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Durante o desenvolvimento deste trabalho o autor recebeu auxílio financeiro da Rio Grande, Março de 2018 Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Rezende Calil Tese apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Doutor no Programa de Pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica-PPOFQG. CAPES/PGCD. CANAL DE MOÇAMBIQUE Avelino Ângelo Adolfo Langa CICLO ANUAL DA CLOROFILA NO NORTE DO EFEITO DO VENTO E DO FLUXO DE CALOR NO Machine Translated by Google Tese apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Doutor no PPOFQG. CICLO ANUAL DA CLOROFILA NO NORTE DO EFEITO DO VENTO E DO FLUXO DE CALOR NO CANAL DE MOÇAMBIQUE Machine Translated by Google 'Todo o rio corre para o mar, mas o mar não está cheio.' - Eclesiastes, 1.7 Machine Translated by Google • Prof. Dr. Paulo Henrique Rezende Calil (orientador) - FURG • Prof. Dr. João Sarkis Yunes - FURG Banca examinadora: Esta versão da tese contém as correções e alterações sugeridas pela Comissão avaliadora durante a defesa da versão original do trabalho, realizada em 28/03/2018. Uma cópia da versão original está disponível na Secretaria no Programa de Pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica-PPOFQG, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande. • Prof. Dr. Ricardo de Camargo - USP • Prof. Dr. José Luíz Lima de Azevedo - FURG CLOROFILA NO NORTE DO CANAL DE MOÇAMBIQUE CICLO ANUAL DA EFEITO DO VENTO E DO FLUXO DE CALOR NO Machine Translated by Google Ao ’mestre’ Rodrigo Mogollón pela dicas fundamentais do ROMS e no processamento de dados. Aos professores do Programa de Pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica que contribuíram para o trabalho durante as aulas e nos seminários. Porque a concretização deste sonho também contou com o apoio de outras individu- alidades, gostaria de extender o meu agradecimento em seguida: O meu apreço vai também para o Programa de Pós-graduação Ciência para o Desen-volvimento (PGCD) do Instituto Gulbenkian de Ciência pela bolsa de estudos na primeira fase do programa em Cabo- Verde. E também à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-soal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de estudos referente à segunda fase do PGCD no Brasil. A concessão da bolsa foi primordial para a materialização dos meus objetivos. Gostaria de expressar meu profundo agradecimento ao Prof. Paulo Calil por me ofe-recer a oportunidade de integrar o grupo do Laboratório de Dinâmica de Modelagem Oceânica (DinaMO) como seu orientado. Os três anos passados no DinaMO foram um marco importantíssimo do ponto de vista pessoal e profissional. O que aprendi neste curto tempo não tem palavras de apreço que me ajudem a descrever. Aos professores João Sarkis Yunes, José Luíz Lima de Azevedo e Fabrício Sanguineti pela contribuição no trabalho através de fornecimento de literatura adicional durante o exame de qualificação. À todos os meus colegas do DinaMO em especial o Rafael Ávila, Flávia Delcourt, Fer-nanda Telles, Fabrício Lapoli, Juan Gabriel, Ricardo Aruda, Átila Torres e Claus Toledo pelos mementos de convivência dentro e fora do laboratório durante a minha estadia no Rio Grande. durante as aulas e no laboratório. eu Às minhas colegas de turma Bárbara Jung e Priscila Orosco pela troca de experiências Agradecimentos Machine Translated by Google Aos meus familiares que sempre me apoiaram e me incentivaram a seguir os meus intuitos, especialmente aos meus pais Adolfo e Patrícia, aos meus irmãos Emília, Hélio, Inês, Carolina e Patrícia. Ao meus amigos Rosa Simbine, Samuel Chiau e Pita Francisco por terem estado pró-ximo da minha família nos momentos que foram necessários. À direção da Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras (ESCMC) particular-mente ao Professor António Hoguane pelo apoio prestado no meu percurso académico À minha esposa Mindinha e às minhas filhas Láquila e Amélia Patrícia pela paciência durante a minha ausência e por acreditarem na importância desta causa para a minha vida profissional. passamos serão eternamente guardados na minha mente. desde o bacharelado. À Maria Helena António faltam palavras para ti. Os momentos de convivência que eu Aos professores Ricardo de Camargo, João Sarkis Yunes e José Luíz Lima de Azevedo por aceitarem fazer parte da banca avaliadora deste trabalho e por terem contribuído com sugestões e correções no trabalho final. Machine Translated by Google A concentração clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique é sazonal, ca- racterizada por um máximo durante os meses de inverno e por menores concentrações nos restantes meses do ano. Os processos físicos que modulam esta variabilidade temporal da clorofila carecem de estudos mais aprofundados. No presente estudo, recorre-se ao modelo hidrodinâmico regional acoplado ao modelo biogeoquímico configurado para o Canal de Moçambique, para investigar os processos que controlam a sazonalidade da clorofila na região. O máximo (mínimo) da clorofila superficial no Canal de Moçambique coincide com a maior (menor) intensidade do stress do vento e com os valores negativos (positivos) do fluxo de calor, o que sugere um efeito combinado das duas forçantes na modulação da camada de mistura e na sazonalidade da clorofila superficial. A simulação climatológica é comparada a uma série de experimentos de sensibilidade envolvendo variantes do stress vento e o fluxo de calor com o intuito de aferir a importância de cada uma das duas forçantes na profundidade da camada de mistura e na sazonalidade da clorofila superfi-cial. Os resultados indicam que além do stress do vento, o fluxo de calor é fundamental para a sazonalidade da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique. O fluxo de calor condiciona o ’timing’ do máximo da clorofila superficial durante o inverno, devido a sua influência na redução da estratificação da coluna de água. Por sua vez, o vento é responsável pela magnitude da clorofila superficial através das velocidades verticais que intensificam o transporte vertical de nutrientes (nitrato) e da clorofila sub-superficial para a superfície. Também foi analisada a produção primária em todo o canal, onde o aumento do nitrato na zona eufótica estimulou a nova produção primária durante o inverno, tendo contribuído com cerca de metade da produção primária (f-ratio 0.5). Na comparação en-tre o efeito do vento e do fluxo de calor nas três regiões do Canal de Moçambique, o vento mostrou ser mais relevante para a produção primária durante o inverno no norte devido a à sua ampla magnitude. Por outro lado, no centro e sul do canal onde o vento tem menor variabilidade ao longo do ano o fluxo de calor aparenta ser mais relevante para o LANGA, A. A. A. Efeito do stress do vento e do fluxo de calor no ciclo anual da clorofila no norte do Canal deMoçambique. 2018. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2018. iii Resumo Machine Translated by Google suprimento de nutrientes para a nova produção primária. A introdução dos ventos diários aumentou a produção primária em até 70% no oceano aberto, quando comparada com a simulação com ventos mensais. O aumento na produção primária na simulação diária deveu- se à intensa mistura vertical causada pela intensificação das velocidades. 