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soldagem - estratégia concursos

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Aula 19 - Prof. Felipe
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 13 -
Projetos, Construção e Montagem
Mecânica) Conhecimentos Específicos
(parte Mecânica) (Pós-Edital)
Autor:
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
19 de Janeiro de 2024
79126464420 - Eugenia Maria Ferreira Camara
1 
 
Sumário 
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – SOLDAGEM .................................................................................................... 3 
As categorias e os tipos de soldagem ................................................................................................................ 4 
Soldagem por fusão ....................................................................................................................................... 6 
Soldagem a Arco Elétrico ............................................................................................................................... 6 
Fontes de energia para a soldagem ........................................................................................................ 12 
Segurança em soldagem ........................................................................................................................... 15 
Tipos de processos de soldagem .................................................................................................................. 19 
Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos ............................................................................................. 21 
Soldagem a Arco com Proteção Gasosa .................................................................................................. 25 
Tipos de transferência de metal ............................................................................................................... 27 
Soldagem a Arco com Arame Tubular ...................................................................................................... 31 
Soldagem a Arco por Eletrogás ................................................................................................................ 40 
Soldagem por Eletroescória ...................................................................................................................... 42 
Soldagem a Arco com Arco Submerso ...................................................................................................... 31 
Soldagem a Arco com Eletrodo de Tungstênio - Eletrodo Não Consumível .............................................. 34 
Soldagem por Resistência ......................................................................................................................... 40 
Soldagem a Gás Oxicombustível .............................................................................................................. 47 
Oxi-Corte .................................................................................................................................................. 51 
Outros tipos de processos de soldagem por fusão ................................................................................... 52 
Soldagem com Feixe de Elétrons .............................................................................................................. 52 
Soldagem a Laser ..................................................................................................................................... 54 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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2 
 
Soldagem Aluminotérmica ......................................................................................................................... 54 
Soldagem no Estado Sólido .......................................................................................................................... 56 
Soldagem no Estado Sólido por Forjamento ............................................................................................. 57 
Soldagem no Estado Sólido por Forjamento a Frio .................................................................................. 57 
Soldagem no Estado Sólido por Laminação.............................................................................................. 57 
Soldagem no Estado Sólido por Difusão ................................................................................................... 57 
Soldagem no Estado Sólido por Explosão ................................................................................................ 58 
Soldagem no Estado Sólido por Fricção ................................................................................................... 58 
Soldagem no Estado Sólido por Ultrassom ............................................................................................... 58 
Brasagem ...................................................................................................................................................... 59 
Considerações finais ......................................................................................................................................... 62 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 63 
 
 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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3 
 
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – SOLDAGEM 
Fala, Coruja! Como você está? Tudo certo? Você não faz ideia de como é bom estar aqui novamente! 
Hoje, falaremos sobre os processos de soldagem! 
Introduziremos nossa aula com os tipos de processos, na principal categoria desse ramo do 
conhecimento: soldagem por fusão. Percebe-se pelo estudo e análise das questões de diversas bancas que 
o tema em questão é abordado superficialmente, sem adentrar nas especificações de cada tipo. Assim, há a 
tendência de uma cobrança direta sobre suas características. Por vezes, Coruja, os assuntos sobre materiais 
metálicos serão necessários, mas sem, também, qualquer exigência aprofundada sobre o tema. 
Por outro lado, em nossa aula, serão abordados os detalhes com uma profundidade maior a fim de 
termos uma preparação para qualquer nível de prova em relação a esse assunto. Afinal de contas, não 
queremos surpresas no dia “D” da prova, certo, Estrategista? 
Outro aspecto que quero mencionar desde já é que as equações desse assunto são tranquilas, com 
baixa dificuldade matemática. Além disso, esse não é o foco principal das questões e quando são necessárias 
contas, elas costumam ser exigidas em um nível tranquilo para o profissional de engenharia como a gente :). 
Ao término do nosso estudo, compilei as principais questões de bancas renomadas para praticarmos, 
com comentários pertinentes sobre os principais pontos, além, é claro, de questões da banca do seu 
concurso (termos o perfil específico dela é essencial para sua aprovação). 
Pois bem. Sem mais delongas. Vamos ao que interessa! Antes, não deixe de me seguir nas minhas 
redes sociais para ter acesso a dicas e questões comentadas em vídeos sobre diferentes temas da 
Engenharia Mecânica! 
 
profcanelas t.me/profcanelas 
 
Boa aula! 
 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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4 
 
AS CATEGORIAS E OS TIPOS DE SOLDAGEM 
Coruja, os tipos de soldagem são agrupados em duas categorias: soldagem por fusão, processo pelo 
qual as duas partes que serão trabalhadas (peças metálicas, por exemplo) são unidas,soldadas pela fusão 
de cada uma; e a soldagem no estado sólido, na qual a união é desenvolvida pelo calor e/ou pressão sem 
necessidade de fusão dos metais de base e, muito menos, de material (metal) de adição. Esta última possui 
pouca incidência em provas. 
 
Outra palavra normalmente utilizada na literatura para se referir a soldagem/união é a 
palavra coalescência. Exemplo: “na soldagem por fusão, a coalescência ocorre pela fusão 
das duas partes...”. Ela significa, nada mais, nada menos que união, junção. 
Os tipos de soldagem pertencentes a categoria soldagem por fusão estão discriminados no esquema 
abaixo. Coruja, grave esses nomes a fim de não ser alvo de pegadinhas do examinador, tentando fazer 
alguma confusão com outras categorias de soldagem (veremos mais à frente): 
 
Soldagem por fusão
Soldagem a Arco
Soldagem por Resistência
Soldagem a Gás Oxicombustível
Soldagem com Feixe de Elétrons
Soldagem a Laser
Soldagem Aluminotérmica
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5 
 
Outros processos de soldagem que aparecem menos em provas, mas que é válido comentarmos são 
os processos de soldagem no estado sólido. 
Nesse grupo de soldagem, Coruja, temos 8 tipos de processos, conforme apresentado no esquema a 
seguir (esses tipos de processos serão explicados ao término da nossa primeira parte da aula): 
 
Estrategista, os processos de soldagem que mais caem em provas são os do tipo por fusão! A partir 
de agora, retome sua atenção e mantenha o foco! Vamos adentrar nas especificações de cada tipo dessa 
categoria. 
 No final dessa parte da aula, antes dos processos de Conformação e Usinagem, iremos tratar dos 
tipos no Estado Sólido. 
 Avante! 
Soldagem no Estado Sólido
Soldagem por Forjamento
Soldagem por Forjamento à Frio
Soldagem por Laminação
Soldagem por Pressão a Quente
Soldagem a Difusão
Soldagem por Explosão
Soldagem por Fricção
Soldagem por Ultrassom
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6 
 
Soldagem por fusão 
 Nesse tipo de soldagem, Estrategista, teremos, como o próprio nome já sugere, uma parte, uma zona 
específica das peças de trabalho a serem soldadas que irá fundir. No decorrer da aula, irei detalhar mais 
sobre essas zonas. Por enquanto, vamos estudar os tipos de processos de solda por fusão! 
Soldagem a Arco Elétrico 
Nesse tipo de soldagem, cujo nome em inglês é Arc Welding (AW) – alguma questão de prova pode 
cobrar o nome em inglês - temos o processo de união (coalescência) dos metais a serem soldados pelo calor 
de um arco elétrico entre um eletrodo e a peça de trabalho (peça a ser soldada). 
Esse arco elétrico consiste em uma descarga elétrica proveniente de um circuito elétrico formado e 
que se mantém pela presença de uma coluna de gás ionizado. E é por conta dele que a corrente flui, sendo 
a fonte de calor do processo proveniente de uma fonte de energia controlável para a quantidade correta de 
energia fornecida ao processo. 
A figura a seguir ilustra um esquema genérico de soldagem por fusão a arco elétrico e as 
denominações importantes do processo. 
1 
Dessa forma, o eletrodo, seja ele consumível, seja ele não consumível (iremos tratar desse aspecto 
mais à frente), quando colocado junto a peça de trabalho, cria-se o arco elétrico e, pela adição de um metal 
 
1 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014. 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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7 
 
- caso seja utilizado no processo (veremos no decorrer da aula que nem sempre teremos metal de adição) - 
ocorre a fusão, gerando a poça de metal fundido entre a peça de trabalho e o metal de adição (nesse caso). 
É importante que você saiba, Estrategista, o nome que se dá a solda quando não se utiliza metal de 
adição: a solda se chama autógena. Grave isso! 
Perceba, Coruja: conforme a solda segue sua direção, o metal adicionado fundido na poça formada 
junto com o metal base (da peça de trabalho) vai se solidificando, depois de terem passado por temperaturas 
na casa dos 5500oC. A figura abaixo ilustra esse processo descrito. 
2 
 
(CEBRASPE/Mecânica) 
Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem. 
 
