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Livro Digital 
Aula 07 – Tópicos de 
gramática II 
 
ENEM – 2020 
 
 
 
 
Professora Celina Gil 
Prof. Celina Gil 
Aula 07 – ENEM 2020 
 
2 
129 
 
Aula 07 – Tópicos de gramática II. 
www.estrategiavestibulares.com.br 
 
Sumário 
Apresentação .................................................................................................................................... 4 
1 – Frase, oração e período .................................................................................................... 4 
2 – Termos Essenciais ............................................................................................................. 5 
2.1 - Sujeito ........................................................................................................................................ 6 
Sujeito simples .................................................................................................................................................................. 7 
Sujeito composto .............................................................................................................................................................. 7 
Sujeito oculto .................................................................................................................................................................... 8 
Sujeito indeterminado ...................................................................................................................................................... 8 
Sujeito inexistente ............................................................................................................................................................. 9 
2.2 – Predicado ................................................................................................................................ 10 
Predicado Nominal ......................................................................................................................................................... 10 
Predicado Verbal............................................................................................................................................................. 12 
Predicado Verbo-nominal ............................................................................................................................................... 13 
3 – Termos Integrantes ........................................................................................................ 14 
3.1 – Complemento verbal .............................................................................................................. 14 
Objeto Direto .................................................................................................................................................................. 14 
Objeto Indireto ................................................................................................................................................................ 14 
3.2 – Agente da Passiva .................................................................................................................. 16 
3.2 – Complemento Nominal........................................................................................................... 17 
4 – Termos Acessórios .......................................................................................................... 19 
4.1 – Adjunto adnominal ................................................................................................................. 19 
4.2 – Adjunto adverbial ................................................................................................................... 21 
4.3 – Aposto ..................................................................................................................................... 23 
4.4 – Vocativo .................................................................................................................................. 24 
5 – Significado dos conectivos .............................................................................................. 24 
5.1 – Significado das Preposições.................................................................................................... 24 
Preposição “a” ................................................................................................................................................................ 26 
Preposição “de” .............................................................................................................................................................. 26 
Preposição “em” ............................................................................................................................................................. 26 
Preposição “com” ........................................................................................................................................................... 26 
Preposição “contra” ........................................................................................................................................................ 26 
Preposição “para” ........................................................................................................................................................... 26 
Preposição “por” ............................................................................................................................................................. 26 
Preposição “sobre” ......................................................................................................................................................... 26 
5.2 – Significado das conjunções ..................................................................................................... 27 
Conjunções coordenativas .............................................................................................................................................. 27 
Conjunções subordinativas ............................................................................................................................................. 27 
6 – O Período e sua construção ............................................................................................ 29 
6.1 – Orações coordenadas ............................................................................................................. 30 
Orações coordenadas sindéticas .................................................................................................................................... 30 
Orações coordenadas assindéticas ................................................................................................................................. 32 
6.2 – Orações subordinadas ............................................................................................................ 33 
Orações subordinadas substantivas ............................................................................................................................... 33 
Orações subordinadas adjetivas ..................................................................................................................................... 34 
Orações subordinadas adverbiais ................................................................................................................................... 35 
Prof. Celina Gil 
Aula 07 – ENEM 2020 
 
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Aula 07 – Tópicos de gramática II. 
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7 – Exercícios ........................................................................................................................ 37 
7.1 – Já caiu no ENEM ..................................................................................................................... 38 
7.2 – Outros vestibulares ................................................................................................................. 44 
7.3 – Gabarito ..................................................................................................................................72 
7.4 – Questões comentadas ............................................................................................................ 73 
Considerações finais ........................................................................................................... 129 
 
 
Prof. Celina Gil 
Aula 07 – ENEM 2020 
 
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Aula 07 – Tópicos de gramática II. 
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Apresentação 
Caro aluno, 
 Vamos continuar nossos tópicos de gramática para o ENEM. 
 Como dissemos anteriormente, essa é uma parte do português com menor destaque no 
ENEM. Mas não é por isso que você deve deixar de aprendê-la. Ela é importante para várias 
questões e é fundamental para sua redação. 
 Na aula de hoje, veremos a parte de análise sintática – a temida! Mas não se preocupe! 
Vamos passo a passo para que você não tenha dificuldades. 
 Vamos lá? 
1 – Frase, oração e período 
 Antes de analisar em detalhes nos termos em si, vamos pensar primeiro nas três maneiras 
que uma mensagem pode se organizar: frase, oração e período. 
 Frase é toda organização de palavras que fizer sentido, ou seja, um enunciado completo em 
si mesmo. Esse enunciado pode ou não conter um verbo. 
Ex.: 
- Silêncio! (frase sem verbo) 
- Cheguei cedo no trabalho hoje. (frase com verbo) 
 Oração é um enunciado que contém, obrigatoriamente, uma forma verbal (verbo ou locução 
verbal). Essa forma verbal pode estar implícita ou explícita. 
Ex.: 
- Estou muito bem! (oração com verbo explícito) 
- Tenho andado distraído. (oração com locução verbal explícita) 
- Maria nadou à tarde / e João à noite. (oração com verbo implícito: João [nadou] à noite) 
 
 Período é um enunciado composto de uma ou mais oração, ou seja, de construções que 
contém um ou mais de um verbo/forma verbal. Quando contém apenas um verbo, é chamado de 
período simples; quando contém dois ou mais verbos, é chamado de período composto. 
Ex.: 
- A menina dormia profundamente. (período simples: um só verbo) 
- Você sabe que eu só quero seu bem. (período composto: dois ou mais verbos) 
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ATENÇÃO: Isso significa que toda oração é uma frase? E que todo período também? Sim! Por isso, 
frase é o termo a que nos referimos genericamente a qualquer enunciado dotado de sentido. 
 
 
 Vamos pensar primeiro nos períodos simples. A estrutura de um período simples é formada 
por termos que desempenham diferentes funções. Esses termos se dividem em três: termos 
essenciais, termos integrantes e termos acessórios. Vamos ver cada um mais detalhadamente. 
2 – Termos Essenciais 
 São chamados termos essenciais os responsáveis pela estrutura básica de uma oração. São 
dois os termos essenciais: sujeito e predicado. Essencialmente, segundo Celso Cunha (2017): 
Sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração. 
Predicado é tudo aquilo que se diz do sujeito. 
 
 Normalmente, as frases apresentam ordem direta, isso é, primeiro aparece o sujeito e depois 
o predicado: 
Ex.: Marcela ganhou o campeonato. 
 Predicado 
 Sujeito 
 
Período
Frase organizada em uma ou mais orações.
Pode ser simples (uma só oração) ou composto 
(duas mais orações). 
Oração
Declaração que se faz por meio de um verbo. Verbo pode ou não estar expresso.
Frase
Enunciados de sentido completo.
Formadas de uma ou mais palavras, com ou sem 
verbo.
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 Por vezes, as frases podem apresentar ordem indireta, ou seja, o predicado aparece antes do 
sujeito: 
Ex.: Pediram desculpas os alunos. 
 Sujeito 
 Predicado 
 
 Vamos ver melhor cada um deles a seguir. 
2.1 - Sujeito 
 Define-se sujeito como o termo da oração com o qual o verbo concorda, ou seja, o sujeito é 
o termo que está no mesmo número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) que o verbo. 
Ex.: 
Antonio Candido escreveu muitos livros. 
 “escreveu” é verbo na 3ª pessoa do singular. 
 “Antonio Candido” é sujeito. Esse substantivo é um nome próprio, masculino, na 3ª 
pessoa do singular. 
Nós iremos ao cinema mais tarde. 
 “iremos” é verbo na 1ª pessoa do plural. 
 “Nós” é sujeito. Esse pronome está na 1ª pessoa do plural. 
 
 Um sujeito pode aparecer em diversos tipos. Pode ser simples, composto, oculto ou 
indeterminado. Há ainda a possibilidade de aparecerem orações sem sujeito. Muito da análise do 
tipo de sujeito está ligada ao conceito de núcleo. Observe a seguinte frase: 
 
A bela modelo brasileira do Rio Grande do Sul ficou muito famosa nos anos 1990. 
 
 O sujeito dessa oração é “A bela modelo brasileira do Rio Grande do Sul”. 
 Para descobrir o núcleo do sujeito é preciso procurar qual a palavra, dentre todas as compõe 
o sujeito, concorda com ficou e é central para essa frase. Encontrar o núcleo é encontrar qual a 
essência do termo, a informação mais importante. 
ficou verbo na 3ª pessoa do singular. 
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 O termo essencial para essa frase é o substantivo “modelo”. Essa é a informação mais 
importante do termo todo, portanto, esse é o núcleo do sujeito. 
 
