatados e pilosos; 
Gênero Culex - muriçocas
• Envolvidos na transmissão da filariose linfática, febre amarela urbana e silvestre; 
• O gênero Culex inclui cerca de 300 espécies, a maioria habita regiões tropicais e 
subtropicais; 
• Cor de palha, tórax pardo-escuro e escamas amarelas; 
• Doméstico picam de preferência o homem, e possui hábitos noturnos; 
• Grande capacidade de voo, podendo cobrir vários quilômetros de distância; 
• As fêmeas depositam seus ovos em água estagnada 
• Os ovos verticalmente são aglutinados formando uma jangada; 
• Culex transmite a Wucheria bancrofiti( elefantiase) 
Aedes Aegypti 
• Hábito diurno; 
• Ciclo de 11-18 dias; 
• Fêmeas hematófagas; 
• Transmite diversas doenças; 
• Discordância gonotrófica- capacidade do mosquito de picar varias vezes e pessoas. 
Ciclo biológico 
• Após cópula e dança nupcial, as fêmeas procuram um hospedeiro pra 
fazer repastos sanguíneos para a maturação dos ovos; Ovos são 
depositados em vários lotes, diferentes lugares, A fêmea morre 
rapidamente após a postura, eclodem as larvas L1-L2-L3-L4, 
desenvolvimento da pupa na água e vira adulto 
• Em condições normais as femeas podem realizar até 12 repastos 
sanguíneos no mês antes de fazer a postura 
• As larvas se alimentam de bactérias na água parada e possuem sifão 
respiratório com um tufo de cerdas; 
Familia muscidae 
Subordem brachycera
• Diptera é a terceira ordem mais diversa de Insecta e é dividida em dois grandes grupos: Nematocera e 
Brachycera; 
• Nematocera:compreende dípteros pequenos que apresentam antenas longas; 
• Brachycera é composta pelas moscas, que possuem antenas curtas e com arista 
• Possuem antenas com 3 segmentos (escapo, pedicelo e flagelo); 
Famílias de importância MV
• Muscidae 
• Fannidae 
• Calliphoridae 
• Sarcophagidae 
• Oestridae 
Familia muscidae 
Moscas não picadoras: Musca Domestica 
Moscas picadoras, hematófagas: Stomoxys e Haematobia 
• Musca doméstica 
• Cor cinza-escuro depende da idade, nutrição, estágio; 
• Cabeça cinzenta, com faixa preta na fronte; 
• No dorso do tórax há 4 linhas escuras longitudinais; 
• Abdômen amarelado; 
• Alimentação: Não se alimenta de sangue, saliva é lançada sobre os materiais sólidos para dissolvê-los e 
serem aspirados. 
Ciclo biológico 
• Holometábolo; 
• Grande capacidade de vôo e dispersão; 
• Hábito diurno (lugares iluminados e quentes); 
• Ingurgitado muda de cor 
• Postura: 4 dias após a cópula (75-150 ovos/ por vez) 
• Incubação: 24 horas (25º-35º)
• Mosca macho e fêmea fazem a cópula no ar, fêmea precisa colocar os ovos nas fezes de animais, 
eclode e muda pra larva L1,L2 e L3, desenvolve a pupa e vira adulto. 
• Ovo, larva e pupa ocorrem nas fezes onde se alimentam. 
