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Manual PPRA UFT

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Serviço Público Federal 
Fundação Universidade Federal do Tocantins 
Gerência de Recursos Humanos 
Coordenadoria de Ações em Saúde no Trabalho 
 
 
 
MANUAL SOBRE 
PROGRAMA DE 
PREVENÇÃO DE RISCO 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas, junho de 2005. 
 
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
 
 
 
 
Reitor 
Alan Kardec Martins Barbiero 
 
 
 
Vice-Reitora 
Flávia Lucila Tonani de Siqueira 
 
 
 
Pró-Reitora de Administração e Finanças 
Ana Lúcia de Medeiros 
 
 
 
Gerente de Recursos Humanos 
Emerson Subtil Denicoli 
 
 
 
Coordenadora de Ações em Saúde do Trabalho 
Renata Carvalho Murad Leal da Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO..................................................................................4 
 
2. DEFINIÇÃO DE PPRA...........................................................................5 
 
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS.................................................................5 
 
4. ESTRUTURA MÍNIMA DE UM PPRA.................................................5 
 
5. EXEMPLOS DE RISCOS 
AMBIENTAIS..............................................6 
 
6. TRABALHO INSALUBRE E PERIGOSO/ ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE..........................................6 
 
7. LAUDO TÉCNICO PERICIAL SOBRE 
INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE..............................................6 
 
8. COMO DESENVOLVER O PPRA?.......................................................8 
 
9. QUEM ELABORA O PPRA?.................................................................9 
 
10. RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR/INSTITUIÇÃO.......10 
 
11. INSPEÇÃO DO TRABALHO.............................................................10 
 
 
 
 
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1. APRESENTAÇÃO 
 
Este manual foi elaborado pela Coordenadoria de Ações em Saúde no 
Trabalho na UFT com objetivo principal de orientar e educar os trabalhadores 
desta instituição quanto á necessidade de elaborar, implantar e desenvolver o 
PPRA (Programa de Prevenção de Risco Ambiental), conscientizando-os 
sobre sua importância como meio de controle de agravos à saúde do 
trabalhador. 
Outros objetivos deste manual são: 
- aprofundar a discussão sobre os riscos ambientais; 
- otimizar os investimentos em segurança e saúde na UFT em 
articulação com o PCMSO (Programa de Controle Médico e 
Saúde Ocupacional); 
- aumentar o conforto do trabalhador, ampliando a segurança; 
- colaborar para a divulgação do uso de EPI (Equipamento de 
Proteção Individual) e EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) 
disponíveis na UFT; 
- incentivar a participar dos trabalhadores da UFT como atores e 
multiplicadores da prevenção de riscos à saúde no trabalho; 
As informações contidas neste manual estão previstas na Portaria 
3.214/78 – Norma Regulamentadora 9 (NR 9). 
As recomendações para a elaboração do PPRA são bastante genéricas, 
deixando autonomia para a instituição elaborar a metodologia de ação que 
melhor que convier, desde que considere os riscos presentes no ambiente de 
trabalho e contemple perspectivas e avaliações palpáveis sobre o seu controle. 
Este manual contém informações sobre tipos de riscos ambientais, 
estrutura mínima e desenvolvimento de um PPRA, trabalho insalubre e 
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perigoso e adicionais respectivos, laudo pericial sobre insalubridade e 
periculosidade, responsabilidades sobre a elaboração e avaliação do PPRA e 
ainda sobre a inspeção do trabalho. É um modelo proposto, não definitivo, 
contendo informações sobre PPRA e outros afins, com intenção de revisões 
anuais, ajustando-se às necessidades da UFT face à iniciativa de diagnóstico 
de risco ambiental e ocupacional na instituição como um todo. 
A Coordenadoria de Ações em Saúde no Trabalhador preende através 
ajudar o trabalhador a identificar e avaliar de forma mais criteriosa o risco 
ambiental e ocupacional em seu local de trabalho e a necessidade de medidas 
de intervenção recomendada específicas para cada atividade, da qual o PPRA 
é o instrumento primordial. 
 
Coordenadora de Ações em Saúde no Trabalho na UFT 
 
 
2. DEFINIÇÃO DE PPRA 
 
PPRA é a sigla de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Este 
programa é regulamentado pela Norma Regulamentadora 9 (NR- 9) da 
Portaria 3.214/78. Seu objetivo é estabelecer uma metodologia de ação que 
garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores frente aos 
riscos dos ambientes de trabalho. Dentre os riscos ambientais citamos os 
agentes físicos, químicos e biológicos, variáveis quanto a natureza, 
concentração ou intensidade e tempo de exposição. 
 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
O PPRA é obrigatório em todas as empresas, inclusive intituições de 
ensino, independente do número de empregados ou do grau de risco de suas 
atividades e deve estar articulado com o Programa de Controle Médico e 
Saúde Ocupacional, pois a partir daí pode-se relacionar a doença às condições 
de trabalho. O PPRA objetiva preservar a saúde e integridade dos 
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle 
da ocorrência de riscos ambientais no ambiente de trabalho, como forma de 
proteção do meio ambiente, dos recursos naturais. 
Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função das 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
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diretamente. Essas doenças devem estar na relação elaborada pelo Ministério 
do trabalho e Emprego e da Previdência Social. 
Não são consideradas doenças do trabalho as doenças degenerativas, as 
doenças inerentes à faixa etária, as doenças que não produzem incapacidade 
laborativa e as doenças endêmicas adquiridas por habitantes da região onde 
ela se desenvolva, desde que seja comprovado a relação da exposição ou 
contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
 
