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Parasitologia II Mutucas • A ordem Diptera é dividida em dois grupos: Nematocera e Brachycera • A subordem Nematocera compreende dípteros pequenos que apresentam antenas longas - MOSQUITOS • A subordem brachycera é composta pelas moscas, que possuem antenas curtas e com arista (órgão sensorial) - MOSCAS E MUTUCAS Possem dois tipos de peças bucais: • Sugador-picador: encontrado em dípteros hematófagos, se alimentam de sangue • Sugador-lambedor: não perfurante, encontrado em mosquitos, por exemplo a musca doméstica, se alimentam de fluidos vegetais como seiva, néctar, líquidos açucarados em geral. Taxonomia Ordem diptera: presença de dois pares de asas, um mais desenvolvido e outro rudimentar Subordem nematocera: antenas formada por diversos artículos e as femeas são hematofagas Família tabanidae • São moscas robustas de medio a grande porte( 5-25mm) • Excelentes voadoras • Machos se alimentam de nectar e grão de pólen, e as femeas de sangue • Conhecidas como MUTUCAS ou moscas de cavalo • Fêmea apresenta aparelho bucal sugador-lambedor • Mecanismo principal para achar hospedeiro é a visão e a arista • Olhos holópticos( juntos) nos machos e dicópticos( separados) nas fêmeas • Co2 eliminado pelo hospedeiro atrai • Antenas contem 3 segmentos: escapo, pedicelo, flagelo • 3 generos principais: Chysopts, Tabanus e Haematopaota MORFOLOGIA • Cabeça mais larga que o tórax; • Aparelho bucal tipo picador-sugador; • Tem as mandíbulas fortes afiadas e serrilhadas causando dor • As larvas da mutuca têm a forma de cones alongados; • Tem a cabeça em formato de meia lua CICLO • Completo, holometábolo; • Ovo – larva – pupa- adultos. Fêmea e o macho fazem a cópula no ar e terminam no solo, após isso o macho morre e a fêmea hematófaga faz a oviposição em ambiente aquático ou úmido( na vegetação, pedras, mugos),ao eclodir as larvas caem na água e se enterram no lodo onde desenvolvem oito estádios larvares, ( L1-L2-L3-L4-L5-L6-L7-L8) desenvolve a pupa no mesmo lugar das larvas, porém procuram locais próximos a superfície, emerge e vira adulta. • Em função da espécie, clima e quantidade de alimento, a transição de L1 a L8 pode variar de 30 dias no verão a 1 ano no inverno • As pupas se desenvolvem em locais secos, e os adultos emergem em 1 a 3 semanas. O ciclo se completa em 4 a 5 meses. • No período primavera-verão as condições meteorológicas favoráveis aceleram o desenvolvimento, aumentando o número de gerações quando comparado a um mesmo intervalo de tempo em relação às estações de outono e inverno; • Isso acontece por conta do aumento da temperatura média (acima de 25oC), na intensidade luminosa, na umidade relativa do ar e na precipitação pluviométrica OVOS • Alongados com 1-2mm de coloração branca cremosa ou acinzentada; • Variam de 200 a 1.000 ovos; • Postura nas vegetações, pedras e musgos de ambientes aquáticos LARVAS • Os ovos caem na água e completam seu desenvolvimento no lodo (se enterram) • São carnívoras- uma larva pode comer a outra se não haver alimento • Passam por 8 estágios larvares; • A fase larval pode durar meses. PUPA • Período de pupa é curto, 1-3 semanas; • São parecidas com (pupário) das borboletas; • Ocorre nos mesmos lugares da larva, porém procuram locais próximos a superfície NUTRIÇÃO • Os machos nutrem-se de néctar e seiva das plantas; • As fêmeas podem sobrevivem dessa alimentação porém precisam de sangue para maturação dos ovos; • Horário diurno. • Localizam as presas pela visão e a picada é profunda e dolorosa ACASALAMENTO • A prioridade para o tabanídeo (macho) emergido é acasalar; • Ferormônios- macho encontra a fêmea HABITAT • Insetos silvestres • Hábitos diurnos