Importância MV
• Veicula ovos da Dermatobia hominis( berne) 
• Transporte de microorganismos (febre tifoide, disenteria, cólera, Giardia sp, mastite bovina); 
• Hospedeiro intermediário de endoparasitas como Habronema em cavalos e Railletina em aves; 
• Patógenos podem ser transmitidos por gota de vômitos que a mosca faz durante a alimentação; 
• Stomoxys Calcitrans (mosco do estábulo)
• Distribuição mundial e comum no BR; 
• Hematófagas (peças bucais picadoras) – ambos os sexos 
• Palpos curtos, probóscida preta (para picar a pele e sugar sangue); 
• 4 faixas longitudinais no tórax;( igual m.domestica) 
• Abdômen mais largo que a M. domestica e possui marcas xadrez no dorso do 
abdômen; 
• Aparelho bucal projetado para frente ( diferença das outras moscas) 
Ciclo biológico 
• Igual da musca doméstica porém se alimentam de sangue 
• Holometabólico; 
• Durante seu estágio adulto são feito vários repastos sanguíneos alimenta-se de 
vários hospedeiros em um dia; 
• Depois de ingurgitados tanto macho quanto fêmea ficam lentos enquanto 
digerem o repasto sanguíneo; 
• Lugares mais comumente encontrados: cercas, paredes de casas e estábulos; 
• Tem hábito diurno e localizam o hospedeiro através do co2 expelido pela 
respiração
• Preferem se alimentar das partes baixas: pernas e abdômen. 
• Tempo de L1 a L3: 20 dias 
• Período pupal de 13 dias; 
Importância MV
• Ação irritativa( pica até 40x)
• Principal mosca veiculadora de Dermatobia hominis, H.I Habronema sp.( feridas 
de verão)
• Espoliação de sangue e transmissão de anemia infeciosa equina 
• Perdas de produção de leite e carne (até 20%) 
• Transmissão mecânica de tripanossomas: Trypanossoma evansi
• Haematobia irritans (mosca do chifre)
• Menores moscas hematófagos (4mm); 
• Cor cinzenta com diversas listras escuras no tórax;
• Arista pectinada;
• Palpos longos, quase do tamanho da probóscida e dilatados na extremidade.
( diferença das outras moscas) 
Ciclo biológico 
• Mesmo que as outras moscas 
• Duração: tempo mínimo de 10 dias, tempo máximo 50 dias 
Importância MV
• Está sempre de cabeça para baixo e geralmente passa 24 horas por dia sobre 
o animal, preferencialmente ao redor dos chifres e cupim; 
• A mosca pica os animais cerca de 25 a 40 vezes por dia e cada sucção pode 
durar de 4 a 5 minutos; 
• Pesquisas mostram que uma infestação média de 500 moscas leva a uma 
perda anual de 40 kg/animal/ano e cerca de 150 litros de leite durante toda 
a lactação, levando-se em conta a perda de sangue e, os efeitos irritantes da 
picada que comprometem a alimentação tranquila do animal, diminuindo sua 
produtividade. 
Família Calliphoridae - miíases
• “Varejeiras” 
• Dípteros de tamanho grande (4-16mm); 
• Azulados, esverdeados, violáceos; 
• Abdômen com reflexos metálicos; 
• A maioria dos dípteros causadores de miíases estão incluídos na subordem 
Brachycera. 
• Família apresenta 2 gêneros de importância: 
Cochliomyia: parasitos obrigatórios 
Chrysomya: parasitos facultativos 
Miíases
• Definida como a infestação por larvas histiófagas de dípteros (moscas) em 
hospedeiros vertebrados, que encontram em tecidos vitalizados (biontófagas) 
ou necróticos (necrobiontófagas) fonte nutricional para seu desenvolvimento e 
reserva energética para a fase de pupa. 
Familia Calliphoridae
• Sinantropia é a habilidade que certos animais apresentam de se adaptarem às condições ambientais 
geradas pelo homem; 
• É biontófaga, ou seja, se desenvolve exclusivamente nos tecidos vivos de animais vertebrados; 
• Aparelho bucal lambedor; 
• Dimorfismo sexual pelos olhos (fêmeas dicópticas e machos holópticos); 
• Os indivíduos imaturos dessa família necessitam de um substrato para completar o ciclo de vida, esse 
substrato pode ser tecido vivo ou morto de vertebrados, fezes, carcaças, entre outros substratos em 
decomposição 
• Esse tipo de hábito atribui à família Calliphoridae uma importância do ponto de vista MV econômico e 
forense; 
• Nas ciências forenses, as moscas varejeiras são úteis como fontes de informações em investigações 
criminais; 
• Ao se determinar a idade da larva mais desenvolvida encontrada no cadáver ou acompanhar a sucessão 
ecológica de insetos específicos que se alimentam das carcaças é possível estimar o tempo mínimo de 
morte; 
Classificação das mííases 
• Quanto à preferência alimentar das larvas: 
Biontófagas: as larvas alimentam-se, exclusivamente, de tecido vivo; 
Necrobiontófagas: as larvas alimentam-se de tecidos necrosados ou em decomposição. 
