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Mimesis na Arte

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Prova de Estudos Comparados da Modernidade – N1 (2023) 
1. O conceito de mimesis na arte segue de perto as condições 
a) de mera luta pela sobrevivência. 
b) de atualização dos significados diante das exigências receptivas de cada período. 
c) de um enfrentamento em que já se sabe de antemão que o significado perderá sua validade. 
d) de um mal-estar desnecessário em relação à falência significa de uma geração à outra. 
e) biológicas que nada tem a ver com as práticas sociais. 
 
A mimesis na arte, como discutida por Aristóteles, sugere que a arte imita ou representa a realidade. 
No entanto, essa representação não é estática; ela evolui e se adapta de acordo com as exigências e 
contextos de cada período histórico e cultural. 
 
2. O fenômeno mimético na arte pode ser definido como uma decisão estética para a permanência, 
porém, por conta das variáveis do tempo, 
a) só admitirá uma maneira de interpretação criteriosa. 
b) incidirá para uma forma de julgamento que dependerá sempre do valor no mercado. 
c) produzirá conceitos filosóficos fechados em torno dele, por conta da herança do medievo. 
d) se tornará uma matéria cambiante ou mutante. 
e) nada poderá superar a herança clássica dos antigos. 
 
3. Como um mestre, nos primeiros tempos da civilização grega e o despertar para o universo, o poeta 
a) carrega a obrigação de aliar a verdade à memória, por quantos ardis forem possíveis. 
b) imprime a necessidade de liquidar a noção de realidade pelo esquecimento. 
c) traduz a angústia de ser propondo um desprezo à natureza. 
d) evitará qualquer ambiguidade ou falsidade da palavra. 
e) negará os recursos do idioma para tornar o seu texto o mais objetivo possível. 
 
Na cultura grega antiga, os poetas desempenhavam um papel importante na preservação da memória 
coletiva e na transmissão de valores e verdades culturais. Portanto, eles tinham a responsabilidade 
de contar histórias e mitos de forma a preservar a verdade e a memória do povo. A noção de verdade 
na poesia grega estava intrinsecamente ligada à sua capacidade de preservar e transmitir as tradições 
e experiências da comunidade. 
O poeta deveria usar todos os meios disponíveis, todas as técnicas e recursos poéticos, para preservar 
a verdade e a memória na sua poesia. 
 
4. Górgias, um sofista, propunha que o ser não tinha identificação com a verdade (“A palavra não é 
falsa a quem ela encanta”): não há separação entre luz e sombra. Para Platão, idealista, busca-se uma 
seriedade para driblar a ilusão e ir em busca da verdade. Essa segunda atitude colocou a poesia 
 
a) em uma posição privilegiada diante dos seus maiores críticos pós-socráticos. 
b) como aliada incontestável do imutável mundo das ideias. 
c) com um poder mimético poderoso de representação da verdade humana, sempre mutável. 
d) acima da palavra do filósofo. 
e) como um jogo pernicioso para se buscar o mundo inteligível. 
 
Na república, ele expulsou o poeta pois era prejudicial para o mundo ideias, ele era o falsificado do 
falso (mundo sensível). 
5. Ao buscar a virtude incontestável na figura de Deus, a Idade Média propôs uma concepção artística 
que 
 
a) produzia uma ideia de um homem moldável aos seus propósitos meramente humanos. 
b) indicou uma ideia de beleza integrativa a todos os demais valores da época. 
c) não via autonomia fora dos valores estabelecidos pela Igreja. 
d) separava a coisa de sua representação a fim de torná-la muito mais humana. 
e) se afastava dos parâmetros platônicos porque não conseguia lidar com nenhum ideal. 
 
6. Shakespeare, em Hamlet, reflete o ser ou não ser, no seu mais famoso solilóquio: “... quem 
suportaria as chacotas e o desprezo do mundo, a injúria do opressor, a afronta do soberbo, as ferroadas 
do amor incompreendido, as delongas da justiça, a insolência dos funcionários e o coice que o mérito 
paciente recebe dos indignos, quando se podia buscar repouso com a ponta de um punhal?” Seu 
método consiste em uma maneira própria de colocar as questões no primeiro momento da 
modernidade, que consiste 
 
a) em produzir um discurso que reflete uma realidade humana ainda baseada em meros valores 
herdados do medievo. 
b) em evitar o máximo confronto com as condições de uso plural da palavra. 
c) em não trazer nenhum sinal desnecessário que possa rebaixar a palavra a um nível mais humano. 
d) em aprender a se auscultar por meio do entreouvir às próprias indagações sob um abismo 
existencial e metafísico. 
e) em esvaziar ao máximo a herança trágica dos gregos que trazia, no seu bojo, uma carga de 
humanidade pouco exemplar. 
 