Gênero tabanus Características morfológicas • Antenas com os dois primeiros segmentos curtos e o terceiro (flagelo) com 4 anéis; • Probóscida raramente mais longa que a altura da cabeça. Geralmente, curta e robusta. • Possuem antenas curtas formadas por três ou quatro segmentos. Importância Médico Veterinário • As larvas são carnívoras (aparelho bucal mastigador), podendo ocorrer canibalismo na falta de alimento. Atacam animais e humanos. Os adultos são agressivos e infligem picadas dolorosas. Voam bem e fazem alimentação interrompida por telmofagia (laceram os vasos para ocorrer extravasamento de sangue). Transmitem diversas doenças, como anemia infecciosa equina, tripanossomose, etc. Controle das mutucas • Deve-se eliminar o habitat de criação de larvas, pois os adultos permanecem em regiões próximas ao desenvolvimento das larvas; • Controle químico deve ser feito com inseticidas de contato com efeito residual nos estábulos e nos animais; • Manter os animais afastados de zonas de bosques nas horas mais quentes do dia, pois é próximo a esses locais que se reproduzem; • Fitas escuras adesivas colocadas nos estábulos funcionam como armadilhas para capturar esses insetos. Ordem diptera - família culicidae • A ordem Diptera, insetos de duas asas, compreende as moscas, mutucas, pernilongos e mosquitos. Possui várias espécies hematófagas que agem como vetores de transmissão de doenças humanas e veterinárias. • Importantes são os mosquitos comuns, da família dos Culicídeos, que inclui os gêneros Culex (Pernilongo Doméstico, filariose linfática, Aedes (vetor dos vírus da Dengue, Febre Amarela, Zika e Chikungunya) e Anopheles (vetor da Malária e filariose linfática). Importância médica • Transmite doenças por repasto sanguíneo • São vetores mecânicos de outros microorganismos; • Causas ações secundárias (miíases), alergias; • Metamorfose completa (holometábola); Morfologia geral • Cabeça, tórax e abdome; • Mesotórax é único torácico bem desenvolvido onde é implantado o par de asas; • Único par de asas; • Aparelho bucal tipo picador-sugador (hematófagos) ou sugador- lambedor • Possui 2 olhos e 3 ocelos( detecta a intensidade da luz) • Peças bucais bem adaptadas segundo a função, o tipo de alimentação. (haustelo, rostro, tromba, probóscida); Cabeça grande e móvel, com: • um par de antenas • um par de olhos compostos • olhos simples (ocelos) Família culicidae • Culicídeos ou mosquitos, ou pernilongos, mosquito prego; • Trasmite malária, filaríases, febre amarela, dengue; • Subfamília Anophelinae e Culicinae. Ovos • Os ovos dos mosquitos são de contorno eliptico ou ovoide e são depositados isoladamente ou em conjuntos com os elementos aglutinados e que recebem o nome de jangadas. • Anopheles sp- oviposição isoladamente sobre a água • Culex- oviposição de jangada • Aedes -faz oviposição em ambiente com água Larvas • Larvas de Culex sp possuem sifão alongado em comparação com as de Aedes sp. Já as larvas de Anopheles sp não possuem sifão respiratório, fazendo a respiração através da placa espiracular. • A posição em relação a coluna d'agua: Aedes sp fica perpendicular, culex sp em diagonal e Anopheles sp paralelamente Ciclo biológico • Desenvolvimento completo, holometábolo: • Femea precisa fazer a oviposição em meio aquatico, eclode e desenvolve a larva L1-L2-L3-L4, vira pupa e emerge o adulto • Cada estágio do desenvolvimento é estruturalmente e funcionalmente distinto Características • Machos e fêmeas alimentam-se de sucos vegetais, ricos em carboidratos; • Fêmeas são hematófagas, se alimentam de sangue para maturação dos ovos • Cópula: hábitos crepusculares( final da tarde), machos fazem dança nupcial • Anophele:gostam de de água parada, com