• Quanto à forma clínica 
Cavitária: as larvas infestam cavidades naturais do hospedeiro com lesões pré –existentes; 
Furunculóide: a larva infestante causa uma lesão semelhante a um furúnculo alimentando-se desecreções 
purulentas. 
• Cochiliomya spp
• Cochiliomya hominivorax: mais importante mosca produtoras de miíases (larvas biontófagas); 
• Parasita todos animais de sangue quente (bovinos, ovinos, equinos, caninos e suínos); 
• Também parasita o homem; 
• Qualquer ferimento pode ser alvo de infestação; 
• Causa uma míiase traumática grave (bicheira): conjunto de larvas se instalam em qualquer corte, ferimento, 
abrasão, fístula da pele ou mucosa, alimentam-se exclusivamente de tecidos vivos; 
Cochiliomya hominivorax - morfologia 
• Possui coloração azul ou verde metálico, três listras longitudinais no mesonoto 
• Aproximadamente 9mm; 
• A cabeça é de um amarelo brilhante com os olhos amarelo-avermelhados; 
• Aparelho bucal do tipo lambedor e com palpos curtos e filiformes; 
Ciclo biológico
• As moscas de C. hominivorax, antes de atingirem a fase adulta, passam pelos 
estágios de ovo, larva, pupa e adulto. 
• Fêmeas gravídicas fazem suas posturas ao redor de feridas ou lesões existentes 
nos animais e, após eclosão, as larvas de primeiro estádio adentram o interior 
destas feridas, de modo a se alimentar de líquidos provenientes de exudato 
inflamatório, no caso das larvas de primeiro estádio, e do próprio tecido vivo, no 
caso de larvas de segundo e terceiro estádios. Após completarem seu 
desenvolvimento, larvas maduras abandonam o hospedeiro e caem no solo para 
pupar. Aproximadamente após oito dias há a emergência dos adultos. Sob 
condições ideais de temperatura e umidade, todo o ciclo de vida pode ser 
completado em apenas 14 dias. 
C. Hominivorax - larva 
• As larvas, com ajuda das enzimas proteolíticas contidas na saliva, alimentam-se 
de fluídos corporais e de tecido muscular do hospedeiro, onde se estabelecem 
através de seus ganchos orais; 
• As lesões liberam um odor desagradável, que serve para atrair mais moscas, que 
fazem postura de mais ovos e também moscas de outras espécies. 
Cochiliomya hominivorax 
• Holometabólico; 
• Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos -BIONTÓFAGAS
• Fêmeas depositam de 200-300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos; 
• Podem invadir orifícios naturais;(nasal,ocular,auricular...) 
Tratamento de mííases 
• Utilizar um inseticida líquido ou spray e aguardar por alguns minutos até que 
ocorra a paralisação ou morte das larvas; 
• Fazer uma lavagem com água ou água oxigenada, removendo as larvas com 
cuidado para evitar sangramento; 
• Proteger o ferimento com uma pomada contendo principalmente óxido de zinco 
com inseticida. 
Prejuízos 
• As perdas geradas pelas bicheiras incluem a perda de peso, queda na produção 
de leite. danos ao couro e mortalidade de animais. 