O núcleo é o termo central, na qual se ligam outras palavras que a caracterizam de 
algum modo. 
 
 É possível, portanto, que um sujeito tenha mais de um núcleo: 
Ex.: 
Eu e ele fomos ao cinema. 
fomos verbo na 1ª pessoa do plural. 
 Os termos essenciais para essa frase são os pronomes “eu” e “ele”, que colocados juntos 
indicam 1ª pessoa do plural. Logo, aqui, há dois núcleos para o sujeito. 
 
 Tendo essas possibilidades em mente, vamos ver os tipos de sujeito possíveis: 
Sujeito simples 
Define-se sujeito simples aquele que contém um núcleo apenas. 
Ex.: 
As meninas jovens estavam muito bonitas. 
 “estavam” é verbo na 3ª pessoa do plural. 
 “meninas” é núcleo do sujeito. Esse substantivo está na 3ª pessoa do plural. 
ATENÇÃO: Independe se a palavra está no plural ou no singular, se houver apenas um núcleo, o 
sujeito é simples. 
 
Sujeito composto 
 Define-se sujeito composto aquele que contém dois núcleos ou mais. 
Ex.: 
A mãe, o pai e a filha almoçaram fora. 
 “almoçaram” é verbo na 3ª pessoa do plural. 
 “mãe, “pai” e “filha” são núcleos do sujeito. Juntos, indicam 3ª pessoa do plural. 
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Sujeito oculto 
 Define-se sujeito oculto como aquele em que o sujeito não está indicado textualmente. 
Nesses casos, o sujeito é identificado a partir do contexto ou da flexão do verbo. 
Ex.: 
Escrevi um e-mail para meu chefe. 
 “escrevi” é verbo na 1ª pessoa do singular. Portanto, o sujeito oculto 
aqui deve ser “eu”: [Eu] escrevi um e-mail para meu chefe. 
 
Os olhos são a janela da alma. São incapazes de mentir. 
 “são” é verbo na 3ª pessoa do plural. Pelo contexto, 
tomando a oração anterior como referência, o termo que concorda com esse verbo é “olhos”: [Os 
olhos] são incapazes de mentir. 
 
Sujeito indeterminado 
 Define-se sujeito indeterminado aquele que não está expresso textualmente e é impossível 
ser identificado pelo contexto ou pela flexão verbal. 
Ex.: 
Telefonaram para você mais cedo. 
 “telefonaram” é verbo na 3ª pessoa do plural. Não há nenhum referente na oração 
que corresponda a esse verbo. Também não há nenhuma indicação de quem seria a pessoa que 
“telefonou”. Por isso, esse sujeito é indeterminado. 
 
Precisa-se de vendedores. 
 “precisa” é verbo na 3ª pessoa do singular. Não há nenhum referente na oração que 
corresponda a esse verbo. Também não há nenhuma indicação de quem seria a pessoa que 
“telefonou”. Por isso, essesujeito é indeterminado. 
 
 
O sujeito indeterminado pode aparecer em dois formatos: 
3ª pessoa do plural, quando o verbo é transitivo direto. 
3ª pessoa do singular, quando o verbo é intransitivo, transitivo indireto ou de ligação. 
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VOZ PASSIVA x SUJEITO INDETERMINADO 
 Quando construída com a partícula –se, como identificar quando uma oração está na 
voz passiva ou possui sujeito indeterminado? 
 
 Voz Passiva: 
- Concorda com o sujeito; 
- Verbos transitivos diretos ou transitivos 
direto e indiretos; e 
- Pode virar voz passiva analítica. 
 
 
Sujeito inexistente 
 Quando um verbo é apresentado de forma impessoal, diz-se que a oração não tem sujeito 
ou que o sujeito é inexistente. Há alguns casos importantes a lembrar em que a oração se constrói 
sem sujeito: 
 Com verbos indicando fenômenos da natureza. 
Ex.: Choveu muito em São Paulo. 
ATENÇÃO: Quando esses verbos aparecem no sentido figurado, há sujeito. Ex.: Choveram aplausos 
à peça. (choveram = verbo na 3ª pessoa do plural; aplausos = sujeito simples) 
 
 Com o verbo “haver” no sentido de existir. 
Ex.: 
Há uma flor no vaso. 
= Existe uma flor no vaso. 
Há frutas no pomar. 
= Existem frutas no pomar 
 
ATENÇÃO: o verbo “existir” deve ser flexionado normalmente, respeitando a concordância com o 
sujeito. O verbo “haver” fica no singular independente dos outros termos da oração. 
 
 Com o verbo “haver” indicando tempo decorrido. 
Ex.: Há um ano não o vejo. 
Já estou esperando há duas horas. 
Sujeito indeterminado: 
- Sempre no singular; 
- Verbos intransitivos ou transitivos 
indiretos; e 
- Não pode virar voz passiva analítica. 
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 Com verbos “ser”, “fazer” e “ir” indicando tempo de modo geral. 
Ex.: Era verão. 
Faz três anos que estamos juntos. 
Vai fazer duas horas que estou aqui. 
 
2.2 – Predicado 
 Antes de falar sobre o predicado em si, é importante que você se lembre de algumas 
informações sobre verbos: 
 
O verbo é uma palavra que representa uma ação praticada (verbos de ação), estado 
(verbos de ligação) ou fenômenos da natureza. Eles podem ser regulares ou irregulares. 
Ex.: 
Eu comi muito. (ação feita por alguém, localizada num tempo específico) 
O dia está lindo. (estado de algo ou alguém) 
Chove. (fenômeno da natureza, relativo à meteorologia) 
 
Um verbo pode ser classificado de acordo com sua transitividade, ou seja, se possui ou 
não complemento para ter seu sentido completo: 
- Verbos transitivos diretos: Eu comi uma fruta. (“comi” precisa de complemento sem 
preposição) 
- Verbos transitivos indiretos: Eu andei de avião. (“andei” precisa de complemento com 
preposição) 
- Verbos transitivos direto e indiretos: Eu ensinei português para ele. (“português” não 
precisa de preposição e “ele” precisa de preposição) 
- Verbos intransitivos: Ele morreu. (“morrer” não precisa de complemento) 
 
Nos verbos de ligação: Eu estou bem. (“bem” indica qual o estado do sujeito) 
 É preciso que você se lembre desses aspectos acerca dos verbos para compreender os tipos 
diferentes de predicado. As relações entre sujeito e predicado são mediadas pela análise do verbo 
e seu complemento. 
 De maneira geral, tudo aquilo que não é sujeito numa oração, é predicado. Um predicado 
pode ser classificado em predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal: 
Predicado Nominal 
 O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito. 
 
 
 
 
 
LEMBRANDO! 
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Predicativo do sujeito 
 O predicativo do sujeito é um termo que se tem a função de qualificar o sujeito de 
alguma maneira. Por isso, entende-se que ele não é um complemento do verbo. 
 O verbo aqui apenas conecta o sujeito à sua característica. 
 Podem ser adjetivos, locuções adjetivas ou verbos no gerúndio. 
 
 Os verbos de ligação, no predicado nominal, são o elo entre o sujeito e sua característica a 
partir da ideia de estado. Esses verbos podem expressar: 
 Estado permanente 
Ex.: Julia é bonita. 
 “bonita” = predicativo do sujeito 
 “é” = verbo de ligação indicando estado permanente 
 
 Estado transitório 
Ex.: Julia estava sorrindo. 
 “sorrindo” = predicativo do sujeito 
 “estava” = verbo de ligação indicando estado transitório 
 
 Mudança de estado 
Ex.: Julia ficou bonita. 
 “bonita” = predicativo do sujeito 
 “ficou” = verbo de ligação indicando mudança de estado 
 
 Continuidade de algum estado 
Ex.: Julia continua sorrindo. 
 “bonita” = predicativo do sujeito 
 “continua” = verbo de ligação indicando continuidade de estado 
 
 Aparência de estado 
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Ex.: Julia parece bonita. 
 “bonita” = predicativo do sujeito 
 “parece” = verbo de ligação indicando aparência de estado 
 
 
 
 
 
 
 
 Os verbos da palavra mágica são: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar. 
Predicado Verbal 
 O predicado verbal é formado por um verbo de ação. Pode ser acompanhado ou não de 
complemento. 
 Com verbos intransitivos 
Ex.: O homem morreu. 
 “morrer” = verbo intransitivo 
 
Ex.: Choveu muito ontem. 
 “chover” = verbo intransitivo, indicando fenômeno meteorológico 
 
 Com verbos transitivos 
Ex.: Marco abriu a porta. 
 “abrir” = verbo transitivo direto (não demanda preposição antes de “a porta”) 
 
