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Hormônio do Crescimento

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MONITORIA SOI II
APG 13
- Fisiologia do hormônio do crescimento e do eixo hipotálamo-hipófise;
- Fases do crescimento fisiológico;
- Efeitos do GH sobre o crescimento, proteínas, lipídios
- Também chamado de hormônio somatotrópico ou somatotropina, é um hormônio proteico;
- Todos os hormônios da Adenohipófise, com exceção do GH, atuam sobre outras glândulas;
- O GH exerce seus efeitos diretamente sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo;
- Provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer;
- Provoca aumento do tamanho e número das células;
- Também provoca diferenciação de células específicas→ Células de crescimento ósseo e células musculares iniciais.
EFEITOS METABÓLICOS:
AUMENTO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS:
- Ele aumenta o transporte dos aminoácidos através da membrana plasmática para o interior das células;
- Efeito similar ao da insulina sobre a glicose;
- Aumenta a tradução do RNA para síntese proteica;
- Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA (uma das funções mais importantes);
- Redução do catabolismo proteico → Mobiliza ácidos graxos → “Poupador de proteínas”
AUMENTO DA MOBILIIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DO TECIDO ADIPOSO:
- Também aumenta a conversão dos ácidos graxos em acetil-coA→ fonte de energia;
- Sob influência do GH, a gordura é utilizada como fonte de energia no lugar de carboidratos e proteínas;
- Aumento da massa magra (menos gordura e mais proteína);
- Possibilidade de cetose e esteatose.
REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS:
- Diminui a captação de glicose pelos tecidos muscular e adiposo;
- Aumenta a produção de glicose pelo fígado;
- Aumenta a secreção de insulina;
- Induz a “Resistência à Insulina” → aumento da glicemia e aumento compensatório da insulina;
- Efeitos diabetogênicos→ Seu excesso pode causar DM2;
- O GH não atua na ausência de insulina e carboidratos (eles são necessários para fornecer a energia necessária ao metabolismo do crescimento, e a inulina também auxilia no transporte de alguns aminoácidos);
CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS E OSSOS:
- Aumenta a deposição de proteínas pelas células osteogênicas e 
condrocíticas, que causam o crescimento ósseo;
- Aumenta a reprodução dessas células;
- Converte os condrócitos em células osteogênicas → Deposição de osso
novo
- Crescimento em comprimento:
- O GH estimula as cartilagens epifisárias → Deposição de nova
cartilagem→ Conversão em osso novo → Aumento da parte longa;
- Com o tempo, essa cartilagem epifisária vai sendo consumida→ final
da adolescência → fusão das epífises → sem crescimento adicional.
- Estimulação dos osteoblastos:
- Os osteoblastos depositam osso novo e os osteoclastos absorvem 
osso antigo;
- Os ossos podem continuar a aumentar a espessura durante a vida;
- Exemplo: mandíbula (protrusão do queixo).
SOMATOMEDINAS:
- Pequenas proteínas produzidas no fígado em resposta ao GH;
- Efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo;
- Efeitos parecidos aos da insulina (IGFs → fatores de crescimento
semelhantes à insulina);
- Pigmeus da África → baixa qtd de somatomedina C, mesmo com GH 
normal ou alto.
- O GH tem meia vida curta, pois rapidamente vai para os tecidos (20 min);
- A somatomedina C tem meia vida longa (20 horas) → Isso prolonga os 
efeitos promotores do crescimento dos surtos de secreção do GH;
ANORMALIDADES
NANISMO:
- Deficiência generalizada da hipófise anterior (pan-hipopituitarismo);
- O corpo se desenvolve de forma proporcional, mas reduzida;
- Quando por pan-hipopituitarismo:
- Não entra na puberdade.
GIGANTISMO:
- Ativação excessiva ou tumores acidofílicos;
- Todos os tecidos do corpo crescem rapidamente, inclusive os 
ossos;
- Se a condição acontecer antes da adolescência (antes da fusão 
das epífises), a pessoa pode ficar muito alta;
- Em geral, apresentam hiperglicemia → células beta hiperativas →
degeneram-se→ Diabetes Melitus.