2 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014. 
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8 
 
O arco elétrico é uma fonte de calor muito utilizada na soldagem por fusão de materiais metálicos, 
porque apresenta, entre outras vantagens, uma concentração adequada de energia para a fusão do 
metal de base. 
( ) Correta ( ) Errada 
Comentário: 
Conforme vimos, uma vantagem da soldagem por arco elétrico é o controle da quantidade de energia 
para a solda, pela ação do soldador e a fonte elétrica. Dessa forma, pode-se atingir a adequada 
concentração de energia. 
Gabarito: correta. 
Alguns termos técnicos são importantes para as provas. Assim, suas definições são necessárias antes 
de adentrarmos nos detalhes dos demais tipos de soldagem. Esses termos são: eletrodos, proteção do arco 
e fontes de energia (na soldagem a arco). 
 
Alguns autores renomados, como Mikell P. Groover, mencionam o termo arc-on time em 
relação a atividade de soldagem. Não se preocupe, Estrategista, nada mais é que o tempo 
de duração do arco funcionando (aberto) pelo tempo total do trabalho (tão conhecida 
fórmula da eficiência). 
Arc-on Time = 
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜,𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚
 
Coruja, o eletrodo consiste em um metal que, quando ligado a fonte de energia (conforme mostra a 
figura 2) se carrega com carga "+" pelos elétrons da superfície desse eletrodo (pois, como sabemos, os 
átomos possuem elétrons que orbitam ao seu redor e são responsáveis pelo fluxo de corrente elétrica, 
gerando energia. Maiores detalhes sobre esse assunto fogem ao tema da aula e por hora é mais do que 
suficiente para nosso estudo). 
A partir desse momento, o metal base da peça de trabalho com carga negativa "-" – negativa por 
conta da fonte de energia como mostra a figura 2 - gera a diferença de potencial elétrico (polo negativo da 
peça de trabalho com polo positivo do eletrodo energizado). 
Surge, assim, o arco elétrico! Estrategista, já quanto aos eletrodos, eles podem ser consumíveis ou 
não consumíveis. No primeiro tipo de eletrodo, como o próprio nome já indica, ocorre o fornecimento de 
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material para a poça de fusão formada junto ao metal adicionado, além do metal base da peça de trabalho. 
Eles podem ser de varetas de comprimento de 450 mm, aproximadamente, ou em carretéis. A diferença 
consiste, basicamente, no tempo de troca que, no caso da vareta, ocorre de maneira periódica, 
diferentemente dos carretéis que o tempo entre trocade eletrodos é maior. 
O segundo tipo (não consumíveis) não há o mesmo consumo que nem no primeiro (apesar de ocorrer 
desgaste com o tempo, é claro). Os eletrodos não consumíveis são feitos, normalmente, de tungstênio ou 
de carbono (memorize essa informação sobre os não-consumíveis). 
 
Você pensou que eu não iria comentar sobre os materiais dos eletrodos consumíveis, 
certo? (rs). Acontece que os materiais desse tipo de eletrodo variam de acordo com o 
material a ser soldado da peça de trabalho e sua aplicação, conforme as propriedades 
mecânicas, posições de soldagem, tipos de revestimento, etc. Dessa forma, são de 
diferentes elementos químicos. Comentarei a seguir. 
 
 
A estrutura do eletrodo revestido consiste na alma (núcleo de material metálico, cujas funções é 
conduzir corrente elétrica e fornecer metal de adição para a junta) que é envolvido por um revestimento 
que pode ser de diferentes materiais. Esses materiais que constituem o revestimento podem ser orgânicos 
e/ou minerais, com variações de espessuras e dosagens. 
Conforme se variam a espessura e o tipo de materiais, os eletrodos revestidos recebem diferentes 
classificações, demonstradas no esquema a seguir: 
Eletrodos
Consumíveis (diferentes elementos químicos);
Desvantagem (troca periódica, suspendendo a soldagem).
Não Consumíveis (Feito de tungstênio ou carbono). 
Também sofrem desgates, apesar de durararem mais.
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Coruja, o pó de ferro pode ser adicionado em outros eletrodos, a fim de gerar propriedades 
específicas como melhor aproveitamento energético e melhore estabilização do arco. Todavia, pode tornar 
o revestimento mais oxidante e em elevadas temperaturas ter dissolvido hidrogênio na solda. Perceba que 
esse é um problema da grande parte dos revestimento que vimos acima. Não obstante tal problema, veja 
que o revestimento básico é um tipo que, se for armazenado e manuseado corretamente, sem estar em 
Epessura
Peculiar ou fino = o 
revestimento tem 
espessura de até 10% 
do diâmetro da alma.
Semi-espesso = o 
revestimento é cerca de 
10 a 20% do diâmetro 
da alma.
Espesso = o 
revestimento é cerca de 
20 a 40% do diâmetro 
da alma.
Muito espesso = o 
revestimento tem 
espessura maior que 
40% do diâmetro da 
alma.
Tipo de 
material/elemento
Revestimento oxidante = possui óxidos de ferro e manganês em
sua composição. Sua escória é fácil de ser destacada. É utilizado
em soldagem com corrente contínua ou alternada. Possuem
baixa penetração.
Revestimento Ácido = o revestimento é cerca de 10 a 20% do
diâmetro da alma. Possue alta liberação de hidrogênio quando
em presença de água.
Rutílico = seu revestimento apresenta rutilo (TiO2 - óxido de
titânio); média penetração; escória de rápida solidificação e
facilmente destacável; nível de hidrogênio elevado.
Básico = possui grande quantidade de carbonato de cálcio e
fluorita; precisa ser manuseado corretamente pois é altamente
higroscópio (alta afinidade de absorver água do ambiente (vapor
ou líquida). Todavia, quando armazenado e manuseado
corretamente, evita-se presença de hidrogênio na solda.
Celulósico = contém grande quantidade de material orgânico. O
cordão da solda é grosseiro e produz áreas irregulares. Possui
alta penetração. Porém, em altas temperaturas, se decompõem
e geram elevadas quantidades de hidrogênio.
Pó de Ferro = permite melhor aproveitamento de energia do
arco elétrico.
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contato com umidade, gera baixo teor de hidrogênio na soldagem! Assim, o defeito de fissuração (trinca) a 
frio, por exemplo, é minimizado. 
Dentre as funções dos revestimentos3, pode-se citar, Coruja: 
• Estabilização do arco; 
• Alteração da composição do cordão pela inclusão de elementos de liga; 
• Proteção da poça de fusão; 
• Limpeza do local com escória de fácil remoção; 
• Realizar ou possibilitar reações de refino metalúrgico (como desoxidação, dessulfuração, 
por exemplo); 
• Formar uma camada de escória protetora; 
• Facilitar a remoção da escória e controlar suas propriedades (físicas e químicas); 
• Facilitar a soldagem em diversas posições; 
• Dissolver óxidos e contaminantes na superfície da junta; 
• Reduzir o nível de respingos e fumos; 
• Diminuir a velocidade de resfriamento da solda; 
• Possibilitar o uso de diferentes tipos de corrente e polaridade; 
• Aumentar a taxa de deposição; 
• Direcionar o arco elétrico; 
• Isolar a alma de aço; 
Por sua vez, Coruja, parte da doutrina4 cita como funções específicas da escória as seguintes (já foi 
alvo de cobrança de prova, por isso, atenção): fornecer proteção adicional contra os contaminantes 
atmosféricos; agir como purificadora e absorver impurezas que são levadas à superfície e ficam aprisionadas 
pela escória; reduzir a velocidade de resfriamento do metal fundido para permitir o escape de gases. A 
escória também controla o contorno, a uniformidade e a aparência geral do cordão de solda (Importante 
nas juntas em ângulo). 
Estrategista, outro ponto importante a se saber é que a proteção do arco provém de uma camada de 
gás ou fluxo, ou ambos, que impedem a reação química dos metais a serem unidos pela temperatura 
elevada com o oxigênio, nitrogênio e hidrogênio presentes no ar atmosférico. 
O fluxo é um material que, quando fundido, previne a formação de óxidos e materiais indesejáveis 
a solda. Dessa forma, ele faz parte da poça líquida formada e que isola a região da solda, cobrindo-a e a 
protegendo. Um dos efeitos indesejáveis são os famosos respingos que podem ser impurezas ou o próprio 
 
