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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGE NAS AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS PROFª. RENATA CERQUEIRA SANTOS. Introdução: • O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos que transportam o ar para dentro e fora dos pulmões. Se divide em uma parte condutora e respiratória. • Parte Condutora: Transporta, filtra, aquece e umidifica o ar. • Parte Respiratória: Responsável pela troca do CO2 do sangue pelo O2 do ar. http://elmundosalud.elmundo.es/elmundosalud/especiales/2005/03/galeria_cuerpo/13.html Pneumonia • Processo inflamatório que comumente é causada por agentes infecciosos que com aumento do líquido intersticial e prejudica a troca gasosa. Classificação • PAC – Pneumonia Adquirida na Comunidade; • PAH – Pneumonia Adquirida no Hospital; • PAVM – Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica; • PA – Pnemonia por Aspiração; • PRCS – Pneumonia Relacionada a Cuidados de Saúde. Etiologia S.pneumon i-ae S. aureus K.pneumini ae H. influenza Ligionella Chlmydia Mycoplasma Bacteriana Influenza Parainfluenza Adnovirus Coronavirus Hantavirus Virais C. albicans Aspergillus Pneumocyst is Feohifomice tos Fúngicas Helmintos Protozoários Outras Etiologias Alérgicas Tóxicas Neoplásica Aspiração Não Infecciosas • Vírus influensa Pneumococo Mycoplasma http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Influenza_virus.png http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.singleton-associates.org/gifs/cell.jpg&imgrefurl=http://newilluminati.blog-city.com/avian_flu_or_mycoplasma_pandemic.htm&h=430&w=375&sz=95&tbnid=CS1SEgpdR1AXMM:&tbnh=126&tbnw=110&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bmycoplasma%26um%3D1&start=3&sa=X&oi=images&ct=image&cd=3 CONCEITO • PAC: Acomete o paciente fora do ambiente hospitalar ou surge nas primeiras 48 horas após sua internação; • Bacteriana: Streptococcus pneuminiae; Staphylococcus aureus; Pseudomonas aeruginosa. • Atípica: Micoplasma pneunoniae; aspergillus fumigatus. Hospitalar Ocorre após 48 horas de internação. Ventilação Mecânica: Após 48 horas da entubação endotraqueal. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.topnews.in/health/files/pneumonia.gif&imgrefurl=http://www.topnews.in/health/home-treatment-kids-severe-pneumonia-effective-treatment-hospital-who-2474&h=342&w=367&sz=21&hl=pt-BR&start=15&um=1&tbnid=XJw0uB8mfMQKxM:&tbnh=114&tbnw=122&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bpneumonia%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX Etiologia Hospitalar • Bactérias; • Gram-negativas (mais frequente); • S. aureus resistente à meticilina; • Pseudomonas aeruginosa; • Acinetobacter ssp; • Há variação conforme o hospital. Etiologia PAC • Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos. • Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório. • Ar-Condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias e fungos. • Resfriado mal cuidado. • Mudanças bruscas de temperatura. • Co-morbidade: DPOC, Diabetes, HAS, • Imunodepressão, IRC. CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA • Pneumonia Lobar: quando a uma porção substancial de um ou mais lobos é envolvida. • Broncopneumonia: distribuída em placas que acomete broncos, bronquíolos e alvéolos, sendo mias comum que a pneumonia lobar. Pneumonia Bacteriana (Típica) e Atípica Reação inflamatória Nos Alvéolos Exsudato Diminuição Difusão de O2 e CO2 Migração de Neutrófilos + < Pressão alveolar O2 <Ventilação Pulmonar Hipoxemia Alterações Fisiológicas • Processo infeccioso; • Oxigenação Diminuída • Congestão Pulmonar. • Estertores Crepitantes Sons respiratórios Dim Diagnóstico • História clínica • Exame físico (ausculta pulmonar 'Creptações') • Hemograma • Radiografia de Tórax • Hemocultura • Neutrófilo Rodeado de Hemácias Linfócito http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Segmented_neutrophils.