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Resenha

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UNIBF
PÓS-GRADUAÇÃO EM PERSONAL TRAINING – Metodologia para o treinamento personalizado
ITALO DE SOUZA SANTOS
CONDICIONAMENTO AERÓBIO E PREPARAÇÃO PARA AS ATIVIDADES FÍSICAS
RESENHA CRÍTICA
ARACAJU
2024
RESENHA CRÍTICA
MAIOR, Alex S.; ALVES, Antônio. A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força muscular: uma revisão bibliográfica. Motriz, Rio Claro, v.9, n3, p.161-168, set/dez. 2003.
O presente estudo fala sobre testes de treinamento de força, onde marcam as adaptações nos sistemas muscular e nervoso. Os mecanismos que são envolvidos são examinados e revelam a importância da ação do sistema nervoso central e todas as suas partes constituintes sobre os componentes musculares no movimento humano e no desenvolvimento da força.
O artigo está dividido em introdução, onde traz a importância do treinamento de força para o ganho de força muscular, para a efetiva melhora de várias capacidades funcionais e como funciona os estímulos. Seguindo do tópico de Adaptação neural e treinamento de força, que esta subdivido em ganhos iniciais de força onde vem mostrando como funciona as adaptações neurais. Após, vem o subtópico coordenação intramuscular mostrando como surge, um dos fatores decorrentes da adaptação neurogênica. Já o subtópico coordenação intermuscular vem explicando como ocorre quase simultaneamente com a coordenação intramuscular, onde diferencia apenas dos ajustes entre as musculaturas envolvidas no ato motor. Assim, traz o subtópico fatores neurais e sistema neuromuscular que vem explicando que o movimento humano é controlado e regulado pelo sistema nervoso central. No próximo tópico, mecanismos inibitórios e adaptação neurogênica, traz o subtópico co-ativação onde fala sobre a ativação dos músculos agonista e antagonista. Seguindo do subtópico, déficit bilateral falando sobre os exercícios de força executados bilateralmente. Finalizando com as considerações finais, com total de 8 folhas escritas.
De modo geral, os autores trazem várias referências para redigir o texto, enfatizando o início sobre o treinamento de força, trazendo estudos que comprovam a efetividade para a melhoria das capacidades funcionais e ganho de massa muscular, só resultados benéficos para estética, saúde e reabilitação. Fala sobre como funciona os estímulos de treinamento em fases iniciais, intermediário e avançado. De como funciona o aumento de força.
Os ganhos de força funcionam através de respostas neurais ao treinamento. Sabendo que nas fases iniciais passa por adaptações, e a primeira é a neuromuscular, e o ganho de força é mais rápido do que a hipertrofia. Assim vem trazendo alguns estudos comparando o ganho de força com a atividade neural. Destacando também a importância da amplitude de movimento para uma maior ativação neural.
A coordenação intramuscular é um dos fatores decorrentes da adaptação neurogênica. Nas fases iniciais é importante uma coordenação intramuscular para qualquer modalidade esportiva, principalmente aquelas que envolvem força, com isso a ativação motora exige uma maior participação do músculo envolvido. A ocorrência da coordenação intramuscular inicia na fase de adaptação neural, porém os indivíduos em fases iniciais não conseguem um recrutamento de unidades motoras específicas.
A coordenação intermuscular ocorre ajustes entre os músculos envolvido no movimento. Assim, é explicado devido a melhora da coordenação dos grupos muscular que estão envolvidos em algum ato motor, melhorado a técnica na execução de qualquer gesto esportivo, e incremento no ganho de força.
O movimento humano é controlado pelo sistema nervoso central. O estímulo muscular é controlado pela soma de impulsos neurais inibitórios e excitatórios, onde é transmitido aos neurônios, causando a contração muscular. Os ganhos de força surgem através da melhora da sincronização das unidades motoras, pelo resultado da maior velocidade de contração, aumentando a capacidade do músculo de gerar força. Essas unidades motoras possui uma ligação entre o músculo e o sistema nervoso, fazendo que o recrutamento de fibras musculares seja simultâneo. Assim traz alguns estudos comparando o ganho de força através de estudos.
A co-ativação é a eficiência melhorada dos músculos agonistas e antagonista na execução do movimento no treinamento de força. Quando o agonista recebe a contração o antagonista relaxa, e vice-versa. Para que um músculo agonista faça força máxima, as unidades motoras do músculo envolvido são recrutadas para diminuir a intensidade da co-ativação.
Falando sobre o déficit bilateral sobre exercícios que são executados bilateralmente, vem trazendo alguns estudos que comprovam que indivíduos em fases iniciais no treinamento de força, produzem menos força unilateralmente que bilateralmente. Assim a ação do déficit bilateral é importante para aqueles esportes que utilizam um membro como característica principal, onde o treinamento de força melhores a performance dos atletas. Por fim, esse estudo de revisão trouxe a importância das adaptações nervosas no treinamento de força.
O artigo traz subsídios sobre os fatores neurais no treinamento de força em iniciantes, em alguns momentos comparando com indivíduos treinados, sempre com referências que comprovam o que foi escrito. 
Apresentam de forma clara e detalhada como foi escrito o estudo, porém é necessário um conhecimento prévio sobre treinamento de força, atividades neurais, de como funciona um estímulo muscular, quais fibras são recrutadas. Porém por se tratar de um estudo de 2003, é válido a busca de estudo mais recentes e comparar. Essa pesquisa é de grande utilidade ao profissional de Educação Física, instiga ao leitor buscar mais pesquisas e até fazer a sua própria.
PhD Alex Souto Maior é um dos principais pesquisadores na área de treinamento de força para alta performance, prevenção de lesões e reabilitação. O pesquisador é Doutor e Pós-Doutor em fisiologia pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ); Mestre em Engenharia Biomédica pelo Instituto de pesquisa e desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba (IP&D/UNIVAP); Especialista em treinamento de força pela Universidade Gama Filho (UGF) e possui graduação em Educação Física pela Universidade Castelo Branco (UCB). O profissional atua como professor e pesquisador no programa de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) em Ciências da Reabilitação do centro universitário Augusto Motta (UNISUAM). Além disso, PhD Alex Souto Maior é coordenador da pós-graduação lato sensu em Ciências do esporte. O profissional participa de palestras, cursos, simpósios, workshop no território nacional e internacional sobre treinamento de força, controle de carga de treinamento, alta performance, prevenção de lesões e reabilitação osteomioarticulares, sistema cardioendócrino, emagrecimento e oclusão vascular. Tem experiência na área de fisiologia do exercício e humana, além de experiência na área de bioquímica aplicada ao exercício físico e alta performance. O profissional atua nas seguintes áreas de pesquisa: Exercícios de força aplicados na alta performance, prevenção de lesões e reabilitação; treinamento de força e sistema autonômico cardíaco; respostas cardioendócrinas no esforço e fatores de risco cardíaco associado ao uso de esteróides androgênios anabolizantes, exercício físico e oclusão vascular. Outras obras:
Maior, Alex S.; Simão, Roberto; Martins, Michael S. R; de Salles, Belmiro F.; Willardson, Jeffrey M. Influência da restrição do fluxo sanguíneo durante o exercício de resistência de baixa intensidade na resposta hipotensiva pós-exercício. The Journal of Strength & Conditioning Research: outubro de 2015 - volume 29 - edição 10 - p 2894–2899.
MARTINS, Edgar W.; MAGALHÂES, Roberto; MAROCOLO, Moacir; MAIOR, Alex S. Perfil autonômico cardíaco de sujeitos tetraplégicos praticantes de atividade física. Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 40, e33469, 2018.

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