3 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
4 Adaptado de Forte, C.; Vaz, T.C. Apostila de Eletrodos Revestidos - ESAB-BR, 2005. 
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material que se espalha na superfície da peça de trabalho, proveniente de um aumento da amperagem pela 
fonte de energia, dentre outros fatores que serão comentados posteriormente. 
Em relação ao modo de aplicação do fluxo, tem-se para cada processo de soldagem uma técnica a 
ser aplicada. Basicamente, temos três grandes técnicas: 
1. colocar o fluxo granular sobre a soldagem; 
 
2. usar um eletrodo revestido com material de fluxo - conforme a ponta do eletrodo atinge as 
temperaturas elevadas, esse material fundido recobre a região da solda, protegendo-a; 
 
3. ainda na lógica da segunda técnica - o uso de eletrodos tubulares com o material do fluxo no 
interior dele (por isso, tubular) que funde junto aos demais materiais. 
Estrategista, agora, falaremos sobre as fontes de energia para a soldagem. Vamos lá? 
Fontes de energia para a soldagem 
 Antes de vermos os principais detalhes sobre os tipos de correntes utilizadas pelas fontes (tema que 
costuma cair mais em provas), é válido termos uma introdução sobre alguns tópicos que também podem vir 
a aparecer sobre as fontes de energia. 
 Inicialmente, é interessante você saber, Coruja, que, normalmente (veja que negritei, passei 
vermelho e sublinhei essa palavra rs - ou seja, é em geral e não sempre), a faixa de voltagem (tensão) é de 
10 a 40 V e a corrente costuma ficar entre 10 a 1200 A (esses valores estão em linhacom a literatura 
dominante5 sobre o tema para concursos). Tenha essa noção de valores, pois as provas podem vir a cobrar e 
colocar valores muito fora desses níveis (como é de costume). 
Como esse assunto não é muito explorado (nunca vi questões sobre detalhes específicos), veremos 
um apanhado geral que pode aparecer em provas da nossa área (mecânica). Vamos lá. 
Primeiramente, é importante sabermos os requisitos básicos elencados pela literatura6 das fontes de 
energia. Dessa forma, memorize que as fontes para soldagem a arco deve cumprir com três requisitos: 
produzir saídas de corrente e tensão adequadas para um ou mais processos de soldagem; permitir o ajuste 
dos valores de corrente e/ou tensão para aplicações específicas; controlar a variação dos níveis de corrente 
e tensão de acordo com os requisitos dos processo e aplicação, durante a soldagem. Assim: 
 
5 Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
6 Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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 Além desses requisitos básicos, o projeto da fonte precisa cumprir com os seguintes requisitos 
adicionais: estar em conformidade com as normas e códigos inerentes a segurança e funcionalidade; ter 
resistência e durabilidade em ambientes fabris e industriais, além de instalação e operação simples e segura; 
controles e interface de fácil usabilidade e compreensão pelo usuário, além de ter interface ou saída para 
sistemas de automação, se necessário. 
 Coruja, para finalizarmos o estudo sobre as fontes de energia, e vermos os tipos de fontes, convém 
estudarmos um pouco sobre as suas características estáticas e dinâmicas. São essas características que 
afetam a estabilidade do arco e a aplicabilidade da fonte em um dado processo de soldagem e, cada uma, 
de uma forma diferente. 
 Basicamente, temos as seguintes particularidade de cada característica: 
• Estáticas: estão relacionadas com os valores médios de corrente e tensão na saída da fonte, como 
resultado de uma aplicação de uma carga resistiva; 
 
• Dinâmicas: estão relacionadas com variações transientes de corrente e tensão fornecidas pela fonte 
em resposta a mudanças durante o processo de soldagem; 
Particularmente, as de caráter dinâmicos são características que ocorrem em tempos muito curtos (0,01 
segundos ou menos) e de difícil caracterização. Elas são importantes (memorize isso) em algumas situações, 
como: 
• Na abertura do arco; 
• Durante mudanças rápidas de comprimento de arco; 
• Durante a transferência de metal do arco; 
• Durante a extinção e reabertura do arco em cada ciclo de corrente, nas correntes alternadas; 
Além disso, alguns fatores afetam as características dinâmicas, tais como: 
Requisitos básicos 
para soldagem a arco
Saídas de corrente e tensão adequadas aos 
processos de soldagem
Ajuste de valores de corrente e tensão
Controle das variações de corrente e tensão durante 
a soldagem 
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• Dispositivos para armazenamento temporário de energia, como bancos de capacitores ou 
bobinas; 
• Controles retroalimentados em sistemas regulados automaticamente; 
• Mudanças na forma de saída da fonte; 
As fontes de energia em soldagem a arco que podem ser usadas derivam de equipamentos que 
geram corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA). Os equipamentos CA são mais baratos e são 
usados, normalmente, para processos de soldagem de metais ferrosos. Já os equipamentos CC são utilizados 
na indústria para soldagens de todos os tipos de metais, além deles permitirem um controle maior do arco 
formado. Além disso, saiba que, em qualquer tipo, a corrente tem que ser constante, tendo a fonte da 
corrente fornecer uma corrente constante independente de oscilações de movimento e distância da mão do 
soldador, em um processo a arco elétrico com eletrodos revestidos, por exemplo. 
Todavia, da Corrente Contínua é, justamente, o fato de ela conferir uma melhor estabilidade ao arco 
elétrico, podendo ser tanto reversa (CC+ - quando o eletrodo é ligado ao pólo positivo e a peça ao negativo) 
ou direta (CC-) quando o eletrodo é ligado ao negativo e a peça ao positivo. Na Corrente Alternada, por conta 
da alternância de polaridade que dá nome a esse tipo, temos a troca de polaridade negativa e positiva entre 
eletrodo e peça, gerando uma dificuldade maior de manter o arco elétrico. Isso ocorre porque a cada ciclo 
de alternância, na passagem de um valor positivo para um valor negativo, quando próximo a zero, a tensão 
é mínima e não suficiente para manter o arco elétrico. Essa instabilidade é justamente corrigida por 
tamanho de arco mais curto, tensões elevadas e uso de eletrodos apropriados. 
Perceba, Estrategista, que os processos de soldagem, por envolverem metais de adição, metais de 
base, fusão, corrente elétrica, tensão e, principalmente, altas temperaturas, possuem alguns riscos 
envolvidos na operação. 
Entre os riscos dos processos de soldagem, os mais óbvios são as queimaduras e choques elétricos. 
Todavia, existem os mais peculiares que são inerentes a cada tipo de processo de soldagem como a inalação 
de gases nocivos, o elevado índice de ruído constante aos ouvidos e a radiação e luz danosos à visão! 
 
(CEBRASPE/Engenharia Mecânica) 
Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem. 
Os riscos envolvidos nos processos de soldagem incluem queimaduras, choque elétrico e inalação de 
gases. 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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( ) Correta ( ) Errada. 
Comentário: 
Conforme vimos na aula teórica, a questão está correta! Queimaduras, choques elétricos e inalação de 
gases são sim um dos riscos nos processos de soldagem. 
Gabarito: correta. 
Veja que sobre os riscos, convém vermos alguns pontos que podem ser alvos de prova, no que tange 
à segurança em soldagem! 
Segurança em soldagem 
 Conforme tivemos uma breve introdução aos riscos de soldagem, temos que os principais riscos 
elencados pela literatura dominantes são: choque elétrico, radiação do arco elétrico, incêndios e explosões 
e fumos e gases. Assim, memorize7: 
 
Agora, veremos cada risco, Coruja, abordando os principais pontos que costumam ter o bom e velho 
"cheiro de prova". Adiante! 
Choque elétrico 
 Esse é um dos principais riscos em soldagens a arco elétrico (por motivos bastante óbvios) e, por isso, 
é interessante irmos a um certo nível de detalhe. Aqui, convém enfatizar, como a doutrina cita, que o contato 
com as partes metalizadas e quentes eletricamente podem gerar lesões extremamente graves, levando a 
 