4 Palavras-chave: Clorofila superficial, Canal de Moçambique, sazonalidade, vento e fluxo de calor, camada de mistura, nutrientes. Machine Translated by Google A clorofila superficial no Canal Norte de Moçambique é caracterizada por concentrações mais elevadas no inverno austral do que no verão austral. Os processos físicos que modulam esta variabilidade sazonal não são totalmente compreendidos. Neste estudo, utilizamos um modelo hidrodinâmico regional acoplado a um modelo biogeoquímico aplicado ao Canal de Moçambique para investigar os processos que impulsionam a variabilidade da clorofila na região. Uma simulação forçada com campos climatológicos mensais é comparada a um conjunto de experimentos de sensibilidade com a tensão do vento e fluxos de calor, a fim de avaliar sua importância relativa na profundidade da camada mista e nas concentrações superficiais de clorofila. Os nossos resultados mostram que as concentrações superficiais de clorofila no Canal Norte de Moçambique são fortemente moduladas pela variabilidade temporal da profundidade da camada mista. Os máximos de clorofila no inverno na superfície devem-se ao aumento do aprofundamento da camada mista como consequência do forte estresse do vento e da perda de calor na superfície do oceano. As baixas concentrações de clorofila na superfície durante o verão devem-se à camada mista mais rasa que resulta do forte aquecimento solar e do vento relativamente fraco. O modelo também indica que a velocidade vertical associada ao estresse do vento é responsável pela intensa magnitude da clorofila superficial, enquanto os fluxos de calor controlam o momento do florescimento do inverno. Analisámos também a produção primária em todo o canal onde houve nova produção primária durante o inverno, contribuindo com cerca de metade da produção primária (rácio f 0,5). em A tensão do vento parece ter uma grande influência na nova produção durante o inverno na parte norte, quando comparada com as partes centro e sul do canal. Por outro lado, o fluxo líquido de calor parece estimular a nova produção no centro e no sul, onde a perda de calor é maior, permitindo o arrastamento de nutrientes. A utilização do forçamento sinóptico no modelo mostra que a produção primária aumenta em cerca de 70%, quando comparada com a taxa de produção do modelo simulado por dados mensais de vento. Os experimentos diários de vento têm maior influência na produção primária no oceano oligotrófico. Este aumento na produção primária diária é devido ao aumento da mistura vertical como resultado de LANGA, A. A. A. On the effect of wind stress and heat fluxes on the annual cy-cle of surface chlorophyll in the northern Mozambique Channel. 2018. Doctoral Thesis - Programa de Pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2018. Abstrato Machine Translated by Google intensificação das correntes médias. nós Palavras-chave: Ciclo sazonal, clorofila superficial, estresse eólico e fluxos de calor, nutrientes, profundidade da camada mista, Canal de Moçambique. Machine Translated by Google . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. . . . . . 2.3 Métodos . . . . . . . . . . . . 1.3 Questões de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4.1 Validação do Modelo . . . . . . 3 Variabilidade sazonal e espacial da produção primária em Moçambique 1 Introdução . . . 3.4 Resultados e discussão . . . . 13 . . . 5 . . . . . . . . . . . 2.3.1 Descrição do modelo . . . . 11 2.4.2 O papel da tensão do vento e do fluxo líquido de calor no ciclo sazonal de . . . 1.5 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 15 . . . . . . . . . . . . . . 1.2 Variabilidade da Clorofila . . . . . . 31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI . . aquele canal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 Introdução . . . 3 . . . . . . . . 16 . 3.3.1 Descrição do modelo . . . . . . . . . . 2.1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 . . . . . . . . . . . . . ix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 Resultados e Discussão . . . . . Lista de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.2 Produtos de dados . . . . . . . . . 32 11 . . . . . 1.4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii . . . . . . 16 . 31 1.1 Vento e fluxo de calor . . . . . . . . 33 . . . . . . . . . . 2 Sobre o papel dos processos físicos na variabilidade da clorofila superficial . . . . . . . 2.3.2 Produtos de dados . . . clorofila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 . . . . . . . . . . . . . . . . 2.5 Observações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 . . 12 . . . . . . . . . lista de abreviações 1 . . . . . . . . . . . . 3.1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . no Canal Norte de Moçambique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 . . .3.3 Métodos . . . . . 13. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 Introdução . . . . Sumário Machine Translated by Google . . . . 65 . . . . . . . . . . . . 50 . . . . . 56 . . . . 3.4.6 Conclusão e observações . . . . . . 4.3.6 Comparação entre produção nova e regenerada . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 . . . . . . . . . . . . . . . . 70 . . . . . . 51 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 4 O Impacto do Estresse Diário do Vento na Produção Primária no Mo- . . . . 5 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.1 Sugestões para Pesquisas Futuras . . viii SUMÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.4.2 Variabilidade sazonal da nova produção e da produção primária . . . 37 . . . . . . . . . . . Referências Bibliográficas . . . . . . 60 . . . 49 4.3.2 Produtos de dados . . . . . . . . . A.3.1 Salinidade superficial . . . . . . 4.3 Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.4.4 Mecanismo impulsionador da variabilidadeespacial do PP . . . . . . . . . . . . . . . . A.3 Validação do Modelo . . . . . . . . . . . . . . . 4.3.4 Profundidade Anual da Camada Mista (MLD) e SST . . . . . . . . . . . . . . A.3.3 Clorofila de superfície . A.1 Modelo Hidrodinâmico . . . . . . . 34 . . . . 4.3.5 Aumento da produção primária através do forçamento sinóptico . . . . . . . . . . . . . . . 69 . . . 63 . . . . . . . . . 50 . . . . . . . . . . . . . . 72 . . . 50 . . . . . . . . . . . . . . . . 45 . . . 58 . . . . . 59 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65. . . . 52 . . . . . . . . . . . . . . . . zambique Canal 4.1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3.1 Descrição do modelo . . 4.3.7 Conclusões . 49 . . . . . . . . . . . . 3.4.1 Validação do Modelo . . . . 4.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.4.3 Fitoplâncton e pastoreio pelo zooplâncton . . . . 40 . . . . . A.2 Modelo Biogeoquímico . . . . . . . . . . . . 75 . . . . . . 4.3.3 Resultados e discussão . . . . . . . . . . . . A.3.2 Temperatura da superfície . . A Apêndice . . . . . . . . . . . . 3.4.5 Efeitos dos redemoinhos na variação temporal do fitoplâncton . . . . . . . . . . 42 . . . . . 43 . . . . . 66 . . . . Machine Translated by Google Máximo de clorofila profunda DCM NMEC Corrente Equatorial do Norte de Madagascar (Northern Madagascar Equatorial Curre PP Produção Primária (Primary Production) SMEC Corrente Sul Equatorial de Madagascar (Corrente Equatorial Sul de Madagascar) TSM ix CARS Commonwealth Atlas de Mares Regionais Corrente de Moçambique (Mozambique Current) Produto Interno Bruto Assimilação simples de dados oceânicos SODA EKE Energia Cinética Eddy Nova Produção Sistema Regional de Modelagem Oceânica ROMS Modelo de produção primária generalizada vertical VGPM Carbono Orgânico Dissolvido DOC fonte de alimentação NMC Norte do Canal de Moçambique (Northern Mozambique Channel) Sudoeste Corrida Climatológica CLM MLD Profundidade da camada de mistura (Mixed Layer Depth) Esquema de interações pelágicas PISCES para carbono e. Estudos de Ecossistemas POM Matéria Orgânica Particulada Temperatura Superficial do Mar Corrente das Agulhas (Agulhas Current) MC PIB Fluxo de calor líquido de superfície SNHF EACC Corrente costeira da África Oriental (East Africa Coastal Current) POR EXEMPLO Dispersômetro QSCAT Quik Atlas Mundial dos Oceanos WOA AC GEBCO Carta Geral de Batimetria dos Oceanos Conjunto abrangente de dados oceano-atmosfera COADS Espectrorradiômetro de imagem de resolução moderada MODIS NO Noroeste Unidade de Salinidade Prática (Practical Salinity Unit) SO lista de abreviações Machine Translated by Google x LISTA DE ABREVIATURAS Machine Translated by Google . . 2.2 Valores médios anuais de Energia Cinética Eddy (EKE) representando a circulação superficial no Canal de Moçambique, caracterizados pela interação Sul. No interior do canal predominam os vórtices de mesocala (Mozambique . . . . . 1.3 Distribuição do fluxo de calor no Canal de Moçambique obtido da clima-tologia COADS mostrando valores positivos em (a) Janeiro e negativos em na região do Canal de Moçambique. O Canal de Moçambique é limitado . . 4 . . 2500 metros. (b) Correntes superficiais médias anuais derivadas de ROMS indicando . . climatologia MODIS para os meses de (a) Janeiro e (b) Junho. . . . . XI . . . . Junho. Os dados foram obtidos da climatologia QSCAT. . . . 14 . . . . . . grade e grade filho (caixa). Os contornos representam isóbatas de 500 e . 2 . . . 1.4 Concentrações da clorofila superficial no Canal de Moçambique referente à . . . . . das áreas de amostragem utilizadas em nossa análise. . Corrente Equatorial de Madagascar (SEMC), respectivamente no Norte e não . . . . . . . . derivado de: (a) AVISO; (b) domínio pai; e (c) domínio filho. . 1.2 A figura é referente ao Stress e velocidade do vento, mostrando as dife-renças na direção e magnitude do vento entre os meses de (a) Janeiro e (b) . . 