Ex.: Camila assistiu ao filme. 
 “assistir” = verbo transitivo indireto (demanda preposição antes de “filme”) 
 
Ex.: Mamãe entregou a carta à professora. 
“entregar” = verbo transitivo direto e indireto (não demanda preposição 
antes de “a carta”, mas demanda preposição antes de “a professora”) 
Eu tenho uma palavra mágica para aprender os principais 
verbos que aparecem como verbo de ligação! É só decorar 
essa palavra que você não esquecerá nunca mais: 
SERESTAFICAPERPACON 
 
 
 
 
 
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Predicado Verbo-nominal 
 O predicado verbo-nominal é formado por um verbo de ação + predicativo do sujeito, ou 
seja, um verbo que denota ação acompanhado de um complemento que se refere ao sujeito e não 
ao verbo. 
Ex.: O homem respirou aliviado. 
 “aliviado” = predicativo do sujeito. 
 “respirar” = verbo intransitivo 
 
ATENÇÃO: Um mesmo verbo pode assumir transitividades diferentes de acordo com o contexto. 
“respirar”, por exemplo, pode ser considerado verbo transitivo direto se aparecer numa frase como 
“Ele respirou o ar da manhã”. Por isso, não decore verbos de acordo com a transitividade, mas sim 
analise a frase sintaticamente. 
 Veja como isso pode aparecer numa prova de vestibular: 
 
 
Termos essenciais 
Sujeito
Simples
Composto 
Oculto
Indeterminado
Inexistente
Predicado
Nominal
Verbal
Verbo-nominal
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3 – Termos Integrantes 
 São chamados termos integrantes os responsáveis por completar o sentido de verbos e 
nomes numa oração. São termos integrantes: complementos verbais e complementos nominais. 
 Vamos ver melhor cada um deles. 
3.1 – Complemento verbal 
 Complementos verbais são termos que integram o sentido dos verbos. Eles podem ser de 
duas naturezas: precedidos ou não de preposição. 
 Quando não demandam preposição são chamados de objeto direto; e 
 Quandodemandam preposição, são chamados de objeto indireto. 
 Há ainda um tipo de complemento verbal muito específico, o agente da passiva, que veremos 
isoladamente. 
Objeto Direto 
Ex.: Ela adotou um gato. 
 “um gato” = objeto direto (sem preposição) 
 “adotar” = verbo transitivo direto 
 
Ex.: Ela subiu a ladeira. 
 “a ladeira” = objeto direto (sem preposição) 
 “subir” = verbo transitivo direto 
Objeto Indireto 
 O objeto indireto complementa os verbos transitivos indiretos. Indica o termo (ser vivo ou 
coisa) para o qual se dirige a ação verbal precedido por preposição. 
Ex.: Ela conversou com o marido. 
 “o marido” = objeto indireto (precedido por preposição) 
 “conversar” = verbo transitivo indireto 
Ex.: Ela assistiu ao programa. 
 “o programa” = objeto indireto (precedido por preposição) 
 “assistir” = verbo transitivo indireto 
ATENÇÃO: Os verbos transitivos direto e indiretos são aqueles que possuem ambos os 
complementos verbais, ou seja, são acompanhados de objetos diretos e objetos indiretos. 
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É analisando o objeto que se descobre a transitividade do verbo! Observe sempre o 
complemento para descobrir como classificar um verbo. 
 
 Algumas vezes, o objeto pode aparecer na forma de pronome oblíquo. Observe as seguintes 
frases: 
Ex.: Paguei-lhe em dinheiro. 
“lhe” = a ele, portanto, objeto indireto (precedido por preposição) 
 “pagar” = verbo transitivo indireto 
Ex.: Convidaram-no para sair. 
 “no” = ele, portanto, objeto direto (não precedido por preposição) 
 “convidar” = verbo transitivo direto 
 
 Algumas vezes, você pode ficar MUITO CONFUSO ao tentar classificar os pronomes oblíquos. 
Como essa é uma regra que não muda, você pode decorar sem medo que: 
Objeto direto: me, te, o, a, nos, vos, os, as. Ex.: Conte-as (= Conte as notícias) 
Objeto indireto: me, te, lhe, nos, vos, lhes. Ex.: Chamem-nos (= Chamem a ela e a mim) 
 
 Tanto o objeto direto quanto o objeto indireto podem ser modificados por um predicativo 
do objeto. São termos, preposicionados ou não, que funcionam na mesma lógica do predicativo do 
sujeito: um termo que se tem a função de qualificar o objeto de alguma maneira. 
Ex.: Achei Carla empolgada. 
“empolgada” = predicativo do objeto, pois caracteriza como “eu” 
achei que estava “Carla” 
 “Carla” = objeto direto 
 
Ex.: Me apaixonei por um homem mau. 
 “mau” = predicativo do objeto, pois caracteriza “homem”. 
 “homem” = objeto indireto (precedido de “por”) 
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Ex.: Ele concorreu como candidato à prefeito. 
 “à prefeito” = predicativo do objeto, pois caracteriza 
qual foi a candidatura com que o sujeito concorreu. 
 “candidato” = objeto indireto 
 
3.2 – Agente da Passiva 
 O agente da passiva é um complemento verbal que aparece na voz passiva. Não é obrigatório 
que toda construção passiva possua um agente da passiva, então não se preocupe em procurar essa 
construção todas vezes. 
 Esse complemento designa o ser que pratica a ação sofrida (ou recebida) pelo sujeito. 
Vamos lembrar um pouco esse assunto: 
 
Voz passiva: o sujeito sofre a ação verbal, ou seja, o fato foi praticado no sujeito. 
Ex.: João foi ferido por José. 
 Agente da passiva (José pratica a ação de ferir) 
 Sujeito (João recebeu a ação de ferir) 
 
 
ATENÇÃO: Perceba que o sujeito faz a ação expressa na flexão do verbo, portanto, não 
precisa necessariamente ser quem a pratica. 
 
Na voz passiva, a ação se expressa numa locução verbal, ou seja, uma construção de 
verbo auxiliar + verbo principal. 
 
 O principal modo de formar o agente da passiva é com a preposição por + complemento. 
Vamos ver exemplos de usos do agente da passiva: 
 
Ex.: O livro foi escrito por Machado de Assis. 
“Machado de Assis” = agente da passiva, pois é quem praticou a 
ação de escrever o livro. 
 “livro” = sujeito, pois é quem sofreu a ação de ser escrito por alguém. 
 
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Ex.: A comida foi preparada pelo pai. 
 “pai” = agente da passiva, pois é quem praticou a ação de 
preparar a comida. 
 “comida” = sujeito, pois é quem sofreu a ação de ser preparada por alguém 
 
ATENÇÃO: é comum o aparecimento também da forma combinada “pelo” (por + o) como agente da 
passiva. Relembre essa forma combinada: 
 
Contração com preposição POR + Artigo definido 
pelo (por + o) 
pela (por + a) 
pelos (por + os) 
pelas (por + as) 
 
3.2 – Complemento Nominal 
 Complementos nominais são termos que integram ou limitam o sentido das formas nominais 
da oração. Eles sempre se ligam aos nomes através de uma preposição. Podem complementar o 
sentido de substantivos, adjetivos ou advérbios 
Ex.: 
Nenhum amor é mais forte que amor à mãe. 
“a” = preposição; “mãe” = substantivo; “à mãe” 
complementa o sentido do substantivo “amor”. 
“amor” = substantivo que demanda o complemento 
(“nenhum amor” é mais forte que qual tipo de amor?). 
A ação de amar é direcionado à mãe. 
 
Ela estava cheia de razão. 
“de” = preposição; “razão” = substantivo; “de razão” complementa o 
sentido do adjetivo “cheia”. 
“cheia” = adjetivo que demanda o complemento (é preciso limitar do que ela 
estava coberta). 
Estar cheio é uma ação direcionada à razão. 
 
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Agiu favoravelmente a mim. 
“a” = preposição; “mim” = pronome; “de manhã” complementa o 
sentido do advérbio de modo “favoravelmente”. 
“favoravelmente” = advérbio que demanda o complemento (a quem o 
sujeito foi favorável?) 
A ação de ser favorável foi direcionada a mim. 
 