leve correnteza • Aedes: preferencialmente na superfície de parede de recipientes; • Culex: posição vertical, formam jangadas capaz de flutuar; • Larvas: período larvário é a fase de crescimento (ecdise ou mudas) vai de L1-L4; respiração por sifão na extremidade final do abdomen; • Pupas: na ecdise da L4 transforma-se em pupa em formato de vírgula; Ação Indireta - queda nos índices de produtividade, de reprodução por conta da perturbação, irritação • Ferimentos: na tentativa de escapar do incômodo gerado pelos insetos,os animais sofrem colisões com objetos podendo se ferir. Ação Direta: • Perda de sangue: Alta carga parasitária - anemia • Miíase: Infestação por larva - danos à pele ou carcaça • Inflamação da pele ou prurido: Prurido, irritação, alopecia e dermatose. • Hipersensibilidade, alergia: saliva (picada) Gênero Anopheleles - pernilongos • Medem cerca de 1cm; • Corpo delgado, pernas longas e finas; • Cabeça globosa, olhos compostos, antenas longas com 15 segmentos; • Tórax achatado lateralmente; • Asas longas, estreitas e transparentes; • Machos com último segmento dos palpos dilatados e pilosos; Gênero Culex - muriçocas • Envolvidos na transmissão da filariose linfática, febre amarela urbana e silvestre; • O gênero Culex inclui cerca de 300 espécies, a maioria habita regiões tropicais e subtropicais; • Cor de palha, tórax pardo-escuro e escamas amarelas; • Doméstico picam de preferência o homem, e possui hábitos noturnos; • Grande capacidade de voo, podendo cobrir vários quilômetros de distância; • As fêmeas depositam seus ovos em água estagnada • Os ovos verticalmente são aglutinados formando uma jangada; • Culex transmite a Wucheria bancrofiti( elefantiase) Aedes Aegypti • Hábito diurno; • Ciclo de 11-18 dias; • Fêmeas hematófagas; • Transmite diversas doenças; • Discordância gonotrófica- capacidade do mosquito de picar varias vezes e pessoas. Ciclo biológico • Após cópula e dança nupcial, as fêmeas procuram um hospedeiro pra fazer repastos sanguíneos para a maturação dos ovos; Ovos são depositados em vários lotes, diferentes lugares, A fêmea morre rapidamente após a postura, eclodem as larvas L1-L2-L3-L4, desenvolvimento da pupa na água e vira adulto • Em condições normais as femeas podem realizar até 12 repastos sanguíneos no mês antes de fazer a postura • As larvas se alimentam de bactérias na água parada e possuem sifão respiratório com um tufo de cerdas; Familia muscidae Subordem brachycera • Diptera é a terceira ordem mais diversa de Insecta e é dividida em dois grandes grupos: Nematocera e Brachycera; • Nematocera:compreende dípteros pequenos que apresentam antenas longas; • Brachycera é composta pelas moscas, que possuem antenas curtas e com arista • Possuem antenas com 3 segmentos (escapo, pedicelo e flagelo); Famílias de importância MV • Muscidae • Fannidae • Calliphoridae • Sarcophagidae • Oestridae Familia muscidae Moscas não picadoras: Musca Domestica Moscas picadoras, hematófagas: Stomoxys e Haematobia • Musca doméstica • Cor cinza-escuro depende da idade, nutrição, estágio; • Cabeça cinzenta, com faixa preta na fronte; • No dorso do tórax há 4 linhas escuras longitudinais; • Abdômen amarelado; • Alimentação: Não se alimenta de sangue, saliva é lançada sobre os materiais sólidos para dissolvê-los e serem aspirados. Ciclo biológico • Holometábolo; • Grande capacidade de vôo e dispersão; • Hábito diurno (lugares iluminados e quentes); • Ingurgitado muda de cor • Postura: 4 dias após a cópula (75-150 ovos/ por vez) • Incubação: 24 horas (25º-35º) • Mosca macho e fêmea fazem a cópula no ar, fêmea precisa colocar os ovos nas fezes de animais, eclode e muda pra larva L1,L2 e L3, desenvolve a pupa e vira adulto. • Ovo, larva