7 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
Principais riscos em soldagem
Choque elétrico
Radiação do arco elétrico
Incêndios e explosões
Fumos e gases
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morte, seja pelo contato, seja por um queda em relação à reação da vítima (óbvio, imagina tomar um choque 
potente e cair de cabeça no chão? Já era). 
 Além disso, é de suma importância você levar para sua prova as duas informações a seguir. A 
primeira é entender que o que realmente causa a lesão e severidade de um choque elétrico NÃO é a 
voltagem (tensão da fonte) e, sim, a amperagem (a intensidade da corrente elétrica). Assim, você pode ter 
um descarga de 20 mil volts passando pelo seu corpo, caso a amperagem seja mínima (por exemplo, 1 mA), 
sentirá um leve formigamento (já veremos as intensidades e seus efeitos, que será a segunda informação 
mais importante nesse tópico). 
 Dessa forma, eu quero que você memorize o seguinte: a gravidade de um choque elétrico está 
relacionada com a amperagem (intensidade da corrente) e a duração (tempo) que essa corrente passa pelo 
corpo humano. Assim: 
 
 Por seu turno, é muito interessante você conhecer as faixas de intensidade de corrente elencadas 
pela literatura específica e seus efeitos. "Preciso decorar, professor?" Não. Acredito que para provas de 
Engenharia e Técnico em Mecânica, não seja cobrado esse nível de detalhe, já que nunca caiu. Porém, ter 
uma noção de grandeza é importante! Assim, caso uma assertiva ou alternativa afirme: "Uma corrente de 
65 mA em um choque elétrico é suficiente para causar a morte do soldador", você vai saber que, a luz da 
doutrina dominante, ela está errada. Vejamos8: 
Intensidade da corrente Efeito 
Até 5 mA Formigamento fraco 
Entre 5 e 15 mA Formigamento forte 
Entre 15 e 50 mA Espasmo muscular 
Entre 50 e 80 mA Dificuldade de respiração e até desmaios 
Entre 80 mA e 5 A Fibrilação do ventrículo do coração; parada 
cardíaca; queimadura de alto grau 
Acima de 5A Morte certa 
 
8 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
Gravidade do choque 
elétrico
Intensidade da corrente
Duração do choque
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 Perceba, Estrategista, que acima de 5A é letal para o corpo humano. Essa é uma informação 
conveniente para se memorizar. 
 "Mas, professor, quanto a voltagem, existe alguma recomendação de valores inerente ao choque 
elétrico?" Sim, minha Coruja perspicaz. A doutrina menciona dois tipos de choque elétrico divididos de 
acordo com a tensão, além da amperagem: 
• Choque com a tensão de entrada: é considerada a tensão de 230 a 440 V e consiste em um 
choque perigoso e mais forte. Pode acontecer quando um fio dentro do equipamento de 
soldagem toca a carcaça e o soldador tem contato com a parte externa; 
 
• Choque com tensão secundária: é mais leve e se considera a tensão de 60 a 100 V. Esse é muito 
comum, pois ocorre quando se toca uma parte do circuito do eletrodo ao mesmo tempo em que 
outra parte do corpo está em contato com a peça metálica a ser soldada (veja que esse cenário 
é bem mais plausível de ocorrer); 
 
Estrategista, a nível de curiosidade e para as questões sem noção, a doutrina mencionada 
cita que a resistência interna do corpo humano é de cerca de 500 Ω, ao passo que a da 
pele humana quando seca, gira em torno de 100000 Ω! Diferença absurda, não é? Por 
isso, pela nossa relação de U = R.i, temos que o choque elétrico é tão perigoso, já que a 
resistência interna do nosso corpo é muito baixa! 
 Para finalizar esse risco, é conveniente termos em mente alguns cuidados e precauções (isso pode 
aparecer na prova com maiores chances). O primeiro cuidado é quanto as roupas de proteção. Aqui é óbvio: 
a vestimenta e os equipamentos devem ser adequados! Assim, ao mesmo tempo que queremos ter a 
proteção, queremos dar movimento para o soldador executar o trabalho. 
 Nessa seara, as roupas de raspa de couro são comumente indicadas, muito por conta da sua 
durabilidade e resistência ao fogo. Por outro lado, os tecidos sintéticos e/ou de algodão devem ser evitados 
(eles podem fundir e propagar o fogo por conta do calor intenso). Nesse mesmo sentido, as roupas devem 
estar livres de graxa e óleos (pois eles podem pegar fogo, também). Além disso, um ponto interessante 
mencionado pela literatura é que dobras em luvas e calças podem reter algum fagulha ou metal quente 
(gerando um foco de queimadura), por isso, as calças devem estar sempre acima das botas de couro e cano 
alto, além da biqueiras das botas serem de aço. 
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
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Radiação do arco elétrico 
 Aqui temos uma situação complicada, também, Coruja, pois os gases ionizados que compõem o arco 
elétrico estão em uma temperatura extremamente elevada. Com isso, tem-se a geração de radiação 
eletromagnética intensa na forma de infravermelho, luz visível e ultravioleta. Até por períodos muito 
curtos, a exposição pode gerar o efeito "flash do soldador" que é sentido apenas várias horas depois, 
podendo gerar grande desconforto, inchaço nos olhos, secreção e cegueira temporária. Por conta desse 
cenário, é imprescindível que se use máscaras de proteção (sejam as eletrônicas de cristal líquido, que 
escurem em milésimos de segundos depois da emissão da radiação, sejam as mais simples com filtro já 
embutido). 
Além disso, é explícito pela doutrina9 que a radiação pode gerar queimaduras na pele, ofuscamento, 
fadiga visual e dor de cabeça. Para se proteger, o soldador deve fazer uso de roupas opacas e máscaras com 
filtros de luz adequados. Nesse sentido, conforme aponta a literatura específica, o conjunto máscara mais 
capacete é capaz de proteger a região da cabeça contra o calor, os respingos, chamas e choques. 
 Coruja, saber cada tipo de filtro de proteção em relação à cada tipo de processo de soldagem e valores 
de corrente é ir em um nível de detalhe que julgo de baixíssimo custo benefício (nunca vi uma questão cobrar 
esse tipo de conhecimento para provas na área de mecânica). Por isso, daremos continuidade para os demais 
riscos. Avante! 
Incêndios e explosões 
 Apesar de parecer óbvio, Coruja, incêndios e explosões constituem riscos bem plausíveis de acontecer 
no âmbito industrial. Oras, para gerar um incêndio precisamos de fonte de calor, material combustível e 
oxigênio - todos existentes no contexto de soldagem. 
 Nossa fonte é o próprio arco elétrico (ou chama de soldagem em outros processos) e os respingos 
existentes. Além disso, oxigênio está presente no ar atmosférico. Quanto aos materiais, em um área 
industrial temos vários exemplos: tintas, solventes, graxas, óleos, estopas, papéis, panos, etc. 
 Um outro cenário bem perigoso é quando a soldagem (ou corte, como no processo oxi-corte) é feita 
em tanques ou recipientes que armazenam combustíveis, por conta da formação de vapores explosivos. Por 
conta disso, a doutrina mencionada cita a necessidade das peças serem rigorosamente limpas (lavadas) e, 
recomenda-se o preenchimento com água (de maneira parcial) até o ponto que não prejudique o processo 
de soldagem. 
 Outro problema relacionado ao risco de incêndio e explosões mencionado pela literatura é p 
"engolimento de chama". Esse fenômeno ocorre quando a velocidade da queima é maior que a velocidade 
 
9 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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de saída da mistura de oxigênio e acetileno (por exemplo) no maçarico na soldagem e corte a gás (tipo de 
processo que não é a arco elétrico). A combustão pode ocorrer dentro do bico do maçarico. Como a 
velocidade de combustão é constante, por conta dessa queda de velocidade de saída, a queima será cada 
vez mais dentro do maçarico. Se continuar e atingir a fonte de acetileno (gás combustível), pode ocorrer a 
explosão. 
Fumos e gases 
 Os fumos e os gases gerados durante o processo de soldagem inerentes, por exemplo, ao tipo de liga 
metálica do metal de base podem ser extremamente prejudiciais à saúde. Um exemplo citado pela literatura 
específica, é o vapor de cádmio que pode ser fatal. Outros metais, como zinco, em vapor inalado, pode gerar 
dores de cabeça e febre. 
 Além desses exemplos, os próprios gases de proteção (utilizados nos processos de soldagem a arco 
elétrico e proteção gasosa) como argônio, CO2 e misturas, apesar de não serem tóxicos, deslocam o ar, por 
serem mais pesados e podem causar asfixias em ambientes fechados. 
 Por conta desses riscos, é de suma importância que o ambiente onde a soldagem está sendo 
executada seja ventilado e/ou o soldador e sua equipe utilizem máscaras que tenham proteção respiratória 
adequada. Além disso, o soldador deve se manter afastado da coluna de fumos gerados, se posicionando a 
fim de não inalar diretamente os gases. Por fim, Coruja, sistemas de exaustão podem ser acoplados nos 
equipamentos, mas isso deixaria o manuseio pesado e dificultaria o trabalho do soldador, além de encarecer 
equipamento. 
Tipos de processos de soldagem 
Vamos agora tratar de cada tipo específico de soldagem a arco. Esses tipos específicos estão reunidos 
em dois grupos: os que utilizam eletrodos consumíveis e os que utilizam eletrodos não consumíveis. Para 
ficar mais fácil sua organização mental (sei que são muitos detalhes e de muitas matérias), estamos aqui, 
olha: 
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E, dentro da soldagem a arco, temos as que são de eletrodos consumíveis (5 tipos) e não consumíveis 
(2 tipos). Vamos ampliar o nosso esquema dos eletrodos que já foi explicitado anteriormente: 
 