 
 
 Muitos dos substantivos que aceitam complemento nominal são substantivos abstratos 
derivados de verbos. Por isso, algumas vezes, pode ser um modo de identificar se o termo 
está acompanhado de complemento nominal. 
Ex.: Amor ao próximo (= do verbo amar) 
Resistência ao fracasso (= do verbo resistir) 
 Por isso, costuma-se dizer que há uma ação implícita no complemento nominal: pois se 
ligam a palavras derivadas de verbo, recebendo sua ação. Pensando nos exemplos 
anteriores: 
Amor ao próximo = O ato de amar ao próximo 
 “próximo” recebe a ação de amar 
Resistência ao fracasso = O ator de resistir ao fracasso. 
 “fracasso” recebe a ação de resistir 
ATENÇÃO: 
Nos vestibulares, esse tema costuma aparecer ligado a questões em que é comparado a adjuntos 
adnominais. No tópico 4.1. veremos melhor o assunto. 
Termos 
integrantes 
Complemento 
verbal
Objeto direto
Objeto indireto 
Complemento 
nominal
Agente da Passiva
DICA! 
 
 
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4 – Termos Acessórios 
 São chamados termos acessórios os responsáveis por modificar ou especificar outros termos. 
Esses termos não são fundamentais para a construção da estrutura sintática da oração. São termos 
acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo. Vamos ver melhor cada um 
deles. 
4.1 – Adjunto adnominal 
 Vamos observar a seguinte oração para compreender o que é um adjunto adnominal: 
Os meus dois belos anéis de prata sumiram. 
Sujeito: “Os meus dois belos anéis de prata” 
Núcleo do sujeito: “anéis” 
 Qual o objetivo dos outrostermos do sujeito? Especificar o sentido da palavra “anéis”. Essa 
é precisamente a função do adjunto adnominal. 
 Um adjunto adnominal especifica ou torna mais preciso o sentido do substantivo que assumir 
a função de núcleo, tanto do sujeito quanto do objeto. 
 Vamos pensar agora nas classes de palavra de cada termo do sujeito da frase de exemplo: 
Os: artigo definido 
meus: pronome possessivo 
dois: numeral 
belos: adjetivo 
de prata: locução adjetiva 
 As palavras descritas acima são as classes de palavras que podem assumir a função sintática 
de adjunto adnominal. Para não esquecer quais as classes que podem assumir função de adjunto 
adnominal, lembre-se da palavra PLANA: 
 
 
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OBS: Nem todos os pronomes podem assumir a função de adjuntos adnominais. Veja quais são os 
tipos de pronome passíveis de realizar essa função: 
Pronomes* 
Demonstrativos Este, esse, aquele. 
Ex.: Esse menino é bonito. 
Indefinidos Algum, nenhum, muito, pouco, todo, outro, certo, tanto, quanto, qualquer. 
Ex.: Alguma vendedora pode me ajudar? 
Interrogativos Que, quem, qual, quanto. 
Ex.: Qual o livro mais caro? 
Possessivos Meu, teu, seu, nosso, vosso, seu. 
Ex.: Meu irmão chegou. 
Relativos O qual, cujo, quanto, que, quem, onde 
A pessoa à qual me refiro. 
*inseridos apenas um exemplo em cada tipo, sem variação de gênero e número. 
 
 
Na expressão utilizada acima, é fácil perceber que não há uma ação implícita, já que 
“anéis” não deriva de nenhum verbo. 
 
Mas e se a expressão fosse: “As construções de Roma são bonitas”? 
 
“construções” deriva do verbo “construir”, então como saber se “antigas” é 
complemento nominal ou adjunto adnominal? Basta fazer o mesmo movimento que 
fizemos no quadrinho anterior: 
 
Amor ao próximo = O ato de amar ao próximo 
“próximo” recebe a ação de amar, portanto é complemento nominal. 
 
As construções de Roma ≠ O ato de construir Roma. 
Não há, portanto, nenhuma ação implícita nessa expressão. Isso significa que ela é um 
adjunto adnominal. 
 
 
 
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COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL 
Observe essa tabela. Ela contém as diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal. 
 Complemento nominal Adjunto Adnominal 
Acompanha quem? Substantivo abstrato, adjetivo e 
advérbio 
Substantivo concreto ou abstrato 
Preposição? Tem preposição Pode ou não ter preposição 
Que tipo de termo? Termo integrante, ou seja, 
INDISPENSÁVEL para completar 
o sentido 
Termo acessório, ou seja, 
DISPENSÁVEL para completar o 
sentido 
 
4.2 – Adjunto adverbial 
 O adjunto adverbial é um termo que acompanha verbos, adjetivos ou advérbio. Ele 
intensifica o sentido ou especifica as circunstâncias. 
Ex.: 
Sim, ele virá às seis da manhã de carro para o trabalho. 
 “para o trabalho” = adjunto adverbial de finalidade 
 “de carro” = adjunto adverbial de meio 
 “às seis da manhã” = adjunto adverbial de tempo 
 “sim” = adjunto adverbial de afirmação 
 
 
 Os únicos termos que podem ser adjuntos adverbiais são advérbios e locuções 
adverbiais. Os adjuntos adverbias também são classificados da mesma maneira 
(afirmação, condição, dúvida, finalidade etc.) 
Portanto, se você se lembrar como identificar e classificar um advérbio, você 
encontrará as locuções adverbiais facilmente. 
 
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 Vamos relembrar os principais tipos de advérbio e locução adverbial, pois são os mesmos que 
os tipos de adjunto adverbial. Nessa tabela, você encontra os principais conectivos que indicam o 
tipo de locução adverbial correspondente. Não se preocupe em decorar tudo. 
 
O importante é que você saiba identificar o significado das expressões nas orações. 
 
 Assim, em “Andava com ele”, “com ele” é adjunto adverbial de companhia, indicado pela 
relação que “com” estabelece entre “andava” e “ele”. 
 
 
 Vamos ver os tipos possíveis: 
Afirmação (ex.: Sim, certamente, realmente) Adjunto adverbial de afirmação 
Negação (ex.: Não, tampouco) Adjunto adverbial de negação 
Dúvida (ex.: Talvez, acaso, quiçá, porventura) Adjunto adverbial de dúvida 
Acréscimo (ex.: além de) Adjunto adverbial de acréscimo 
Assunto (ex.: sobre, de, a respeito de) Adjunto adverbial de assunto 
Causa (ex.: com, por, por causa de) Adjunto adverbial de causa 
Companhia (ex.: com, contigo) Adjunto adverbial de companhia 
Concessão (ex.: apesar de) Adjunto adverbial de concessão 
Condição (ex.: sem) Adjunto adverbial de condição 
Conformidade (ex.: conforme, segundo) Adjunto adverbial de conformidade 
 Finalidade (ex.: para, a, a fim de, a fim de que) Adjunto adverbial de finalidade 
Frequência (ex.: sempre, todos os dias) Adjunto adverbial de frequência 
Instrumentos (ex.: com a faca, a mão) Adjunto adverbial de instrumento 
Intensidade (ex.: bastante, muito) Adjunto adverbial de intensidade 
Limite (ex.: até, à) Adjunto adverbial de limite 
Lugar (ex.: em Paris, de Roma, nas ruas, para São Paulo) Adjunto adverbial de lugar 
Matéria (ex.: de aço, de ouro) Adjunto adverbial de matéria 
Meio (ex.: de bicicleta, mediante fraude) Adjunto adverbial de meio 
Modo (ex.: a dedo, à vontade, tranquilamente) Adjunto adverbial de modo 
Tempo (ex.: das 8h às 9h, em junho, à noite) Adjunto adverbial de tempo 
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4.3 – Aposto 
 O aposto é um termo que é acrescentado à oração com o objetivo de explicar, esclarecer, 
desenvolver ou resumir algum outro termo. 
 
Ex.: Pelé, o rei do futebol, jogou até os 37 anos. 
 “o rei do futebol” é um aposto de “Pelé”. 
 
 Um aposto pode ser, portanto: 
 Explicativo: explica ou esclarece algum termo da oração. Aparece sempre entre vírgulas, 
entre parênteses ou entre travessões. 
Ex.: Mario, o aluno mais inteligente, passou no vestibular. 
 “o aluno mais inteligente” é aposto explicativo de Mario. 
 
 Comparativo: explica ou esclarece a partir de comparação com outros elementos. Aparece 
sempre entre vírgulas, entre parênteses ou entre travessões. 
Ex.: Os olhos, janelas da alma, não mentem jamais. 
 “janelas da alma” é um aposto comparativo de “olhos”. 
 
 Enumerativo: enumera as partes que constituem um termo em especial. Aparece sempre 
após dois pontos, entre vírgulas ou entre travessões 
Ex.: Já viajei por todo o Brasil: Norte e Sul. 
 “Norte e Sul” é um aposto enumerativo de “Brasil”. 
 
 Recapitulativo (resumidor): resume diversos termos em um só, que o recapitula. 
Ex.: Chuva ou sol, nada mudará nossos planos. 
 “nada” é um aposto recapitulativo de “chuva ou sol”. 
 
