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Proliferação e Diferenciação Celular

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PATOLOGIA 
CONCEITOS 
• Adaptação celular: lesões que o controle 
mitótico ainda existe. Algumas lesões de 
adaptação podem evoluir para lesão maligna. 
• A perda do controle mitótico evolui para 
neoplasia. 
CONTROLE MITÓTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS LÁBEIS 
• Células em constante mitose → células 
lábeis. 
• Ex.: medula óssea; células epiteliais de 
revestimento, epiderme, mucosa oral, 
mucosa do trato digestivo, mucosa urinaria... 
CÉLULAS ESTÁVEIS 
• Células em G0 e que se receberem algum 
sinal de fator de crescimento, voltam para G1 
→ células estáveis. 
• Ex.: músculo liso; tecido conjuntivo fibroso; 
osteoblasto; glândulas (parenquimatosas), 
vaso sanguíneo, fibroblasto 
• Baço, timo, tonsila palatina e linfonodo são 
estáveis, pois iniciam processo mitótico 
mediante a estímulo de citocina. 
CÉLULAS PERMANENTES 
• Células que fizeram mitose e saíram da 
linhagem, ou seja, não possuem mais 
capacidade mitótica – só faz mitose, na fase 
de crescimento fisiológico → células 
permanentes. Ex.: SNC; músculo cardíaco; m. 
esquelético; cristalino. 
 
 
 
 
• Também chamadas de células perenes. 
DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
• Célula diferenciada = é quando a célula chega 
no estágio de maturação em que ela se torna 
especializada porque tem função, morfologia 
e ultraestrutura especifica para fazer parte 
daquele tecido. 
• Quanto mais diferenciada/especializada for a 
célula, menor a sua taxa de mitose 
• Quanto mais eu expresso genes, para eu ter 
uma forma, uma ultraestrutura e uma função, 
menos eu expresso genes de mitose. 
• As células lábeis apresentam genes que 
controlam a mitose, por isso que ela não se 
diferencia. 
• A cél. mais diferenciada/especializada que 
temos: neurônio → perde a capacidade de 
mitose rapidamente. Porque para ser 
especializada, ela não expressa genes de 
mitose (ou faz mitose, ou especializa) 
Lembrando que o m. cardíaco e o 
esquelético possuem em comum: 
a presença de sarcômeros, o que 
torna a estrutura mais complexa 
(impossibilitada de fazer mitose) 
frequentemente). 
 
2 
 
• O neurônio só se divide até os três anos de 
idade, depois disso, só aumenta a rede 
neuronal a partir de sinapses. 
• Portanto, é importante estimular as crianças 
por meio de brinquedos e atividades, 
estimulando sinapses e proliferação de 
neurônios. Isso permitirá um maior e melhor 
raciocínio para a criança futuramente. 
• As células do epitélio estratificado 
pavimentoso que tem capacidade mitótica 
são as células da camada basal. 
• As células do epitélio de mucosa que tem 
capacidade mitótica são as células em reserva 
ou células tronco. 
CÉLULAS-TRONCO 
• São células indiferenciadas que guardam 
potencial mitótico. 
• Células de reserva: célula-tronco em que se 
tem potencial mitótico e quando ela se divide, 
a célula-filha se diferencia e perde a 
capacidade mitótica. 
 Presentes na suprarrenal, na hipófise, na 
tireoide... 
• Portanto, as células diferenciadas/maduras 
não se dividem! 
 
 
 
 
ADAPTAÇÃO CELULAR 
 
 
 
 
 
 
 . 
• Adaptação celular: é gerada quando 
colocamos a célula em um momento de 
estresse. Assim, dependendo do estímulo, 
podemos ter diminuição do fornecimento de 
energia ou aumento do trabalho. Diante 
dessas situações a célula pode se adaptar ou 
não. 
• Se a célula não consegue adaptar → sofre 
lesão (reversível ou irreversível). 
• Adaptação celular é para aquela célula que 
consegue viver com aquela nova situação. 
Dependendo do tipo de célula e do tipo de 
estímulo, vamos evoluir para as adaptações 
(hipertrofia, atrofia, hiperplasia, metaplasia). 
• As adaptações são em teoria reversíveis após 
a retirada do estímulo. Ex: atrofia do 
miocárdio, não é reversível 
 
 
 
 
TIPOS DE ADAPTAÇÃO CELULAR 
HIPERTROFIA 
• Aumento no tamanho das células, resultando 
em aumento do tamanho do órgão que ela 
compõe, em resposta ao aumento da carga 
de trabalho. 
• Células permanentes e estáveis. 
• Pode ser fisiológica (ex. útero na gravidez) ou 
patológica (ex. aumento do coração devido 
hipertensão). 
• Mais comum em: m. estriado cardíaco 
(sobrecarga hemodinâmica crônica advindo 
da hipertensão arterial ou valvas deficientes) 
e músculo esqueléticos (musculação). 
HIPERPLASIA 
• Aumento no número de células. 
• Podemos ter em células lábeis (endométrio) e 
estáveis (epitélio ductal da mama) 
• Pode ser fisiológica ou patológica. 
ATROFIA 
• Diminuição no tamanho e na função das 
células. 
O potencial mitótico depende do tipo 
de tecido e só faz mitose as células 
que não terminaram a diferenciação. 
 
 
3 
 
• Hipoplasia (diminuição do no de células) + 
hipotrofia (dim. do tamanho de células) = 
atrofia. 
METAPLASIA 
• Alteração da diferenciação celular. 
• Alteração reversível por estímulo estressante, 
no qual um tipo de célula adulta é substituído 
por outro tipo de célula adulta, mais capaz de 
suportar o estresse. 
• Ex.: epitélio respiratório de um fumante – 
células epiteliais normais colunares e ciliadas 
da traqueia e brônquios são substituídas por 
células epiteliais escamosas estratificadas. 
 Se o estímulo estressante persistir por 
mais tempo, podem predispor a 
transformação maligna deste tecido, 
como câncer de pulmão. Portanto, a 
forma mais comum de câncer no trato 
respiratório é formada de células 
escamosas. 
 A metaplasia epitelial mais comum é a 
colunar para a escamosa (trato 
respiratório). 
 
 
 
ORIGEM EMBRIONÁRIA DOS TECIDOS 
• Ectoderma origina: 
 Epiderme e anexos epidérmicos. 
 Mucosa oral. 
 Terço distal da vagina. 
 Ânus e canal anal. 
 Neuroectoderma (SNC; melanócitos; 
medular; suprarrenal). 
 Todos esses têm epitélio 
estratificado pavimentoso 
 
• Mesoderma origina: 
 Tecido conjuntivo (fibroso; ósseo; 
cartilagem; linhagem sanguínea; músculo, 
peritônio, pericárdio.) 
 
• Endoderma origina: 
 Mucosas, glândula parenquimatosa, trato 
gastrointestinal 
 
• É necessário saber a origem embrionária dos 
tecidos para saber as adaptações possíveis de 
cada tecido. 
• Quando eu mudo o microambiente de uma 
célula, eu vou ocasionar lesão celular e morte 
da célula, aí quem vai repovoar a população é 
a célula de reserva – se o microambiente 
continuar modificado, eu tenho uma 
modificação epigenetica, ou seja, o ambiente 
altera a expressão genica. → Esse tecido que 
foi lesionado pelo microambiente modificado, 
vai receber a sinalização e vai fazer 
modificações epigeneticas. Além disso, vai 
começar a expressar outros genes, sendo isso 
que leva a diferenciação → a diferenciação da 
célula filha vai se alterar, mas eu tenho que 
respeitar o folheto embrionário. Eu só consigo 
transformar tecidos, dentro da mesma origem 
embrionária. (METAPLASIA) 
• Portanto, dependendo do tipo de célula, 
vamos ter adaptações diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS 
 
 
 
 
 
 
 
Cardiomiócito normal → aumento da carga de 
trabalho → hipertrofia → Não adaptou → 
lesão celular → infarto. 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ALTERAÇÕES DE CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
• Alterações do volume celular → 
hipotrofia/hipertrofia. 
 Diminui a estimulação neuronal de um 
grupo muscular esquelético – 
hipertrofia – hipotrofia – atrofia 
 
• Alterações da proliferação celular → 
hipoplasia/hiperplasia. 
 