Soldagem por fusão
Soldagem a Arco
Soldagem por Resistência
Soldagem a Gás Oxicombustível
Soldagem com Feixe de Elétrons
Soldagem a Laser
Soldagem Aluminotérmica
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Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos 
Esse tipo de soldagem é um dos mais utilizados na indústria. A soldagem a arco com eletrodos 
revestidos (do inglês, Shielded Metal Arc Welding – SMAW) – pode aparecer alguma questão com essa 
nomenclatura – utiliza como seu eletrodo consumível uma vareta de metal de adição e revestida com 
materiais específicos como óxidos, carbonetos e outros ingredientes. 
 
Eletrodos
Consumíveis = Varetas 
ou carretel. 
Desvantagem = troca 
periódica, suspendendo 
a soldagem.
Soldagem a Arco com 
Eletrodos Revestidos
Soldagem a Arco com 
Proteção Gasosa 
Soldagem a Arco com 
Arame Tubular
Soldagem a Arco por 
Eletrogás
Soldagem a Arco com 
Arco Submerso
Não Consumíveis = feito 
de tungstênio ou 
carbono. Também 
sofrem desgates, apesar 
de durarem mais.
Soldagem a Arco com 
Eletrodo de Tungstênio e 
Proteção Gasosa
Solda a Arco por Arco 
Plasma
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Outro termo utilizado pelas principais bancas é MMA (do inglês, Manual Metal Arc). Isso 
se deve ao fato desse tipo de soldagem ser comumente operada e ter sua qualidade 
associada a habilidade manual do operador para ajustes de parâmetros e movimentação. 
Com o calor proporcionado pelo arco elétrico formado, cria-se a atmosfera local protetora. A vareta 
possui comprimento entre 225 e 450 mm e diâmetro de 2,5 a 9,5 mm (lembra muito um lápis novo). O lado 
oposto a ponta que estabelecerá o arco elétrico com o material de base (peça de trabalho), é acoplado à 
garra da fonte de energia. Essa garra, obviamente, possui uma proteção para que seja manuseada pelo 
soldador (por isso esse tipo de processo de soldagem é feito manualmente). 
As correntes elétricas usadas nesse tipo de soldagem ficam entre 30 e 300 A, com variações de 15 a 
45 V (veja pela nossa fórmula “PIU”, o quanto de energia que é gerada, Estrategista: de 450 a 13500 Watts! 
É muita energia em forma de calor, hein? Lembrando que 1 cavalo equivale a, aproximadamente, 735 Watts, 
temos um máximo de mais de 18 cavalos de potência! Considerável, não? Rs. Ok, ok. Vamos voltar, chega 
de viagem!). 
Assim, vemos que a corrente impacta no volume da poça de fusão e na penetração da solda no metal 
de base (ambos aumentam com o aumento da corrente). Além disso, o tipo e a polaridade da corrente 
também influenciam na soldagem, gerando impacto na dimensão da poça, estabilidade do arco e 
transferência de metal de adição. Agora, o que você precisa saber sempre é: corrente contínua com 
polaridade inversa (CC+) gera maior penetração e a polaridade direta (CC-) gera maior taxa de fusão do 
eletrodo, de acordo com a doutrina10. Se for corrente alternada temos variáveis com valores intermediários 
e o fenômeno do sopro magnético é minimizado. 
 
Coruja, o sopro magnético é um fenômeno gerado pelo desvio do arco elétrico por ação 
de forças magnéticas que surgem, principalmente, por oscilações na corrente elétrica. 
Tem esse nome, porque o arco se comporta como uma "vela que é assoprada" - 
balançando. Um problema desse efeito é a geração de respingos na solda pelas gotículas 
da poça de fusão. Por isso, além do uso da corrente alternada, é comum inclinar o 
eletrodo no sentido em que se dirige o arco, reduzir o comprimento do arco e reduzir a 
corrente de soldagem. :( 
 
10 Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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Essas variáveis mencionadas acima vão depender do trabalho e dos metais a serem soldados, além 
do tipo, comprimento do eletrodo e profundidade da solda, tudo isso em relação ao serviço que a peça será 
submetida posteriormente. 
Normalmente, esse tipo de soldagem (soldagem a arco com eletrodos revestidos) tem aplicações 
voltadas a tubulações, estruturas de máquinas, construção naval, processos de fabricação em oficinas e 
reparos. 
Além disso, é utilizado para diversos tipos de metais, entre eles: aços, aços inoxidáveis e ferros 
fundidos. Não é muito utilizado para alumínio e suas ligas, ligas de cobre e titânio. A figura abaixo ilustra 
esse tipo de soldagem. 
 
Se liga, Coruja: uma das características da soldagem a arco com eletrodo revestido, 
quando utilizada para soldagem do aço inoxidável, é a possibilidade para a soldagem 
qualquer espessura do metal de base! Dessa forma, no processo com eletrodo revestido 
a espessura do metal de base pode ser qualquer quando feita em aço inoxidável. 
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11 
Uma grande vantagem desse tipo de soldagem, Estrategista, é o baixo custo e a portabilidade do 
aparelho. Porém, como desvantagem, temos a periodicidade de precisar trocar o eletrodo consumível (que 
se desgasta mais rapidamente) e, por isso, mais interrupções nos processos produtivos são geradas e a 
duração do arco afetada. Por conta do desgaste e diminuição do comprimento desse eletrodo, os níveis de 
corrente elétrica precisam ser controlados. Isso ocorre porque com menor comprimento, menor a 
resistência ao calor que o eletrodo oferece e, com isso, ele pode fundir prematuramente. 
 
É necessário deixar claro que as nomenclaturas utilizadas (como SMAW e MMA) são 
utilizadas pela American Welding Society e amplamente utilizadas nessa área de 
conhecimento da engenharia e podem ser usadas pela bancas de concurso. Por isso, 
nunca as desconsidere! . 
 
11 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014. 
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Soldagem a Arco com Proteção Gasosa 
O processo de soldagem com proteção gasosa (do inglês, Gas Metal Arc Welding – GMAW), também 
utiliza um eletrodo consumível (arame metálico) e a proteção gasosa que compõe a atmosfera local é 
aplicada por uma pistola de soldagem. 
Os gases inertes normalmente utilizados nesse tipo de soldagem são argônio, hélio e, por isso, esse 
tipo de soldagem também recebe o nome de MIG (do inglês, Metal Inert Gas welding). 
Logo, podemos concluir que a solda do tipo MIG - mencionada em exercícios - é uma soldagem a arco 
com proteção gasosa que utiliza um gás inerte para a atmosfera de proteção introduzido pela pistola de 
soldagem. A figura abaixo ilustra esse tipo. 
12 
 
Além dos gases inertes, gases ativos podem ser usados, como o dióxido de carbono (CO2). Essa 
escolha será feita pelo soldador a depender dos metais a serem soldados. Os gases inertes são utilizados 
 
12 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014. 
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para ligas de alumínio e aços inoxidáveis, bem como para ligas de cobre, níquel e magnésio. Dessa forma, a 
soldagem MIG pode ser utilizada, também, para metais ferrosos (como os aços inoxidáveis como citei). 
Coruja, os gases ativos, como o CO2, são utilizados para soldagem de aços baixo e médio-carbono. Esse tipo 
de solda, com gás ativo, recebe o nome de MAG (do inglês, Metal Active Gas). Assim, a soldagem MAG, por 
sua vez, é indicada somente para ligas ferrosas (não é aplicada para ligas não-ferrosas como a MIG). 
Todavia, se a porcentagem de dióxidos de carbono for baixa (na faixa de 2% a 4%), somada a 
porcentagem de gases inertes como o argônio (Ar), há a possibilidade de serem utilizados (esses gases 
ativos mencionados como o CO2) para soldagens de alumínio e aço inoxidável, por exemplo. Esse percentual 
tem que ser baixo, Estrategista, pois o metal de base tem a propriedade de ser inoxidável (nesse caso 
citado). Imagine que eu faça uma solda utilizando elementos reativos como o CO2. Essa solda geraria O2 por 
causa das altas temperaturas em que o CO2 estaria submetido. 
 Dessa forma, o O2 se “desprenderia” da molécula de CO2, fazendo parte da atmosfera local da solda. 
Como o O2 também é reativo e, além disso, altamente oxidante, o local soldado seria prejudicado, bem 
como a composição da liga do metal de base, oxidando os elementos dela e impactando o metal que deveria 
ser inoxidável. 
A vazão do gás de proteção, seja de uma mistura, seja de um só tipo, é controlada por um acessório 
chamado de rotâmetro (grave esse nome, pois já foi cobrado). Ele é um tipo de fluxômetro colocado na saída 
do cilindro de gás e auxilia o operador a medir o quanto de gás está sendo fornecido para soldagem. 
 