Não se preocupe em identificar os tipos de aposto pelo nome. Esse conteúdo não é 
cobrado nas provas. Você deve apenas ser capaz de entender as funções que ele 
assume. 
 
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4.4 – Vocativo 
 O vocativo é um termo que interpela o interlocutor diretamente. Serve para invocar, chamar 
ou nomear alguém, normalmente de maneira enfática. Vem sempre antes ou entre vírgulas. 
Ex.: Minha filha, venha aqui imediatamente. 
 “Minha filha” é a pessoa a quem se chama. 
Ó, Deus, ouça meu pedido. venha aqui imediatamente. 
 “Deus” é a pessoa a quem se invoca. 
Você, Paulo, é o vencedor. 
 “Paulo” é a pessoa a quem se nomeia vencedor. 
 
 
 
 
5 – Significado dos conectivos 
 Antes de falarmos sobre as relações de coordenação e subordinação, vamos nos debruçar 
sobre os conectivos. Issoserá útil para a hora em que você tiver que fazer análise sintática. 
5.1 – Significado das Preposições 
As preposições estabelecem ligações entre as palavras. Esta relação pode ser de muitas 
naturezas diversas. Mas atenção: uma mesma preposição pode estabelecer qualquer uma das 
relações dependendo do contexto. Estas são as principais relações que uma preposição pode 
estabelecer: 
Termos 
acessórios 
Adjunto adnominal Adjunto adverbial Aposto Vocativo
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ASSUNTO EXEMPLO EXPLICAÇÃO 
Assunto Falar sobre política Qual o assunto da ação? 
Autoria 
A música de Caetano Veloso. Quem fez a ação de escrever a 
música? 
Causa Chorou de raiva. Por que motivo fez a ação? 
Companhia Fui com ele. Quem estava junto na ação? 
Conteúdo Uma taça de vinho O que estava dentro da taça? 
Destino Vou a Paris. Para onde vai? 
Distância Parei a um passo da porta. A que distância fez a ação? 
Finalidade Vim para te ver. A fim de que veio? 
Instrumento Me cortei com a faca. O que foi usado para realizar a ação? 
Limite Fui até o fim da rua. Até onde foi a ação? 
Lugar Está sobre a mesa. Onde está o objeto? 
Matéria Um anel de ouro. Do que é feito o objeto? 
Meio Viajamos de avião. Qual o meio de realização da ação. 
Modo 
Votou em branco. Qual o modo que a ação foi 
realizada? 
Oposição O Brasil jogou contra o Chile. Há oposição na ação. 
Origem Veio de família rica. Qual a origem da pessoa? 
Preço Vendeu a seis reais. Qual o preço do objeto? 
Posse O livro de Maria. Quem possui o livro? 
Tempo Saímos após o jantar. Qual a hora que a ação se deu? 
*atenção para não confundir causa e finalidade! 
Causa: Algo ocorreu e, por isso, houve um resultado. Ex.: Ele foi preso por assalto. (A causa dele ter 
sido preso foi o assalto) 
Finalidade: Faz-se algo para que um resultado ocorra. Ex.: Ele trabalhava para o sustento da família. 
(O objetivo, ou seja, a finalidade da ação de trabalhar é o sustento da família) 
 
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DICA 
Para entender qual a relação estabelecida, procure pistas no verbo. Um verbo como 
“vender”, por exemplo, tem grandes chances de se relacionar a preço. Use seu 
vocabulário a seu favor. 
Algumas preposições merecem maior atenção, principalmente porque podem aparecer em 
mais de uma situação diferente e exprimir diferentes relações. Aqui, alguns dos exemplos mais 
comuns: 
Preposição “a” 
Destino: Vão a São Paulo. 
Distância: Estava a um metro. 
Finalidade: Tinha dois amigos a me aconselhar. 
Instrumento: Escreveu à caneta. 
Meio: Andei a cavalo. 
Modo: Vive à sua própria vontade. 
Movimento: Ela foi à feira. 
Preço: Vendia uma peça a cem reais. 
Proximidade: Postou-se à entrada da casa. 
Tempo: Às manhãs de sábado, dormia mais. 
 
Preposição “de” 
Autoria: O livro de Machado de Assis. 
Causa: Gritou de ódio. 
Conteúdo: Um copo de suco. 
Lugar: Veio de longe. 
Matéria: Colar de prata. 
Meio: Vivia do seu próprio trabalho. 
Modo: Me encarou de frente. 
Origem: Vim de família pobre. 
Posse: A casa de minha família. 
Tempo: De noite, chorava. 
 
Preposição “em” 
Estado ou mudança de estado: As árvores em 
flor / Tornou água em vinho. 
Lugar: Estava em Paris. 
Modo: Os fieis vieram em romaria. 
Preço: Avaliaram a casa em um milhão. 
Tempo: Em minutos, estavam longe. 
 
Preposição “com” 
Causa: Perderam tudo com as chuvas. 
Companhia: Saiu com os amigos. 
Instrumento: Destruiu com as mãos. 
Oposição: Estão em guerra com a Espanha. 
 
Preposição “contra” 
Lugar: Segurava o papel contra o peito. 
Oposição: Um lutou contra o outro. 
 
Preposição “para” 
Direção: Viajou para o norte. 
Fim: Nascido para brilhar. 
Lugar: Rumou para sua casa. 
 
Preposição “por” 
Causa: Veio por mim. 
Finalidade: Viveu por ajudar os outros. 
Lugar: Olhou por toda a sala. 
Meio: É conhecido por seu trabalho. 
Tempo: Andou por horas. 
 
Preposição “sobre” 
Assunto: Falaram sobre religião. 
Posição: Estava sobre a mesa. 
 
 
 
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5.2 – Significado das conjunções 
As conjunções podem estabelecer relações de coordenação – quando as duas orações ligadas 
são independentes; ou subordinação – quando uma oração determina ou completa o sentido de 
outra. 
 Vamos ver agora quais os sentidos que as conjunções podem assumir em cada um destes 
casos: 
Conjunções coordenativas 
Aditivas: Relacionam pensamentos similares. 
Ex.: e (une duas afirmações) e nem (une duas 
negações). 
Ele telefonou e saiu de casa. 
Ele não telefonou nem saiu de casa. 
 
Adversativas: Relacionam pensamentos 
opostos. 
Quando posterior ao verbo, a conjunção vem 
entre vírgulas. 
Ex.: contudo, entretanto, mas, no entanto, 
porém, todavia. 
Gosto de flores, mas prefiro folhas. 
Gosto de flores; prefiro, porém, folhas. 
 
Alternativas: Relacionam pensamentos 
excludentes. 
Ex.: ou, já/já, ora/ora, quer/quer, seja/seja. 
Vamos à praia ou à piscina? 
Ora quer ir, ora quer ficar. 
 
Conclusivas: Relacionam pensamentos em que 
o segundo conclui o primeiro. 
A conjunção “pois” se emprega entre vírgulas. 
Ex.: consequentemente, logo, pois, por 
conseguinte, portanto. 
O carro quebrou; logo, não podemos viajar. 
Você está atrasado; deve, pois, pedir desculpas. 
 
Explicativas: Relacionam pensamentos em que 
a segunda frase explica a primeira. 
Ex.: pois, porque, que. 
Espere um pouco que ele não demora. 
 
 
Conjunções subordinativas 
Causais: Exprimem causa. 
Ela foi embora, porque estava muito triste. 
Ex.: como, já que, pois, porque, que, uma vez 
que. 
 
Concessivas: Exprimem contraste. 
Vou encontrá-lo, embora ache que não tem 
mais solução. 
Ex.: ainda que, embora, posto que, se bem que. 
 
Consecutivas: Exprimem consequência. 
Era tão alta que não passava na porta. 
Ex.: de forma que, de maneira que, de modo 
que, que (relacionado a tal, tão, tanto, 
tamanho). 
 
Finais: Exprimem finalidade. 
Menti para que não brigasse comigo. 
Ex.: a fim de que, para que, porque, que. 
 
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Condicionais: Exprimem condição. 
Irei se puder. 
Ex.: caso, desde que, contanto que, se; 
 
Conformativas: Exprimem conformidade. 
Resolvi a questão conforme você me ensinou. 
Ex.: como, conforme, segundo. 
 
Comparativas: Exprimem comparação. 
Prata vale menos do que ouro. 
Ex.: como (relacionado a tal, tão, tanto), como 
se, do que (relacionado a mais, menos, maior, 
menor, melhor, pior), que. 
 
Integrantes: Antecipam uma oração com valor 
de substantivo. 
Insisti que ele viesse. 
Não sei se ele vem. 
Ex.: que (para orações afirmativas), se (para 
orações negativas). 
 