• Alterações da diferenciação celular → 
metaplasia. 
 
• Alterações da proliferação e da diferenciação 
celulares → displasia/neoplasia. 
 
• Outros distúrbios: 
 Agenesia (falha embrionária na indução 
da formação de determinado órgão, 
tecido, osso). 
 
 Atresia (falha da apoptose no período 
embrionário de modo que não se forma 
luz em um órgão). 
 
 Distrofia (alteração da estrutura, 
geralmente é genético). 
 
 Ectopia ou heteropia (erro de migração 
de célula durante a fase embrionária; 
célula do pâncreas no duodeno,por 
exemplo). 
 
 Coristia (crescimento ectópico 
exagerado). 
 
 Hamartias (crescimento exagerado 
embrionário de um tecido normal no 
lugar dele). 
 
 Estenose (diminuição da luz; constrição 
ou estreitamento de um duto ou 
passagem; também pode ser de origem 
embrionária). 
 
ATROFIA 
• Pode ser fisiológico (ex. útero e mama na 
menopausa; timo não acompanha o 
crescimento durante a vida) ou patológico. 
• Dim. atividade metabólica → dim. síntese de 
proteína → aumento da degradação proteica. 
 
ETIOPATOGÊNESES: 
ENVELHECIMENTO 
• Processo próprio do indivíduo que se inicia 
após os 35 anos. 
• O indivíduo diminui como um todo e o 
organismo entra em um novo equilíbrio. 
• Único fisiológico. 
 
 
 
 
 
 
 
• É importante lembrarmos que há uma perda 
de massa característica com o avanço da 
idade muscular. 
 
 
 
Epitélio → células lábeis. 
Epitélio sofre hiperplasia (e não hipertrofia), 
pois ele tem uma alta capacidade mitótica. 
 
Se houver lesão no músculo (com exceções), o 
músculo faz hipertrofia. Porque não tem 
capacidade mitótica. Musculo liso faz, mas ele 
faz mais hipertrofia 
Tecido perfeitamente normal 
Imobilidade → sarcopenia 
→ diminuição da massa 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERDA DA INERVAÇÃO 
• A inervação e responsável por transportar o 
estímulo trófico para a musculatura; com a 
perda da inervação, a musculatura não recebe 
adequadamente os estímulos e, não trabalha. 
• Exemplo de doença viral que causa atrofia 
muscular: poliomielite. 
DIMINUIÇÃO DE SUPRIMENTO SANGUÍNEO 
• Sem o suprimento, a célula vai desmantelar 
estruturas para mantê-la viva, então, faz 
autofagia. Não conseguindo manter si 
mesma, a célula faz apoptose, a qual contribui 
para atrofia. 
• Ex.: placa de ateroma causando 60% de 
obstrução da luz → cardiomiócito recebe 
menor suprimento, sendo necessário diminuir 
de tamanho e, posteriormente, diminuir em 
quantidade também → atrofia miocárdica por 
isquemia crônica (causa insufic. cardíaca). 
NUTRIÇÃO INADEQUADA 
O indivíduo com uma falta de nutrientes faz com que 
as células diminuem sua atividade. 
PERDA DE ESTIMULAÇÃO ENDÓCRINA 
• Temos órgãos que são estimulados por 
hormônios. 
 
• A hipófise é composta por: 
 Adenohipófise – parte anterior: é um 
arranjo de células produtoras que tem 
uma diferenciação para a síntese de cada 
um dos hormônios: 
 LH 
 FSH 
 
 TSH 
 ACTH 
 MSH 
 STH 
 PRL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Doença de Chagas, temos lesão da inervação do coração, 
pois o Trypanossoma cruzi tem tropismo pela inervação. 
Diante disso, a musculatura cardíaca diminui e, 
consequentemente, dilatação das câmaras cardíacas, pois 
não há musculatura suficiente para aguentar a pressão 
sanguínea. O coração fica espesso devido à fibrose e não à 
musculatura, assim, não se trata de hipertrofia. 
A figura B está normal. Já na A mostra um caso de atrofia 
que pode ser causada pela idade, Alzheimer, alcoolismo... 
Estimula gônadas – células gonadotróficas 
Tireoide – células tireotróficas 
Cortical da suprarrenal - cél. adenocorticotróficas 
Melanócitos – células melanotróficas 
Estimula as placas hipofisárias 
Estimula mamas 
Células 
mamotróficas 
OBSERVAÇÕES 
• Lembrando que temos as chamadas new cell 
que são células não diferenciadas que servem 
como células de reserva. 
 
• Precisa-se de TRH, hormônio liberador de 
TSH, para liberar o TSH que vai fazer a tireoide 
produzir tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4). 
• Se a tireoide não for estimulada, ela não 
trabalha. Logo, as células vão começar a fazer 
autofagia, diminuindo o volume celular e, 
posteriormente, diminui o número de células 
→ tireoide diminui de tamanho. 
 
Células 
mamotróficas 
 
6 
 
 Neurohipófise – parte posterior: apenas 
armazena os hormônios sintetizados no 
hipotálamo. 
 
• Síndrome de Sheehan: quadro de paciente 
grávida, período no qual há muita síntese 
hormonal e se faz hiperplasia hipofisária 
(fisiológica). No último trimestre de gestação, 
essa mulher sofre uma hemorragia e evolui 
para choque hipovolêmico → a taxa de sangue 
oxigenado para a hipófise diminui, isso leva a 
uma isquemia hipofisária (perda de 90% do 
tecido hipofisária) → começa a perder as 
células que não essenciais para a sobrevivência 
→ as new cells vão se diferenciar nas células 
mais importantes → podemos perde FSH e LH, 
o que vai fazer com que o ciclo menstrual da 
paciente cesse → também pode perder PRL, 
limitando a capacidade de aleitamento. 
 A quantidade de células na hipófise 
diminui; na tomografia vemos a sela 
túrcica vazia. 
DESUSO 
• Todo órgão que não está sendo estimulado e 
nem usado entra em desuso e, por 
conseguinte, inicia o processo de atrofia. 
COMPRESSÃO 
• Exemplo: se tiver aumento da pressão 
glicólica por muito tempo, podemos ter 
compressão da hipófise que é banhada pelo 
liquor. Essa compressão sinaliza para 
apoptose, diminuindo o número de células. 
• Outro exemplo: hemorragia causada por TCE 
(traumatismo cranioencefálico) → diminuição 
do aporte de sangue oxigenado para diversas 
estruturas cerebrais → apoptose e necrose. 
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS 
• Intoxicação por chumbo causa destruição e 
atrofia renal e neuronal. 
 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
• Na inflamação crônica temos o aumento da 
destruição tecidual, levando a uma menor 
quantidade de células e de tecido 
funcionante. 
• H. pylori: 
 A bactéria gástrica flagelada Helicobacter 
pylori está relacionada a um saneamento 
básico ruim e à contaminação de água e de 
alimentos. 
 Uma das principais formas de 
contaminação é de mãe para bebê 
(transmissão vertical), pois a bactéria está 
na bactéria exalada e pode ser facilmente 
transmitida quando a mãe assopra a 
comida da criança, por exemplo. 
 Essa bactéria tem enzimas que as 
mucolíticas, ou seja, consegue quebra o 
muco, como o do estômago. 
 Ela é capaz de se ligar, pois em seus 
flagelos há uma adesina que é uma 
molécula que se liga ao glicocálice da 
célula gástrica. 
 Os indivíduos de grupo sanguíneo O e A 
têm mais chances de desenvolverem (por 
questão evolutiva), pois eles têm na 
superfície moléculas que se ligam à 
adesina da bactéria. 
 Essa bactéria tem uma enzima chamada 
urease, a qual é responsável pela quebra 
da ureia, produzindo amônia. Apesar do H. 
pylori viver no estômago, ele gosta de pH 
ácido, então ele produz a urease para ele 
tamponar o ambiente em que ele vive. 
 Além disso, ele tem vacuolizantes e 
necrotizantes, isto é, ele vai matar célula 
parietal. Como resposta, temos inflamação 
crônica (a bactéria está no organismo há 
muitos anos). 
 Portanto, a principal causa de gastrite 
crônica é a presença de H. pylori. 
 O estômago começa a ficar liso, ou seja, 
sem pregas → atrofia da mucosa gástrica 
→ gastrite crônica atrófica. 
 