5. 1.1 A figura mostra a representação esquemática da circulação e da batimetria . (b) Junho. . . . . . . . . . . leste, e ainda pelas correntes South Equatorial Current (SEC) e Southeast por Schouten et al. (2003). As caixas em (b) indicam os limites geográficos . . . . . entre redemoinhos anticiclônicos e ciclônicos. Os dados correspondem ao EKE Canal Eddies, MEC) Fonte: Schouten et al. (2003) . . . . . . . . 2.1 (a) Batimetria GEBCO 30 arco-seg interpolada em ROMS para pai . . . . por dois países, nomeadamente Moçambique no Oeste e Madagascar no . . . a SEC (Corrente Equatorial Sul), SEMC (Corrente Equatorial Sul de Mada- gascar), EACC (Corrente Costeira da África Oriental), MC (Corrente de Moçambique), AC (Corrente das Agulhas) seguindo representação esquemática . . 17 . . 6 Lista de Figuras Machine Translated by Google LISTA DE FIGURAS painéis - (d) CTL, (e) estresse 'NOWIND' e (f) simulações 'NOHEAT'. . . 28 . . xii . experimentos é destacado pelo padrão de MLD e clorofila de superfície . . . . . . 21 . . a caixa no Canal Norte de Moçambique. Painéis coloridos mostram uma variação temporal-latitude da Profundidade da Camada Mista calculada em média sobre a longitude no Figura 2.1b) para: MODIS (ac); domínio pai (df); e domínio filho (gi). Tanto o MODIS quanto o modelo mostram um pico nas concentrações de clorofila em . . . . 24 . . . . . . 3.1 Produção primária integrada em profundidade (PP) no Canal de Moçambique sinal que é semelhante à execução de controle. . . . . . . Região NMC para: (b) observações pelo produto de Boyer Montégut; e C) . . . . . . . inverno e valores mínimos durante o verão. . . . . . . . .. derivado do Modelo de Produção Primária Generalizada (VGPM). O PP em 2.9 Modelo de diagnóstico de nitrato calculado em média sobre o MLD: (a) advecção horizontal; (b) termo de mistura vertical; (c) advecção vertical; e (d) arrastamento . . . . . . 20 . . .. 2.6 Perfil das concentrações médias anuais de clorofila superficial a 13ÿS de . . . latitude entre as zonas costeiras de Moçambique e Madagáscar no . . . . .. o domínio é caracterizado por maiores taxas de produção no inverno (c) e 2.3 Comparação das principais propriedades oceânicas entre observações e modelo no Canal Norte de Moçambique. A figura mostra médias anuais .. . . . . . . 27 . . . . .. Canal Norte de Moçambique, mostrando as tendências espaciais do MODIS (círculo/linha), filho (linha sólida) e pai (linha tracejada). . . menor no verão(a). Os valores intermediários estão no outono (b) e na primavera (d). 34 . 2.4 Seção vertical do fluxo vertical médio anual de nitrato no Norte avaliar. Legenda: CTL (linha contínua), 'NOWIND' Stress run (linha tracejada) e .. de Temperatura (a,d,g); Salinidade (b,e,h); e Nitrato (c,f,i) obtido de 3.2 Mapas que mostram a distribuição espacial da produção primária no Mo- . . . . . . . . . .. . . 2.7 Variabilidade sazonal de (a) Tensãomeridional do vento (Tauy, linha preta) e Canal de Moçambique para domínios pai (a) e filho (b). . . . . . Execução 'NOHEAT' (linha pontilhada circular). . .. perfis verticais zonais na seção 13 ÿS. . Canal de Zambeze, no (a) verão; (b) queda; (c) inverno: e (d) primavera. . . . 36 . . . 2.8 Evolução em profundidade da clorofila (colorida), MLD (linha contínua) e nitraclina (linha tracejada) para: (a) Teste de controle; (b) experimento de estresse 'NOWIND'; . . . . fluxo de calor líquido superficial (SNHF, linha azul). Ambos os forçamentos foram calculados em média . . . 25 . . . . 2.10 Seção vertical a 13 ÿS para: nitrato no painel superior - (a) CTL, (b) . 22 . . . . 18 . . . e (c) 'experiência NOHEAT. O efeito do fluxo líquido de calor na sensibilidade . . . 2.5 Evolução temporal-latitude da clorofila superficial correspondente às caixas que representam as três sub-regiões do Canal de Moçambique (ver .. domínio filho. . . . . . . Simulações 'NOWIND' e (c) 'NOHEAT'; e temperatura na parte inferior Machine Translated by Google . . . termos verticais e horizontais de nitrato (gi) nas três regiões do 4.5 Profundidade Anual da Camada Mista (m) derivada de (a) conjunto de dados climatológicos de .. . . . . . . partes central (b) e sul (c) do Canal de Moçambique (ver Fig. 3.3a). 52 .. Canal de Moçambique. . . . . 41 . . 3.8 Diferença relativa (%) entre o experimento CLIM e NOWIND (CLIM-NOWIND/CLIM*100), mostrando a distribuição espacial e sazonal de . . . . . . . 40 Canal de Moçambique. . . 3.3 Igual à figura 3.2, mas para a nova produção primária. As linhas e estrelas . . 54 . . . .. . . . . de Boyer Montégut, (b) ARGO, (cd) Experimentos mensais e (ef) Diários. 57 . 4.2 Mapas médios anuais de energia cinética parasita (EKE, cm2 s . . . a contribuição do vento para a PP média de profundidade no Canal de Moçambique. . 43 3.6 Evolução temporal e profundidade do nitrato (colorido) sobreposto pela profundidade da camada mista . 3.11 Igual à figura 3.10, mas para a parte central do Canal de Moçambique. . 46 3.9 Igual à figura 3.8, mas para o experimento de fluxo de calor líquido (NOHEAT). . . . .. .. . . . . . . . . . . . . ) derivado para (a) . . 38 (m) representando as partes (a) norte, (b) centro, (c) sul do Canal de Moçambique. . . . 3.12 Igual à figura 3.10, mas para a parte sul do Canal de Moçambique. 47 em (a) indique os locais onde os dados são amostrados para nossa análise neste capítulo. 37 . 4.3 Mapas anuais de velocidade superficial no correspondente do Canal de Moçambique . .. . . . . . . . . . . . . . AVISO; (b) e (d) Pai, respectivamente para Mensal e Diário; e C) & 4.1 Comparação entre forçamento de superfície mensal (pontilhado em azul) e diário . . 3.10 Instantâneo de 2 dias mostrando a evolução temporal da biomassa fitoplâncton superficial, EKE e nitrato no norte do Canal de Moçambique. . . . . . . . 3.4 Perfis verticais de oxigênio dissolvido obtidos a 13ÿS (ab); 18ÿS (cd); . . .para (ab) Execução mensal e (cd) Execução diária. . . . . . . . . . . . 39 . . . . (e), para Mensal e Diário, respectivamente. . 3.7 Evolução temporal de duas classes/grupos de fitoplâncton no Canal de Moçambique. Os dados correspondem a (a) diatomáceas (dia); (b) nanofitoplâncton (nano); (c) fitoplâncton total (dia+nano); e (d) pastoreio . . 55 . . 44 . . e 24ÿS (ef), representando respectivamente as regiões norte, centro e sul . 4.4 Perfis verticais de velocidade meridional (v) obtidos em 13ÿS (ab); 18ÿS . (cd); e 24ÿS (ef), representando respectivamente as regiões norte, central e .. . . . . . . (continuação-preto) resolução temporal. Os dados correspondem à tensão do vento . no fitoplâncton pelo zooplâncton na superfície. Os dados são retirados . . . . . 45 . . . . regiões do Canal de Moçambique (ver figura 3.3). . . 3.5 Evolução sazonal da produção nova e primária (ac), razão f (ef) e partes do sul do Canal de Moçambique. . . . .. . . . . . . . . . . 53 derivado do QuikSCAT para o ano de 2007, respectivamente no norte (a), . . .. . . partes norte (continuação), centro (tracejada) e sul (círculo pontilhado) do . . . . . LISTA DE FIGURAS xiii ÿ2 Machine Translated by Google LISTA DE FIGURAS . . . . 62 . . . XIV .. . . figuras de cima são referentes ao ROMS (a-d) e as de baixo são relativas . modelados explicitamente pelo modelo estão indicados no canto superior . . . 73 .. Os painéis superiores correspondem ao experimento mensal. Os painéis inferiores . são derivados da simulação diária. Os dados são obtidos a partir de 40 m de profundidade. 61 .. . . . . . . . ao MODIS (e-h). . esquerdo de cada compartimento. Adaptado de (Aumont e Bopp, 2006). . . 67 . . . . 70 . . 4.9 Distribuição do rácio f no Canal de Moçambique. A figura mostra valores . . . .. . . .. . . . . . 74 . A.4 Diferença na SST no Canal de Moçambique nos períodos de verão (sum-mer), outono (fall), inverno (winter) e primavera (spring). Valores positivos . A.2 Distribuição espacial da salinidade superficial no Canal de Moçambique nos . períodos de verão (summer), outono (fall), inverno (winter) e primavera . . . . da razão f integrada sobre a zona da camada eufótica derivada da execução mensal 4.7 Distribuição da produção primária no Canal de Moçambique obtida . 4.6 Mapas anuais de TSM no Canal de Moçambique obtidos de: (a) MO-DIS; (b &c) Execução mensal; e (d & e) Corrida diária. . . . . . .. . indicam que o modelo superestima a SST e valores negativos indicam que . a temperatura é sobrestimada pelo ROMS. . . . . (spring). As figuras de cima correspondem ao ROMS (a-d) e as de baixo . . . . .