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Lymphocyte2.jpg Sintomas Respiração e pulso rápidos Febre baixa Cefaléia Mialgia Faringite Inicia com tosse não produtiva (a expectoração ocorre após alguns dias). Calafrios Tremores Dor pleurítica e dispnéia Tosse com expectoração Febre de 39ºC ou mais Respiração e pulso rápidos Lábios e extremidades cianóticos (casos graves) Confusão mental ou delírio (casos graves) * Indivíduos muito debilitados e idosos esses sintomas nem sempre ocorrem. AtípicaBacteriana Complicações da Pneumonia • Hipotensão; • Choque séptico; • Insuficiência Respiratória (bactérias gran negativas ou infecção por SARS COV2, principalmente em idosos, receberam tratamento tardio ou resistente ao tratamento; • Derrame Pleura - acúmulo de líquido entre as pleuras parietal e visceral (parênquima pulmonar). Pneumonia é contagiosa? • As bacterianas raramente são, porém as causadas por vírus podem acometer pessoas de uma mesma família. Considerações Gerontológicoas A pneumonia em pacientes idosos, configura uma maior taxa de mortalidade, pois muitas vezes os sintomas podem estar ausentes ou mascarados. Tratamento • Pessoas jovens • Diagnóstico precoce • Não apresentar baixo padrão imunológico • Não apresentar outra doença de base • Antibióticoterapia (resposta entre 48 e 72 horas) • Tratamento de suporte: • Oxigenioterapia • Antitérmico/analgésico e antitussígeno • Nutrição adequada • Hidratação • Repouso relativo Processo de Enfermagem: Avaliação • Estar alerta para alterações no estado clínico com ênfase nos sintomas respiratórios, alterações nos resultados do exame físico e mudanças nos achados radiográficos; • Os clientes idosos é importante observar estado mental alterado, desidratação e fadiga excessiva. Diagnóstico • Achado radiográfico; • Hemograma; • Hemocultura; • Exame de escarro; • Aspirado endotraqueal. Diagnósticos de Enfermagem • Desobstrução prejudicada de vias respiratórias associada a secreções traqueobrônquicas abundantes. • Fadiga e intolerância à atividade associadas a função respiratória prejudicada. • Risco de hipovolemia associado a febre e uma frequência respiratória aumentada. • Comprometimento do estado nutricional. • Falta de conhecimento sobre o esquema de tratamento e medidas preventivas. Intervenções de Enfermagem • Melhorar a permeabilidade das VAS. • Promoção do repouso e conservação de energia. • Manutenção da nutrição. • Promoção do Conhecimento sobre a doença. • Monitoramento e manejo de possíveis complicações. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo (85% dos casos). Continuação Embora a DPOC comprometa os pulmões, ela também produz conseqüências sistêmicas significativas. O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos brônquios (bronquite crônica) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar). A predominância destas alterações é variável em cada indivíduo, tendo relação com os sintomas apresentados. (Jornal Brasileiro de Pneumologia) • Obstrução das Vias aéreas: Etiologia • Poluição atmosférica; • Profissão e fatores-econômicos; • Hereditariedade; • Clima; • Sexo; • Idade; • Álcool; • Raça; • Diminuição da produção da produção da proteína alfa1-antitripsina); • Tabagismo: 1. Diminui a motilidade ciliar; 2. Provoca hipertrofia das células mucosas; 3. Favorece a inflamação das paredes brônquica e alveolares; 4. Condiciona o broncoespasmo; 6. Diminui a atividade dos macrófagos; 7. Contribui para as infecções respiratórias; 8. Limita a produção de surfactante; 9. Promove a fibrose, espessamento e ruptura das paredesalveolares (Tarantino e Sobreiro) DPOC • 85% dos casos não tem diagnóstico precoce; • Você tosse diariamente? • Você tem catarro todos os dias? • Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade? • Você tem mais de 40 anos? • Você é fumante ou ex-fumante? • Segunda a SBP se responder três ou mais perguntas positivas, deverá ser encaminhado ao pneumologista para realização de espirometria. Sintomas Gerais • Falta de ar, especialmente durante as atividades físicas; • Chiado no peito; • Aperto no peito; • Ter que limpar a garganta logo no início da manhã, devido ao excesso de muco nos pulmões • Tosse crônica que produz expectoração. O muco