7 
 
 A célula parietal tem como função secretar 
ácido clorídrico. Se temos menos células 
parietais, temos uma menor quantidade de 
ácido clorídrico → pH menos ácido. 
IMAGENS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ressonância evidenciando atrofia. Os giros estão bem 
alterados. A parte branca periventricular é chamada 
de leucoaraiose, característico de indivíduo hipertenso 
há muito tempo sem tratamento adequado. Ainda é 
visto o ventrículo dilatado → hidrocefalia ex-vácuo. 
 
Córtex com bastante atrofia. 
Túnel do Carpo: uma estrutura anatômica formada por 
vários ligamentos, onde temos a passagem de nervos. 
Uma pessoa que realiza movimentos repetitivos com as 
mãos durante muito tempo e frequentemente começa 
a ter um processo inflamatório crônico com fibrose que 
começa a fazer compressão de nervo. Também pode 
ser por artrite reumatoide.Na figura temos atrofia tenar por conta da compressão 
do n. mediano. 
A hanseníase (lepra) é uma doença infectocontagiosa 
causada pela bactéria Mycobacterium leprae. 
A lesão básica do bacilo é lesão de nervo, o que leva à 
destruição dos nervos → sem estimulação dos 
músculos do nervo → atrofia. 
Perda muscular pode ser por perda de inervação ou 
por desuso, por exemplo. 
Diferença da musculatura na poliomielite. 
Musculatura normal circulada de verde e atrófica de 
vermelho. 
Atrofia renal por uma lesão vascular que pode ser por 
placa de ateroma. 
 
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Estenose da artéria circulada. 
Importante lembrar que aterosclerose é sistêmico, e 
atentar aos fatores de risco. 
Áreas de aterosclerose circuladas. 
O rim direito está bem menor que o esquerdo. 
Imensa aterosclerose da aorta e atrofia renal de um 
lado por causa da aterosclerose. 
OBSERVAÇÕES 
 Para compensar a atrofia renal: se diminui a 
taxa de filtração glomerular (diminui a 
filtração), para compensar temos renina, 
angiotensina e aldosterona. A aldosterona 
retém sódio e água, fazendo com que a PA 
se eleve → paciente hipertenso que não 
responde bem à medicação. Lembrando 
que hipertensão pode ser primária 
(multifatorial; mais comum) ou secundária 
(resultante de outra patologia, inclusive 
renal). 
 Ex.: obstrução da artéria renal → rim não 
está filtrando e está lançando no sangue 
uma taxa muito elevada de renina, 
causando um aumento da pressão arterial, 
não adiantando usar hipotensor, pois é a 
renina que está aumento a PA. Portanto, se 
houver suspeitas, podemos dosar a 
quantidade de renina no sangue. Se houve 
perda de glomérulos, os demais glomérulos 
aumentaram sua capacidade para manter a 
filtração. Isso significa que a quantidade de 
creatinina estará normal, o que pode 
acabar criando confusão para o 
diagnóstico. Podemos solicitar o exame 
clearence de creatinina, taxa de renina e 
exame de imagem para avaliarmos o caso. 
 
 Atrofia de parênquima em um paciente com câncer de 
pelve. Esse câncer obstruiu a pelve, houve um 
aumento de pressão dentro da pelve renal, levando a 
uma isquemia do parênquima. Exemplo de tumor 
causando hidronefrose. 
 
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Microscopia. Glomérulos circulados e o resto é túbulo. 
Nessa imagem vemos uma diminuição na quantidade 
de glomérulos na parte superior. 
Lesão dos túbulos e a fibrose entre eles. 
Pode ser lesão da inervação levando a atrofia da perna 
direita; pode ser por inúmeras causas. 
Paciente acamado com atrofia por desuso. 
É possível vermos a 
diferença na 
quantidade de 
musculatura entre as 
duas partes. A perna 
esquerda apresenta 
atrofia devido a uma 
necrose presente na 
cabeça fêmur. 
Há uma diferença na musculatura das coxas, sendo a 
direita menor. Vemos a presença de uma prótese na 
cabeça do fêmur, o que provocou uma falta de uso 
dessa perna, causando tal diminuição na musculatura. 
É um caso reversível. 
Síndrome de Sheeran → mulher grávida → acidente 
obstétrico → sangrou → grande hipotensão → choque. 
A hipófise da mulher vai sofrer uma isquemia, levando à 
morte de 90% das células. Portanto, teremos as new 
cells repondo o que é fundamental, de modo que a 
principal célula é a adenocorticotrófica → teremos 
deficiência de lactação e o que faltou prolactina. 
A deficiência de ACTH é, de modo geral, a última a 
acontecer, pois o cortisol é um hormônio fundamental 
para a vida. O ovário vai diminuir de volume, pois não 
tem mais estimulação, torna-se uma massa de tecido 
conjunto. 
Além da perda hormonal, o órgão envolvido sem 
sinalização começa a fazer autofagia → apoptose → 
diminui. 
 Ex. de paciente MASCULINO de TCE → 
hemorragia → vasoconstrição reflexiva → 
perda de sangue → isquemia da hipófise → 
diminuição da síntese de espermatozoide e de 
testosterona (perde massa muscular e óssea..). 
 