e pupa ocorrem nas fezes onde se alimentam. Importância MV • Veicula ovos da Dermatobia hominis( berne) • Transporte de microorganismos (febre tifoide, disenteria, cólera, Giardia sp, mastite bovina); • Hospedeiro intermediário de endoparasitas como Habronema em cavalos e Railletina em aves; • Patógenos podem ser transmitidos por gota de vômitos que a mosca faz durante a alimentação; • Stomoxys Calcitrans (mosco do estábulo) • Distribuição mundial e comum no BR; • Hematófagas (peças bucais picadoras) – ambos os sexos • Palpos curtos, probóscida preta (para picar a pele e sugar sangue); • 4 faixas longitudinais no tórax;( igual m.domestica) • Abdômen mais largo que a M. domestica e possui marcas xadrez no dorso do abdômen; • Aparelho bucal projetado para frente ( diferença das outras moscas) Ciclo biológico • Igual da musca doméstica porém se alimentam de sangue • Holometabólico; • Durante seu estágio adulto são feito vários repastos sanguíneos alimenta-se de vários hospedeiros em um dia; • Depois de ingurgitados tanto macho quanto fêmea ficam lentos enquanto digerem o repasto sanguíneo; • Lugares mais comumente encontrados: cercas, paredes de casas e estábulos; • Tem hábito diurno e localizam o hospedeiro através do co2 expelido pela respiração • Preferem se alimentar das partes baixas: pernas e abdômen. • Tempo de L1 a L3: 20 dias • Período pupal de 13 dias; Importância MV • Ação irritativa( pica até 40x) • Principal mosca veiculadora de Dermatobia hominis, H.I Habronema sp.( feridas de verão) • Espoliação de sangue e transmissão de anemia infeciosa equina • Perdas de produção de leite e carne (até 20%) • Transmissão mecânica de tripanossomas: Trypanossoma evansi • Haematobia irritans (mosca do chifre) • Menores moscas hematófagos (4mm); • Cor cinzenta com diversas listras escuras no tórax; • Arista pectinada; • Palpos longos, quase do tamanho da probóscida e dilatados na extremidade. ( diferença das outras moscas) Ciclo biológico • Mesmo que as outras moscas • Duração: tempo mínimo de 10 dias, tempo máximo 50 dias Importância MV • Está sempre de cabeça para baixo e geralmente passa 24 horas por dia sobre o animal, preferencialmente ao redor dos chifres e cupim; • A mosca pica os animais cerca de 25 a 40 vezes por dia e cada sucção pode durar de 4 a 5 minutos; • Pesquisas mostram que uma infestação média de 500 moscas leva a uma perda anual de 40 kg/animal/ano e cerca de 150 litros de leite durante toda a lactação, levando-se em conta a perda de sangue e, os efeitos irritantes da picada que comprometem a alimentação tranquila do animal, diminuindo sua produtividade. Família Calliphoridae - miíases • “Varejeiras” • Dípteros de tamanho grande (4-16mm); • Azulados, esverdeados, violáceos; • Abdômen com reflexos metálicos; • A maioria dos dípteros causadores de miíases estão incluídos na subordem Brachycera. • Família apresenta 2 gêneros de importância: Cochliomyia: parasitos obrigatórios Chrysomya: parasitos facultativos Miíases • Definida como a infestação por larvas histiófagas de dípteros (moscas) em hospedeiros vertebrados, que encontram em tecidos vitalizados (biontófagas) ou necróticos (necrobiontófagas) fonte nutricional para seu desenvolvimento e reserva energética para a fase de pupa. Familia Calliphoridae • Sinantropia é a habilidade que certos animais apresentam de se adaptarem às condições ambientais geradas pelo homem; • É biontófaga, ou seja, se desenvolve exclusivamente nos tecidos vivos de animais vertebrados; • Aparelho bucal lambedor; • Dimorfismo sexual pelos olhos (fêmeas dicópticas e machos holópticos); • Os indivíduos imaturos dessa família necessitam de um substrato para completar o ciclo de vida, esse