 
4. ESTRUTURA MÍNIMA DE UM PPRA 
 
Segundo a NR-9, um PPRA deve apresentar a estrutura mínima a 
seguir: 
1- planejamento anual constando metas, prioridade e cronograma; 
2- estratégia e metodologia de ação; 
3- forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; 
4- periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
Deve haver na instituição um documento-base contendo todos os 
aspectos da estrutura mínima para um PPRA. Este documento deve ser 
apresentado e discutida na CIPA (se houver), sendo anexado cópia em livro 
ata. Este documento deve estar acessível às autoridades competentes para 
fiscalização. O PPRA deve ser analisado globalmente pelo menos uma vez ao 
ano para avaliar seu desenvolvimento e para os ajustes necessários e 
estabelecimento de novas metas e prioridades. 
 
 
5. EXEMPLOS DE RISCOS AMBIENTAIS 
 
Os riscos ambientais incluem os agentes físicos, químicos e biológicos 
existentes nos ambientes de trabalho e que podem causar danos à saúde do 
trabalhador na dependência de sua natureza, intensidade, concentração, 
freqüência e tempo de exposição. 
São exemplos: 
- agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, 
temperaturas extremas (frio ou calor), radiações ionizantes e não 
ionizantes, umidade; 
- agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, 
vapores, substância sou compostos ou produtos químicos em 
7 
geral, absorvidos por via respiratória, pela pele ou pelo trato 
gastrointestinal (ingestão) com ação nociva; 
- agentes biológicos: bactérias, fungos, parasitas, protozoários, 
vírus e outros microrganismos com ação patogênica; 
Podemos ainda exemplificar a presença de risco de acidentes no 
ambiente de trabalho por: 
- ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada etc; 
- máquinas e equipamentos sem proteção; 
- eletricidade; 
- probabilidade de incêndio ou explosão; 
- armazenamento de produtos de forma inadequada, como agentes 
tóxicos ou resíduos químicos; 
- presença de animais peçonhentos.6. TRABALHO INSALUBRE E PERIGOSO / ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 
 
O trabalho insalubre é aquele em que o trabalhador fica exposto a 
agentes nocivos á saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da 
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos 
(CLT, art. 189 e NR-5). O exercício de trabalho insalubre, assegura ao 
trabalhador (servidores, professores efetivos, substitutos e visitantes) a 
percepção de adicional, incidente sobre o vencimento básico do cargo efetivo, 
equivalente a : 
- 20% quando a insalubridade é caracterizada como grau 
máximo; 
- 10% quando a insalubridade é caracterizada como grau médio; 
- 5% quando a insalubridade é caracterizada como grau mínimo. 
 
Quando o trabalhador fica exposto a pelo menos radiação, explosivos 
ou eletricidade, é caracterizado um trabalho em condições de periculosidade e 
é assegurado ao trabalhador a percepção de adicional de 10%, incidente sobre 
o vencimento básico do cargo efetivo, sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa (NR-16, subitem 
16.2). 
O direito à percepção de insalubridade cessa com a eliminação das 
condições ou dos riscos que deram causa á sua concessão, de acordo com o 
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laudo pericial. Os adicionais de insalubridade e periculosidade não se 
incorporam aos proventos de aposentadoria e o exercício do cargo em 
atividades insalubre ou perigosas também não reduz o tempo de serviço para a 
aposentadoria. 
 
 
7. LAUDO TÉCNICO PERICIAL SOBRE 
INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE 
 
O laudo técnico pericial visa identificar e classificar as atividades 
insalubres ou perigosas no ambiente de trabalho, manifestando-se pelo 
pagamento ou não do adicional correspondente. O laudo técnico pericial não 
faz parte do PPRA, mas nada impede que sejam elaborados no mesmo 
documento, desde que sejam executados por Engenheiro de Segurança ou 
Médico do Trabalho ( de empresa privada ou profissional liberal). 
 
