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Neosporose: Parasito e Transmissão

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Neosporose
Prof.: André Cayô Cavalcanti
Alunas: Amábily Jenifer Soares Batista;
 Carlos Gabryel Lucas de Abreu;
 Nathália Caires da Silva.
parasitologia
Neoporose
A Neosporose tem como parasito o Neospera caninum, protozoário do filo Apicomplexa e família Sarcocystidae. A doença pode ser uma possível zoonose.
Relatos de infecção em ovinos, caprinos, cervídeos, rinocerontes e cavalo, e presença de anticorpos anti-N. caninum no soro de animais selvagens como, gambás, coiotes, camelos e lobos-guará.
Causador de aborto recorrente e nascimento de natimortos, causando prejuízo para a pecuária.
Oocistos de Neospora caninum eliminados por coiotes (Canis latrans).
(A) Oocisto não esporulado.(B) Oocisto esporulado contendo dois esporocistos 
Transmissão de várias formas do parasito como, oocitos esporulados encontrados no meio ambiente e cistos teciduais em tecidos de animais infectados.
Cão é o hospedeiro definitivo do N. caninum, e o contato intímo pode ser de risco, pois ele libera por um período de tempo oocitos do parasito, ou ser vetores mecânicos, carregando o parasito no pelo.
O consumo excessivo da carne bovina malcozida também é considerado de risco, pois no animal infectado, o parasito é encontrado nos tecidos parenquimatosos (pulmão e fígado), nos tecidos musculares e no SNC.
Cisto tecidual em amostra de tecido nervoso de bezerro (DUBEY et al., 2006). A seta aponta para a parede do cisto.
Neospora caninum
Hopedeiro
O N. caninum possui vários hospedeiros, e seu ciclo de vida depende de um hospedeiro definitivo e um hospedeiro intermediário. Os únicos hospedeiros definitivos são os cães, o coite (Canis latrans), o dingo (Canis dingo) um canídeo selvagem da Austrália, e descoberta recente de que o lobo cinzento é um hospedeiro definitivo.
Bovinos, ovinos, búfalos e outros mamíferos são hospedeiros intermediários.
Ciclo de vida
Em seu hospedeiro definitivo, o parasito realiza a fase sexuada do seu ciclo, e apenas esses hospedeiros conseguem liberar as formas infectantes do aparasito para o ambiente. No seu hospedeiro intermediário, ele realiza a forma assexuada, podendo ser encontrada nos tecidos.
O ciclo é dividido em 3 formas: Taquizoítas, cistos teciduais contendo bradizoítas e oocistos (esporulados e não esporulados).
Sinais
 clínicos
Nos seres humanos não há patogenia conhecida, por não existir relatos de infecção.
Em bovinos tem alta taxa de aborto em curto prazo de tempo, acontece mais em vacas leiteras que possui muita proximidade com cães. 
Podem apresentar sinais neurológicos, incoordenação motora (ataxia), reflexos reduzidos, exoftalmia ou aparência assimétrica dos olhos.
O feto pode:
• Morrer no útero: abortamento
• Nascer morto: (natimorto) 
• Nascer vivo e com sinais clinicos 
• Nascer clinicamente normal, mas cronicamente infectado (mais comum): importante para a manutenção da doença no rebanho
Cadelas podem fazer transmissão para seus filhotes e as ninhadas podem nascer infectadas.
Cães podem sobreviver durante meses com paralisia progressiva, meningoencefalite, insuficiência cardíaca, complicações pulmonares.
Podem eventualmente requerer a eutanásia
Cães adultos: sintomatologia variada, quadro neuromuscular, dermatite piogranulomatosa, miocardite fatal e pneumonia.
Em cães
Sinais clínicos em filhotes infectados congenitamente
Paralisia geralmente dos membros posteriores, hiperextensão.
Dificuldade de deglutição, paralisia da mandíbula, cegueira, convulsões, incontinência urinária e fecal, flacidez e atrofia muscular e falha cardíaca.
Em felinos
Apresentam sinais clinicos e lesões parecidos com a Toxoplasmose.
O diagnóstico é feito por sorologia e por meio de testes imunohistoqiuímicos.
Eles não são os hospedeiro definitivo, não transmitem os oocitos igual o cão.
Diagnóstico
Independente da espécie acometida, o diagnóstico pode ser feito de 3 maneiras: técnicas sorológicas, moleculares e por imunohistoquímica.
Para o dignóstico definitivo é obrigatório o exame histológico do feto, exame de sorologia positivo em feto e em vaca só indica exposição, e o encontro de somente oocistos não é suficiente para diagnóstico.
Tratamento
Em humanos não há protocolo a ser seguido.
Nos bovinos infectados o tratamento é inviável, pois funcionaria como medida protetiva, e deveria ser utilizada por longo período de tempo, acúmulando resíduos na carne e no leite. Além de não existir medicamentos eficases contra a doença em bovinos.
Já nos cães, mesmo que eles venham a óbito, existe chance de cura. Dependendo de qual protocolo escolhido, utiliza-se sulfa-trimetoprim, clindamicina e pirimetamina, utilizadas em conjunto ou isoladamente. 
Profilaxia
Restrição do acesso de cães e gatos a restos de parto de animais de fazenda
Cremar ou enterrar os restos teciduais numa profundidade que cães e gatos não consigam acessar.
Não oferecer carne crua ao pet (pode conter os cistos).
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