substrato pode ser tecido vivo ou morto de vertebrados, fezes, carcaças, entre outros substratos em decomposição • Esse tipo de hábito atribui à família Calliphoridae uma importância do ponto de vista MV econômico e forense; • Nas ciências forenses, as moscas varejeiras são úteis como fontes de informações em investigações criminais; • Ao se determinar a idade da larva mais desenvolvida encontrada no cadáver ou acompanhar a sucessão ecológica de insetos específicos que se alimentam das carcaças é possível estimar o tempo mínimo de morte; Classificação das mííases • Quanto à preferência alimentar das larvas: Biontófagas: as larvas alimentam-se, exclusivamente, de tecido vivo; Necrobiontófagas: as larvas alimentam-se de tecidos necrosados ou em decomposição. • Quanto à forma clínica Cavitária: as larvas infestam cavidades naturais do hospedeiro com lesões pré –existentes; Furunculóide: a larva infestante causa uma lesão semelhante a um furúnculo alimentando-se desecreções purulentas. • Cochiliomya spp • Cochiliomya hominivorax: mais importante mosca produtoras de miíases (larvas biontófagas); • Parasita todos animais de sangue quente (bovinos, ovinos, equinos, caninos e suínos); • Também parasita o homem; • Qualquer ferimento pode ser alvo de infestação; • Causa uma míiase traumática grave (bicheira): conjunto de larvas se instalam em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula da pele ou mucosa, alimentam-se exclusivamente de tecidos vivos; Cochiliomya hominivorax - morfologia • Possui coloração azul ou verde metálico, três listras longitudinais no mesonoto • Aproximadamente 9mm; • A cabeça é de um amarelo brilhante com os olhos amarelo-avermelhados; • Aparelho bucal do tipo lambedor e com palpos curtos e filiformes; Ciclo biológico • As moscas de C. hominivorax, antes de atingirem a fase adulta, passam pelos estágios de ovo, larva, pupa e adulto. • Fêmeas gravídicas fazem suas posturas ao redor de feridas ou lesões existentes nos animais e, após eclosão, as larvas de primeiro estádio adentram o interior destas feridas, de modo a se alimentar de líquidos provenientes de exudato inflamatório, no caso das larvas de primeiro estádio, e do próprio tecido vivo, no caso de larvas de segundo e terceiro estádios. Após completarem seu desenvolvimento, larvas maduras abandonam o hospedeiro e caem no solo para pupar. Aproximadamente após oito dias há a emergência dos adultos. Sob condições ideais de temperatura e umidade, todo o ciclo de vida pode ser completado em apenas 14 dias. C. Hominivorax - larva • As larvas, com ajuda das enzimas proteolíticas contidas na saliva, alimentam-se de fluídos corporais e de tecido muscular do hospedeiro, onde se estabelecem através de seus ganchos orais; • As lesões liberam um odor desagradável, que serve para atrair mais moscas, que fazem postura de mais ovos e também moscas de outras espécies. Cochiliomya hominivorax • Holometabólico; • Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos -BIONTÓFAGAS • Fêmeas depositam de 200-300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos; • Podem invadir orifícios naturais;(nasal,ocular,auricular...) Tratamento de mííases • Utilizar um inseticida líquido ou spray e aguardar por alguns minutos até que ocorra a paralisação ou morte das larvas; • Fazer uma lavagem com água ou água oxigenada, removendo as larvas com cuidado para evitar sangramento; • Proteger o ferimento com uma pomada contendo principalmente óxido de zinco com inseticida. Prejuízos • As perdas geradas pelas bicheiras incluem a perda de peso, queda na produção de leite. danos ao couro e mortalidade de animais. • Os danos provocados ao couro, dependem fundamentalmente da região do