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Reconhecimento de Antígenos

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Reconhecimento DE Antígenos
Microbiologia E Imunologia (Pontifícia Universidade Católica de Goiás)
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Reconhecimento DE Antígenos
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RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS 
 
INTRODUÇÃO 
Como um linfócito reconhece um antígeno? 
Depende se é linfócito B ou linfócito T. Se for um LB, 
o reconhecimento é direto. Se for um LT, preciso de 
uma célula apresentadora de antígeno (dendrítica, 
macrófagos e LB). 
O que as APCs têm de especial para fazer a 
apresentação para linfócitos T naive? MHC de 
classe II (também tem de classe I) e são capazes de 
dar um “segundo sinal”. Esse segundo sinal são os 
coestimuladores (CD80 e CD86). Citocinas são uma 
espécie de terceiro sinal, que ajuda os linfócitos a irem 
para onde precisam ir. 
A primeira coisa que um linfócito faz quando é ativado 
é a expansão clonal. Cada linfócito reconhece um 
epítopo específico. Tenho poucos linfócitos de cada 
tipo, mas que logo quando se ativam, realizam 
expansão clonal. Na expansão clonal participa a 
citocina IL-2 – “cuspir para cima”: o linfócito produz 
e age nele mesmo, de maneira autócrina. 
Os linfócitos já são criados reconhecendo epítopos 
específicos sem antes entrarem em contato com estes. 
RECEPTORES ANTIGÊNICOS 
 
TCR: Receptor das células T. reconhecem o 
BCR: Receptor das células B. antígeno 
Cadeias laterais: transmitir o sinal intracelular. 
O que o BCR reconhece? Proteínas, lipídeos, 
carboidratos e diversas outras moléculas. Também 
reconhece a forma das moléculas (antígenos 
conformacionais e lineares). 
O que o TCR reconhece? Somente peptídeos. 
Em contrapartida, temos muito mais diversidade de 
TCR que de anticorpos. 
O BCR tem 2 funções: reconhecer e ser efetor – 
opsonização. Se o anticorpo estiver na membrana da 
célula B, quando reconhecer o antígeno vai promover 
sinalização intracelular. Se ele estiver secretado, 
facilita a opsonização – os fagócitos reconhecerm a 
“caudinha” do anticorpo. 
Existe uma imunodeficiência onde a criança não 
consegue ter LT maduro. Consegue viver? Sim, mas 
100% estéril. 
ESTRUTURA DOS ANTICORPOS 
O anticorpo tem 4 partes. 
2 cadeias leves 
2 cadeias pesadas. 
Fab: cadeia leve + parte da cadeia pesada 
Fc: cadeias pesadas. 
A região Fab liga no antígeno. A Fc dá função ao 
anticorpo. Quando o anticorpo está ligado, é o Fc que 
gruda na membrana. 
Conhecemos 5 anticorpos: IgA, IgG, IgM, IgD, IgE. 
Eles diferem quanto a função. Dessa forma, diferem na 
função Fc (que só contém cadeias pesadas). Então 
posso dizer que são as cadeias pesadas as 
responsáveis pelas diferentes funções doa 
anticorpos. 
Na região Fab eu tenho tanto cadeias pesadas quanto 
leves. A região variável de Fab varia entre diferentes 
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clones. Mas linfócitos diferentes de um mesmo clone 
tem a região variável idêntica. 
Se eu conseguir quebrar o anticorpo mantendo a 
região de especificidade e ligar nessa um 
medicamento, posso fazer uma terapia medicamentosa 
“guiada”. 
As partes do anticorpo que realmente tocam no 
antígeno são as partes mais variáveis da molécula. 
São chamadas de regiões determinantes de 
complementariedade (CDR). 
Tipos de cadeia pesada: α (IgA), δ (IgD), ε (IgE), γ 
(IgG), μ (IgM). Existem subtipos dessas cadeias. 
IgA: imunidade da mucosa. Transferida para o bebê 
pela amamentação. Maior quantidade no corpo. É um 
dímero. 
IgD: receptor de antígeno de células B imaturas. 
IgE: defesa contra helmintos e reações de 
hipersensibilidade. 
IgG: opsonização, ativação de complemento, 
citotoxidade mediada anticorpo-dependente, célula-
citotoxicidade mediada, imunidade neonatal (atravessa 
a placenta), resposta de inibição de células B. Maior 
quantidade no sangue. 
IgM: receptor de antígenos de células B imaturas, 
ativação do complemento. Primeira a ser produzida. É 
um pentâmero. 
IgD e IgM funcionam como receptores na membrana 
das células B. 
Tipos de cadeia leve: k e λ. Nunca as duas juntas. 
Proporção 6k : 4 λ. Se essa proporção muda, temos 
indicativo de tumor. 
O anticorpo é maleável. Consegue se ligar a antígenos 
distantes ou próximos. 
Afinidade: força de ligação de uma região Fab com 
um antígeno. 
Valência: quantidade de ligação. 
Quanto maior a valência (“bracinhos ligados”), maior 
a afinidade. 
A afinidade também pode aumentar com a maturação 
de afinidade. 
 