 (CEBRASPE/Mecânica) 
Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem. 
Na soldagem de aços inoxidáveis pelo processo GMAW (gas metal arc welding), utilizam-se misturas 
de argônio e gás carbônico (CO2.) como gás de proteção, nas proporções em volume de 20% a 50% de 
CO2. 
( ) Correta ( ) Errada. 
Comentário: 
Perceba os elevados níveis de CO2 (50%) fazendo parte da mistura de gases de proteção. Sem condições 
para uma soldagem de aços inoxidáveis, conforme a questão aponta por mencionar a soldagem GMAW 
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(gas metal arc welding). Conforme acabei de explicar na parte teórica acima, essa questão não 
procede, Estrategista! 
Gabarito: errado. 
Uma outra característica da GMAW é a grande vantagem em relação ao arco elétrico e a sua duração, 
já que ocorre menos paradas e interrupções do processo de soldagem com a utilização da pistola. Dessa 
forma, esse tipo de soldagem é amplamente usado nas operações industrias de linhas de montagem, por 
exemplo. Assim, memorize que os processos MIG/MAG são normalmente semiautomáticos com 
alimentação de arame eletrodo feita mecanicamente, por um alimentador motorizado. Além disso, temos 
mais duas vantagens interrelacionadas: não há formação de escória por conta da ausência de fluxo de 
soldagem como na soldagem por eletrodos revestidos. Dessa forma, temos uma soldagem mais limpa e que 
implica menor necessidade de habilidade do soldador. 
Assim, o soldador é responsável por dar início e interrupção ao processo, além da movimentação da 
tocha ao longo da junta. Todavia, não pense que não exige habilidade do soldador, porque ele também 
precisa controlar cada modo de transferência que veremos a seguir. 
Por fim, uma característica sobre a fonte de alimentação de energia para esses (MIG/MAG) é que 
eles utilizam convencionalmente tensões constantes e corrente contínua (CC). Nesse sentido, sempre 
associe o "bizu": MIG "cheira mal", "fede" - a MIG "tem CC"! Esse "bizu" é importante quando questões 
vierem comparar a MIG com a TIG (veremos adiante). 
Além desses pontos relacionados a corrente elétrica desses processos, saiba que a depender da 
corrente, teremos diferentes transferências do metal fundido da ponta do eletrodo (consumível) para a poça 
de fusão. Sem adentrar nos detalhes de cada uma (vai além do que se cobra) saiba que existem 4 tipos de 
acordo com a doutrina13: transferência por curto-circuito; transferência globular, transferência por "spray" 
e transferência controlada. Apesar de serem quatro, as três primeiras são mais evidenciadas. 
Tipos de transferência de metal 
 É claro, Coruja, que o tipo de transferência de metal para solda vai impactar no processo de soldagem, 
como na estabilidade do arco, quantidade de gases absorvidas pelo metal fundido, nível de respingos 
gerados e a aplicabilidade do processo em específicas posições. Vejamos os 4 tipos de transferências de 
metal: 
• Transferência por curto-circuito: nesse tipo, são usados arames na faixa de 0,8 a 1,2 mm sendo 
aplicados com arcos de pequenos comprimentos (por conta de uma baixa tensão e baixa 
 
13 Marques, P.V.; Modenesi, P.J.;Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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corrente). Saiba que esse tipo é usado para metais de pequena espessura e em qualquer posição 
de soldagem (juntas fora de posição). Todavia, nas posições verticais e sobrecabeça, esse tipo é 
útil para materiais de grande espessura. A formação da gota de metal na ponta do eletrodo vai 
aumentando de diâmetro até tocar a poça de fusão e, assim, é atraída pela ação da tensão 
superficial. Outra característica importante é que nesse tipo temos grande instabilidade do arco 
(o que faz aumentar os respingos na peça); 
 
• Transferência globular: ocorre com valores de tensão e corrente intermediários e tem um arco 
mais estável que na de curto-circuito. Apesar disso, a transferência é mais imprevisível. O 
diâmetro médio das gotas variam conforme valores de corrente e (memorize): o diâmetro tende 
a diminuir ao passo que a corrente aumenta! Todavia, o seu diâmetro tende a ser maior do que o 
diâmetro do eletrodo. Possui também elevado nível de respingos e, como as gotas são 
transferidas pela gravidade, limita-se para posições planas de soldagem, mesmo sendo evitada 
devido à sua transferência mais imprevisível; 
 
• Transferência por spray: também chamada de aerossol ou névoa, esse tipo surge quando se 
aumenta muito a corrente do tipo anterior (diminuindo assim o diâmetro da gota). Dessa forma, 
a gota acaba se comportando como um "spray" e esse tipo de transferência só ocorre com 
determinados gases (gases inertes favorecem esse modo) ou mistura de gases de proteção, sendo 
considerada apenas para gases inertes ou com mistura de gases com até 18%, no máximo 20% 
de CO2 - gás ativo. Por conta do seu tamanho, as gotas nesse tipo sofrem ação direta de forças 
eletromagnéticas que se sobrepõem a ação da força gravitacional pode-se, assim, utilizar esse tipo 
para outras posições além das planas. Porém, memorize: como a corrente é elevada nessa 
transferência, não se pode usar em chapas de espessuras muito finas e posições de soldagem 
sem ser planas podem gerar problemas, devido ao tamanho da poça de fusão que é grande. 
Além disso, tem boa estabilidade de arco e não gera respingos, com um cordão suave e regular; 
 
• Transferência pulsada: nesse tipo, temos uma transferência controlada (por meio de 
perturbações pré-determinadas na corrente) que vai torna-la semelhante a transferência globular 
com mais estabilidade e uniformidade. Isso acontece pela pulsação de corrente (que é controlada, 
dessa forma) que fica variando entre um valor inferior à corrente de transição (faixa de correntes 
que torna a globular em spray) e um valor superior a ela. Assim, a gota se forma na ponta do 
arame com a corrente inferior e transferida quando a corrente atinge valor superior. 
Por isso, Estrategista, memorize o esquema abaixo que sintetiza os principais detalhes que você 
precisa saber sobre esses tipos: 
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Aqui, vou repetir, Coruja: conforme se aumenta a corrente do processo, o diâmetro da gota de metal 
líquido do eletrodo para a poça diminui (de maneira geral, são inversamente proporcionais). ;). 
Além desses pontos, convém falarmos que há uma corrente de transição específica entre os modos 
de transferência acima. O que você precisa saber para sua prova é que essa corrente se define como a 
corrente mínima para que seja obtida a transferência de pulverização (a de spray ou aerossol que vimos) a 
partir da globular. A lógica é simples, Coruja: vamos aumentar a corrente para poder obter esse modo de 
transferência. 
Todavia, você precisa saber que essa corrente de transição irá variar tanto em função do material 
que está sendo soldado, quanto ao diâmetro do arame e ao tipo de gás de proteção (como na spray que é 
evidenciada apenas com gases inertes ou com mistura com até cerca de 18% de CO2). Além disso, conforme 
se aumenta a tensão (ela é a principal variável que influencia no comprimento do arco) também temos 
influência na passagem de transferência de curto-circuito para o globular. Aumentando-se ainda mais a 
tensão e a velocidade do arame (velocidade com que ele é reposto) obtemos as transferências do tipo 
pulverizada axial e rotacional. Isso ocorre porque a velocidade do arame é diretamente proporcional a 
corrente da soldagem. 
4 tipos de 
transferência 
de metal
Curto-
circuito
Tensão e corrente baixas; arames de 0,8 a 1,2 mm 
de diâmetro; para chapas finas; qualquer posição; 
grande instabilidade do arco com respingos 
gerados; recomendada para juntas fora de posição 
Globular
Tensão e corrente intermediárias; arco mais 
estável, mas possui respingos e transferência mais 
caótica que a curto-circuito; diâmetro da gota 
menor com maiores correntes e se limita a 
posição plana de soldagem, mesmo sendo evitada 
pela sua imprevisibilidade;
Spray 
(aerossol)
Tipo de globular com correntes muito mairoes; 
gotas pequenas e pulverizadas; sofrem ação de 
forças eletromagnéticas; não se usa em chapas 
finas; boa estabilidade, sem respingos. Apesar de 
poder, evita-se em posição não planas.
Pulsada
Transferência é controlada por pulsos; corrente 
inferior e superior a corrente de transição da 
globular; 
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Assim, variando tanto a tensão do processo quanto a velocidade do arame, temos variação na altura 
do arco e na corrente. Esse comportamento pode ser explicado pelo mapa de transferência metálica 
comumente apresentado pela literatura específica14 (não se preocupe com os nomes em alemão, coloquei a 
figura mais para ilustrar o que expliquei): 
 