corpo afetada pelas larvas; • Os medicamentos utilizados no controle e tratamento dos animais afetados representam os prejuízos mais facilmente calculados; • Esses tratamentos além de representarem grande prejuízo para o produtor, contribuem para a presença de resíduos indesejáveis na carne e no leite bovino Família Sarcophagidae e Cuterebridae • Espécies de tamanho médio ou grande (6-16mm); • Cor uniforme, cinzenta, com 3 faixas negras no mesonoto; • Adultos se alimentam de fezes, carne de animais mortos e de sucos de frutas; • As fêmeas depositam suas larvas onde haja matéria orgânica em decomposição ou cadáveres; • 50 larvas, evolução 10-54 dias, variando com a temperatura; Dermatobia homins • Os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis; • Causa uma miíase furuncular; • Todos os animais domésticos são susceptíveis; • Necessita de vetores de transporte ou foréticos; Características dos vetores: • Sinantrópicos, independente de serem ou não hematófagos; • Períodos diurnos de atividades Morfologia • Cabeça amarelada, peças bucais rudimentares; • Tórax revestido de cerdas escuras, abdômen azul-metálico; • Asas são castanho-claro e os pares de patas amareladas; • Peças bucais: atrofiadas pois o inseto adulto não se alimenta durante sua curta existência de 2-19 dias; Ciclo biológico • Podem depositar de 800-1000 ovos em várias posturas; • Ovos ficam dispostos em cachos (30-40 ovos); • Aderidos ao abdômen do vetor; • São de coloração creme e medem de 2-3mm; Dermatobia homins Vetores foréticos: são as moscas-dos-chifres, as moscas-dos-estábulos e as moscas domésticas. • A Dermatobia hominis (mosca berneira) possui uma particularidade, ela captura moscas de outras espécies durante o voo e deposita seus ovos no ventre das moscas capturadas. • Dessa forma, as moscas capturadas transportam seus ovos até os bovinos. As larvas do berne não precisam de uma ferida aberta para se instalar e se alimentam de tecido vivo. • O ciclo de vida da Dermatobia hominis possui duas fases: a parasitária (larvas no animal) e a fase de vida livre (mosca adulta e pupa). Na fase de vida parasitária, a larva (berne) permanece no animal por 50 dias e passa por três estágios de desenvolvimento (L1, L2, L3), quando atinge a maturidade, com cerca 2,5 cm de comprimento, sai do nódulo, formado no subcutâneo (embaixo da pele) e cai ao solo, quando inicia a fase de vida livre. • O período de pupa pode durar de 30 a 60 dias, dependendo das condições ambientais. Após liberação da mosca, acontece a cópula iniciando assim um novo ciclo. • A Dermatobia hominis vive por cerca de 12 dias. D Estágio larval • Larva eclodida é muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar sobre a pele do hospedeiro para então penetrar na pele; • Não há região preferencial para o desenvolvimento das larvas; Importância MV • Os prejuízos estão associados às lesões causadas pelas larvas que se instalam no subcutâneo, causando incômodo, irritabilidade e estresse nos bovinos; • Esse deslocamento das larvas é capaz de reduzir a ingestão de alimentos, acarretando perda de peso, redução na produção de leite, atraso no desenvolvimento dos animais jovens; • As lesões também podem possibilitar a infestação de larvas das bicheiras (Cocliomyia hominivorax); Família Oestridae - oestrus ovis • Díptero da família Oestridae; • Acometem ovinos e caprinos, invasão da cavidade nasal pelas larvas; • As larvas desse espécies são responsáveis por causar a oestrose • Conhecido como bicho da cabeça Morfologia • Abdômen preto acinzentado, formando padrão irregular com a incidência da luz; • Asas com nervura amarelas; • Fase adulta: atinge até 1-2 cm Ciclo biológico • Ciclo é dividido em duas partes. A