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Corte de endométrio. O estrógeno age sobre o 
endométrio de forma que ele tem uma taxa mitótica 
mais elevada. Toda mulher nasce com os seus oócitos 
envoltos por uma camada de célula achatada que não 
tem função nenhuma. O FSH age sobre a célula 
folicular, fazendo com que ela mude de forma e fique 
cuboidal, ela aumenta a taxa de mitose, fazendo com 
que ela prolifere e forme a granulosa, a qual produz 
estrógeno. Logo, no primeiro dia de menstruação o 
FSH está bem elevado, pois é necessário sinalização 
para a produção de estrógeno. À medida que temos 
FSH, as células do folículo se proliferam e estimulam a 
síntese estrogênica, consequentemente, o endométrio 
aumenta de tamanho às custas de mitose. Quando a 
mulher menstrua, o endométrio fica necrótico e 
descama. Quando o estrógeno sobe, ele estimula a 
mitose do endométrio, fazendo ele proliferar. 
Temos, também, uma camada funcional, na metade do 
ciclo menstrual, a quantidade de estrógeno produzida é 
suficiente para gerar o pico de LH que antecede a 
ovulação. Após a ovulação, começa a puxar gordura 
para dentro, forma o corpo lúteo e começa a produzir 
progesterona, o que gera amadurecido do endométrio 
e maior secreção das glândulas, pois espera-se feto. Se 
não há feto, o corpo lúteo não se mantém (dura em 
torno de 14 dias). Após isso, os níveis de estrógeno e 
progesterona caem e inicia-se a fase menstrual, pois 
com a falta de estrógeno as arteríolas que nutrem a 
porção funcional do endométrio fazem vasoconstrição, 
o que provoca isquemia e, posteriormente, necrose do 
endométrio; os vasos se rompem e isso é apresentado 
na forma de ciclo menstrual. 
Na imagem podemos ver um endométrio restrito à 
camada basal. 
Uma mulher pós menopausa não tem estrógeno. Logo, 
o endométrio dela não consegue manter a taxa 
proliferativa → diminui o número de células, não por 
desuso, mas por falta de estimulação hormonal. 
Casos de desnutrição → é possível vermos as marcas 
das costelas, órbitas, escápula... pode ser por fome, 
neoplasia, tuberculose... 
Como a tuberculose poderia gerar atrofia do tecido 
adiposo e da musculatura: produção da citocina TNF 
em excesso, principal citocina relacionada à perda de 
tecido adiposo e massa muscular; presente em todos 
os processos inflamatórios crônicos. 
Tuberculose, hanseníase, sífilis, neoplasia → doenças 
chamadas de consuntivas ou caquetizantes. 
Mucosa gástrica com alterações, pois está lisa. 
O que pode gerar uma perda de células suficiente para 
perder as pregas gástricas? Processo inflamatório 
crônico → gastrite crônica (pode ser por alcoolismo 
crônico, tabagismo crônico, pode ser autoimune, a 
principal causa em nosso meio é a H. pylori). 
Processo inflamatório crônico. Os pontos escuros 
referem-se à inflamação crônica → gastrite crônica 
atrófica. 
Podemos ver que existe uma diminuição do tamanho 
das glândulas e diminuição no número de células. 
 
11 
 
HIPERTROFIA 
• Aumento do volume da célula, de modo 
geral, a célula permanente. isso resultando 
em aumento do tamanho do órgão. 
• Podemos encontrá-la na musculatura 
esquelética e na cardíaca. 
• Tudo que gera hipertrofia é o que aumenta a 
força de trabalho. Em relação ao coração, ele 
pode aumentar sua carga de trabalho através 
do aumento da demanda de trabalho às 
custas de uma sobrecarga de pressão (ex.: 
insuficiência da valva mitral) ou podemos ter 
sobrecarga de volume (ex.: estenose aórtica). 
• Portanto, o aumento de volume de um órgão 
é às custas do aumento das células! 
 
• Classificação: 
 Fisiológica: o que guarda uma função 
normal do organismo. Ex.: gravidez. Patológica. Ex.: hipertensão (aumenta o 
tônus vascular, a musculatura vascular...). 
 
• Na maioria das vezes a hipertrofia é 
classificada como patológica, pois o conceito 
de fisiológico relaciona-se a algo importante 
para a função normal do organismo e a 
hipertrofia muscular é mais para aumentar a 
força e a resistência do músculo. 
• Há uma confusão em relação à hipotrofia, à 
normotrofia e à hipertrofia. O objetivo ao 
praticar atividade física deveria ser alcançar a 
normotrofia, ou seja, garantir uma função 
adequada do organismo no que diz respeito à 
massa muscular, como no caso do pilates. Já a 
hipertrofia trata-se da realização de um 
trabalho além da intenção, fazendo com que 
o volume celular fique bem maior. 
• Hipertrofia fisiológica importante: o músculo 
liso é capaz de ter uma taxa e mitose, mesmo 
que pequena. O m. liso vai aumentar seu 
tamanho na gestação, pois terá que aumentar 
o tamanho do útero. A fibra vai aumentar no 
sentido de comprimento (principalmente), já 
que é necessário gerar uma cavidade para 
que o neném se acomode. Estrógeno é um 
bom estimulador de mitose; a própria 
sobrecarga que existe dentro da cavidade 
uterina levou à hipertrofia. 
• Sobrecarga de volume → aumento no sentido 
do comprimento. 
• À medida que o neném cresce, a pressão 
contra a parede uterina aumenta e isso é um 
fator trófico da hipertrofia. 
• Progesterona: relaxamento da musculatura. 
 
ETIOPATOGÊNESES 
 
AUMENTO DA DEMANDA FUNCIONAL 
• Principal mecanismo. 
• Ex.: consumo de fast-food (muito sódio → 
maior retenção de água → maior volume 
celular). 
• Se há aumento da resistência periférica, o 
cardiomiócito terá que fazer muito mais 
força. Logo, aumenta a carga de trabalho, ele 
não pode dividir, mas ele aumenta o número 
de sarcômeros. 
• Quando é sobrecarga de pressão, o aumento 
de sarcômero é em paralelo, pois isso 
aumenta a força. 
ESTIMULAÇÃO HORMONAL ESPECÍFICA 
• Toda hipertrofia cardíaca pode gerar aumento 
da taxa de apoptose, diminuindo o número de 
carrdiomiócito. Além disso, aumenta o 
tamanho da célula, precisando de mais 
nutrientes e, consequentemente, de mais 
capilares. Entretanto, não temos fator de 
crescimento para capilar, causando um 
desequilíbrio entre a necessidade de nutrição 
e a quantidade de sangue chegando. Logo, 
ocorrerá isquemia de alguns cardiomiócitos, 
perdendo uns por apoptose e outros por 
necrose. Desse modo, a força de 
cardiomiócito diminui e o paciente evolui 
para insuficiência cardíaca. 
• Há também transcrição de genes fetais para 
fazer a síntese de uma miosina mais potente e 
mais econômica. O começo dessa transcrição 
 
12 
 
começa a despertar a memória da mitose e o 
cardiomiócito não pode fazer mitose e isso é 
reativo para apoptose. 
A HIPERTROFIA NA MUSCULATURA CARDÍACA É 
ESTIMULADA POR: 
1. Adrenérgicos (ativados por adrenalina e 
noradrenalina), isso pode acontecer em caso 
de preocupação excessiva, por exemplo, pois 
aumenta a liberação de adrenalina, a qual 
costuma ter uma ação curta, porém de modo 
contínuo é um mecanismo de hipertrofia 
miocárdica. 
 
2. Angiotensina II está presente no SRAA. Logo, 
diminuindo o volume de sangue que passa 
pelo rim e uma vasoconstrição gerada pela 
adrenalina, temos interação de renina que 
ativa a enzima conversora do 
angiotensinogênio II, que é um potente 
vasoconstritor. Se temos uma vasoconstrição 
periférica, a pressão aumenta. 
 