 
Como o gás ativo CO2 é mais barato que os inertes, muito se utilizou na indústria, desde a 
década de 1940, para soldagens com aço. Dessa forma, esse tipo de soldagem que usa 
CO2 ganhou o nome de Soldagem CO2. Portanto, quando vir esse nome na prova, saiba 
que o examinador está cobrando o tipo de soldagem a arco elétrico com proteção 
 
14 Okimoto, P.C. Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Mecânica. Processos MIG/MAG, 2016. 
Te
n
sã
o
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e 
tr
ab
al
h
o
 (
V
) 
Velocidade do arame (m/min) 
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gasosa! Todavia, redobre sua atenção caso o examinador queira “te pegar” relacionando 
o CO2 com aços inoxidáveis ou alumínio! 
Soldagem a Arco com Arame Tubular 
Esse tipo de soldagem (do inglês, Flux-Cored Arc Welding – FCAW) nada mais faz do que oferecer a 
possibilidade de união entre o conceito de aplicação da soldagem de arco elétrico com proteção gasosa que 
utiliza sua aplicação pela pistola de soldagem para formar a proteção gasosa (vimos agora pouco) com a 
soldagem de arco elétrico com eletrodo tubular. 
Dessa forma, Coruja, há a possibilidade do “arame”, que é tubulado (oco) e flexível, ser introduzido 
continuamente junto com um eletrodo revestido por intermédio da pistola de soldagem, contendo o fluxo 
no seu interior. 
Nesse tipo de soldagem,temos qualidade de soldas elevada, pois há grande benefício do fluxo 
interno do arame tubular com elementos químicos específicos, como uma mistura de argônio e dióxido de 
carbono para aços inoxidáveis, por exemplo, contribuindo para uma proteção gasosa eficaz. Todavia, 
normalmente, se utiliza gás dióxido de carbono (CO2) para a proteção da maioria dos materiais. 
Por conta dessa qualidade, Estrategista, esse tipo de soldagem é reconhecido por gerar juntas de 
solda planas e uniformes. 
Assim, esse tipo de soldagem permitiu uma melhoria em relação ao arco elétrico com eletrodo 
revestido, pois não há necessidade de muitas paradas no processo produtivo. 
Soldagem a Arco com Arco Submerso 
Nesse tipo de processo de soldagem, a soldagem por arco submerso (do inglês, Submerged Arc 
Welding – SAW), o eletrodo utilizado também é contínuo e consumível, porém o diferencial dos demais 
processos é que a proteção do arco é fornecida por uma camada de fluxo granular. 
"Tá. E o que isso significa, professor?" Significa maior segurança e maior qualidade da solda. 
Isso acontece porque agora tanto o arco elétrico, quanto os materiais fundidos (o próprio fluxo quanto 
os materiais do eletrodo consumível) ficam escondidos e fechados no interior do amontado de grânulos 
do material do fluxo. Esse fato, também, evita faíscas e aumenta a segurança do operador. 
Além disso, aumenta a qualidade da solda que sofre com menos respingos, característica dos demais 
tipos de soldagem com arco elétrico que tem o arco aberto a atmosfera local, protegida somente por uma 
camada gasosa. 
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Os materiais do fluxo granular próximo a solda também se fundem e, dessa forma, formam uma 
camada que remove impurezas e proporciona maior isolamento térmico da solda em relação ao ambiente. 
Com isso, as especificações de projeto são atingidas com menor perda de energia para o ambiente. 
Logo, as temperaturas próximas ao ideal são atingidas. 
Perceba pelas figuras a seguir como o fluxo granular, o pó de material, fica em cima da solda. Na 
figura esquemática, ainda temos a presença do sistema de vácuo para puxar o excesso de fluxo granular. Na 
imagem real abaixo, esse sistema não está presente na situação, mas dá para termos uma ideia, certo, 
Coruja? 
Uma desvantagem desse tipo de processo de soldagem é que ele não pode ser feito em toda e 
qualquer posição. Isso acontece, Estrategista, porque a gravidade faria com que o amontoado granular que 
consiste no fluxo caisse e, assim, o soldador perderia as proteções que ele oferece. Dessa forma, esse tipo 
de soldagem é indicado para superfícies horizontais. 
15 
 
15 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014. 
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 16 
Perceba pela figura anterior, Coruja, que o material de fluxo, desde que não contaminado pelo 
processo de soldagem, pode ser reaproveitado. Assim, desde que não fundido e não contaminado, o fluxo 
pode ser usado em outras operações (reciclado para novos processos de soldagem). Além disso, como o arco 
não é visível (pois fica submerso), não há necessidade de uso de uso de dispositivos de proteção contra a 
radiação. 
Por fim, saiba que esse tipo de processo possui elevada taxa de deposição e por conta do tipo de 
eletrodo (com diâmetro de 2,4 a 6 mm)17, há elevada densidade de corrente empregada, sendo possível 
soldagem de espessuras acima de 3,0 mm. Outro ponto já explorado em provas, é quanto a velocidade de 
soldagem que costuma ser alta nesse processo de soldagem (sendo uma vantagem). Todavia, a literatura 
específica18 deixa explícito que essa variável tem que ser controlado (não é qualquer velocidade que pode 
ser atingida, pois em velocidades muito elevadas também podem gerar efeitos negativos, como: baixa 
dimensão transversal do cordão de solda, pois são inversamente proporcionais, além da baixa penetração, 
diminuição de reforço, e aumento da probabilidade de ocorrer mordedura, porosidade e cordão irregular 
(defeitos de soldagem). 
Muito bem, Estrategista! Concluímos os cinco tipos de soldagem a arco elétrico com eletrodos 
consumíveis. A partir de agora, entraremos nos dois tipos de soldagem com eletrodos não consumíveis. 
Foco! Força! Sua vaga está lá, esperando por você! . 
 
16 Adaptado de Shutterstock,2019. Acesso em 22/12/2019<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/overlay-welding-hard-surfacing-steel-roll-648872953/ 
17 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
18 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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Soldagem a Arco com Eletrodo de Tungstênio - Eletrodo Não Consumível 
A soldagem a arco com eletrodo de tungstênio (do inglês, Gas Tungstein Arc Welding – GTAW) é um 
processo que também utiliza proteção gasosa. Outra denominação comumente utilizada e explorada pela 
banca é Soldagem TIG. O termo TIG vem do inglês (Tungstein Inert Gas Welding). Outra denominação, usada 
mais na Europa, é WIG welding ou Soldagem WIG. Nessa última, a letra “W” provém da palavra Wolfram 
(tungstênio em alemão). Por que é importante termos contato com essas diferentes denominações? Para 
não termos surpresas com algum examinador “engraçadinho” que queira nos pegar desprevenido. 
 
Falou em TIG, falou em WIG, falou no processo GTAW que é o tipo de soldagem a arco 
com eletrodo de tungstênio! Pegou o "bizu"? 
Outra característica a ser memorizada para esse tipo de processo é: ele pode ou não pode ter metal 
de adição usado (os arames que comentamos nos demais processos). Outro ponto importante é: se for 
utilizado metal de adição ele será aplicado em separado do arco elétrico formado pelo eletrodo, 
diferentemente dos demais tipos de soldagem já descritos. 
 