pode ser claro, branco, amarelo ou esverdeado; • Lábios ou camas de unha azulados (cianose); • Infecções respiratórias frequentes; • Falta de energia; • Perda de peso não intencional (em fases mais avançadas). Bronquite Crônica • Doença caracterizada pela produção excessiva de muco e tosse produtiva, devido a uma constante irritação devido: 1. Hipertrofia das glândulas secretoras de muco; 2. Aumento das células caliciformes; 3. Diminuição da mobilidade ciliar; 4. Forma-se tampão brônquico e o estreitamento dos bronquíolos; • Alteração dos macrófagos. •Alterações Fisiológicas • Hipersecreção • Obstrução • Hipóxia • Vias aérea estreitas, e com muco • Mecanismo compensatório para manter a via aérea pervia • Tosse produtiva • Dispnéia • Taquipnéia, cianose e uso msc acessórios • Sibilos e roncos • • Tempo exp. prol • Objetivo do Tratamento: • Manter os bronquíolos abertos para remoção dos exsudato e tratamento da infecção bacteriana. 1. Terapia antibiótica; 2. Broncodilatadores para reduzir obstrução das vias aéreas e melhorar a distribuição gasosa e a ventilação alveolar; 3. Uso de corticóide quando o paciente não responde a terapia conservadora. Quadro Clínico Bronquite Crônica • Tosse e expectoração (3 meses em 2 anos); • Esputo mucoso, pouco purulento; • Dispnéia e incapacidade física; • Ex. Físico: Dispnéia, cianose, estertores bolhosos e sibílos a AP; • Exposição a fatores de risco. Enfisema Pulmonar • Distensão anormal dos espaços aéreos distal dos bronquíolos, com destruição dos septos alveolares. • Ocorre obstrução das vias aéreas devido inflamação e edema dos brônquios, produção excessiva de muco, perda da elasticidade das vias aéreas e colapso dos bronquíolos; • Compromete troca gasosa, difusão de O2, resultando em HIPÓXIA; Continuação Há perda da elasticidade dos pulmões, destruição alveolar e capilar por acúmulo de ar nos alvéolos. À medida que a destruição alveolar progride, as trocas gasosas diminuem. Há uma adaptação progressiva com a convivência de menor taxa de oxigênio no organismo, tornando, por isso mesmo, a pessoa intolerante a altas taxas de oxigênio. Tipos de Enfisema Pulmonar • Panlobular (Pan-acinar) – há destruição do bronquíolo respiratório, ducto alveolar e alvéolos. Causa pouca doença inflamatório, ampliação dos espaços pulmonares e perda de peso. • Centrolobular (centroacionar) – alteração dos lóbulos secundários, preservando a parte periférica dos ácinos (onde ocorre a troca gasosa), causa uma disfunção da relação (V/Q). Principais sintomas: hipóxia, hipercapnia, ICCD e edema periférico. • Em estágio avançado compromete a eliminação de CO2; • HIPERCAPNIA E ACIDOSE RESPIRATÓRIA; • Rompimento das paredes alveolares, destruição do leito pulmonar, aumento fluxo sangüíneo pulmonar; • Aumento da pressão sangüínea da artéria pulmonar; Insuficiência cardíaca direita (COR PULMONALE - turgência jugular, hepatomegalia e edema de membros inferiores.). • Torax em tonel ou barril (Isso ocorre porque os pulmões são cronicamente inflacionados com ar, para que a caixa torácica permanece parcialmente expandida o tempo todo. Isso torna a respiração menos eficiente e agrava a falta de ar – Síndrome Obstrutiva). • Cifose (causado por fibrose dos pulmões causa insuficiência respiratória hipercápnica de longo prazo – Sindrome Restritiva). Blue bloater Inchado Azul - bronquítico • Obeso • Cianótico • Cor Pulmonale • Crises sucessivas • Conhecido nas UTI Pink puffer Soprador rosa - infisematoso • Magro; • Sem Cor Pulmonale • Sem muita tosse • Quando descompensam tem mau prognóstico Diagnóstico • O diagnóstico deve ser considerado: 1. Tosse crônica; 2. Produção crônica expectoração; 3. Dispnéia; 4. Sibilância; 5. História de exposição fatores de risco. Exame Físico •Diminuição murmúrio vesicular; •Sibílos; •Estertores Creptantes. Ausculta •Tórax hiperinsuflado •Dispnéia/Taquipnéia •Tempo expiratório prolongado; •Respiração c/ lábio semicerrado; •Uso musculatura acessório. Inspeção Índice de dispnéia modificado do MRC (Medical Research Council) GRAU Caracterização 0 Falta de ar ao realizar exercício intenso. 