(ab) e a corrida diária (cd). . . . . . . . . . . 58 . . . . . . .A.5 O mesmo que a figura A.3, mas para a clorofila superficial. . A.3 Distribuição espacial da SST no Canal de Moçambique nos períodos de são relativas aos dados observacionais da Hydrobase (e-h). . . . A.1 Representação esquemática do PISCES. Na figura mostra-se apenas a parte . do Modelo de Produção Verticalmente Generalizado (VGPM, a), execução mensal . . . . . . . . . . . . A.6 O mesmo que a figura A.4, mas para a clorofila superficial. . . . verão (summer), outono (fall), inverno (winter) e primavera (spring). As . 60 . . (b & d) e Execução diária (c &e). . . . . . . . . . . . . 71 . . . . do ecossistema sem incluir o ciclo de carbono e o oxigênio. Os elementos . . . . 72 . . .. 4.8 Distribuição espacial das concentrações de nitratos no Canal de Moçambique. . . . Machine Translated by Google Os vórtices desempenham um papel fundamental na redistribuição de propriedades como massa, calor e nutrientes (DiMarco et al. (2002)), tornando o Canal de Moçambique rico em biodiversidade marinha. São exemplos de biodiversidade marinha os extensivos recifes de coral e diversos habitats para espécies em vias de extinção como dugongos e baleias (McCLANAHAN et al. (2011); Samoilys et al. (2011)). Aliadaa esta enorme bi-odiversidade estão as importantes pescarias que ocorrem ao longo de todo o canal. O Banco de Sofala é um exemplo de destaque em termos de pescarias em Moçambique O Canal de Moçambique situa-se no ocidente do Oceano Índico, entre Moçambique e a Ilha de Madagascar (Fig. 1.1). No norte, o Canal de Moçambique é limitado pela Cor-rente Equatorial Sul (SEC) que bifurca-se no continente aos 11ÿS de latitude, formando a Corrente costeira da África Oriental (EACC) em direção ao Equador e a Corrente de Moçambique (MC) na direção sul (Schouten et al., 2003). As instabilidades da SEC origi-nam vórtices de mesoescala na região norte, de onde se deslocam em direção ao centro do canal (Backeberg e Reason, 2010). Os vórtices de mesoescala na região do norte do Canal de Moçambique são anti-ciclônicos e localizados próximo à costa moçambicana. Do outro lado do canal, próximo à costa de Madagascar, predominam os vórtices ciclônicos que se deslocam para o continente interagindo com os vórtices anti-ciclônicos antes de se dirigir para o centro do canal (Collins et al., 2014). Próximo à zona costeira, os vórtices intera-gem com a MC produzindo correntes de mais de 1.5 m sÿ1 (Ullgren et al., 2016). Na região central do canal os vórtices tem maior energia cinética associada ao seu diâmetro maior, com a média de 300 km em comparação com a média de 100 km no norte (Halo et al., 2014). Caraterizados por trens alternados de vórtices ciclônicos e anti-ciclônicos na re-gião central do canal, estes vórtices interagem com as águas costeiras provenientes dos rios, antes de diminuírem a intensidade da sua energia cinética ao se deslocar para o sul (Omta et al., 2009; Quartly e Srokosz, 2004). Já no limite sul do canal de Moçambique os vórtices provenientes do interior do canal associam-se aos originários do sul de Madagascar aos 28ÿS, formando posteriormente a Corrente das Agulhas (AC) (de Ruijter et al., 2004). 1 Capítulo 1 Introdução Machine Translated by Google M ad ag ás ca r Moçambique (Brinca et al., 1980), contribuindo com 5% do PIB e cerca de 28% de divisas externas (Fanaian et al., 2015). Apesar desta relativa importância ecológica e sócio-económica do Canal de Moçambique, estudos envolvendo fatores físicos que determinam o ciclo anual da clorofila são escassos, sobretudo no norte do canal de Moçambique. Como indicador de produção primária, estudos envolvendo a clorofila constituem um pré-requisito para o gerenciamento da biodiversidade marinha, tornando relevante o melhor entendimento de processos físicos que determinam a sua variabilidade sazonal. Os vórtices de mesoescala são os que receberam maior atenção no que diz respeito a estudos recentes envolvendo interações biofísicas no Canal de Moçambique. Alguns exemplos de estudos de interações biológicas apontam para elevadas concentrações da clorofila superficial associadas aos vórtices de mesoescala (Jose et al., 2014; Omta et al., 2009), que por conseguinte influenciam outras cadeias tróficas desde a abundância do zo-oplancton (Lebourges-Dhaussy et al., 2014) até aos predadores de topo da cadeia trófica (Kai e Marsac, 2010). Devido à sua frequência que é de 4 a 5 vórtices/ano (de Ruijter et al., 2002; Schouten et al., 2003) e sem sazonalidade aparente (Omta et al., 2009), os vórtices 1,02 INTRODUÇÃO No interior do canal predominam os vórtices de mesocala (Mozambique Channel Eddies, MEC) Figura 1.1: A figura mostra a representação esquemática da circulação e da batimetria na região do Canal de Moçambique. O Canal de Moçambique é limitado por dois países, nomeadamente Moçambique no Oeste e Madagascar no leste, e ainda pelas correntes South Equatorial Current (SEC) e Southeast Equatorial Madagascar Current (SEMC), respectivamente no Norte e no Sul. Fonte: Schouten et al. (2003) Machine Translated by Google 1.1 Vento e fluxo de calor O regime do vento no Canal de Moçambique é sazonal marcado por valores elevados do stress do vento no inverno, cerca de 0.1 N mÿ2 damente de -0.04 N mÿ2 no período de verão (Fig. 1.2). Em comparação, a região norte do Canal de Moçambique difere das regiões centro e sul devido ao fato de o norte estar sob influência das monções (Saetre e Da Silva, 1982). O presente trabalho visa essencialmente identificar os principais processos físicos que modulam a sazonalidade da clorofila no norte do Canal de Moçambique. Em seguida, é feita uma revisão do stress do vento e do fluxo de calor no Canal de Moçambique como as possíveis forçantes que regulam a camada de mistura e por conseguinte a sazonalidade da clorofila superficial na região. A clorofila superficial tem a sazonalidade evidente, caracterizada por elevadas concen-trações de clorofila superficial durante o inverno e por baixas concentrações nos restantes meses do ano (Koné et al., 2009; Tew-Kai e Marsac, 2009). Esta variabilidade temporal da clorofila superficial no Canal de Moçambique é associada à sazonalidade do vento cujo pico da sua intensidade ocorre durante o inverno (Lévy et al., 2007). Entretanto, estudos mais recentes apontam para o decréscimo em cerca de 20% na concentração da clorofila no norte do Oceano Índico, apesar da intensificação do vento nas últimas décadas, fato atribuído ao aumento da temperatura superficial (Roxy et al., 2016). Numa outra aná-lise, Marsac (2014) verificou que a concentração superficial da clorofila decresceu entre os anos de 2006 e 2010, altura em que a temperatura superficial (SST) registou um ligeiro aumento, sem contudo avançar as causas. Sugerindo deste modo que processos físicos asso-ciados à sazonalidade da clorofila no Canal de Moçambique estejam além da variabilidade do stress do vento. Mais ainda, estudos apontam para relações contraditórias entre a SST e a clorofila superficial, sendo que o uso da SST como indicador da estratificação possa ser ambíguo (Martinez et al., 2011). Tendo em consideração a forte interação mútua entre a SST e o fluxo de calor latente (ÿ15 W mÿ2 ( ÿC)ÿ1 ) na região tropical do Oceano Índico (Kumar et al., 2017), o fluxo de calor é uma forçante importante na camada de mistura. As monções são caracterizadas pela mudança sazonal da direção do vento, atuando do quadrante norte a nordeste durante o verão (Setembro-Março) e do quadrante sul a sudoeste no inverno (Abril-Agosto). O sistema das monções que influencia o norte do no Canal de Moçambique devem apenas contribuir para elevadas concentrações de cloro-fila de forma localizada e temporal, apontando deste modo para outros mecanismos que determinam o ciclo anual da clorofila nesta região. Esta, por sua vez, é importante para a concentração da clorofila superficial. VENTO E FLUXO DE CALOR 3 1.1 baixando para valores de aproxima-, Machine Translated by Google Figura 1.2: A figura é referente ao Stress e velocidade do vento, mostrando as diferenças na direçãoe magnitude do vento entre os meses de (a) Janeiro e (b) Junho. Os dados foram obtidos da climatologia QSCAT. Canal de Moçambique até aos 18ÿS de latitude (Fig. 1.2-a) é uma extensão das ven-tos monçônicos do norte do Oceano Índico descrito anteriormente por Saetre e Da Silva (1982) e Biastoch e Krauss (1999). As regiões central e sul do Canal de Moçambique são influenciadas por ventos do quadrante sul a