Proporcionais: Exprimem proporção. 
À medida que andávamos, ficava mais escuro. 
Ex.: à medida que, à proporção que, ao passo 
que. 
 
Temporais: Exprimem tempo. 
Assim que a vi, me emocionei. 
Ex.: antes que, apenas, assim que, até que, 
depois que, logo que, quando, tanto que 
 
 
 Algumas conjunções podem significar mais de um valor dependendo do contexto. Muitas 
vezes em exercícios você deverá identificar qual aspecto uma mesma conjunção representa e, por 
vezes, os nomes dos valores serão apresentados serão diferentes. Por isso, não se preocupe tanto 
em decorar, mas sim em compreender o contexto e interpretá-lo. 
Estas são algumas das principais possibilidades de significado e valores das conjunções: 
Conjunção Valores 
COMO Adição: Não só é bonito, como é inteligente. 
Causa: Como não sabia português, estudou. 
Comparação: Estudou como um gênio. 
Conformidade: Estudou como o manual mandava. 
E Adição: Ele é bonito e inteligente. 
Adversativo: Ele não sabe portuguêse não estuda. 
Conclusivo: Ele estudou português e passou de ano. 
Final: Ele ia estudar e passar na prova. 
POIS Adversativo: Está estudando? Pois não vai passar de ano. 
Conclusão: Está estudando, pode, pois, passar de ano. 
Explicação: Preciso estudar, pois não sei a matéria. 
PORQUE Causa: Estudei, porque não sabia a matéria. 
Explicação: Porque está a estudar muito, ele não deve saber a matéria. 
MAS Adição: Não só é bonito, mas inteligente. 
Adversativo: Estudou muito, mas não passou de ano. 
Atenuação: Ia mal na escola, mas disfarçava. 
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Compensação: Não saiu com os amigos, mas foi bem na prova. 
Restrição: Estudou, mas apenas para passar de ano. 
Retificação: Matemática é difícil, mas poucos se dedicam ao português. 
QUE Adição: Estuda que estuda, mas não passa de ano. 
Adversativo: Preciso estudar, que não essas poucas horas. 
Causa: Prevenido que era, estudou. 
Comparação: Ele estuda mais que os amigos. 
Concessão: Estude uma hora que seja. 
Conjunção Integrante: O importante é que você estude (o importante é 
isso). 
Consecutiva: Tanto estudou que passou de ano. 
Explicação: Estude, que a prova é amanhã. 
Final: Estudou para que passasse de ano. 
Modo: Sem que percebas, terás aprendido a matéria. 
Tempo: Sempre que estuda, vai bem na prova. 
SE Causa: Se você tinha dificuldades, porque não estudou? 
Condição: Se você estudar, irá entender a matéria. 
Concessão: Se não aprendeu tudo, ainda assim passou de ano. 
Conjunção Integrante: Não sei se estudou o suficiente. (se funciona como 
complemento de estudou: não sei isso.) 
Tempo: Se estuda, supera todos os outros. 
6 – O Período e sua construção 
O período é um enunciado composto de uma ou mais oração, ou seja, de construções que 
contém um ou mais de um verbo/forma verbal. Quando contém apenas um verbo, é chamado de 
período simples; quando contém dois ou mais verbos, é chamado de período composto. 
Aqui, vamos nos debruçar sobre o período composto. Ele é estruturado e classificado a partir 
da relação que as orações estabelecem entre si em dois tipos: período composto por coordenação 
e período composto por subordinação. 
Três tipos de oração formam um período composto. Eles são divididos de acordo com como 
se comportam sintaticamente: 
 Oração principal: não exerce função sintática no período. 
 Oração subordinada: exerce função sintática no período, assumindo funções como sujeito, 
objeto, complemento, adjunto etc., em relação à principal. Pode também assumir função de 
adjetivo ou advérbio da oração principal. 
 Oração coordenada: oração independente sintaticamente, ou seja, não possui orações que 
se referem a ela de modo a lhe completar o sentido. 
Vamos ver essa classificação com mais detalhes para tornar a ideia mais clara. 
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6.1 – Orações coordenadas 
 Períodos compostos por coordenação contém orações coordenadas, ou seja, independentes. 
São orações que possuem sentido completo em si mesmas, não necessitando de complemento. Elas 
podem aparecer ligadas uma a outra por meio de um conectivo (conjunções coordenativas) ou sem 
ele. 
Ex.: 
 Chegou em casa e tomou banho. 
Orações que compõe o período: 
- “Chegou em casa” 
- “tomou banho” 
As orações são ligadas pela conjunção “e”. 
 
 Vim, vi, venci. 
Orações que compõe o período: 
- “Vim” 
- “vi” 
- “venci” 
As orações não são ligadas por conjunção, mas por vírgulas. 
 
 
 
 Às orações coordenadas ligadas por conectivos, dá-se o nome de orações coordenadas 
sindéticas. 
 Às orações coordenadas sem conectivos, dá-se o nome de orações coordenadas 
assindéticas. 
Orações coordenadas sindéticas 
 As orações coordenadas sindéticas recebem o nome das conjunções que aparecem no 
período. Lembre-se da classificação dos conectivos e observe como formam orações homônimas: 
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•- Relacionam pensamentos similares. Expressa adição, sequência de fatos ou pensamentos.
•- Conjunções: "e", "não só ... mas também", "nem", "não ... nem".
•Ex.: Ele telefonou e saiu de casa.
• Ele não telefonou nem saiu de casa.
•As orações formadas são orações coordenadas sindéticas aditivas.
Aditiva
•- Relacionam pensamentos opostos. Expressa ressalva, oposição ou contraste.
•- Quando posterior ao verbo, a conjunção vem entre vírgulas.
•- Conjunções: "contudo", "entretanto", "mas", "no entanto", "porém", "todavia"
•Ex.: Gosto de flores, mas prefiro folhas.
• Gosto de flores; prefiro, porém, folhas.
•As orações formadas são orações coordenadas sindéticas adversativas.
Adversativa
•- Relacionam pensamentos excludentes. Expressa alternância ou exclusão.
•- Conjunções: ou, já/já, ora/ora, quer/quer, seja/seja.
•Ex.: Vamos à praia ou à piscina?
• Ora quer ir, ora quer ficar
•As orações formadas são orações coordenadas sindéticas alternativas.
Alternativa
•- Relacionam pensamentos em que o segundo conclui o primeiro. Expressa conclusão ou dedução. 
•- A conjunção “pois” se emprega entre vírgulas. 
•- Conjunções: consequentemente, logo, pois, por conseguinte, portanto. 
•Ex.: O carro quebrou; logo, não podemos viajar.
• Você está atrasado; deve, pois, pedir desculpas.
•As orações formadas são orações coordenadas sindéticas conclusivas. 
Conclusiva
•- Relacionam pensamentos em que a segunda frase explica a primeira. Expressa explicação ou motivo. 
•- Conjunções: pois, porque, que. 
•Ex.: Espere um pouco que ele não demora.
• Espere, porque daqui a pouco ele chega. 
• As orações formadas são orações coordenadas sindéticas explicativas. 
Explicativa
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Orações coordenadas assindéticas 
 As orações coordenadas assindéticas são separadas por pausas. No texto escrito, essas pausas 
são marcadas por vírgula, ponto e vírgula ou dois pontos. 
Ex.: 
 O sol saiu, o dia estava bonito. 
As orações não são ligadas por conjunção, mas por vírgula. 
 
 Cinco pessoas foram a favor da mudança; duas foram contra. 
As orações não são ligadas por conjunção, mas por ponto e vírgula. 
 
 Toquei seu rosto: estava frio. 
As orações não são ligadas por conjunção, mas por dois pontos. 
 
 
 
Orações coordenadas
Assindéticas Sindéticas
Aditiva
Adversativa
Alternativa
Conclusiva
Explicativa
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6.2 – Orações subordinadas 
 Períodos compostos por subordinação contém oração principal e oração subordinada. A 
oração principal é independente e a subordinada se relaciona com ela sintaticamente. Há três tipos 
de oração subordinada, cada uma assumindo funções ligadas a uma classe gramatical diferente: 
substantivas, adjetivas e adverbiais. 
Ex.: 
 Imploro que desistas. 
Orações que compõe o período: 
- “Imploro” = Oração principal 
- “que desistas” = Oração subordinada substantiva 
A oração “que desistas” tem função de objeto direto (o que eu imploro?). 
 
 Essa é a verdade que ninguém conta. 
Orações que compõe o período: 
- “Essa é a verdade” = Oração principal 
- “que ninguém conta” = Oração subordinada adjetiva 
A oração “que ninguém conta” tem função de adjunto adnominal (caracteriza “a verdade”). 
 