3. Endotelina, vasoconstritor produzido pelo 
endotélio. 
 
4. Alguns fatores de crescimento. 
5. Estresse biomecânico, a sobrecarga de 
volume também é um estimulador 
importante, pois gera uma forma de estresse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tudo isso vai gerar: aumento de fatores de 
transcrição para uma indução de proteínas 
contráteis (vai produzir mais actina e miosina 
de cadeia leve) e, principalmente, indução de 
genes embrionários (miosina de cadeia 
pesada e uma actina de característica 
esquelética), isso vai gerar o gatilho para a 
apoptose e a perda da força de trabalho. 
• Isso é p/ aumentar a atividade de contração e 
ser possível vencer o obstáculo pressórico. 
Porém, isso tem um tempo de vida útil. Logo, 
a hipertrofia cardíaca é limitada. 
FORMAS DE HIPERTROFIA CARDÍACA 
• Hipertrofia concêntrica (sobrecarga de 
pressão): é concêntrica, pois o número de 
sarcômero em paralelo aumenta o diâmetro 
da fibra, diminuindo a câmara cardíaca e 
gerando perda de débito cardíaco. 
• Hipertrofia excêntrica (sobrecarga de 
volume): precisamos de uma cavidade para 
albergar o volume extra. Assim, aumenta o 
sarcômero em série para que a fibra fique mais 
cumprida. Logo, aumentará a câmara para 
acomodar o volume. 
• Hipertrofia compensatória (pós-infarto): após 
perder uma área por infarto, o restante irá 
hipertrofiar para compensar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toda sobrecarga de trabalho do ventrículo é entendida como 
estresse sobre a parede do ventrículo. 
Essa sobrecarga de pressão aumenta a pressão sistólica para 
ejetar o sangue, isso vai gerar um estresse na parede do vaso. 
Aumentará os sarcômeros em paralelo para aumentar o 
espessamento e a força de contração → hipertrofia concêntrica. 
Em caso de sobrecarga de volume temos dois volumes, o que 
chega do pulmão e o que refere ao problema valvar. Teremos 
essa sobrecarga de volume durante a diástole, aumentando o 
estresse da parede, o suficiente para aumentar os sarcômeros 
em série e, consequentemente, aumentar o tamanho da fibra. 
Logo, isso vai gerar uma câmara maior para albergar esse volume 
extra → hipertrofia excêntrica. 
No caso da sobrecarga de volume, também gerará estresse. 
Então, uma excêntrica evolui para concêntrica. 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suposto infarto. A hipertrofia concêntrica com 
diminuição do volume e da câmara. Já a hipertrofia 
excêntrica é onde a câmara está aumentada, mas 
temos espessa da musculatura. 
Hipertrofia genética → cardiopatia hipertrófica. 
Ventrículo esquerdo e direito praticamente sem luz. 
Grande hipertrofia concêntrica. 
Caso de hipertrofia, mas o coração ainda apresenta 
câmara → hipertrofia excêntrica. 
Ventrículo esquerdo normal do lado esquerdo da 
imagem. Já do direito temos um ventrículo hipertrófico 
com massa muscular aumentada, ou seja, com maior 
necessidade de nutrientes e, consequentemente, de 
capilar. Como a quantidade de capilar não aumenta, 
acontece o desequilíbrio, gerando uma complicação 
circulatória. 
Principal etiologia de hipertrofia concêntrica → 
hipertensão arterial → aumenta o risco de infarto. 
Do lado esquerdo da imagem temos cardiomiócitos 
normais. E do lado direito temos um ventrículo 
hipertrófico, o que pode ser reforçado pelo fato dos 
cardiomiócitos apresentarem um volume bem maior, 
resultando em fibras bem maiores. 
Imagem anterior mais aproximada (corte longitudinal). 
É possível vermos a diferença de tamanho das células 
e, consequentemente, das fibras. 
 
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Corte transversal da imagem anterior. Vemos que o 
volume da fibra hipertrófica é muitas vezes maior que a 
normal. 
Tetralogia de Fallot → cardiopatia congênita em que 
temos um erro embrionário em um local do coração, o 
que gera várias complicações. 
Na fase embrionária, formamos um cone vascular que 
vai crescer um septo que vai dividir aorta e pulmonar. 
Esse septo vai para frente e para cima, sendo que atrás 
está a aorta e na frente, a pulmonar. Quando ele vai 
para frente e para cima, ele diminui a abertura da 
pulmonar → estenose de valva pulmonar. 
Esse septo fibrosedá continuidade para juntar com o 
septo muscular do ventrículo. 
Cardiomiopatia hipertrófica de origem genética, em 
que temos o aumento da quantidade de sarcômeros na 
espessura das fibras musculares. É um arranjo de fibras 
mais anômalo. 
Na figura A, vemos que a câmara está aumentada 
Na figura C, vemos que há bastante hipertrofia e uma 
câmara (VE) bastante diminuída. 
É chamada de cardiomiopatia restritiva, pois ela 
diminui muito o débito cardíaco. 
Exemplo de hipertrofia muscular, o que pode ser às 
custas de exercício físico e de mais quantidade de 
testosterona, por exemplo. 
Desenvolvimento 
por estimulação de 
testosterona 
resulta em uma 
força muscular 
maior do que um 
desenvolvimento 
por estimulação de 
estrógeno. É uma 
diferença biológica. 
Na primeira imagem, temos do lado direito um útero 
normal em repouso e do lado esquerdo temos um útero 
gravídico após o nascimento do bebê. Cresceu por 
hiperplasia, mas também por hipertrofia. 
Na imagem do meio temos o arranjo da musculatura 
normal e na última imagem, o arranjo hipertrófico. 
Após o nascimento da criança, o útero volta ao tamanho 
normal e para sua localização na sínfise púbica. Então, 
temos a hipertrofia reduzindo, o útero quase volta ao 
normal, pois a hiperplasia não retorna ao normal. 
O útero da multípara é menor que o da primípara. 
 
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HIPERPLASIA 
• Aumento do número de células através de 
mitose. 
• O órgão afetado tem seu volume aumentado 
às custas do aumento da quantidade de 
células. 
• Tal aumento é dado através do controle 
mitótico que passa a ser estimulado pelas 
células lábeis e estáveis. 
• A hiperplasia pode favorecer a neoplasia, pois 
estimulando sempre às células a fazerem 
muitas mitoses pode ocasionar uma mutação 
gênica, o que gerar neoplasia. 
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA 
COMPENSATÓRIA (OU VICARIANTE) 
• No caso da obstrução da artéria renal, o rim 
contralateral terá sua carga de trabalho 
aumentada para compensar a atrofia do 
outro. Então, no rim temos componentes que 
aumentam em número e componentes que 
aumentam em tamanho. 
• O aumento compensatório, nesse caso, é para 
responder à tal condição. Logo, temos tanto 
hipertrofia quanto hiperplasia vicariante. 
• Ex.: se uma pessoa doa um rim para alguém, o 
seu outro rim gerará sobrecarga de pressão, o 
que acelera o envelhecimento do órgão, 
podendo favorecer uma insuficiência renal. 
HORMONAL 
• É o que ocorre, por exemplo, na mama 
feminina que em torno dos 9 anos de idade 
começa a se desenvolver. 
• Esse desenvolvimento da mama ocorre às 
custas de estrógeno. 
• Aos 9 anos, o FSH está aumentando, 
estimulando o folículo que está 
amadurecendo. 
• A menina precisará de uma grande 
quantidade de estrógeno, já que ela precisa 
fazer o estirão de crescimento e caracteres 
sexuais secundários, incluindo o crescimento 
da mama. 
• Na mama, precisa fazer mitose de acinos e 
ductos mamários, mas isso não pode ser 
chamado de hiperplasia, pois isso está dentro 
do crescimento fisiológico normal. 
• Durante uma gravidez, teremos muito 
estrógeno, o qual vai agir sobre os acinos e 
ductos mamários, levando à uma proliferação 
dessas células. Logo, a mama vai aumentar → 
hiperplasia fisiológica hormonal. 
• Ao final da gestação, se não mantida a 
lactação, esses acinos entram em apoptose e 
a mama retorna ao tamanho normal. 
 
 
 
 
A doença diverticular dos cólons pode ter diverticulite 
(quando ela está inflamada) ou diverticulose (quando não 
tem sintomatologia). 
Doença associada a um indivíduo idoso que possui uma dieta 
inadequada durante toda a vida. A pessoa que não come 
verduras tem um bolo fecal muito pequeno, não sendo 
suficiente para estimular peristalse eficiente. Diante disso, o 
intestino começa a fazer uma intensa peristalse para tentar 
empurrar o bolo fecal, isso faz com que a musculatura receba 
maior carga de trabalho e, consequentemente, ocorre 
hipertrofia da musculatura. Ao mesmo tempo, temos uma 
fragilidade ao redor dos vasos que penetram na alça 
intestinal, já que há menos colágeno devido à idade. E o 
aumento de pressão faz com que a mucosa invagine através 
da área de fraqueza, originando divertículo. 
A musculatura ficará muito espessada às custas da hipertrofia 
e com isso a luz do intestino diminui. Isso piora a constipação. 
Diagnóstico diferencial: câncer. 
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA 
• Causada por aumento local dos reguladores 
de ciclo mitótico, alterando e estimulando a 
transcrição destes genes. 
• Com isso, há maior estimulação da mitose 
nestas células. 
 