ACROMEGALIA:
- Tumor acidofílico após a adolescência;
- O paciente não cresce mais, mas os ossos ficam mais espessos e
os tecidos moles continuam a crescer;
- Ossos das mãos e dos pés e ossos membranosos (crânio, nariz,
testa, sulcos supraorbitários, maxila inferior);
- Protrusão da mandíbula, a testa se inclina para a frente, o nariz 
dobra de tamanho, pés aumentam (45 ou mais), cifose...
- Aumento da língua, fígado e rins.
REGULAÇÃO DA SUA SECREÇÃO
- Sua secreção começa a diminuir após a adolescência (na puberdade, é aumentada pelo estrogênio e testosterona) → Estirão do crescimento;
- Sua secreção é pulsátil (surtos de secreção a cada 2 horas)
- Fatores que estimulam sua secreção: Jejum (principalmente com deficiência de proteínas) / Hipoglicemia / Exercício / Excitação / Trauma / 
Grelina.
- Aumenta a sua secreção nas primeiras horas de sono profundo;
- Em condições graves de desnutrição proteica, a ingestão isolada de caloria não corrige o excesso de produção do GH → Deve-se corrigir a 
deficiência proteica!
CONTROLE HIPOTALÂMICO:
- Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (Somatostatina);
- O GHRH é produzido no núcleo ventromedial:
- Área sensível à concentração de glicose no sangue → Saciedade / fome
- GHRH liga-se a receptores específicos na hipófise → Aumento do AMPc → Influxo de Ca++ → Exocitose das vesículas com GH;
- O aumento do AMPc também estimula a transcrição dos genes responsáveis pela produção do GH
- A somatostatina inibe a secreção do GH pois bloqueia a ação do GHRH (liga-se ao mesmo receptor);
FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO
- O processo de crescimento depende do sistema neuroendócrino, além de fatores genéticos, nutricionais e ambientais;
- Todas essas influências agem sobre uma base potencial genética de crescimento;
- Crescimento→ Aumento físico, processos de hipertrofia e hiperplasia celulares (avaliação de peso e altura);
- Desenvolvimento → Ganho de função e/ou aquisição de habilidade.
FASES DO CRESCIMENTO NORMAL:
Crescimento pré-natal:
- Período de crescimento e desenvolvimento mais intensos;
- O feto aumenta consideravelmente de tamanho e tem todos os seus aparelhos e sistemas formados;
- O tamanho de um recém-nascido depende tanto de fatores intrínsecos (fatores genéticos) quanto extrínsecos;
- Ao longo da gestação, hormônios de diferentes origens atuam tanto no crescimento quanto no desenvolvimento do feto. São eles:
- Origem materna: hormônios tireoidianos (durante o primeiro trimestre).
- Origem placentária: hormônio lactogênico placentário, somatotrofina somatomamotropina coriônica.
- Origem fetal: hormônio do crescimento (GH), insulina fetal, cortisol, hormônios hipofisários e hormônios tireoidianos (a partir do segundo 
trimestre).
Crescimento na primeira infância (0-2 anos):
- Destacam-se os hormônios tireoidianos e também uma maior síntese e secreção de GH;
- A nutrição adequada é essencial para os processos de crescimento e desenvolvimento após o nascimento;
- Fatores externos são de grande importância nesse período.
Crescimento na segunda (3-6 anos) e terceira infância (7-12 anos):
- Nessa etapa as crianças normalmente atingem uma taxa estável de crescimento;
- Não há diferença significativa entre meninos e meninas, fato o qual tende a se manter até a puberdade.
Crescimento na puberdade e adolescência (12-18 anos):
- Fase final de crescimento;
- Meninas e meninos crescem cerca de 20 e 25 cm, respectivamente;
- Intensificação na síntese de hormônios esteroides sexuais, que promovem maior secreção de GH e de fator de crescimento semelhante à 
insulina-1 (IGF-1);
- Ao final desse período, os hormônios esteroides são responsáveis pela diminuição dos discos epifisários, até finalmente se fecharem, de maneira 
que os indivíduos atingem sua altura máxima.
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
COSTANZO,L.S. – Fisiologia – 6ª Edição, Editora Elsevier, 2018. 
Endocrinologia Clínica 6ª edição , 2016 Vilar, Lúcio

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