7. O conceito de arte se torna bastante amplo com o início da modernidade, isso porque tudo se 
encaminha para um plano de mais autonomia que só será possível de se sonhar a partir do 
romantismo. Essa autonomia prevê, lentamente, uma crença maior no poder de representação da 
própria linguagem que pode se encontrar, de maneira radical, em uma tentativa de completa 
dissociação com a referente (mundo/objeto). Na era paleolítica, o surgimento da escultura do homem-
leão, cerca de 32.000 anos atrás, mostra-nos que o poder de projeção humana já era infinito, e que ia 
muito além do pragmatismo imediato. Isso implica que teremos 
 
a) concepções de arte sempre atreladas, ao longo dos séculos, à capacidade de apenas produzir 
criaturas não existentes. 
b) concepções de arte que variarão de acordo com as condições históricas, sociais, psicológicas, mas 
sempre atreladas à poderosa imaginação humana. 
c) uma imaginação humana reduzida à fantasia, sem contato com a realidade quando falarmos de arte 
verdadeira. 
d) uma incapacidade da própria arte de ir além do programável pelos próprios critérios artísticos 
estabelecidos pelas escolas clássicas. 
e) uma avalanche de teorias improdutivas que jamais acompanharão as variáveis dos tempos e suas 
produções artísticas. 
 
8. A partir das duas imagens abaixo, podemos notar que cada uma guarda uma verdade de 
representação estética, confrontando o estilo clássico com o medieval. Quais seriam? 
 
 
 
 
 
 
 
a) A do lado esquerdo, procura reforçar um aspecto lendário. A do lado direito, explora uma realidade 
bruta. 
b) A do lado esquerdo, implica uma mera dúvida metafísica, enquanto a do lado direito reforça as 
dúvidas no divino monoteísta. 
c) A do lado esquerdo, conduz a uma reflexão sobre os perigos das crenças pagãs. A do lado direito, 
reflete com profundidade a condição mais humana que um cristo poderia alcançar ao longo da 
história. 
d) A do lado esquerdo, reduz o próprio conceito de beleza clássico. A do lado direito, investe na 
superioridade do cristianismo por meio do racionalismo cartesiano que denominou naquele período. 
e) A do lado esquerdo, é projetado para um efeito explosivo e realístico. A do lado direito, mostra 
uma realidade transcendente, para além da mudança e do movimento. 
 
9. Já se dizia de Mona Lisa que ela foi o desafio de um artista que usou suas habilidades para se 
aprofundar em uma vida inteira de suas paixões intelectuais, onde a relação entre macrocosmo e 
microcosmo se misturam entre o corpo humano e a paisagem. Podemos notar, a partir da pintura, 
 
 
 
a) que a Terra flui em direção à modelo até se tornar parte dela. 
b) que a paisagem se sobrepõe à modelo. 
c) que a modelo se sobrepõe à paisagem. 
d) que a noção de tempo e espaço estão bem definidos e delimitados na pintura. 
e) que o cosmo não tem nada a ver com a humanidade. 
 
10. Os únicos artistas neoclássicos a aceitarem a sombra e partilharem de valores que abarcarão a era 
moderna que se avizinham são Goya e Goethe. Um na pintura, outro na literatura. A partir da 
comparação entre o desenho e o fragmento de Fausto, podemos perceber 
 
 
Não penso em alegrias, já to disse. 
Entrego-me ao delírio, ao mais cruciante gozo, 
Ao fértil dissabor como ao ódio amoroso. 
Meu peito, da ânsia do saber curado, 
A dor nenhuma fugirá do mundo,E o que a toda a humanidade é doado, 
Quero gozar no próprio Eu, a fundo, 
Com a alma lhe colher o vil e o mais perfeito, 
Juntar-lhe a dor e o bem-estar no peito, 
E, destarte, ao seu Ser ampliar meu próprio Ser, 
E, com ela, afinal, também eu perecer. 
 
a) duas expressões fora do seu tempo e do seu mundo. 
b) o primeiro reduzindo-se a uma mera disfunção psíquica e o segundo celebrando a morte pelo gozo. 
c) o primeiro projetando uma angústia que reflete a desordem do indivíduo em descompasso com a 
realidade e o segundo uma tentativa de unir o descompasso da realidade ao prazer. 
d) o primeiro fazendo da realidade projetiva uma força de organização do mistério a ser decifrado 
pela ordem racional, enquanto o segundo amplia o confronto para poder esvaziá-lo pela sugestão do 
poder da luz, que virá com a morte. 
e) em ambos, a identidade projetando-se poderosa em direção ao domínio do racional, eliminando 
totalmente quaisquer resquícios de inconsciente.

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