 
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HIPERPLASIA PATOLÓGICA 
HORMONAL 
• Teremos uma hiperplasia patológica na mama 
em caso de uma mulher com ciclos 
anovulatórios. Ela não vai produzir 
progesterona em quantidade ideal, não irá 
diferenciar as células do ducto mamário. 
Logo, a taxa mitótica aumentará. 
• Ciclo anovulatório sem uso de 
anticoncepcional é patológico. 
• É comum termos ciclos anovulatórios na 
adolescência, pois precisa de muito estrógeno 
para o desenvolvimento dos caracteres 
sexuais secundários. Depois do fim do 
amadurecimento, o organismo já está apto 
para a reprodução, sendo necessário não ter 
mais ciclos anovulatórios. Se esses ciclos 
continuam, torna-se patológico. 
• Portanto, só temos a produção estrogênica. 
Com a baixa progesterona, as células dos 
acinos e dos ductos mamários 
• Em caso de gravidez, o estrógeno faz 
proliferação de acinos e ductos. Já a 
progesterona gera diferenciação 
(amadurecimento), preparando para a 
lactação. E a prolactina gera lactação, mas se 
não tiver a progesterona para fazer a 
diferenciação, a prolactina não funciona. A 
ocitocina é responsável pela ejeção do leite. 
• Se tivermos uma taxa estrogênica muito 
elevada, os acinos e os ductos mamários 
sofrerão muitas mitoses, podendo ocorrer 
mutações durante tais divisões. Se essas 
mutações acontecerem nos genes que 
controlam a mitos, ela ficará cada vez mais 
descontrolada, o que aumenta a chance de 
evolução maligna. 
• Progesterona é protetor para a mama, assim 
como para o endométrio, pois como ela 
estimula a diferenciação, ela faz diminuir a 
taxa mitótica. Durante a gravidez, a mulher 
passa nove meses ou mais produzindo 
progesterona, logo, a gravidez é um fator 
protetor para câncer de mama. 
• Não gestar aumenta a chance de câncer de 
mama, de endométrio e de ovário. 
• Gestação → maior nível de progesterona → 
melhor diferenciação → menor taxa mitótica 
→ não ovulação. 
• Na fase de lactação, a taxa de progesterona 
cai um pouco, pois ela é mais alta nos 
primeiros meses de gestação. Então, a mulher 
mesmo que amamentando, ela ovula, sendo 
possível ela engravidar novamente durante a 
amamentação. 
 
 
 
 
• Utilizando o mesmo raciocínio para o 
endométrio, pois excesso de estrógeno 
aumenta a fase proliferativa → pouca 
progesterona → não temos fase secretória. 
Assim, podemos perder o ritmo e, 
consequentemente, ocorrendo 
transformação maligna. 
• Portanto, hiperplasias hormonais geram 
preocupação, pois há grande risco de 
transformação maligna. 
• Hiperplasias glândulas, no geral, têm risco de 
transformação maligna. 
 
• Além da progesterona e do estrógeno, temos 
também uma série de citocinas chamada de 
• Progesterona → diferenciação 
• Estrógeno → mitose 
O rim do lado direito da imagem sofreu lesão, o 
que ocasionou uma diminuição de tamanho. 
Diante disso, o outro rim terá que compensar a 
perda do outro → hipertrofia e hiperplasia 
vicariante. 
 
 
17 
 
fatores de crescimento. Essas citocinas 
induzem mitose, podendo induzir hiperplasia. 
• Logo, temos hiperplasias causadas por 
processos inflamatórios → hiperplasias 
patológicas. 
 
• Cirrose: 
 É uma doença hepática crônica e cursa 
com destruição hepatocitária contínua, 
processo inflamatório crônico e formaçãode nódulos regenerativos de hepatócitos. 
 Esses nódulos terão uma taxa mitótica 
maior, para poderem regenerar. Assim, 
uma alta proliferação pode gerar nódulo 
hiperplásico, o qual, por sua vez, pode 
gerar uma neoplasia. 
 Portanto, toda cirrose é fator de risco 
para hepatocarcinoma. 
 É preciso fazer controle semestral por 
ultrassom para verificar se há nódulos 
grandes (maiores que 3cm). 
 
• Genes: 
 P53: gene que controla ciclo mitótico. 
Responsável por parar a mitose, permitea 
releitura. Se tiver mutação, ele ativa o 
mecanismo para “consertar”, podendo 
até mesmo ocorrer apoptose. Vai estar 
alterado em 90% dos casos de câncer. 
 
 Oncogenes: surgem dos genes das células 
normais, conhecidos como proto-
oncogenes, e estimulam a mitose. 
Portanto, estão ligados ao surgimento de 
tumores. 
 
 Proto-oncogenes: são supressores da 
mitose e, assim, geram o controle. 
 
• Hiperplasia prostática: 
 Hiperplasia benigna prostática, não tem 
risco de transformação maligna → 
hiperplasia “neutra”, pois leva a 
complicações renais importantes como 
colapso da uretra e retenção urinária 
(patológica), mas também é comum no 
envelhecimento (fisiológica). Ocorre em 
homens mais velhos, aos 45 anos já pode 
começar com hiperplasia prostática, 
geralmente imperceptível. Quanto mais 
velho o paciente, maior a chance de 
hiperplasia prostática → maior a próstata 
→ mais sintomático é o paciente. 
 A próstata prolifera as glândulas 
prostáticas a partir de um derivado da 
testosterona. O homem produz a 
testosterona, transformando-a em DHT 
que estimula as células prostáticas e, 
consequentemente, a taxa mitótica. 
Logo, no envelhecimento, por razões 
ainda não esclarecidas totalmente, 
acúmulo de DHT, tendo um efeito muito 
grande desse hormônio sobre a próstata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulado de vermelho temos a uretra e em verde 
os glóbulos laterais que estão bem proliferados. 
Diante disso, a uretra vai sendo comprimida, de 
modo que o paciente passa a ter dificuldade de 
iniciar o jato urinário e de interrompê-lo também. 
Não esvaziando a bexiga totalmente, o indivíduo 
vai ao banheiro várias vezes. 
Microscopia 
Figura 1: formação de nódulos separados por faixas 
de fibrose → hiperplasia e hipertrofia estromal. A 
proliferação da glândula leva à formação de acinos 
muito maiores, dando o aspecto de luzes. 
Figura 2: glândulas bem proliferadas. A projeção 
para dentro da luz (circulado em vermelho) é 
chamada de papila digitiforme, que é 
característica de begninidade. 
 
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Continuidade das figuras anteriores, imagem mais aproximada. 
Vemos que não possui atipia, as glândulas estão 
normais (papila circulada), as células são bem 
diferenciadas, os núcleos estão adequados → tem 
uma taxa mitótica aumenta, porém não há indícios 
de malignidade. 
Portanto, hiperplasia prostática não é um fator de 
risco para câncer de próstata, mas o aumento de 
testosterona é. 
Papilas digitiformes; são papilas simples. Vemos 
várias, mas nenhuma delas é ramificada. 
Útero. 
Colo do útero circulado de vermelho. 
Corpo do útero revestido de endométrio circulado 
de verde. 
Pólipo endometrial circulado de azul → é uma 
proliferação hiperplásica do endométrio (estímulo 
de estrogênio excessivo). Causa sangramento. 
 Lâmina do pólipo da figura anterior em que temos 
proliferação vascular, tecido fibrovascular. Temos 
aumento da quantidade de glândulas. Pode ser 
benigno, maioria, ou maligno, preciso investigar. 
Foto de um útero na horizontal. Toda a parte 
circulada é endométrio, o qual está muito 
espessado, formando áreas císticas. 
 
