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PATOLOGIA GERAL · Estudo da doença, com a finalidade de compreender a causa e aplicar esse conhecimento no tratamento. · Ela envolve a investigação das causas da doença e as alterações associadas em nível de células, tecidos e órgãos, que resultam em sinais e sintomas presentes no paciente. · Célula normal (homeostasia): estão ajustando constantemente sua estrutura e função para se adaptarem às demandas de alterações e de estresse extracelular. · Quando se encontram em um estresse fisiológico ou um estímulo patológico, podem sofrer ADAPTAÇÃO. · Estímulo nocivo LESÃO CELULAR/MORTE. ESTUDO DAS LESÕES DECORRENTES DE DOENÇAS · Estudo da doença: formação, causas e consequências, macroscopia e microscopia, prognóstico, como ocorre, fatores ambientais... DOENÇA · Alteração orgânica constatada a partir de alterações da função de determinado órgão ou tecido (bioquímicas ou morfológicas). · AGENTE ETIOLÓGICO, qualquer agente capaz de desencadear alterações celulares. ADAPTAÇÃO CELULAR · As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. · Dentro de certos limites, a lesão é reversível e as células retornam a um estado basal estável; entretanto, um estresse grave, persistente e de início rápido resulta em lesão irreversível e morte das células afetadas. HIPERPLASIA FISIOLÓGICA Ploriferação celular é estimada por fatores e crescimento que são produzidos por vários tipos celulares · Aumento no nº de células (quantidade). · Hiperplasia hormonal Ex: proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez. · Compensatória: · Regeneração do órgão removido Ex: quando parte do fígado é removida. · Patológica: Ex: estimulação hormonal excessiva. 1. Aumento dos vasos sanguineos diante a uma infecção 2. Aumento das células diante uma doença, como: verrugas,papilomas e massas HIPERTROFIA FISIOLÓGICA · Aumento do volume das células, ocasionando o aumento de tecidos ou órgãos, ocorre quando as células possuem capacidade limitada de se dividir. Ex: musculação. · Patológica: Ocorre síntese e proteínas e filamentos. Mudanças das proteínas contráteis (miofilamentos) levando a uma contração mais lenta. Ex: o aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou doença de valva aórtica. Se persistir o estimulo, pode levar a uma insuficiência cardíaca. ATROFIA · Diminuição do tamanho da célula por perda de substância celular, com consequente diminuição do seu metabolismo ou atividade. · Involução. Ex: perda óssea devido à ausência de dentes ou doença periodontal. Causas comuns: · Redução carga de trabalho (atrofia por desuso) · Perda de inervação · Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia) · Nutrição inadequada (inanição) · Perda de estimulação endócrina · Envelhecimento (atrofia senil) · Pressão (compressão) METAPLASIA · É uma alteração reversível, onde uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular. · O corpo modifica o padrão celular aumentando a resistência para suportar o ambiente hostil. Ex: transformação do epitélio respiratório de fumantes, as células epiteliais normais, colunares e ciliadas da traqueia e dos brônquios são focal ou difusamente substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas. Ex: Esofagite Barrett causada pelo ácido do estomago que retorna para o esôfago células escamosas sendo substituídas por colunares semelhantes as intestinais. Metaplasia do tecido conjuntivo · substituiu essa fibra por um tecido ósseo (osteoma) – galo. · Formação de cartilagem, osso ou tecido adiposo em tecidos que normalmente não contém esses elementos. Ex: metaplasia óssea em tumores de tecido mole e metaplasia cartilaginosa ou óssea em hiperplasias bucais. Calcificação patológica · Depósito anormal de sais de cálcio. · Torna –os mais fortes · Dois tipos: distrófica( áreas de agressão que estão no estágio mais avnçado de lesão irreversível ou seja, necrosado) e metastática(remoção de calcio nos ossos e se restabelecendo nos tecidos). Classificação patológica (distrófica) · Encontrados em áreas de necrose. · Aspecto granular, amorfo e basofilico. Ex: Calcificação do tecido pulpar. Classificação patologia (metástica) · Pode ocorrer em tecidos normais quando há hipercalcemia. · Locais onde ocorre: rins, pulmões, estômago, coração, córnea. O ph alcalino ao longo das membranas favorecem a precipitação dos sais. INJÚRIA CELULAR · Diminuição de oxigênio (causa comum e importante de lesão