sudeste, prevalecendo nesta direção durante todo o ano. O stress do vento nas duas regiões do centro e sul é inferior a 0.1 N mÿ2 e com pouca variabilidade sazonal. À semelhança do stress do vento, o fluxo de calor no Canal de Moçambique também é sazonal (Fig. 1.3). Durante o verão o fluxo de calor é positivo em toda área do Canal de Moçambique. Em contrapartida, no inverno a área é totalmente influenciada pelo fluxo de calor negativo. A amplitude do fluxo de calor do período de inverno para o verão é de mais de 100 W mÿ2 1.14 INTRODUÇÃO , com a maior diferença verificando-se no sul do canal. Sabe-se que vento e o fluxo de calor são responsáveis pela modulação da camada de mistura. Ventos mais fortes e em associação ao fluxo de calor negativo teriam como consequência uma camada de mistura mais profunda. Por outro lado, um fluxo de calor positivo juntamente com um vento fraco a moderado resultariam numa coluna de água estratificada e a camada de mistura mais rasa. Os ciclos de mistura e estratificação tem um enorme impacto no crescimento do fitoplâncton pelo fato de controlarem a intensidade do fluxo de nutrientes e na distribuição da luz (Simpson et al., 1990). Machine Translated by Google Figura 1.3: Distribuição do fluxo de calor no Canal de Moçambique obtido da climatologia COADS mostrando valores positivos em (a) Janeiro e negativos em (b) Junho. VARIABILIDADE DA CLOROFILA 5 As implicações para a abundância do fitoplâncton devido ao aumento da camada de mistura podem ser contrárias. Por exemplo, a coluna de água mais misturada resultaria no aumento da concentração da clorofila devido ao aumento de nutrientes na zona eufó-tica, mas também pode resultar no decréscimo na concentração da clorofila devido à sua diluição da clorofila na coluna de água (e.g. Echevin et al. (2008)) ou devido à redução na intensidade da luz (e.g. Resplandy et al. (2009)). Com a camada de mistura mais rasa, menos nutrientes estariam disponíveis na camada eufótica o que resultaria na redução das concentrações da clorofila superficial. Dada a importância da mistura e estratificação da coluna de água na produção biológica na superfície oceânica, espera-se que para além do vento, o fluxo de calor seja fundamental no ciclo regular da clorofila superficial no Canal de Moçambique. 1.2 Dados climatológicos indicam que as concentrações da clorofila no Canal de Moçam-bique aumentam de 0.15 mg Chl mÿ3 no verão para cerca de 0.30 mg Chl mÿ3 no inverno, na maior parte do oceano aberto (Fig. 1.4). Em comparação com as regiões centro e norte, o sul do canal de Moçambique é onde se verifica o maior aumento da concentração da clorofila na mudança de estação, sobretudo próximo à costa de Moçambique onde durante o inverno se verifica o triplo das concentrações da clorofila obtidas no verão. Ao contrário do oceano aberto, a região costeira de Moçambique mostra pouca variabilidade sazonal na concentração da clorofila, onde os valores são de ÿ0.5 mg Chl mÿ3 durante os dois 1.2 Variabilidade da Clorofila Machine Translated by Google Figura 1.4: Concentrações da clorofila superficial no Canal de Moçambique referente à clima- tologia MODIS para os meses de (a) Janeiro e (b) Junho. períodos. No lado da costa malgaxe, nota-se um ligeiro aumento nas concentrações da clorofila do verão para o inverno, sobretudo no extremo sul da ilha. Medições in situ apontam para concentrações da clorofila superficial variando entre 0.06 e 1.26 mg Chl mÿ3 na zona costeira de Moçambique (Mordasova, 1980). Dados mais recentes apontam para a existência de uma considerável variabilidade da clorofila no interior do canal, com concentrações entre os 0.04 e 0.4 mg Chl mÿ3 , chegando aos 0.84 mg Chl mÿ3 nas frentes oceânicas (Barlow et al., 2014). As concentrações da clorofila estimadas pelo sensoriamento remoto apresentam uma ótima correlação (r=0.80) com as medições in situ efectuadas no interior do canal (Zubkov e Quartly, 2003). O que confere um ótimo nível de confiança às estimativas da concentração da clorofila superficial pelo sensoriamento remoto na região. A produção primária no Canal de Moçambique obedece o padrão de distribuição espacial da clorofila, variando de 0.26-0.5 g C mÿ2 dayÿ1 no oceano aberto para 1-3 g C mÿ2 dayÿ1 na zona costeira (Ryther et al., 1966). 1.36 INTRODUÇÃO O período do inverno em que se verifica o máximo da concentração da clorofila superfi-cial no Canal de Moçambique (Fig. 1.4) coincide com elevados valores do stress do vento (Fig. 1.2) como também com valores negativos do fluxo de calor (Fig. 1.3), e vice-versa. O 1.3 Questões de pesquisa Machine Translated by Google anual da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique? • Que mecanismos controlam a sazonalidade espaço-temporal da produção primária nas regiões norte, centro e sul do Canal de Moçambique? 7 • Qual é a importância relativa do stress do vento e/ou do fluxo de calor no ciclo que sugere que o ciclo anual da clorofila superficial no Canal de Moçambique é regulado pelo efeito combinado entre o stress vento e o fluxo de calor através da modulação da camada de mistura. Para o presente estudo, foram elaboradas as questões a seguir: 1.3 • Como a produção primária modelada responde à introdução dos ventos sinópticos no Canal de Moçambique? QUESTÕES DE PESQUISA Machine Translated by Google 1.4 Objetivos seguintes: • Analisar a importância da resolução horizontal do modelo na reprodução das con-centrações da clorofila superficial e da produção primária no Canal de Moçambique. • Medir a sensibilidade do stress do vento e do fluxo de calor na variação temporal da camada de mistura e a sua relação com o ciclo anual da clorofila superficial no O presente trabalho tem como objetivo principal investigar o efeito do stress do vento e do fluxo de calor na variabilidade sazonal da clorofila superficial no Canal de Moçam-bique. Para a concretização do objetivo principal foram elaboradas os objetivos específicos 1.48 INTRODUÇÃO Norte do Canal de Moçambique; • Analisar a influência dos ventos sinópticos na distribuição espacial da produção primária no Canal de Moçambique. Machine Translated by Google No Capítulo 3 faz-se a análise dos mecanismos que regulam a variabilidade espaço-temporal da produção primária no Canal de Moçambique. A influência dos ventos de alta No Capítulo 5 apresentam-se as conclusões obtidas neste trabalho. Finalmenteno Apên-dice A, apresentam-se informações adicionais sobre os modelos empregues para o presente estudo, nomeadamente o ROMS (Regional Ocean Modeling System) e o PISCES (Pelagic Em seguida apresenta-se a estrutura do trabalho que está organizado em quatro capí-tulos e um apêndice. No Capítulo 2, aborda-se o efeito do stress do vento e do fluxo de frequência na produção primária no Canal de Moçambique é apresentada no Capítulo 4. calor na variabilidade sazonal da clorofila superficial no Norte do Canal de Moçambique. 1,5 Interaction Scheme for Carbon and Ecosystem Studies) e ainda as diferenças entre as soluções do modelo e dados observacionais. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 9 1.5 Organização do Trabalho Machine Translated by Google 1,510 INTRODUÇÃO Machine Translated by Google Palavras-chave: Sazonal, MLD, nitrato, nova produção, produção primária, Moçambique A circulação superficial no Canal de Moçambique muda da parte norte, onde o sistema está sob domínio das monções, para as partes centro e sul, onde os redemoinhos de mesoescala são mais frequentes. Apesar destas diferenças na física entre as três regiões, a produção primária baseada em satélite mostra que toda a região é caracterizada por uma variabilidade sazonal semelhante da produção primária, em que o inverno é a estação mais produtiva do ano. Uma configuração de modelo físico-biogeoquímico acoplado aplicada ao Canal de Moçambique é usada para investigar a variabilidade sazonal e espacial da produção nova e primária no Canal de Moçambique. A produção primária integrada na zona eufótica mostra o valor mais alto de > 0,3 g C m–2 dia–1 durante o inverno e o valor mais baixo de ÿ 0,1 g C m–2 dia–1 durante o verão. A nova produção integrada segue a mesma variabilidade sazonal da produção primária, com o valor mais elevado de ÿ 0,15 g C m-2 dia-1 durante o inverno, produzindo um índice f médio de 0,5 em toda a região. A nova produção no inverno resulta da advecção vertical e do arrastamento de nitrato abaixo da zona eufótica, principalmente devido à forte pressão do vento no norte e ao fluxo de calor negativo no centro/sul. Durante o resto do ano, o sistema depende da remineralização da matéria orgânica, que sustenta o crescimento do fitoplâncton no subsolo. O pastoreio de fitoplâncton pelo zooplâncton aumenta em proporção com o aumento do fitoplâncton, apesar do aprofundamento do MLD durante o inverno e da intensificação das correntes médias por redemoinhos de mesoescala, sugerindo que a abundância de fitoplâncton na região é controlada principalmente pelo pastoreio biológico. 