1 Falta de ar quando apressa o passo, ou sobe escadas ou ladeiras. 2 Precisa parar algumas vezes quando anda no próprio passo, ou anda mais devagar que outras pessoas da mesma idade. 3 Precisa parar muitas vezes devido à falta de ar quando anda perto de 100 metros, ou poucos minutos de caminhada no plano. 4 Sente tanta falta de ar que não sai de casa, ou precisa de ajuda para se vestir ou despir. Exames • IMAGEM: • RX: apenas nos casos avançados; • Tomografia: diagnóstico diferencial. • Gasometria. ESPIROMETRIA • A espirometria ou prova de função pulmonar é um exame que avaliamos os volumes e fluxos de ar que entram e saem do pulmão. Utiliza-se um aparelho no qual a pessoa assopra em um bocal, chamado espirômetro, e avalia-se o fluxo e a quantidade de ar que sai dos pulmões. http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/17970-espirometria-exame-detecta-doencas-respiratorias Espirometria (diagnóstico e avaliação) • Estágio 0: normal; • Estágio I: DPOC leve (tosse com expectoração); • Estágio II: DPOC moderada (tosse c/ expectoração + dispnéia aos esforços); • Estágio III: DPOC grave ( insuficiência respiratória). Tratamento Farmacológico • Broncodilatadores (Beta-agonistas, Anticolinergicos e Xantinas); • Terapia com Aerossol; • Tratamento da Infecção; • Corticosteróides; • Oxigenação. Broncodilatadores • Beta-agonista (agente Beta-adrenérgicos): Dilatam os músculos lisos brônquicos e aumentam os movimentos ciliares, diminuindo os mediadores químicos. Albuterol, metaproterenol, isoproterenol, etc. A via inalatória é a de escolha. • Anticolinérgicos: broncodilatadores, brometo de ipatrópio (atrovent), utilizados por via analatória. Broncodilatadores • Metilxantinas (Ambroxol, Mucolin): relaxam a musculatura lisa brônquica, aumentam o movimento do muco das via aéreas e potencializam a contração do diafragma. Aminofilina por via endovenosa. Não é muito utilizada na crise porque seu início de ação é mais lento. Tratamento não farmacológico • Reabilitação: não impede progressão da doença, mas reduz sintomas e melhora a qualidade de vida; • Oxigenioterapia: a longo prazo é usado para o estágio III (grave). Quais objetivos do tratamento da DPOC • Prevenir a progressão da doença; • Aliviar sintomas; • Melhorar a tolerância aos exercícios; • Melhorar a qualidade de vida; • Prevenir e tratar as complicações; • Prevenir e tratar as agudizações; • Reduzir a mortalidade; • Prevenir ou reduzir os efeitos colaterais provocados pelo próprio tratamento. Reabilitação Pulmonar Reabilitação pulmonar é um programa multiprofissional de cuidados a pacientes com alteração respiratória crônica que engloba o estabelecimento de diagnóstico preciso da doença primária e de comorbidades, tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico; recondicionamento físico, apoio psicossocial e educação, adaptado às necessidades individuais para otimizar a autonomia, o desempenho físico e o social. Diagnósticos de Enfermagem • Troca gasosa prejudicada. • Padrãorespiratório prejudicado. • Intolerancia à atividade. • Dificuldade de enfrentamento. • Falta de conhecimento em relação ao autocuidado. Cuidados Gerais de Enfermagem • Manter paciente em repouso na fase crítica. • Posição de fowler, mudança de decúbito. • Deambulação quando possível • Observação e anotar sinais e sintomas • Estimular a alimentação e ingestão de líquidos • Manter V.A.S. permeáveis • Orientar paciente quanto a coleta de material para exames • Cuidados com oxigenioterapia e inaloterapia • Ensinar o paciente a coordenar a respiração diafragmática com atividade • Evitar esforço desnecessário para o paciente. • Orientar evitar: fumo, extremos de calor e frio, fumaça, poeira, uso de lã, convívio com animais domésticos e pessoas com infecções de trato respiratórios • Cuidados com equipamentos de terapia respiratória. Manutenção e Reprocessamento de Equipamentos Respiratórios • Umidificador; • Inaladores e extensão; • Bolsa de Ressuscitação (AMBU); • Circuito Respirador. Muito obrigada!
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