Temos duas (ambas patológicas) formas de 
hiperplasia de endométrio. Uma delas é: 
 Hiperplasia cística do endométrio → comum 
no climatério; não tem atipia; taxa estrogênica 
mantida com pouca progesterona, causando a 
hiperplasia. Temos aumento do tamanho da 
glândula (número de células), aumento do 
estroma e a taxa mitótica não é tão elevada. 
Causa sangramento irregular, podendo ser 
confundido com os efeitos do climatério. 
Endométrio nas suas fases: 
A → endométrio basal. 
B → endométrio secretora (a progesterona que faz 
o endométrio ser secretor). 
C → endométrio na fase proliferativa. 
 
 
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• A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiperplasia cística. A glândula está aumentada e 
temos muito estroma entra as elas → benigna. 
Ultrassom medindo a cavidade endometrial. 
Vemos um endométrio muito espesso (circulado). 
Útero no anatopatológico. Endométrio espessado. 
Hiperplasia adenomatosa atípica. As glândulas 
estão praticamente encostadas umas nas outras, o 
que chamamos de arranjo cribriforme (não tem 
estroma) → taxa de mitose muito alta. 
Os núcleos (circulados) possuem formas variadas, 
tamanhos maiores que o normal e é visível o 
nucléolo (visível na mitose). A imagem retrata a 
fase de síntese. 
Hiperplasia na mama, com taxa mitótica baixa; 
grande quantidade de estroma, vários ductos em 
proliferação. Isso é chamado de alteração 
fibrocística. 
Hiperplasia na mama (continuação das figuras anteriores). 
Mais proliferação. As paredes dos ductos da mama 
são formadas por duas camadas de células. Na 
imagem demos que há várias camadas, aspecto 
multilaminar → taxa mitótica maior que antes. 
Na figura inferior temos áreas já quase sólidas → 
possui risco de câncer. 
 
Hiperplasia na mama (continuação das figuras anteriores). 
Na parte circulada de azul é possível vermos as 
duas camadas de células que constituem as 
paredes dos ductos da mama (condição normal). 
Circulado de vermelho, vemos várias camadas e 
ducto sem luz alguma, só há um pequeno nódulo 
proliferativo. 
Ductos maiores, mais hipercromáticos, áreas se 
tornando sólidas, mitose → atipia. 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METAPLASIA 
• É a transformação de células adultas em 
outros tipos de células adultas, porém da 
mesma linhagem embrionária. 
• Estresse celular gera metaplasia. 
• Ganha-se em resistência e perde-se 
especificidade → células mais resistentes e 
menos específicas. 
 
ETIOPATOGÊNESES 
 
• Resulta de reprogramação de células de 
reserva (stem cells), que existem em tecidos 
normais, ou de células indiferenciadas de 
tecido conjuntivo. 
• A diferenciação destas células é gerada por 
sinalização de citocinas, fatores de 
crescimento e componentes de matriz 
extracelular do ambiente da célula. Ocorre 
para garantir a nossa sobrevivência. 
 
• Ex.: fumante há anos → a fumaça do cigarro 
com muitas substâncias tóxicas adentra o 
organismo. A traqueia e os brônquios são 
revestidos por epitélio pseudoestratificado 
ciliado (os cílios são o sistema de limpeza) 
com células mucossecretoras (produzem 
muco que captura microrganismos). Assim, 
trata-se de um epitélio muito diferenciado e 
ao entrar em contato com a fumaça do 
cigarro, as células desse epitélio são 
danificadas e as stem cells tentam 
recompensar essas perdas. Chega um 
momento em que as stem cells passam a 
produzir células mais resistentes e, 
consequentemente, menos especializadas. 
 Logo, tal epitélio passa a ser 
transformado em estratificado 
pavimentoso (escamoso), o qual não 
possui a função mucociliar. 
 Trata-se de uma metaplasia escamosa! 
 
• A metaplasia recebe o nome do epitélio 
resultante. 
 
• Sistema genital feminino: 
 A ectocérvive, parte do colo do útero que 
faz relação direta com o colo do útero, é 
revestida por epitélio estratificado 
pavimentoso (escamoso), o epitélio mais 
resistente. Isso é justificado pelo fato de 
a vagina apresentar acidez(pH em torno 
de 4), necessitando de um epitélio 
resistente. Na vagina temos lactobacilo, 
bactéria que quebra o glicogênio 
produzido pela endocérvice por estímulo 
estrogênico e com isso, ele produz ácido 
lático, o qual confere a acidez normal, 
impedindo o crescimento de outras 
bactérias, pois bactéria, de modo geral, 
gosta de ambiente alcalino. 
 Já a endocérvice é revestida por epitélio 
cilíndrico (colunar) simples 
mucoprodutor. O muco produzido atua 
como uma barreira mecânica, pois na 
mulher temos uma comunicação direta 
entre o meio externo e o peritônio, ou 
seja, o muco espesso impede a subida de 
microrganismos. 
 Entretanto, para fins reprodutivos não 
podemos ter uma barreira. Diante disso, 
durante o período ovulatório, esse muco 
torna-se fluído, para permitir a passagem 
de espermatozoide. Após o término da 
HIPERPLASIA PATOLÓGICA 
• Estimulação hormonal excessiva. 
• Processos inflamatórios crônicos. 
 
• Hiperplasia patológica é terreno 
fértil para o crescimento de neoplasias!!! 
Levam à 
perda do 
controle 
da mitose 
Hiperplasia de mama, seja lobular 
ou ducto, com atipia exige uma 
atenção extra, pois há grande risco 
de evoluir para câncer. 
 
21 
 
fase ovulatória, a progesterona reduz e o 
estrógeno aumenta, causando o retorno 
do espessamento do muco. 
 Como é preciso uma alta produção de 
muco, o epitélio cilíndrico simples é bem 
pregueado, 
aumentando sua 
área. 
 A região de união dos 
dois epitélios 
(estratificado 
pavimentoso/escamoso e 
cilíndrico/colunar) é chamada de junção 
escamo-colunar (JEC). 
 Fases da vida da mulher em que há muito 
estrógeno → puberdade; gravidez → 
fisiológico! 
 Logo, quando temos hiperestrogenismo 
ou microtraumas nas relações sexuais 
fazemos um edema do córion da 
endocérvice e esse pregueamento se 
desfaz, já que à medida que se faz 
edema, o córion vai aumentando e o 
prefueamento vai se desfazendo. Diante 
disso, o epitélio escamo-colunar fica 
numa posição mais abaixo (desce) e, 
consequentemente, a JEC também, 
passando a ser chamada de JEC+1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ectrópio uterino: 
 O epitélio da ectocérvice que é róseo vai 
ter uma área ao redor do orifício mais 
avermelhada, o que chamamos de 
ectrópio uterino, já que houve uma 
eversão dessa mucosa endocervical, na 
clínica chamamos de mácula rubra, pois 
se trata de uma mancha mais vermelha, 
pois o epitélio é simples, sendo mais fácil 
de visualizar a vascularização, 
apresentando cor mais avermelhada. 
 