31 Variabilidade sazonal e espacial da produção primária em Moçambique Capítulo 3 Canal 3.1 Resumo Machine Translated by Google 3.2 Introdução O Canal de Moçambique está localizado entre os países de Moçambique no continente e a Ilha de Madagáscar. As principais massas de água que caracterizam as camadas superiores são as Águas Superficiais Tropicais (ATS, < 25 kg mÿ3 ) e as Águas Superficiais Subtropicais (ATSW, 25,8 kg mÿ3 ) (Ullgren et al., 2012). Ao norte, as águas superficiais quentes e menos salinas do TSW são trazidas para a área pela Corrente Sul Equatorial (Saetre e Da Silva, 1982). A zona de transição entre TSW e STSW ocorre na parte central do canal em torno de 22ÿS, onde a mistura vertical e horizontal modifica as duas massas de água. O STSW entra no Canal de Moçambique vindo do sul, onde a salinidade aumenta devido à maior evaporação que excede a precipitação, transformando-se num máximo de salinidade subterrânea quando estas águas subduzem abaixo da água de baixa salinidade (Wyrtki, 1973). Recentemente, o Canal de Moçambique tem recebido considerável atenção em termos de Na oceanografia física, porém, a análise da produção primária ainda precisa ser investigada. A produção primária no Canal de Moçambique varia de 0,11 a 0,50 g C m-2 dia-1 no oceano aberto a > 1,0 g C m-2 dia-1 na plataforma (Ryther et al., 1966). 3.2 O fluxo na região é dominado por redemoinhos de mesoescala que se movem de norte para sul, em vez de uma corrente contínua localizada perto da costa de Moçambique (de Ruijter et al., 2002; Lutjeharms et al., 2000; Sætre e Da Silva, 1984). . Com um diâmetro de cerca de 300 km e movendo-se de 3 a 6 km por dia (Schouten et al., 2003), esses redemoinhos interagem com as águas costeiras e advetam propriedades no meio do canal (Quartly e Srokosz, 2004). . Devido às águas mais profundas, ricas em nutrientes, ressurgidas por redemoinhos de mesoescala, sabe-se que essas características aumentam significativamente a atividade biológica em mar aberto (Franks et al., 1986; Longhurst, 2001; McGillicuddy Jr e Robinson, 1997). Canal 32 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO Os principais mecanismos propostos para a variabilidade da produção primária na área são o campo de vento (Machu et al., 2002) e os redemoinhos de mesoescala (Jose et al., 2014). No capítulo anterior (2.4.2), os resultados indicam que a velocidade vertical associada à tensão do vento leva a uma profundidade mais profunda da camada mista devido à perda de calor durante o inverno, induzindo assim o transporte vertical de nutrientes no Canal Norte de Moçambique. Não se sabe, no entanto, como os processos de mistura afectam a produção nova e primária no Canal de Moçambique. A principal diferença nos processos físicos entre o norte e as outras partes do canal é a presença de intensos redemoinhos de mesoescala nas regiões centro e sul, enquanto no norte a circulação é fortemente influenciada pelas monções. Produção primária baseada em satélite obtida do Modelo de Produção Verticalmente Generalizada (VGPM, CANAL DE MOÇAMBIQUE Machine Translated by Google 3.3 Métodos Behrenfeld e Falkowski (1997)) indica uma variação sazonal semelhante da produção primária no Canal de Moçambique, caracterizada por taxas mais elevadas no inverno do que nas outras estações (Fig. 3.1). Assim, no presente capítulo investigamos os mecanismos que impulsionam a variabilidade sazonal e temporal da produção nova e primária em toda a região. A análise neste capítulo corresponde aos resultados da configuração de alta resolução (filho), exceto na subseção 3.4.5, onde o modelo de menor resolução (pai) também é incluído na análise. MÉTODOS 333.4 O Sistema Regional de Modelagem Oceânica (ROMS; Shchepetkin e McWilliams (2005)) acoplado ao Esquema de Interação Pelágica para Estudos de Carbono e Ecossistemas (PISCES; Aumont e Bopp (2006); Aumont et al. (2003)) é usado para investigar a variação sazonal. -capacidade de nova produção e produção primária no Canal de Moçambique. A configuração do modelo aplicado para o Canal de Moçambique está descrita no capítulo 2.3. Conjuntos de dados observacionais são usados para avaliar as nossas soluções modelo no Canal de Moçambique. Os dados observacionais incluem Modelo de Produção PrimáriaGeneralizada Vertical (VGPM) para produção primária integrada em profundidade e Atlas de Mares Regionais (CARS) para oxigênio dissolvido. O Modelo de Produção Generalizada Verticalmente (VGPM, Behrenfeld e Falkowski (1997)) é amplamente utilizado como estimativa da produção primária global. Utiliza variáveis como temperatura, clorofila superficial e radiação fotossinteticamente ativa, todas obtidas a partir de medições de satélite. O VGPM fornece produção primária integrada na profundidade da camada eufótica e os dados estão disponíveis em http://www.science.oregonstate.edu/ocean.productivity. O oxigênio dissolvido modelado é comparado com dados climatológicos da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO) CARS. CARS é um conjunto de dados de atlas gerado a partir de todos os dados oceanográficos disponíveis e consiste em dados climatológicos globais em uma resolução horizontal de 1/2ÿ e em 79 níveis verticais padrão (www.cmar.csiro.au/cars). 3.3.1 Descrição do modelo 3.3.2 Produtos de dados Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE 3.4 Resultados e discussão Figura 3.1: Produção primária integrada em profundidade (PP) no Canal de Moçambique derivada do Modelo de Produção Primária Generalizada (VGPM). O PP no domínio é caracterizado por maiores taxas de produção no inverno (c) e menores no verão (a). Os valores intermediários estão no outono (b) e na primavera (d). 3.4 34 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO As propriedades físicas e biológicas modeladas foram validadas no capítulo anterior (2.4). Aqui, a comparação entre os dados observacionais e os resultados do modelo concentra-se apenas na produção primária e no oxigênio dissolvido. 3.4.1 Validação do Modelo Machine Translated by Google RESULTADOS E DISCUSSÃO A Nova Produção (NP) integrada sobre a zona eufótica no Canal de Moçambique também exibe o mesmo sinal de PP das nossas soluções modelo, bem como PP do VGPM (Fig. 3.3). A nova produção primária baseada em nitratos representa cerca de metade do PP na vasta área do Canal de Moçambique. A estreita relação entre NP e PP destaca a importância da disponibilidade de nitrato na variabilidade sazonal da produção biológica no sistema. Nosso modelo captura grande parte da distribuição espacial do PP em todo o domínio, mostrando boa concordância com a produção primária integrada em profundidade derivada do VGPM, mas com pequenas diferenças, particularmente perto de áreas costeiras onde nosso modelo subestima o PP (Fig. 3.1). Estas diferenças na magnitude da PP perto das zonas costeiras são parcialmente atribuídas à ausência de nutrientes provenientes da descarga fluvial que não estão incluídos no nosso modelo. A entrada de nutrientes dos rios contribui significativamente para sustentar a produção biológica no Canal de Moçambique. O Banco de Sofala (18-20ÿS) é um exemplo de área produtiva onde a actividade biológica depende fortemente do caudal do rio Zambeze (da Silva, 1986). O modelo também subestima a taxa de produção durante o verão, o que pode ser atribuído ao campo de vento utilizado para forçar o modelo. A curta variabilidade temporal do estresse do vento, fundamental para a mistura de propriedades oceânicas, como nutrientes, não é capturada no forçamento climatológico utilizado no modelo. Oxigênio dissolvido resultados do modelo em 13ÿ Produção primária A Produção Primária (PP) modelada integrada sobre a zona eufótica no Canal de Moçambique indica um claro ciclo sazonal na região, com taxas de produção mais elevadas no inverno, seguidas por taxas intermédias na primavera e no outono e taxas de produção mínimas no verão (Fig. 3.2) . Existem ligeiras diferenças nos valores de PP entre a parte norte e o resto do canal, onde nas partes centro e sul os valores de PP são quase o dobro do que é visto no norte. Estas diferenças podem estar associadas à intensa atividade de mesoescala na região central (Fig. 2.2). À medida que essas características de mesoescala se propagam em direção aos pólos, elas interagem com a terra, trocando nutrientes que são posteriormente transportados para o mar e utilizados para melhorar a produção biológica (Jose et al., 2014). 