 
8. COMO DESENVOLVER O PPRA? 
 
Para desenvolver o PPRA, seguir as etapas seguintes: 
1) antecipação e reconhecimento dos riscos: 
- a antecipação inclui a análise de projetos de novas instalações, 
métodos ou processos de trabalho, ou de modificações já 
existentes, visando identificar riscos potenciais e introduzir 
medidas de proteção para sua redução ou eliminação; 
- o reconhecimento dos riscos inclui sua identificação, a 
determinação e localização das possíveis fontes geradoras, a 
identificação das trajetórias e meios de propagação dos agentes, 
os possíveis danos relacionados aos riscos identificados e a 
descrição das medidas de controle já existentes; 
- 
2) prioridades e metas de avaliação e controle: a instituição deve 
estabelecer as prioridades de ação, de acordo com a etapa anterior e 
estabelecer o modo de ação para minimizar ou erradicar os riscos; 
 
3) avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores: 
- a avaliação quantitativa será realizada se necessário para comprovar o 
controle de exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa 
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de reconhecimento, ou dimensionar a exposição dos trabalhadores ou 
ainda subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 
 
4) medidas de controle e avaliação de sua eficácia: 
- as medidas de controle devem ser suficientes para eliminar, minimizar 
ou controlar os riscos ambientais nas situações de identificação de risco 
potencial à saúde (fase de antecipação), risco evidente à saúde (fase de 
reconhecimento) ou quando os resultados das avaliações quantitativas 
da exposição dos trabalhadores excederem os valores limites previstos 
na Norma Regulamentadora 15 (NR 15) da portaria 3214/78 ou outros 
estabelecidos como critérios técnico-legais ou ainda quando for 
estabelecido através de controle médico um nexo causal entre os danos 
e a situação de trabalho. 
- as medidas de proteção coletiva objetivam eliminar ou reduzir a 
utilização ou formação de agentes prejudiciais à saúde ou prevenção da 
liberação ou disseminação desses agentes ou ainda redução dos níveis 
ou concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 
- as medidas de proteção coletiva devem ser acompanhadas de 
treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que garantam 
a eficiência e informações sobre as limitações oferecidas. 
- na inviabilidade de adoção de medidas de proteção coletiva devem ser 
tomadas medidas de caráter administrativo ou de organização do 
trabalho ou ainda a utilização de Equipamento de Proteção Individual 
(EPI). 
- Os EPIs devem ser adequados tecnicamente ao risco exposto pelo 
trabalhador e a equipamento usado numa atividade/operação, níveis de 
exposição a um certo agente de risco atividade exercida, levando em 
conta a eficiência para o controle da exposição ao risco e o conforto do 
trabalhador usuário. Os trabalhadores devem ser treinados quanto à 
correta utilização dos EPIs e orientados sobre suas limitações. Deve 
haver normas e procedimentos sobre a guarda, a higienização, a 
conservação, a manutenção e a reposição dos EPIs. Deve ainda existir a 
caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores com a 
identificação dos EPIs utilizados para os riscos ambientais. Maiores 
detalhes sobre EPIs estão disponíveis no Manual sobre EPI, elaborado 
também pela Coordenadoria de Ações em Saúde no Trabalho na UFT. 
 
5) monitoramento da exposição aos riscos: 
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- Deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetida de exposição a 
um dado risco, visando introduzir ou modificar as medidas de controle. 
 
6) registro e divulgação dos dados: 
- o empregador ou instituição deve ter um histórico técnico e 
administrativo do desenvolvimento do PPRA e esses dados mantidos 
por período mínimo de 20 (vinte) anos, sendo acessíveis aos 
trabalhadores, seus representantes e autoridades competentes. 
 
 
9. QUEM ELABORA O PPRA? 
 
A elaboração, implementação e avaliação do PPRA podem ser feitas por 
qualquer pessoa, ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam 
capazes de desenvolver o disposto na NR-9. Também é o empregador que 
estabelece estratégias e metodologias utilizadas para o desenvolvimento das 
ações, assim como a forma de registro, manutenção e divulgação dos dados 
gerados no desenvolvimento do programa. 
Cada estabelecimento da UFT deve ter ações desenvolvidas segundo a 
abrangência e profundidade dos riscos existentes no local de trabalho e das 
respectivas necessidades de controle. É de responsabilidade da UFT adotar 
mecanismos de avaliação que permitam verificar o cumprimento das etapas, 
das ações e das metas previstas no PPRA. A NR-9 prevê algum tipo de 
controle social, garantindo aos trabalhadores o direito à informação e à 
participação no planejamento e no acompanhamento da execução do 
programa. 
A NR-9 dá as diretrizes gerais e os parâmetros mínimos pra a execução 
do programa, como referido anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
10. RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR OU INSTITUIÇÃO 
 
- estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como 
atividade permanente da instituição; 
- colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; 
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- seguir as orientações recebidas nos treinamentos por técnicos, 
especialistas ou conhecedores da área ; 
- informar a gerência máxima da instituição ocorrências que possam 
implicar risco à saúde dos trabalhadores, para as providências cabíveis. 
 
 
11. INSPEÇÃO DO TRABALHO 
 
 O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o órgão de âmbito 
nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as 
atividades relacionadas com a segurança e saúde no trabalho, inclusive a 
fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo o 
Território Nacional. No plano Estadual, esta fiscalização é executada pelas 
Delegacias Regionais do Trabalho. O auditor do trabalho é o profissional 
responsávelpela fiscalização direta.

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