• Os danos provocados ao couro, dependem fundamentalmente da região do corpo 
afetada pelas larvas; 
• Os medicamentos utilizados no controle e tratamento dos animais afetados 
representam os prejuízos mais facilmente calculados; 
• Esses tratamentos além de representarem grande prejuízo para o produtor, 
contribuem para a presença de resíduos indesejáveis na carne e no leite bovino 
Família Sarcophagidae e Cuterebridae
• Espécies de tamanho médio ou grande (6-16mm); 
• Cor uniforme, cinzenta, com 3 faixas negras no mesonoto;
• Adultos se alimentam de fezes, carne de animais mortos e de sucos de frutas; 
• As fêmeas depositam suas larvas onde haja matéria orgânica em decomposição ou 
cadáveres; 
• 50 larvas, evolução 10-54 dias, variando com a temperatura; 
Dermatobia homins 
• Os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis; 
• Causa uma miíase furuncular; 
• Todos os animais domésticos são susceptíveis; 
• Necessita de vetores de transporte ou foréticos; 
Características dos vetores: 
• Sinantrópicos, independente de serem ou não hematófagos; 
• Períodos diurnos de atividades 
Morfologia 
• Cabeça amarelada, peças bucais rudimentares; 
• Tórax revestido de cerdas escuras, abdômen azul-metálico; 
• Asas são castanho-claro e os pares de patas amareladas; 
• Peças bucais: atrofiadas pois o inseto adulto não se alimenta durante sua curta 
existência de 2-19 dias; 
Ciclo biológico 
• Podem depositar de 800-1000 ovos em várias posturas; 
• Ovos ficam dispostos em cachos (30-40 ovos); 
• Aderidos ao abdômen do vetor; 
• São de coloração creme e medem de 2-3mm; 
Dermatobia homins 
Vetores foréticos: são as moscas-dos-chifres, 
as moscas-dos-estábulos e as moscas 
domésticas.
• A Dermatobia hominis (mosca berneira) possui uma particularidade, ela captura moscas de outras espécies 
durante o voo e deposita seus ovos no ventre das moscas capturadas. 
• Dessa forma, as moscas capturadas transportam seus ovos até os bovinos. As larvas do berne não precisam 
de uma ferida aberta para se instalar e se alimentam de tecido vivo.
• O ciclo de vida da Dermatobia hominis possui duas fases: a parasitária (larvas no animal) e a fase de vida 
livre (mosca adulta e pupa). Na fase de vida parasitária, a larva (berne) permanece no animal por 50 dias e 
passa por três estágios de desenvolvimento (L1, L2, L3), quando atinge a maturidade, com cerca 2,5 cm de 
comprimento, sai do nódulo, formado no subcutâneo (embaixo da pele) e cai ao solo, quando inicia a fase de 
vida livre. 
• O período de pupa pode durar de 30 a 60 dias, dependendo das condições ambientais. Após liberação da 
mosca, acontece a cópula iniciando assim um novo ciclo.
• A Dermatobia hominis vive por cerca de 12 dias. 
D
Estágio larval 
• Larva eclodida é muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar sobre 
a pele do hospedeiro para então penetrar na pele; 
• Não há região preferencial para o desenvolvimento das larvas; 
Importância MV
• Os prejuízos estão associados às lesões causadas pelas larvas que se 
instalam no subcutâneo, causando incômodo, irritabilidade e estresse nos 
bovinos; 
• Esse deslocamento das larvas é capaz de reduzir a ingestão de 
alimentos, acarretando perda de peso, redução na produção de leite, 
atraso no desenvolvimento dos animais jovens; 
• As lesões também podem possibilitar a infestação de larvas das 
bicheiras (Cocliomyia hominivorax); 
Família Oestridae - oestrus ovis
• Díptero da família Oestridae; 
• Acometem ovinos e caprinos, invasão da cavidade nasal pelas larvas;
• As larvas desse espécies são responsáveis por causar a oestrose 
• Conhecido como bicho da cabeça
Morfologia 
• Abdômen preto acinzentado, formando padrão irregular com a incidência da luz; 
• Asas com nervura amarelas; 
• Fase adulta: atinge até 1-2 cm 
Ciclo biológico 
• Ciclo é dividido em duas partes. A parte endógena, que vai acontecer dentro do animal, e a parte 
exógena, que vai acontecer fora do animal. 