parte endógena, que vai acontecer dentro do animal, e a parte exógena, que vai acontecer fora do animal. • A fêmea adulta que está cheia de ovos dentro do abdômen dela, ela vai fazer oviposição no nariz do animal, ou ela pode fazer também no ambiente, então o animal fica com o focinho no chão, e daí os ovos se fixam no focinho do animal também. • Na parte do ciclo endógeno dentro do nosso hospedeiro, vamos ter um desenvolvimento da L1 pra L2 pra L3. • L3 vai fazer um movimento contrário. Então lá na cavidade do animal, a L3 vai fazer um movimento contrário para ela sair do hospedeiro. • A L3 precisa cair no ambiente, cair no solo, para se desenvolver para pupa, sai os adultos, fazem a cópula e acontece tudo de novo. Sinais clínicos • Presença de larvas na cabeça de ovino, próximo a região nasal; • Sinais respiratórios como corrimento nasal e dificuldade no momento da inspiração; • Comportamento de esconder as narinas contra o solo ou contra lã do próprio corpo ou outros animais; Importância MV • Os principais sinais clínicos são: espirros, corrimento nasal mucopurulento e dificuldade inspiratória. • Em casos mais graves as larvas podem migrar até o cérebro causando sinais neurológicos como cegueira, incoordenação motora e perda de equilíbrio. Gaestrophilus spp • Acometem equinos sendo que sua principal patogenia se da devido a destruição da mucosa gástrica pelas larvas; • No homem, podem causar uma oftalmiíase; Gaestrophilus • Moscas adultassemelhantes a abelha • Medem 1,8 cm • O abdômen é castanho anteriormente, preto na região mediana e preto com pilosidades amarelas Ciclo biológico • Pode fazer a oviposição em cima do equino ou na gramínea, o cavalo pasta e come a gramínea com os ovos, a L1 se desenvolve na Língua, o L2 no esôfago e a L3 se desenvolve na mucosa gástrica, faz a destruição da mucosa gástrica, segue o trajeto intestinal até o bolo fecal, cavalo defeca, e nas fezes no ambiente a L3 se desenvolve para pupa, e depois de 3 a 7 semanas vira adulto. Importância MV • Pode causar cólica; • Alta parasitose: obstrução da passagem das fezes ou prolapso retal • Saem direto nas fezes com peristaltismo; • Sendo a gasterofilose uma miíase, e portanto uma enfermidade causada por formas larvárias, é impossível se determinar animais acometidos com exames que buscam ovos nas fezes; • Ulcerações gástricas e intestinais; obstruções gástricas; volvulo;anemia; • Para um controle desse parasita, é necessário a eliminação das moscas; • Dissulfeto de carbono e o tricorflon; anti-helmínticos/inseticidas e ivermectina também são muito eficazes contra gasterófilos; Controle geral das moscas • Controle higiênico com esterqueiras, compactação de fezes, espalhar as fezes em camadas finas, pois as larvas não sobrevivem aos raios solares; • Moscas não depositam ovos em fezes fermentadas (ácido lático); • Inseticidas não são muito eficazes; • Equídeos: trocar camas (10-15 dias); para evitar proliferação; Quando intervir? • Controle mecânico: sempre • Controle químico :quando necessário (intoxicação, resistências, perídio de carência) • Controle biológico: sempre que possível • Importante: conhecer a dinâmica populacional das moscas; • Larva: eliminar todos os criadouros e biológicos; • Adultos uso de telas, inseticidas (no horário da atividade do mosquito) • Preservação de matas (para que mosquitos não venham À domicilio); • Evitar áreas de cachoeiras. Falhas no controle A baixa eficácia pode ter relação com • Uso incorreto do produto; • Desenvolvimento de resistência; • Número e intervalo de aplicações; • Utilização apenas do controle químico (falha no controle mecânico). • Controle integrado
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