e morte celular, hipóxia x isquemia). · Agentes químicos, físicos, infecciosos (vírus, bactéria e fungos). · Reações imunológicas (reações anafiláticas e doenças auto-imune). · Alterações genéticas e nutricionais (deficiência nutricional). · Se o organismo está sob estresse, qualquer desses fatores pode contribuir para desencadear uma doença. Agentes químicos/drogas · Álcool, drogas (dependência) e fumo. Agentes físicos · Trauma mecânico. · Extremos de temperatura. · Mudanças bruscas na pressão atmosférica. · Radiação. · Choque térmico. LESÃO POR DIMINUIÇÃO DE O2 · A sensibilidade de cada célula depende da sua capacidade em resistir a falta de O2, ATP, entrada de cálcio e neutralização de radicais livres. · Neurônios (3 a 5 min), miocárdio e hepatócitos (10 min a 12 hrs), fibroblastos, músculo esquelético, epitélio (muitas horas). MORTE CELULAR · Último resultado de injúria celular. · Necrose ou Apoptose. NECROSE · Tipo mais comum de morte celular. · Ocorre após stress celular (isquemia ou injúria química). · Ruptura celular. · Coagulação das proteínas citoplasmáticas. · Quebra de organelas. · Tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares. Tipos de Necrose · Coagulação: desnaturação de proteínas estruturais e enzimas (característica de infartos – áreas de necrose isquêmica). · Liquefação: osmicrorganismos estimulam o acúmulo de células inflamatórias e as enzimas dos leucócitos a digerirem (“liquefazer”) o tecido (em inflamação por bactérias é produzido o pus – restos celulares). · Caseosa: acometida comumente por buracos na membrana celular (aspecto de queijo branco – amarelado) conhecida como granuloma. · Gordurosa: tipicamente resultantes da liberação de lipases pancreáticas, conhecida como pancreatite aguda elas liquefazem a membrana dos adipócitos do peritônio. · Fibrinóide: geralmente observada nas reações imunes, nas quais complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias, em combinação com a fibrina que tenha extravasado dos vasos resultando em aparência amorfa. · Hemossiderina: estravazamento de ferro devido a morte da hemácia. · Necrose cria poros na membrana e explode a célula comprometendo ao redor. · Consequência inflamatória da necrose. Alterações morfológicas do núcleo · PICNOSE: condensação de núcleo e aumento da basofilia (basófilos – células sistema imune). · CARIORREX: fragmentação do núcleo (começa a atividade enzimática fosfolipase, DNAase, RNAse) · CARIÓLISE: diminuição da basofilia nuclear (aumentando a atividade da enzima DNAase que degrada a cromatina).(prova) Entrou na Pcnose já se torna irreversível. APOPTOSE · A apoptose é uma via de morte celular, induzida por um programa de suicídio. · Morte estritamente regulada na qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. · A membrana plasmática da célula permanece intacta, os fragmentos que se separam da membrana rapidamente são fagocitados, assim não extravasam e não causam uma reação inflamatória no hospedeiro. · A apoptose induzida por alguns estímulos patológicos progride para necrose. · Difere da necrose por que que não precisa de uma reação inflamatória (prova). · As células vão para as vias linfáticas (linfonodos)? Condições fisiológicas Eliminação de células potencialmente prejudiciais e outras que sobreviveram mais que sua utilidade. · Embriogênese (processos de apoptoses na separação dos dedos e da maxila). · Involução dependente de hormônios (célula endometrialque se desprende durante o ciclo menstrual. · Eliminação de células em constante proliferação. · Células inflamatórias (neutrófilos na resposta inflamatória aguda e os linfócitos, ao término da resposta imune). Estados patológicos Células que são lesadas de modo irreparável, especialmente quando a lesão afeta o DNA ou as proteínas da célula; nessas situações, a célula lesada de modo irreparável é eliminada. · Viroses (morte apoptótica que pode ser induzida pelo vírus como adenovírus e vírus da imunodeficiência humana ou pela resposta imune do hospedeiro como na hepatite viral). · Tumores. Via mitocondrial intrínseca · Lesão celular: subtração de fator de crescimento, lesão de DNA (radiação, toxinas, radicais livres), proteína mal dobrada (estresse do RE). · Proteínas da família Bcl-2, que regulam a permeabilidade mitocondrial, se desequilibram e o extravasamento de várias substâncias das mitocôndrias resulta em ativação das caspases. Via do receptor de morte · Interações ligante – receptor (Faz e receptor TNF). · Sinais dos receptores da membrana plasmática levam o arranjo de proteínas adaptadoras a um “complexo de sinalização indutor de morte”, que ativa as caspases. Caspases desencadeantes (enzimas ativadas) – caspases executoras – ativação de nucleases – degradação do citoesqueleto. A fosfatidilserina presente na membrana interna celular, move – se para fora nas células apoptóticas onde é reconhecido pelos macrófagos e fagocitado. Exemplo: Caso de lesão no DNA, P53 Interrompe o processo de replicação e em casos irreparáveis inicia a apoptose, estimulando sensores que resultam na fragmentação do núcleo começando a degradação e acumulando corpos apoptóticos no meio extra celular (prova). ? INFLAMAÇÃO E REPARO A inflamação é uma resposta protetora do hospedeiro a invasores estranhos e tecidos necróticos, porém ela mesma pode causar lesão tecidual. Sinais: vermelhidão (vasos sanguíneos que levam células de defesa), pus (restos de degradação celular), inchaço. Inflamação aguda pode se tornar crônica e o contrário também. Abcesso Fênix sai do crônico e volta a ser agudo ex: doença periodontal. · Resposta vascular e celular dos de tecidos vivos a agressão. · Local. · É uma reação complexa de sequência cronológica. · É uma reação. · Rubor, calor, tumor (edema, aumento de volume), dor e perda de função (sinais cardinais). Aguda: · Fenômenos exsudativos (pus). · Alterações vasculares: aumento do fluxo sanguíneo resultante da vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vascular (vermelhidão e calor). · Vasoconstrição transitória – vasodilatação (induzida por mediadores como histamina) – aumento no fluxo sanguíneo (logo após o início da lesão ou infecção. · Dificuldade de passagem dos linfócitos devido ao aumento da viscosidade das hemácias (estase). Estes começam a acumular na superfície endotelial (marginação). · 1 Marginação e rolagem – 2 Adesão ao endotélio – 3 transmigração entre as células endoteliais. · Mediadores: selectina e integrina de rolagem e adesão. · Células: leucócitos, neutrófilos e hemácias. Crônica: · Fenômenos produtivos forma tumor. · Resposta prolongada do hospedeiro. · Caracterizadas por inflamação persistente, lesão tecidual, tentativas de reparo por cicatrização e resposta imune. · Duração de semanas a meses. · Células: fibroblastos, monócitos, plasmócitos, macrófagos e linfócitos. · Persistência do agente agressor que não é eliminado pelos mecanismos da inflamação aguda. · Inflamação, destruição e reparo ocorre simultaneamente. · Destruição tecidual induzida pelos produtos das células inflamatórias. · Inicio em 48h da aguda. Origem inflamação crônica: infecções persistentes por microorganismos, exposição prolongada a agentes tóxicos, reações autoimunes. Achados histológicos: · Destruição tecidual pelo andamento da inflamação, acredita-se ser causada pela produção local de citocinas por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos). · Macrófago é extremamente importante para manter a inflamação (produção de quimiocinas) e estimula o processo de recuperação. Fagocita – ativando a via – exporta um pedaço do antígeno para os linfócitos – produção de anticorpo. Padrão de células é importante para determinar o tipo de inflamação, onde tem a predominância de determinado tipo de célula peculiar de cada processo. * Linfócitos Pericementite · Aspectos clínicos: dor provocada, extrusão, mobilidade aumentada, vitalidade. · Causas: endodontia/ortodontia, traumatismo, restauração recente incorreta. · Mucosa da região normal. Inflamações crônicas: específicas (granulomas) acúmulos nodulares limitados, inespecíficas disposição dos diferentes elementos das reações não surge na sua etiologia, imunológicas depende da imunidade do processo. Granulomatosas · Caracterizada por agregado de macrófagos ativados com linfócitos. · Manifestação clínica, forma de pequenos grânulos. · Proliferação de vasos e fibroblastos no tecido de granulação. · Fagócitos lisam o tecido necrótico, os vasos proliferam em direção a lesão, fibroblastos sintetizam colágeno e a área lesada vai sendo substituída por uma cicatriz fibrosa. · A formação do granuloma “encerra” o agente ofensor. · Granuloma piogênico: relacionado com o desequilíbrio hormonal, quando regulado involui (ex: na gravidez). · Granuloma de células gigantes: destrói o tecido ósseo. image1.png image2.png image3.jpeg
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