• A fêmea adulta que está cheia de ovos dentro do abdômen dela, ela vai fazer oviposição no nariz do 
animal, ou ela pode fazer também no ambiente, então o animal fica com o focinho no chão, e daí os ovos 
se fixam no focinho do animal também. 
• Na parte do ciclo endógeno dentro do nosso hospedeiro, vamos ter um desenvolvimento da L1 pra L2 pra 
L3. 
• L3 vai fazer um movimento contrário. Então lá na cavidade do animal, a L3 vai fazer um movimento 
contrário para ela sair do hospedeiro. 
• A L3 precisa cair no ambiente, cair no solo, para se desenvolver para pupa, sai os adultos, fazem a 
cópula e acontece tudo de novo. 
Sinais clínicos 
• Presença de larvas na cabeça de ovino, próximo a região nasal; 
• Sinais respiratórios como corrimento nasal e dificuldade no momento da 
inspiração; 
• Comportamento de esconder as narinas contra o solo ou contra lã do 
próprio corpo ou outros animais; 
Importância MV
• Os principais sinais clínicos são: espirros, corrimento nasal mucopurulento 
e dificuldade inspiratória. 
• Em casos mais graves as larvas podem migrar até o cérebro causando 
sinais neurológicos como cegueira, incoordenação motora e perda de 
equilíbrio. 
Gaestrophilus spp
• Acometem equinos sendo que sua principal patogenia se da devido a 
destruição da mucosa gástrica pelas larvas; 
• No homem, podem causar uma oftalmiíase; 
Gaestrophilus
• Moscas adultassemelhantes a abelha 
• Medem 1,8 cm 
• O abdômen é castanho anteriormente, preto na região mediana e preto com 
pilosidades amarelas 
Ciclo biológico 
• Pode fazer a oviposição em cima do equino ou na gramínea, o cavalo pasta e 
come a gramínea com os ovos, a L1 se desenvolve na Língua, o L2 no esôfago e 
a L3 se desenvolve na mucosa gástrica, faz a destruição da mucosa gástrica, 
segue o trajeto intestinal até o bolo fecal, cavalo defeca, e nas fezes no 
ambiente a L3 se desenvolve para pupa, e depois de 3 a 7 semanas vira 
adulto. 
Importância MV 
• Pode causar cólica; 
• Alta parasitose: obstrução da passagem das fezes ou prolapso retal 
• Saem direto nas fezes com peristaltismo; 
• Sendo a gasterofilose uma miíase, e portanto uma enfermidade causada por formas larvárias, é 
impossível se determinar animais acometidos com exames que buscam ovos nas fezes; 
• Ulcerações gástricas e intestinais; obstruções gástricas; volvulo;anemia; 
• Para um controle desse parasita, é necessário a eliminação das moscas; 
• Dissulfeto de carbono e o tricorflon; anti-helmínticos/inseticidas e ivermectina também são muito 
eficazes contra gasterófilos; 
Controle geral das moscas 
• Controle higiênico com esterqueiras, compactação de fezes, espalhar as fezes em camadas finas, 
pois as larvas não sobrevivem aos raios solares; 
• Moscas não depositam ovos em fezes fermentadas (ácido lático); 
• Inseticidas não são muito eficazes; 
• Equídeos: trocar camas (10-15 dias); para evitar proliferação; 
Quando intervir? 
• Controle mecânico: sempre 
• Controle químico :quando necessário (intoxicação, resistências, perídio de carência) 
• Controle biológico: sempre que possível 
• Importante: conhecer a dinâmica populacional das moscas; 
• Larva: eliminar todos os criadouros e biológicos; 
• Adultos uso de telas, inseticidas (no horário da atividade do mosquito) 
• Preservação de matas (para que mosquitos não venham À domicilio); 
• Evitar áreas de cachoeiras. 
Falhas no controle 
A baixa eficácia pode ter relação com 
• Uso incorreto do produto; 
• Desenvolvimento de resistência; 
• Número e intervalo de aplicações; 
• Utilização apenas do controle químico (falha no controle mecânico). 
• Controle integrado

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