353.4 As concentrações de oxigénio dissolvido derivadas do conjunto de dados CARS são comparadas com as secções verticais 18ÿ e 24ÿS (Fig. 3.3a), representando respectivamente as regiões norte, centro e sul do Canal de Moçambique (Fig.3.4). , Os perfis verticais de oxigênio dissolvido obtidos a partir de observações e do modelo são idênticos nas primeiras dezenas de metros, mas há uma ligeira diferença em relação ao modelo que mostra concentrações máximas de oxigênio em aproximadamente 50-80 m de profundidade. Esse Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE os máximos de oxigênio subterrâneo são devidos a concentrações mais altas de nitrato no modelo (não mostrado) que aumentaram a biomassa do fitoplâncton nesta profundidade. 3.4 36 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO O horizonte de profundidade (100-300 m) do mínimo de oxigénio subterrâneo no modelo é semelhante às observações obtidas do CARS nas três regiões, o que é claramente notável pela rápida diminuição das concentrações de oxigénio, particularmente nas partes norte e centro. . Na parte sul, o mínimo de oxigénio subterrâneo mais fraco verificado no CARS é dificilmente perceptível no modelo, onde as concentrações de oxigénio diminuem ligeiramente com a profundidade. O modelo também subestima as concentrações de oxigênio abaixo da profundidade do Figura 3.2: Mapas que mostram a distribuição espacial da produção primária no Canal de Moçambique, no (a) verão; (b) queda; (c) inverno: e (d) primavera. Machine Translated by Google indicar locais onde os dados são amostrados para nossa análise neste capítulo. Figura 3.3: Igual à figura 3.2, mas para nova produção primária. As linhas e estrelas em (a) produção 3.4.2 Variabilidade sazonal da nova produção e produção primária RESULTADOS E DISCUSSÃO Para compreender os mecanismos que impulsionam a variabilidade sazonal e espacial da produção primária no Canal de Moçambique sobre a zona eufótica, analisamos nova produção, razão f e termos de advecção vertical e horizontal de nitrato em diferem uns dos outros pela fonte de nutrientes dominante usada para sintetizar o orgânico mínimo de oxigênio subterrâneo. Esta diferença pode ser induzida pela circulação global introduzido nas condições de contorno do domínio principal. 373.4 regiões norte, centro e sul do canal (Fig.3.5). Produção nova e regenerada Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE composto. F-Ratio (Eppley e Peterson, 1979), é a razão entre a produção nova e a total, utilizada para distinguir se a produção primária é baseada em nitrato (nova) ou amônio (regenerado). Os termos de advecção horizontal do nitrato correspondem à soma dos componentes meridionais e zonais. 3.4 38 VARIABILIDADE SAZONALE ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO Os termos de advecção vertical e horizontal do nitrato são elevados durante o inverno nas três regiões do Canal de Moçambique. O pico da razão f coincide com a vertical Figura 3.4: Perfis verticais de oxigênio dissolvido obtidos a 13ÿS (ab); 18ÿS (cd); e 24ÿS (ef ), representando respectivamente as regiões norte, centro e sul do Canal de Moçambique (Ver figura 3.3). Machine Translated by Google e termos horizontais de nitrato (gi) nas três regiões do Canal de Moçambique. Figura 3.5: Evolução sazonal da produção nova e primária (ac), razão f (ef ) e vertical contribuem para fornecer nutrientes à zona eufótica (Fig. 3.6-b). O termo de nitrato na parte central é mais fraco quando comparado ao norte e ao sul, sugerindo que outros fatores, como o arrastamento devido ao aprofundamento da camada mista, também podem Valores elevados de razão f no inverno são verificados nas três regiões indicando que o sistema muda da produção primária baseada em amônio no outono para produção primária baseada em nitrato 39 durante o inverno é modulado pela advecção vertical de nitrato. No entanto, a advecção vertical termo de advecção cal indicando que a produção primária no Canal de Moçambique 3.4 mais influenciado pela advecção horizontal. Por outro lado, pequenas quantidades de nutrientes ocorrem em verão o que aumenta ligeiramente os valores de NP com foco na parte norte do produção no inverno. No sul, o rácio f também é elevado no Inverno, mas parece ser Canal de Moçambique. A entrada lateral de nutrientes por processos de mesoescala também pode ocorrer e alterar a dependência de nutrientes no sistema. Por exemplo, advecção horizontal resultou no fornecimento de nitrato durante o mês de Outubro, o que melhorou o NP e o PP (Fig.3.5e). RESULTADOS E DISCUSSÃO Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE Figura 3.6: Evolução temporal e profundidade do nitrato (colorido) sobreposto pela Profundidade da Camada Mista (m) representando as partes (a) norte, (b) centro, (c) sul do Canal de Moçambique. tamanhos pequenos (nanofitoplâncton) e grandes (diatomáceas) de fitoplâncton, entretanto, a biomassa do nanofitoplâncton dobra as concentrações de diatomáceas (Fig. 3.7ab). As diferenças em no Canal de Moçambique é cerca de 2 vezes maior no inverno do que no verão, tanto para biomassa entre as duas classes de fitoplâncton é porque o nanofitoplâncton é mais eficaz na assimilação de nitrato do que diatomáceas. 3.4 nas duas classes/grupos de fitoplâncton no norte, centro e sul, são feitas comparando as suas concentrações à superfície (Fig. 3.7). A biomassa na vasta área de Em seguida, analisamos como o padrão dos processos físicos afecta a distribuição da biomassa fitoplâncton nas três regiões do Canal de Moçambique (Fig. 3.3a). Diferenças 40 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO A biomassa total máxima do fitoplâncton (nanofitoplâncton + diatomáceas) no inverno 3.4.3 Fitoplâncton e pastoreio pelo zooplâncton Machine Translated by Google Figura 3.7: Evolução temporal de duas classes/grupos de fitoplâncton no Canal de Moçambique. Os dados correspondem a (a) diatomáceas (dia); (b) nanofitoplâncton (nano); (c) fitoplâncton total (dia+nano); e (d) pastoreio de fitoplâncton por zooplâncton na superfície. Os dados são obtidos das partes norte (continuação), centro (tracejado) e sul (círculo pontilhado) do Canal de Moçambique. RESULTADOS E DISCUSSÃO 413.4 aumenta ligeiramente com a latitude, com menor biomassa no norte e maior no centro e no sul (Fig. 3.7c). Concentrações mais elevadas de fitoplâncton subterrâneo no centro e no sul do que no norte durante o início do inverno podem contribuir para as diferenças observadas na biomassa total do fitoplâncton à superfície quando ressurgem para a superfície no inverno. O pastoreio pelo fitoplâncton aumenta em proporção com a abundância do fitoplâncton (Fig. 3.7d), apesar do aprofundamento do MLD. O aumento quase linear da pressão de pastoreio sobre o fitoplâncton pelo zooplâncton destaca que o stock de fitoplâncton no Canal de Moçambique é fortemente controlado pelo produtor secundário (zooplâncton), uma vez que os MLD têm um efeito positivo na biomassa do fitoplâncton na região. Machine Translated by Google 3.4.4 Mecanismo impulsionador da variabilidade espacial do PP Valores mais elevados da diferença relativa entre CTL e NOWIND indicam que a tensão do vento é um mecanismo de condução dominante do PP integrado em profundidade no norte, enquanto a sua influência diminui com a latitude em direção às partes central e sul do canal (Fig. 3.8c) . . Há um ligeiro aumento na PP durante o inverno no extremo sul de Madagascar devido ao estresse eólico, de acordo com análises anteriores em Ramanantsoa et al. (2018) No verão, os efeitos dos ventos sobre o PP são mais fracos (Fig. 3.8a), sugerindo que grande parte da taxa de produção está confinada às águas subterrâneas, onde a biomassa do fitoplâncton é elevada devido à abundância de luz vinda de cima e de nutrientes vindos de baixo da base da nitraclina. . No Outono, quando os ventos começam a fortalecer-se, bem como na Primavera, quando os ventos diminuem, a sua pouca influência é observada na parte central do Canal de Moçambique (Fig. 3.8bd). Processos físicos como o arrastamento no outono e o destreinamento na primavera podem alimentar ligeiramente a produção primária a uma taxa mais baixa. Porém, o destreinamento é menos produtivo, uma vez que não é acompanhado pela elevação de nitrato para a camada superficial (McCreary et al., 2009). Em contraste com a tensão do vento, o fluxo líquido de calor tem uma grande influência nas partes central e sul do canal durante o inverno (Fig. 3.9c), seguindo os seus valores negativos que aumentam com a latitude no mesmo período (Fig. 1.3b). Contudo, a produção relativamente elevada também pode ser reforçada por redemoinhos de mesoescala que dominam as partes centro e sul do Canal de Moçambique. Os mecanismos que controlam a distribuição espacial da produção primária no Canal de Moçambique são analisados utilizando resultados de modelos de experiências de sensibilidade com tensão de vento suprimida (NOWIND) e fluxos de calor (NOHEAT). Os valores de PP dos dois experimentos de sensibilidade são contrastados com a simulação climatológica equivalente de estresse eólico e fluxo líquido de calor (CTL), onde ambas as forças superficiais foram mantidas inalteradas. A aparente pequena contribuição da tensão do vento no sul e centro, deve ser atribuída à variabilidade mais fraca dos ventos utilizada na nossa simulação (menos de 0,1 N mÿ2 durante todo o ano). 