 Não comprou nada porque estava sem dinheiro. 
Orações que compõe o período: 
- “Não comprou nada” = Oração principal 
- “porque estava sem dinheiro” = Oração subordinada adverbial 
A oração “porque estava sem dinheiro” tem função de adverbio de causa (por que não comprou?). 
 
Orações subordinadas substantivas 
 As orações subordinadassubstantivas equivalem a substantivos. Exercem em relação à 
oração principal funções próprias de substantivos: sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal e aposto. Costumam ser iniciadas por conjunções integrantes (“que” e “se”). 
DICA: Para identificar uma oração subordinada substantiva, substitua a oração subordinada pela 
palavra “ISSO”. 
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Orações subordinadas adjetivas 
As orações subordinadas adjetivas equivalem a adjetivos. Exercem em relação à oração 
principal a função de adjunto adnominal de algum substantivo ou pronome da oração principal. 
Elas podem ser de dois tipos: 
 
Subjetiva
• Quando uma oração exerce a função de sujeito, é chamada de oração subordinada 
substantiva subjetiva. 
• Ex.: É certo que ela chega hoje. (= Isso é certo.)
Predicativa
• Quando uma oração exerce a função de predicativo, é chamada de oração subordinada 
substantiva predicativa. Atenção para a necessidade do verbo de ligação para essa 
relação. 
• Ex.: A verdade é que estamos perdidos. (= A verdade é isso.)
Objetiva direta
• Quando uma oração exerce a função de objeto direto, é chamada de oração subordinada 
substantiva objetiva direta. 
• Ex.: Entendi que deveria ficar quieto. (= Entendi isso.)
Objetiva indireta
• Quando uma oração exerce a função de objeto indireto, é chamada de oração subordinada 
substantiva objetiva indireta. 
• Ex.: Não me arrependi do que falei. (= Não me arrependi disso.)
Completiva nominal
• Quando uma oração exerce a função de complemento nominal, é chamada de oração 
subordinada substantiva completiva nominal. 
• Ex.: Ela tem medo de que você vá embora. (Ela tem vontade disso.)
Apositiva
• Quando uma oração exerce a função de aposto, é chamada de oração subordinada 
substantiva apositiva. 
• Ex.: Só peço uma coisa: que você seja honesto. 
Restritiva
• Quando restringe ou limita o significado do termo a que se refere, a oração é classificada 
como oração subordinada adjetiva restritiva. 
• Ex.: Você é a pessoa que mais gostei na vida. (= De todas as pessoas que gostei na vida, me 
refiro a uma em especial)
Explicativa
• Quando acrescenta qualidades ou esclarece melhor o significado do termo a que se refere, 
a oração é classificada como oração subordinada adjetiva explicativa. 
• Ex.: Eu, que era muito indecisa, não consegui escolher a sobremesa. (= Um dado novo é 
adicionado a "eu", caracterizando-o. )
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 Um modo fácil de identificar o tipo de oração adjetiva é observar a existência de vírgula 
ou não. 
 
Orações subordinadas adjetivas restritivas: não há vírgula separando a subordinada da 
principal. 
Orações subordinadas adjetivas explicativas: não há vírgula separando a subordinada da 
principal. 
 
Orações subordinadas adverbiais 
As orações subordinadas adverbiais equivalem a advérbios. Exercem em relação à oração 
principal a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. 
Esse tipo de oração costuma ser iniciado por conjunções subordinativas. As orações 
subordinadas adverbiais são classificadas a partir do nome da conjunção que as antecede: 
 
DICA! 
 
 
Causais
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime causa, é chamada de oração 
subordinada adverbial causais. 
• Conjunções: como, já que, pois, porque, que, uma vez que. 
• Ex.: Ela foi embora, porque estava muito triste. 
Comparativas
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime comparação, é chamada de oração 
subordinada adverbial comparativa. 
• Conjunções: como (relacionado a tal, tão, tanto), como se, do que (relacionado a mais, menos, 
maior, menor, melhor, pior), que. 
• Ex.: Prata vale menos do que ouro.
Concessivas
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime contraste, é chamada de oração 
subordinada adverbial concessiva. 
• Conjunções: ainda que, embora, posto que, se bem que. 
• Ex.: Vou encontra-lo, embora ache que não tem mais solução. 
Condicionais
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime condição, é chamada de oração 
subordinada adverbial condicional. 
• Conjunções: caso, desde que, contanto que, se. 
• Ex.: Irei se puder. 
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Conformativas
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime conformidade, é chamada de oração 
subordinada adverbial conformativa. 
• Conjunções: como, conforme, segundo. 
• Ex.: Resolvi a questão conforme você me ensinou.
Consecutivas
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime consequência, é chamada de oração 
subordinada adverbial consecutiva. 
• Conjunções: de forma que, de maneira que, de modo que, que (relacionado a tal, tão, tanto, 
tamanho).
• Ex.: Era tão alta que não passava na porta.
Finais
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime finalidade, é chamada de oração 
subordinada adverbial final. 
• Conjunções: a fim de que, para que, porque, que. 
• Ex.: Menti para que não brigasse comigo.
Proporcionais
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime proporção, é chamada de oração 
subordinada adverbial proporcionais. 
• Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que. 
• Ex.: À medida que andávamos, ficava mais escuro.
Temporal
• Quando uma oração se inicia com conjunção que exprime tempo, é chamada de oração 
subordinada adverbial temporal. 
• Conjunções: antes que, apenas, assim que, até que, depois que, logo que, quando, tanto que
• Ex.: Assim que a vi, me emocionei
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7 – Exercícios 
 Antes de começar nossas questões, alguns avisos: 
 Apesar de haver poucos exercícios do ENEM, aconselhamos que você também pratique com 
os de outros vestibulares. Assim você garantirá a apreensão do conhecimento. 
 Se ficar com dúvidas, volte à teoria. É importante que ela esteja bem fixada! 
 
Vamos lá? 
 
Orações subordinadas
Substantivas
Subjetivas
Predicativas
Objetivas diretas
Objetivas 
indiretas
Completivas 
nominais
Apositivas
Adjetivas
Explicativas
Restritivas
Adverbiais 
Causais
Consecutivas
Condicionais
Concessivas
Comparativas
Conformativas
Finais
Proporcionais
Temporais
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7.1 – Já caiu no ENEM 
 (ENEM - 2018) 
Para os chineses da dinastia Ming, talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros: 
acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente, que os espíritos malévolos só viajam 
em linha reta. Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de assombrações malditas. 
Qualidades sobrenaturais não são as únicas razões para considerarmos as favelas um modelo 
urbano viável, merecedor de investimentos infraestruturais em escala maciça. Lugares com 
conhecidos e sérios problemas, elas podem ser também solução para uma série de desafios 
das cidades hoje. Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso. 
As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno e sua história se confunde com a 
formação do Brasil. 
CARVALHO, B. A favela e sua 
 hora. Piauí, n. 67, abr. 2012. 
 
Os enunciados que compõem os textos encadeiam-se por meio de elementos linguísticos que 
contribuem para construir diferentes relações de sentido. No trecho “Em vielas sinuosas, 
portanto, estaríamos livres de assombrações malditas”, o conector “portanto” estabelece a 
mesma relação semântica que ocorre em 
a) “[...] talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros [...].” 
b) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente [...].”c) “[...] elas podem ser também solução para uma série de desafios das cidades hoje.” 
d) “Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso.” 
e) “As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno [...].” 
 
 (ENEM - 2016) 
O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade? 
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento 
da face e da vocalização – nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram 
observadas vocalizações ultrassônicas – que nós não somos capazes de perceber – e que eles 
emitem quando estão brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um 
dano em um local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira 
vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia dos 
animais é que não temos apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os 
animais têm o senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte 
superficial do cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais 
que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada. 
Disponível em: http://globonews.globo.com. 
Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado). 
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A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o 
trecho “Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro”, 
verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte uma relação de 
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de 
vocalização dos ratos. 
b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é contrário à 
vocalização dos ratos. 
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que não haja 
vocalização dos ratos. 
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos ratos é o dano 
causado no cérebro. 
e) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que haja 
vocalização dos ratos. 
 
 (ENEM - 2014) 
Tarefa 
Morder o fruto amargo e não cuspir 
Mas avisar aos outros quanto é amargo 
Cumprir o trato injusto e não falhar 
Mas avisar aos outros quanto é injusto 
Sofrer o esquema falso e não ceder 
Mas avisar aos outros quanto é falso 
Dizer também que são coisas mutáveis... 
E quando em muitos a não pulsar 
— do amargo e injusto e falso por mudar — 
então confiar à gente exausta o plano 
de um mundo novo e muito mais humano. 
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. 
 