ESTRUTURA DOS TCRs 
 
Os TCRs também são formados por cadeias 1α e 1β. 
Também tem regiões hipervariáveis (CDRs). TCRs 
variam mais que os anticorpos. Também tem os 
acompanhantes, que dão o sinal intracelular. 
Os TCRs só reconhecem antígenos proteicos ligados 
a moléculas de MHC. Restrição ao MHC próprio: 
só suas próprias células conseguem apresentar 
antígenos para seus LTs. A maior molécula 
responsável pela compatibilidade é o MCH 
(transplantes). 
DESENVOLVIMENTO DO REPERTÓRIO DE 
LINFÓCITOS 
Eu preciso gerar um repertório muito grande de 
receptores para reconhecer diversos antígenos. Só 
variar entre cadeias V e L, não adianta. Não me dá a 
variedade necessária. 
Também não consigo ter um gene para cada receptor 
(não tem espaço suficiente no meu genoma). Preciso 
de algum outro mecanismo → RECOMBINAÇÃO. 
Está intimamente ligada aos processos de maturação. 
→ MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS 
Uma vez que receptores de antígenos são expressos em 
linfócitos em desenvolvimento, precisa haver um 
processo de seleção capaz de promover a 
sobrevivência das células com receptores úteis e a 
eliminação de células que não podem reconhecer 
antígenos no indivíduo ou com potencial de causar 
dano. 
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A recombinação é aleatória: gera receptores que vão 
reconhecer epítopos, proteínas próprias e receptores 
que não reconhecem nada. 
Os linfócitos nascem na medula. Os LB amadurecem 
na própria medula; ao passo que os LT amadurecem 
no timo. 
 
Na medula, tem alguns progenitores, que recebem 
algum estímulo (em geral, citocinas) e começam a 
proliferar. Essascélulas geram os pró-linfócitos. 
Nesse momento já acontece uma recombinação e o 
linfócito já produz uma cadeia de “pré-receptor”. 
Quem produz essa cadeia, continua o processo. Quem 
não produz, sofre apoptose. 
O pró-linfócito também reproduz e forma a segunda 
cadeia. Quem não faz a segunda cadeia sofre apoptose. 
Formam as células B/T imaturas. 
O linfócito imaturo vai ser testado. Como? Com 
duas perguntas: “reconhece antígenos?” e “reconhece 
antígenos próprios?”. Seleção positiva e negativa. 
Seleção positiva: se for capaz de reconhecer 
antígenos, sobrevive. 
Seleção negativa: se for capaz de reconhecer 
antígenos próprios, sofre apoptose. 
No DNA, os genes que codificam os receptores são 
separados em segmentos gênicos, que recombinam 
para formar a sequência de um novo receptor. 
Recombinação aleatória. Além disso, posso ainda 
colocar uma sequência de variação entre esses 
segmentos gênicos. 
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