3.4 42 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO O efeito dos fluxos de calor sobre o PP durante o verão e a primavera é insignificante (Fig. 3.9a & d), que é o período em que a coluna de água é estratificada. Neste momento, uma perda de fluxo de calor superficialpode estar associada à variabilidade dos ventos, onde tensões de vento mais fortes podem resultar na redução da TSM. Tal como na experiência NOWIND, o NOHEAT tem uma contribuição considerável para o crescimento do fitoplâncton no outono, o que se deve ao arrastamento de nutrientes durante o início do aprofundamento do MLD. CANAL DE MOÇAMBIQUE Machine Translated by Google ao PP com média de profundidade no Canal de Moçambique. Figura 3.8: Diferença relativa (%) entre o experimento CLIM e NOWIND (CLIM-NOWIND/CLIM*100), mostrando a distribuição espacial e sazonal da contribuição do vento RESULTADOS E DISCUSSÃO 43 também estão interessados em entender como a variabilidade do fitoplâncton é influenciada pela A contribuição dos redemoinhos de mesoescala para a variabilidade do fitoplâncton é avaliada em locais fixos nas partes norte, centro e sul do Canal de Moçambique (Fig. 2.1b). Esse 3.4 permitem-nos compreender como estas características alteram a produção biológica ao longo do tempo. Nós tonelada 3.4.5 Efeitos dos redemoinhos na variação temporal do fitoplâncton Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE resolução do modelo nas áreas de intensa atividade de redemoinhos de mesoescala na região. 3.4 44 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO Existe uma relação positiva entre valores elevados de EKE e o aumento da biomassa fitoplâncton no canal, com foco nas partes norte (Fig. 3.10) e central ( 3.11) , e com pouca visibilidade no sul (Fig. 3.12). No entanto, altas concentrações de fitoplâncton parecem seguir valores elevados de EKE na configuração parental do que na configuração infantil. Isto é evidenciado tanto no norte como no centro, onde a biomassa do fitoplâncton é mais elevada nos pais do que nos filhos durante o Inverno, seguindo valores elevados de EKE. Em contraste, valores elevados de EKE em crianças não aumentaram o fitoplâncton no início do verão. Isto pode ocorrer porque redemoinhos de mesoescala mais fortes em advetos infantis elevaram o nitrato para longe das áreas costeiras antes da absorção pelo fitoplâncton. Na parte central do canal, redemoinhos ocorrem durante quase todo o ano em crianças, mas a entrada relativamente alta de nitrato ocorre apenas no inverno, desencadeando o florescimento de inverno. Figura 3.9: Igual à figura 3.8, mas para o experimento de fluxo de calor líquido (NOHEAT). Machine Translated by Google Figura 3.10: Instantâneo de 2 dias mostrando a evolução temporal da biomassa fitoplâncton superficial, EKE e Nitrato no norte do Canal de Moçambique. concentrações no Norte do Canal de Moçambique. No presente capítulo, os experimentos de sensibilidade, NOWIND e NOHEAT são contrastados com o experimento climatológico, CONTROL, a fim de avaliar sua contribuição para a evolução espacial e temporal. variabilidade da produção primária em todo o Canal de Moçambique. No geral, a produção primária acompanhou a variabilidade da nova produção, com maior taxa de produção no inverno, seguida por uma taxa intermediária na primavera e no outono e uma taxa mi- No estudo anterior, demonstramos usando ROMS/PISCES que tanto a tensão do vento e o forçamento líquido do fluxo de calor se combinam para modular o ciclo sazonal da clorofila superficial RESULTADOS E DISCUSSÃO 453.4 3.4.6 Conclusão e observações Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE aviso A produção primária integrada em profundidade é cerca do dobro da nova produção durante o inverno. A biomassa fitoplâncton superficial no Canal de Moçambique é maior no inverno, onde pequenas classes/grupos contribuem com mais de 60% da biomassa total do fitoplâncton. O aumento da abundância de fitoplâncton na região é acompanhado pelo aumento da biomassa do zooplâncton. O pastoreio de fitoplâncton pelo zooplâncton aumenta na proporção linear da biomassa fitoplanctônica, apesar do aprofundamento do MLD durante o inverno. Isto é explicado pelo aumento da produção primária que excede a pressão exercida sobre o fitoplâncton pelo zooplâncton, uma indicação de que a abundância de fitoplâncton na região é controlada principalmente pelo zooplâncton. taxa de produção máxima durante o verão na vasta área do Canal de Moçambique. Isto indica que a produção primária no Canal de Moçambique depende de nitrato no inverno (rácio f de cerca de 0,5) e na maioria dos períodos a produção é baseada em am- 3.4 46 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO A tensão do vento parece ser o mecanismo dominante que impulsiona a produção primária Figura 3.11: Igual à figura 3.10, mas para a parte central do Canal de Moçambique. Machine Translated by Google Figura 3.12: Igual à figura 3.10, mas para a parte sul do Canal de Moçambique. RESULTADOS E DISCUSSÃO 473.4 no norte do que nas partes centro e sul do Canal de Moçambique, enquanto o fluxo líquido de calor tem uma maior influência na parte sul. No entanto, nas partes centro e sul do canal, os redemoinhos de mesoescala também contribuem para a produção primária. Machine Translated by Google CANAL DE MOÇAMBIQUE 48 VARIABILIDADE SAZONAL E ESPACIAL DA PRODUÇÃO PRIMÁRIA NO 3.4 Machine Translated by Google O ciclo anual da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique está associado não só ao vento, como também ao fluxo de calor, através da modulação da camada de mistura. A máxima de clorofila superficial (ÿ0.20 mg Chl mÿ3 ) verificada no inverno deve-se primeiramente ao entrainment de nutrientes devido ao fluxo de calor negativo. Em geral, os resultados do modelo de alta resolução equiparam-se melhor às observa- Durante o verão, as concentrações da clorofila superficial baixam (ÿ0.10 mg Chl mÿ3 ) devido à redução no suprimento de nutrientes, que ficam confinados na base da nutriclina 63 As concentrações anuais da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique foram de 0.10 e 0.15 mg Chl mÿ3 para o modelo de alta resolução, valores similares aos estimados pelo sensor remoto MODIS. Em contrapartida, obteve-se concentrações meno-res de 0.10 mg Chl mÿ3 no modelo de baixa resolução. ções, destacando a importância da resolução do modelo na reprodução de processos físicos como por exemplo a mistura vertical de o que proporcionou melhorias na estimativa e distribuição espacial da clorofila superficial na região. A configuração de maior resolução (1/12ÿ ) foi mais efectiva na reprodução da cir-culação no Canal de Moçambique quando comparada às estimativas do altímetro. As diferenças da temperatura e salinidade entre o modelo e as observações foram reduzidas consideravelmente no modelo de alta resolução. Neste estudo foi utilizado o modelo hidrodinâmico ROMS acoplado ao modelo bioge-oquímico PISCES para investigar os processos físicos que regulam o clico anual da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique. Configurações com 1/4ÿ (ÿ 25km) e com 1/12ÿ (ÿ9km) de resolução horizontal foram usadas para analisar a sua influência na cir-culação
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