Memorize uma particularidade já explorada em provas, Coruja: o arco elétrico pode não 
ser estabelecido entre o eletrodo e o Metal de Base (MB), e sim, entre o eletrodo e a 
poça de fusão! Oras, claro! Ela é que está entre o MB e o eletrodo que, no caso, é de 
tungstênio. Já apareceu na indústria esse tipo de especificação. Todavia, para questões 
genéricas que não exploram essa particularidade, você pode assumir como verdade 
assertivas do tipo "o arco elétrico é estabelecido entre o eletrodo é a peça de trabalho" e, 
até mesmo, com o metal de base. Claro, novamente, se a questão não adentrar 
exatamente nessa particularidade, cobrando sobre a poça especificamente ;) 
A proteção por gases inertes inclui, principalmente o argônio e o hélio, aplicados pelo bocal envolta 
da pistola de soldagem. Esses gases são inertes, diferentemente de outros gases de outros elementos 
químicos como o oxigênio (O2) e o gás carbônico (CO2) que em altas temperaturas são reativos – O2 
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35altamente reativo e CO2 reativo a temperaturas elevadas (diferente do seu comportamento a temperatura 
ambiente). 
Outro ponto que pode cair em prova é a corrente máxima desse tipo de soldagem, que fica na casa 
dos 500 amperes. Além disso, Estrategista, é importante também memorizar que esse tipo de soldagem é 
muito utilizado para soldagem em alumínio e aço inoxidável. Além desses pontos, outro aspecto primordial 
é que a solda TIG é de alta qualidade, mínimo de respingos, pois o metal de adição (quando utilizado) é 
colocado ao arco elétrico separadamente. A figura abaixo ilustra a TIG. 
 
O tungstênio é um elemento químico considerado bom para o eletrodo não consumível, 
pois seu ponto de fusão é de cerca de 3410 oC, considerado elevado. Não precisa 
memorizar esse número, mas tenha em mente a ordem de grandeza, pois será necessária 
para o próximo tipo de soldagem, além de possibilitar a característica da TIG em poder 
soldar a maioria dos metais e ligas! 
 Estrategista, por fim, para finalizarmos as característica da soldagem TIG devemos comentar sobre 
as possibilidades tipos de corrente elétrica que podem ser utilizadas. Lembra quando falamos da soldagem 
MIG, certo? Ela também utiliza como proteção gasosa gases inertes, porém a corrente utilizada na MIG é 
contínua (lembre-se do "bizu" que te dei: a MIG fede! Cheira mal! A MIG TEM CC!). Obs: "CeCe" vem da 
expressão popular "Cheiro de Cu, ops, Cheiro de Corpo usada para se referir quando algum(a) 
"peçonhento(a)" está com "a savaca" (axilas) fedendo à morte! Rs. Explico isso, porque tem alunos que não 
conhecem a expressão e não entende brincadeira que fiz para a memorização da corrente contínua rs). 
 No caso da TIG, teremos a possibilidade de utilização tanto da corrente contínua (CC) quanto da 
corrente alternada (CA) a depender da liga metálica do metal de base e do processo (manual ou 
mecanizado). 
 Nesse sentido, eu quero você memorize, pois já foi alvo de cobrança: para o alumínio e suas ligas 
teremos a corrente alternada na soldagem TIG se a soldagem for manual! 
Nas demais ligas (aço, cobre, etc), a corrente será sempre contínua, independente se a soldagem for 
manual ou mecanizada! (Veremos depois do esquema abaixo uma tabela da literatura específica com esses 
detalhes, inclusive). Por isso, se liga: 
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 Estrategista, veja a tabela19 a seguir que relaciona para cada liga metálica tanto o tipo de soldagem 
na execução (manual ou mecanizada), quanto o tipo de corrente utilizada! 
Material 
Espessura 
(mm) 
Gás de proteção e tipo de corrente 
Soldagem manual Soldagem mecanizada 
Alumínio e suas ligas 
< 3,2 Ar, CA Ar, CA ou He, CC 
> 3,2 Ar, CA Ar-He, CA ou He, CC 
Aço carbono 
< 3,2 Ar, CC Ar, CC 
> 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou He, CC 
Aço inoxidável 
< 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou Ar-H2, CC 
> 3,2 Ar-He, CC He CC 
Níquel e suas ligas 
< 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou He, CC 
> 3,2 Ar-He, CC He, CC 
Cobre e suas ligas 
< 3,2 Ar-He, CC Ar-He, CC 
> 3,2 He, CC He, CC 
Titânio e suas ligas 
< 3,2 Ar, CC Ar,CC ou Ar-He, CC 
> 3,2 Ar-He, CC He, CC 
 
Coruja, se ligue nos 2 "bizus" que eu quero que você "tatue" na mente sobre essa tabela, 
além do esquema do alumínio: 
 
19 Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
Soldagem TIG para ALUMÍNIO 
e suas ligas
MANUAL - CA e Argônio como gás de proteção! 
SEMPRE!
MECANIZADA - Pode ser CA com o Argônio ou mistura 
de Argônio com Hélio, ou CC somente com Hélio
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1-) Perceba que a depender da espessura da placa de metal de base, teremos diferentes 
composições de gás de proteção (só argônio, só hélio ou os dois) sendo manual ou 
mecanizada a soldagem TIG - atenção pois isso já foi alvo de cobrança ;) 
2-) Destaquei em verde na tabela que a única liga metálica que pode vir a utilizar 
hidrogênio na soldagem mecanizada misturado com argônio é o aço inoxidável! Atenção, 
porque tem... adivinha? "Cheiro" de prova isso ser cobrado! ;) 
 Além dessas informações, Coruja, você pode se perguntar "oras, existe diferença entre o argônio e o 
hélio nesse tipo de soldagem com proteção gasosa? Será que pode ser utilizado qualquer um dos dois?" 
Essas perguntas são pertinentes, Estrategista, pois é claro que, apesar de inertes, eles tem suas diferenças. 
 A literatura específica20 elenca algumas características entre eles que eu quero que você memorize. 
Veja que temos como principais características na comparação entre argônio e/ou hélio: 
• Argônio tem melhor estabilidade do arco que hélio; 
• Argônio tem menor consumo, já que é mais denso que o hélio; 
• Argônio necessita de menores tensões que o hélio; 
• Argônio é menos custoso que o hélio; 
• Argônio tem maior facilidade de abertura de arco que o hélio; 
• Argônio gera um "efeito de limpeza dos óxidos" melhor que o hélio na soldagem com CA. 
"Oras, professor, para quê usar o hélio, então? Ele é um bosta..." Calma, Coruja, calma! rs. Também 
temos duas vantagens do hélio em relação ao argônio: pode gerar maior penetração e possibilidade de uso 
de maiores velocidades de soldagem! 
Além disso, uma característica típica citada pela doutrina, é em relação a emissão de radiação UV 
(ultravioleta). Saiba que na TIG a emissão da radiação UV costuma ser elevada e a literatura específica aponta 
como um dos fatores a presença do gás argônio que influência na absorção e reflexão das ondas 
eletromagnéticas. Inclusive, na soldagem MIG com essa proteção gasosa, também se evidencia maiores 
emissões. 
Estrategista, uma informação importante que pode vir a ser cobrada na sua prova, novamente, apesar 
de não ser totalmente relacionada a soldagem TIG, é em relação a soldagem do aço inoxidável! Por conta do 
elevado teor de cromo (cerca de mais de 10% a depender da liga) ele pode sofrer o fenômeno da sensitização 
que corresponde a um tipo de corrosão intergranular. 
 
20 Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011. 
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 Essa corrosão tem origem no movimento que os átomos de cromo fazem associados ao carbono 
(gerando carboneto de cromo) que ficam precipitados nos contornos dos grãos, impactando negativamente 
na proteção da liga metálica (já que a proteção do aço inoxidável é justamente feita pela formação de óxidos 
de cromo com o oxigênio atmosférico que dá origem a uma fina camada de proteção). 
Assim, surge a necessidade de se utilizar certos estabilizadores (elementos que irão "sofrer" a ação 
da temperatura e formarão carbonetos). Esses elementos, como o Nióbio e o Titânio possuem maior 
afinidade para formação de carbonetos e, assim, quando utilizados, evitam o efeito da sensitização na 
soldagem do aço inoxidável, Coruja! 
Soldagem a Arco por Arco Plasma 
A soldagem do tipo arco plasma (do inglês, Plasma Arc Welding – PAW), consiste em nada mais, nada 
menos do que uma variante especial do tipo de soldagem TIG. Ela contém também um eletrodo de 
tungstênio. O arco de plasma é formado e constrito para a solda, proveniente de uma mistura de gases de 
argônio ou

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