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua 
função sintática, 
a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes. 
b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis. 
c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência. 
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d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório. 
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo. 
 
 (ENEM - 2014) 
Reciclar é só parte da solução 
 
 O lixo é um grande problema da sustentabilidade. Literalmente: todos os anos, cada 
brasileiro produz 385 kg de resíduos – dá 61 milhões de toneladas no total. O certo seria tentar 
diminuir ao máximo essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal 
seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os resíduos. Mas, enquanto isso não 
acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: 
reciclar o lixo também polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por exemplo, é 15% 
mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens. Afinal, é feito basicamente de 
areia, soda e calcário, que são abundantes na natureza. Então, nenhuma empresa tem 
interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque economiza muita energia. 
HORTA, M. Disponível em: http://super.abril.com.br. 
Acesso em: 25 maio 2012. 
 
O emprego adequado dos elementos de coesão contribui para a construção de um texto 
argumentativo e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam ser alcançados. A análise 
desses elementos no texto mostra que o conectivo 
a) “ou seja” introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo. 
b) “mas” instaura justificativas para a criação de novos tipos de reciclagem. 
c) “também” antecede um argumento a favor da reciclagem. 
d) “afinal” retoma uma finalidade para o uso de matérias-primas. 
e) “então” reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza. 
 
 (ENEM - 2014) 
É possível ter cãibras no coração? 
 
 É impossível ter cãibras no coração, apesar de ser comum pacientes se queixarem de dores 
semelhantes a uma contratura no órgão. A musculatura cardíaca é diferente da musculatura 
esquelética das pernas e braços, onde sentimos as cãibras. Isso porque o coração possui um 
tipo especial de fibra muscular estriada, que tem movimento involuntário. O órgão contrai e 
relaxa automaticamente. Não há registro de casos em que ele permaneça contraído sem 
relaxamento imediato, que é como a cãibra se apresenta. 
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Disponível em: http://super.abril.com.br. 
Acesso em: 30 jun. 2012 (fragmento). 
 
Os conectivos são elementos fundamentais para a ligação de palavras e orações no texto. 
Contextualmente, o conectivo “apesar de” ( . 1) expressa 
a) explicação, porque apresenta os motivos que impossibilitam o aparecimento de cãibras no 
coração. 
b) concessão, pois introduz uma ideia contrária à afirmação “é impossível ter cãibras no 
coração”. 
c) causa, tendo em vista que introduz a razão da manifestação da doença no coração. 
d) conclusão, já que finaliza a afirmação “é impossível ter cãibras no coração”. 
e) consequência, uma vez que apresenta os efeitos das cãibras. 
 
 (ENEM - 2013) 
 
Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. 
Acesso em: 21 set. 2011. 
 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado 
pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos, 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação 
à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações. 
 
 
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 (ENEM - 2012) 
O bonde abre a viagem, 
No banco ninguém, 
Estou só, stou sem. 
Depois sobe um homem, 
No banco sentou, 
Companheiro vou. 
O bonde está cheio, 
De novo porém 
Não sou mais ninguém. 
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. 
 
Em um texto literário, é comum que os recursos poéticos e linguísticos participem do 
significado do texto, isto é, forma e conteúdo se relacionam significativamente. Com relação 
ao poema de Mário de Andrade, a correlação entre um recurso formal e um aspecto da 
significação do texto é 
a) a sucessão de orações coordenadas, que remete à sucessão de cenas e emoções sentidas 
pelo eu lírico ao longo da viagem. 
b) a elisão dos verbos, recurso estilístico constante no poema, que acentua o ritmo acelerado 
da modernidade. 
c) o emprego de versos curtos e irregulares em sua métrica, que reproduzem uma viagem de 
bonde, com suas paradas e retomadasde movimento. 
d) a sonoridade do poema, carregada de sons nasais, que representa a tristeza do eu lírico ao 
longo de toda a viagem. 
e) a ausência de rima nos versos, recurso muito utilizado pelos modernistas, que aproxima a 
linguagem do poema da linguagem cotidiana. 
 
 (ENEM - 2011) 
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, 
mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma 
alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de 
desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, 
dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar 
a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses 
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável. 
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009. 
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As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção 
do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que 
a) a expressão "Além disso" marca uma sequenciação de ideias. 
b) o conectivo "mas também" inicia oração que exprime ideia de contraste. 
c) o termo "como", em "como morte súbita e derrame", introduz uma generalização. 
d) o termo "Também" exprime uma justificativa. 
e) o termo "fatores" retoma coesivamente "níveis de colesterol e de glicose no sangue”. 
 
 (ENEM - 2010) 
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte 
marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros 
rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande 
dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente 
da sua área. 
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, 
a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada 
e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e 
empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado). 
 
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 
2009, contém vários conectivos, sendo que 
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a 
bola de cabeça. 
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para 
serem aplicadas no jogo. 
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em 
ordem cronológica de ocorrência. 
d) mesmo traz ideia de concessões, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não é 
algo naturalmente esperado. 
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram 
o Botafogo a fazer um bloqueio. 
 
 (ENEM - 2010) 
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, 
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, 
o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos 
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pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se 
quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela 
plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. 
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. 
 
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando 
aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, 
o conectivo mas 
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. 
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. 
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. 
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. 
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. 
 
7.2 – Outros vestibulares 
 (FUVEST - 2019) 
Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de 
empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo 
de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade prática de uma sociedade em 
determinado período. Narrativa simbólica que é, o mito político coloca em suspenso o 
problema da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas também não pode 
ser percebido como mentira (do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido 
às circunstâncias que envolvem os indivíduos: ao fazê-los ver sua condição presente como 
parte de uma história em curso, ajuda a compreender e suportar o mundo em que vivem. 
ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24. 
 
Sobre o sujeito da oração “em que vivem”, é correto afirmar: 
a) Expressa indeterminação, cabendo ao leitor deduzir a quem se refere a ação verbal. 
b) Está oculto e visa evitar a repetição da palavra “circunstâncias”. 
c) É uma função sintática preenchida pelo pronome “que”. 
d) É indeterminado, tendo em vista que não é possível identificar a quem se refere a ação 
verbal. 
e) Está oculto e seu referente é o mesmo do pronome “os” em “fazê-los”. 
 
 
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 (FGV - 2018) 
Quando você significa eu 
Outro dia, deitado no divã em uma seção de análise, descrevi meus sentimentos. “Quando 
sobe a raiva, você perde a capacidade de ser generoso.” Antes de terminar a frase, eu me dei 
conta de que tinha usado “você”, apesar de estar descrevendo um comportamento meu. 
Instintivamente repeti a frase. “Quando sobe a raiva, eu perco a capacidade de ser generoso.” 
Não me senti bem. Não era o que eu queria expressar. O que seria esse estranho “você” que 
havia usado falando de mim, e seguramente não me referindo a ele, meu analista, que era o 
único na sala? Como você sabe, o “você” normal é usado como nessa frase, para se referir ao 
interlocutor. Descobri que esse estranho “você” é o chamado “você” genérico e pode significar 
muitas coisas, entre elas “eu e toda a humanidade”. O que eu queria dizer era o seguinte: 
“Quando sobe a raiva, eu e toda a humanidade perdemos a capacidade de sermos generosos.” 
Ao usar o “você” genérico estava tentando me eximir um pouco da culpa. 
Imagine qual não foi minha surpresa ao me deparar com um estudo que investiga exatamente 
em que condições as pessoas usam esse “você” genérico. O prazer é grande quando você (o 
prazer é meu, mas estou usando o “você “genérico para expressar minha esperança que você 
também tenha esse prazer) lê sobre algo que já observou. 
Fernando Reinach, O Estado de S. Paulo, 08/04/2017. 
 
A oração “Ao usar o ´você´ genérico” (final do segundo parágrafo) expressa ideia de 
a) causa. 
b) consequência. 
c) tempo. 
d) condição. 
e) finalidade. 
 
 (FGV - 2018) 
A revolução chama Pedro Bala como Deus chamava Pirulito nas noites do trapiche. É uma 
voz poderosa dentro dele, poderosa como a voz do mar, como a voz do vento, tão poderosa 
como uma voz sem comparação. Como a voz de um negro que canta num saveiro o samba que 
Boa-Vida fez: 
“Companheiros, chegou a hora...” 
A voz o chama. Uma voz que o alegra, que faz bater seu coração. Ajudar a mudar o destino 
de todos os pobres. Uma voz que atravessa a cidade, que parece vir dos atabaques que ressoam 
nas macumbas

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