 Logo, temos um epitélio cilíndrico simples 
extremamente delicado e funcional 
exposto ao pH muito ácido da vagina, 
fazendo com que ele não consiga 
sobreviver. Desse modo, gera uma 
sinalização para mudança de expressão 
gênica, expressando para as células de 
reserva darem origem às células-filhas 
com diferenciação mais resistente. Em 
resposta, há a troca de epitélio cilíndrico 
simples por epitélio estratificado 
pavimentoso → metaplasia escamosa 
(nesse caso, é fisiológico). 
 Quando a metaplasia escamosa é mais 
recente ela fica mais propensa a ser 
infectada pelo agente viral Papilomavírus 
Humano (possui potencial carcinogênico). 
Então, o epitélio escamoso é mais 
resistente a infecções, porém a área de 
metaplasia escamosa jovem que ainda 
não terminou sua diferenciação é mais 
suscetível à entrada do vírus. 
 Assim, a metaplasia já madura não 
apresenta problemas, já a jovem possui 
maiores chances de albergar o 
Papilomavírus. 
 Não é toda área de metaplasia que 
precisa ser cauterizada. É preciso colher a 
amostra citopatológica, risco de HPV! 
 ZT: zona de transformação, onde 
acontece a metaplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Epitélio estratificado pavimentoso circulado em verde. 
Circulado de vermelho temos o epitélio escamo-colunar, 
ou seja, a área de metaplasia escamosa. 
 
Figura A: mostra as células de reserva gerando células-
filhas se diferenciando em epitélio estratificado e não 
em simples como no lado esquerdo da figura. Há a 
zona de transição (circulado em vermelho) entre a 
metaplasia jovem (imatura) para a já madura. 
Figura B: a área circulada corresponde à área de 
metaplasia e a seta verde indicada a área que ainda 
apresenta epitélio glandular. 
A 
 Caso de ectrópio uterino. Aumento do estrógeno que 
levou a um aumento da endocérvice, fazendo com que 
a JEC mais para baixo. 
 Com o pH ácido da vagina, ocorre sinalização para a 
transformação da área em um epitélio estratificado 
pavimentoso → metaplasia escamosa. 
 
Na figura do lado esquerdo vermos uma diferença de 
coloração, a borda mais rósea e o interior mais 
avermelhado → mácula rubra. 
 
Na figura da direita, temos o teste de Schiller que 
consistente em aplicar uma solução de iodo no colo do 
útero, DEPOIS de colher a amostra citopatológica. Isso 
evidencia a área de ectrópio ou metaplasia jovem, uma 
vez que o epitélio maduro produz glicogênio, o qual 
fica corado na presente de iodo. 
 
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Figura A: área de metaplasia imatura. 
 
Figura B: temos glândula circulada em verde e em cima 
temos epitélio estratificado pavimentoso (indicado pela 
seta) → metaplasia madura bem diferenciada. 
Caso de indivíduo fumante. O epitélio brônquico vai 
sofrer lesão, vamos ter bronquite crônica (perceptível 
pelo infiltrado inflamatório e pela angiogênese na 
figura do lado direito). Diante disso, o epitélio vai se 
diferenciar em estratificado escamoso → metaplasia 
patológica. 
Metaplasia bem diferenciada na parte superior e na 
parte debaixo (mais clara) temos cartilagem brônquica. 
No caso do fumante, temos elevada produção de 
muco, pois a quantidade de substâncias prejudiciais 
chegando é muito grande. Logo, temos hiperplasia das 
células mucoprodutoras. Entretanto, não há 
quantidade de cílios suficiente. 
A bactéria que chega através da respiração encontra no 
muco carboidrato e proteína, tornando-se meio de 
cultura. Portanto, em caso de fumante temos maiores 
chances de ter infecções nas áreas de metaplasia. 
Esôfago de Barret. 
O esôfago é revestido por epitélio estratificado 
pavimentoso. Já o estomago possui epitélio cúbico 
glandular. 
Há contextos em que o hiato esofágico, por onde passa 
o esôfago, se alarga. Ex.: velhice (leva a uma fragilidade 
dos músculos), a obesidade (maior pressão intra-
abdominal), o consumo de alimentos gordurosos 
(demoram mais para serem digeridos, mantendo a 
pressão intra-gástrica aumentada por mais tempo); 
ingestão de café, chocolate, cigarro, alimentos 
gaseificados e álcool (maior relaxamento da 
musculatura lisa no consumo exagerado desses itens, 
diminuindo a peristalse)... Tudo isso eleva a pressão 
intra-gástrica, causando refluxo de ácido clorídrico para 
o esôfago. 
 
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): gera 
esofagite. 
 Sintomas de esofagite: ardor ou pirosa 
retroesternal (azia); sensação de dor 
epigástrica; eructação (arroto) aumentada; 
sensação de ácido na boca; aumenta a 
quantidade de doença nos dentes por conta 
do ácido; sensação de falta de ar. 
 
Temos epitélio estratificado pavimentoso entrando 
em contato com o ácido clorídrico → resposta 
inflamatória → vasos neoformados → fator de 
crescimento → hiperplasia de epitélio (esofagite 
crônica) → as células de reserva começam a fazer 
metaplasia gástrica (epitélio escamoso para mucosa 
gástrica),mas acabam mudando para metaplasia 
intestinal que é um erro de diferenciação acoplado a 
um aumento da taxa de mitose, podendo evoluir para 
displasia com potencial maligno. 
 
Cerca de 1% dos casos de DRGE evoluem para 
carcinoma. 
 
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LESÕES PRÉ MALIGNAS 
• É a alteração adquirida caracterizada por 
alterações do crescimento e da diferenciação 
celulares acompanhadas de redução ou perda 
da diferenciação das células afetadas. 
 
• Na displasia ou na lesão pré-maligna temos 
uma situação em que a taxa de proliferação 
da célula aumentou e, consequentemente, a 
taxa de diferenciação diminuiu. Dessa 
maneira, temos um número muito grande de 
apresentações até que evolui para neoplasia 
propriamente dita. 
 
• No período que antecede a mitose celular 
temos a fase de duplicação do material 
genético e do patrimônio da célula, e depois o 
período de síntese. Nessa fase, o núcleo 
celular fica maior que o normal 
(macronucleose/cariomegalia). 
• O núcleo se cora na presença de 
hematoxilina. Como o núcleo está maior, 
precisaremos de mais hematoxilina, ficando 
com uma coloração mais roxa 
(hipercromasia). 
• Com a proliferação ocorrendo cada vez mais 
rápido, o controle mitótico vai sendo perdido. 
Diante disso, podemos ter um número de 
material genético diferente de N → 2N, ou 
seja, com a perda do controle da síntese do 
material genético pode gerar uma célula com 
5N, por exemplo. Assim, temos poliploidia 
(múltiplos de N) ou uma aneuploidia (valor 
aleatório de cromossomos). 
Normal (epitélio escamoso) → começa a fazer epitélio 
glandular com células caliciformes (circulado de 
amarelo) → a taxa mitótica vai aumentando → surge 
displasia (circulado de verde) → evolui para câncer 
(circulado de vermelho). 
 
Endoscopia. 
A parte mais rósea é epitélio estratificado pavimentoso 
(normal). 
A porção mais avermelhada é epitélio glandular → 
epitélio de Barret. 
Figura A: epitélio glandular mucoprodutor com um 
grande processo inflamatório. 
 
Figura B: processo histoquímico que separa muco ácido 
de muco base → temos metaplasia intestinal no meio 
de uma metaplasia gástrica, ou seja, temos um erro de 
diferenciação. 
Novamente, temos 
epitélio intestinal, 
podendo, inclusive, 
células com 
fenótipo misto 
entre intestinal e 
gástrica. 
Para termos esôfago de Barret 
precisamos ter metaplasia 
intestinal, pois ela que guarda 
o potencial de perda de 
diferenciação, de aumento da 
taxa proliferativa e de lesão 
pré-maligna. 
 
 
25 
 
• Também podemos ter pleomorfismo (formas 
variadas) tanto celular quanto nuclear. 
ACHADOS EM LESÕES PRÉ MALIGNAS 
• Cariomegalia. 
• Poliploidia ou aneuploidia. 
• Hipercromasia (quantidade muito maior de 
DNA que o normal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condiloma acuminado lesão intraepitelial de baixo grau. 
Lesão intraepitelial de alto grau.

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