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I DIretrIz De ressuscItação carDIopulmonar e cuIDaDos carDIovasculares De emergêncIa Da socIeDaDe BrasIleIra De carDIologIa www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013 Sustrate® (propatilnitrato). Apresentação: comprimido - embalagem com 50 comprimidos. Indicações: no tratamento de episódios agudos na angina pectoris e para prevenção de crise aguda de anginaproduzida por exercícios em pacientes com insuficiência coronariana crônica. Contraindicações: em pacientes com as seguintes condições: glaucoma, anemia grave, trauma craniano, aumento na pressão intracraniana, hemorragia cerebral, quadro agudo de infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva. Em pacientes que estão utilizando citrato de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase,uma vez que estes fármacos têm demonstrado potencializar os efeitos hipotensivos de propatilnitrato. Os pacientes que utilizarem nitratos devem ser avisados das consequências potencialmente sérias de utilizarem sildenafila nas 24 horas subsequentes à utilização de preparação de nitrato. A utilização de propatilnitrato em até 24 horas antes ou após o uso de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase tem sido associada à hipotensão profunda, infarto do miocárdio e, até mesmo, óbito. Em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Advertências e precauções: Sustrate® deve ser prescrito com cautela nos pacientes com: depleção de volume sanguíneo, hipotensão, hipotensão ortostática, deficiência renal ou hepática grave, hipotireoidismo, desnutrição ou hipotermia. Tolerância ao propatilnitrato: assim como a tolerância às outras formas de nitratos, o efeito de propatilnitrato sublingual na tolerância ao exercício, ainda que observado, é desprezível. Atenção: este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela por portadores de diabetes. Interações medicamentosas: em pacientes recebendo fármacos anti-hipertensivos, bloqueadores beta-adrenérgicos ou fenotiazinas, associados ao propatilnitrato devem ser observados em virtude de possível efeito hipotensivo aditivo. Hipotensão ortostática tem sido relatada quando bloqueadores de canal de cálcio e nitratos orgânicos, como propatilnitrato, são utilizados concomitantemente. O uso concomitante de propatilnitrato e álcool pode causar hipotensão. Os efeitos vasodilatadores e hemodinâmicos do propatilnitrato podem ser aumentados pela administração concomitante da aspirina. Antidepressivos tricíclicos (p. ex. amitriptilina, desipramina e doxepina) e fármacos anticolinérgicos causam boca seca e redução das secreções salivares, podendo dificultar a dissolução do propatilnitrato sublingual. Deve-se evitar a prescrição concomitante de propatilnitrato sublingual com ergotamina e fármacos relacionados, ou deve-se monitorar os sintomas de ergotismo nos pacientes, se não for possível evitar essa associação. A administração de propatilnitrato é contraindicada em pacientes que estão utilizando citrato de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase. Estes fármacos têm demonstrado potencialização dos efeitos hipotensivos de nitratos orgânicos. Os nitratos, inclusive o propatilnitrato, podem interferir com a reação de coloração Zlatkis-Zak causando um relatório falso de colesterol sérico diminuído. Reações adversas: reações incomuns: cefaleia, vertigem, tontura, fraqueza, palpitação, taquicardia, vermelhidão da pele e inquietação. Reação muito rara: náusea, rubor, vômito, sudorese, palidez, pele fria, colapso, síncope, cianose, respiração prejudicada, bradicardia, metemoglobinemia, erupção medicamentosa e dermatite esfoliativa. No período do tratamento com propatilnitrato, os seguintes sintomas podem ocorrer durante o exercício físico: cefaleia, palpitação e hipotensão. Altas doses podem causar vômitos, inquietação, hipotensão, síncope, cianose e metemoglobinemia. Pode seguir-se pele fria, respiração prejudicada e bradicardia. Posologia: deve ser administrado como um comprimido sublingual na dose de 10 mg, três ou quatro vezes ao dia não excedendo 40 mg em 24 horas. M.S: 1.0390.0182 Farmoquímica S/A. CNPJ 33.349.473/0001-58. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 08000 25 01 10. Para ver o texto de bula na íntegra, acesse o site www.fqm.com.br. Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde habilitados a prescrever e dispensar medicamentos. Referências: 1. Manfroi WC, Koppe V, Vieira SR et al. Efeitos hemodinâmicos e cineangiográficos agudos do propatilnitrato na cardiopatia isquêmica sintomática. Arq Bras Cardiol 1987;48(3):147-51. 2. Batlouni M. Nitratos: Farmacologia clínica e aplicações terapêuticas. Arq Bras Cardiol 1988;47(5):363-377. 3. Revista Kairos - Julho/2013. CONTRAINDICAÇÃO: PACIENTES COM GLAUCOMA. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: EM PACIENTES RECEBENDO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS. Material destinado exclusivamente à classe médica. 506911 - Agosto 2013 AF_AN_Sustrate-21x28.indd 1 8/16/13 3:09 PM Autores da Diretriz: Gonzalez MM, Timerman S, Gianotto-Oliveira R, Polastri TF, Canesin MF, Schimidt A, Siqueira AW, Pispico A, Longo A, Pieri A, Reis A, Tanaka ACS, Santos AM, Quilici AP, Ribeiro ACL, Barreto ACP, Pazin-Filho A, Timerman A, Machado CA, Franchin Neto C, Miranda CH, Medeiros CR, Malaque CMS, Bernoche C, Gonçalves DM, Sant’Ana DG, Osawa EA, Peixoto E, Arfelli E, Evaristo EF, Azeka E, Gomes EP, Wen FH, Ferreira FG, Lima FG, Mattos FR, Galas FG, Marques FRB, Tarasoutchi F, Mancuso FJN, Freitas GR, Feitosa-Filho GS, Barbosa GC, Giovanini GR, Miotto HC, Guimarães HP, Andrade JP, Oliveira-Filho J, Fernandes JG, Moraes Junior JBMX, Carvalho JJF, Ramires JAF, Cavalini JF, Teles JMM, Lopes JL, Lopes LNGD, Piegas LS, Hajjar LA, Brunório L, Dallan LAP, Cardoso LF, Rabelo MMN, Almeida MFB, Souza MFS, Favarato MH, Pavão MLRC, Shimoda MS, Oliveira Junior MT, Miura N, Filgueiras Filho NM, Pontes-Neto OM, Pinheiro PAPC, Farsky OS, Lopes RD, Silva RCG, Kalil Filho R, Gonçalves RM, Gagliardi RJ, Guinsburg R, Lisak S, Araújo S, Martins SCO, Lage SG, Franchi SM, Shimoda T, Accorsi TD, Barral TCN, Machado TAO, Scudeler TL, Lima VC, Guimarães VA, Sallai VS, Xavier WS, Nazima W, Sako YK I DIretrIz De ressuscItação carDIopulmonar e cuIDaDos carDIovasculares De emergêncIa Da socIeDaDe BrasIleIra De carDIologIa Sustrate® (propatilnitrato). Apresentação: comprimido - embalagem com 50 comprimidos. Indicações: no tratamento de episódios agudos na angina pectoris e para prevenção de crise aguda de anginaproduzida por exercícios em pacientes com insuficiência coronariana crônica. Contraindicações: em pacientes com as seguintes condições: glaucoma, anemia grave, trauma craniano, aumento na pressão intracraniana, hemorragia cerebral, quadro agudo de infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva. Em pacientes que estão utilizando citrato de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase,uma vez que estes fármacos têm demonstrado potencializar os efeitos hipotensivos de propatilnitrato. Os pacientes que utilizarem nitratos devem ser avisados das consequências potencialmente sérias de utilizarem sildenafila nas 24 horas subsequentes à utilização de preparação de nitrato. A utilização de propatilnitrato em até 24 horas antes ou após o uso de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase tem sido associada à hipotensão profunda, infarto do miocárdio e, até mesmo, óbito. Em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Advertências e precauções: Sustrate® deve ser prescrito com cautela nos pacientes com: depleção de volume sanguíneo, hipotensão, hipotensão ortostática, deficiência renal ou hepática grave, hipotireoidismo, desnutrição ou hipotermia. Tolerância ao propatilnitrato: assim como a tolerância às outras formas de nitratos, o efeito de propatilnitrato sublingual na tolerância ao exercício, aindaque observado, é desprezível. Atenção: este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela por portadores de diabetes. Interações medicamentosas: em pacientes recebendo fármacos anti-hipertensivos, bloqueadores beta-adrenérgicos ou fenotiazinas, associados ao propatilnitrato devem ser observados em virtude de possível efeito hipotensivo aditivo. Hipotensão ortostática tem sido relatada quando bloqueadores de canal de cálcio e nitratos orgânicos, como propatilnitrato, são utilizados concomitantemente. O uso concomitante de propatilnitrato e álcool pode causar hipotensão. Os efeitos vasodilatadores e hemodinâmicos do propatilnitrato podem ser aumentados pela administração concomitante da aspirina. Antidepressivos tricíclicos (p. ex. amitriptilina, desipramina e doxepina) e fármacos anticolinérgicos causam boca seca e redução das secreções salivares, podendo dificultar a dissolução do propatilnitrato sublingual. Deve-se evitar a prescrição concomitante de propatilnitrato sublingual com ergotamina e fármacos relacionados, ou deve-se monitorar os sintomas de ergotismo nos pacientes, se não for possível evitar essa associação. A administração de propatilnitrato é contraindicada em pacientes que estão utilizando citrato de sildenafila ou outros inibidores da 5-fosfodiesterase. Estes fármacos têm demonstrado potencialização dos efeitos hipotensivos de nitratos orgânicos. Os nitratos, inclusive o propatilnitrato, podem interferir com a reação de coloração Zlatkis-Zak causando um relatório falso de colesterol sérico diminuído. Reações adversas: reações incomuns: cefaleia, vertigem, tontura, fraqueza, palpitação, taquicardia, vermelhidão da pele e inquietação. Reação muito rara: náusea, rubor, vômito, sudorese, palidez, pele fria, colapso, síncope, cianose, respiração prejudicada, bradicardia, metemoglobinemia, erupção medicamentosa e dermatite esfoliativa. No período do tratamento com propatilnitrato, os seguintes sintomas podem ocorrer durante o exercício físico: cefaleia, palpitação e hipotensão. Altas doses podem causar vômitos, inquietação, hipotensão, síncope, cianose e metemoglobinemia. Pode seguir-se pele fria, respiração prejudicada e bradicardia. Posologia: deve ser administrado como um comprimido sublingual na dose de 10 mg, três ou quatro vezes ao dia não excedendo 40 mg em 24 horas. M.S: 1.0390.0182 Farmoquímica S/A. CNPJ 33.349.473/0001-58. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 08000 25 01 10. Para ver o texto de bula na íntegra, acesse o site www.fqm.com.br. Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde habilitados a prescrever e dispensar medicamentos. Referências: 1. Manfroi WC, Koppe V, Vieira SR et al. Efeitos hemodinâmicos e cineangiográficos agudos do propatilnitrato na cardiopatia isquêmica sintomática. Arq Bras Cardiol 1987;48(3):147-51. 2. Batlouni M. Nitratos: Farmacologia clínica e aplicações terapêuticas. Arq Bras Cardiol 1988;47(5):363-377. 3. Revista Kairos - Julho/2013. CONTRAINDICAÇÃO: PACIENTES COM GLAUCOMA. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: EM PACIENTES RECEBENDO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS. Material destinado exclusivamente à classe médica. 506911 - Agosto 2013 AF_AN_Sustrate-21x28.indd 1 8/16/13 3:09 PM Conselho Editorial Brasil Adib D. Jatene (SP) Alexandre A. C. Abizaid (SP) Alfredo José Mansur (SP) Álvaro Avezum (SP) Amanda G. M. R. Sousa (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (DF) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Klier Péres (DF) Ayrton Pires Brandão (RJ) Barbara M. Ianni (SP) Beatriz Matsubara (SP) Braulio Luna Filho (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruce B. Duncan (RS) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Alberto Pastore (SP) Carlos Eduardo Negrão (SP) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Dalton Valentim Vassallo (ES) Décio Mion Jr (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Dikran Armaganijan (SP) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Edson Stefanini (SP) Elias Knobel (SP) Eliudem Galvão Lima (ES) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP) Eulógio E. Martinez Fº (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando A. P. Morcerf (RJ) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Francisco Laurindo (SP) Francisco Manes Albanesi Fº (RJ) Gilmar Reis (MG) Gilson Soares Feitosa (BA) Ínes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Ivan G. Maia (RJ) Ivo Nesralla (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) Jorge Pinto Ribeiro (RS) José A. Marin-Neto (SP) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Geraldo de Castro Amino (RJ) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) José Teles Mendonça (SE) Leopoldo Soares Piegas (SP) Luís Eduardo Rohde (RS) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Lurildo Saraiva (PE) Marcelo C. Bertolami (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Marco Antônio Mota Gomes (AL) Marcus V. Bolívar Malachias (MG) Maria Cecilia Solimene (SP) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Mauricio Wajngarten (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Nabil Ghorayeb (SP) Nadine O. Clausell (RS) Nelson Souza e Silva (RJ) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo A. Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo J. Moffa (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo R. F. Rossi (PR) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Paulo Zielinsky (RS) Protásio Lemos da Luz (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Roberto A. Franken (SP) Roberto Bassan (RJ) Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR) Sandra da Silva Mattos (PE) Sergio Almeida de Oliveira (SP) Sérgio Emanuel Kaiser (RJ) Sergio G. Rassi (GO) Sérgio Salles Xavier (RJ) Sergio Timerman (SP) Silvia H. G. Lage (SP) Valmir Fontes (SP) Vera D. Aiello (SP) Walkiria S. Avila (SP) William Azem Chalela (SP) Wilson A. Oliveira Jr (PE) Wilson Mathias Jr (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Diretor CientífiCo Luiz Alberto Piva e Mattos eDitor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira eDitores AssoCiADos CArDiologiA ClíniCA José Augusto Barreto-Filho CArDiologiA CirúrgiCA Paulo Roberto B. Evora CArDiologiA intervenCionistA Pedro A. Lemos CArDiologiA PeDiátriCA/CongênitAs Antonio Augusto Lopes ArritmiAs/mArCAPAsso Mauricio Scanavacca métoDos DiAgnóstiCos não-invAsivos Carlos E. Rochitte PesquisA BásiCA ou exPerimentAl Leonardo A. M. Zornoff ePiDemiologiA/estAtístiCA Lucia Campos Pellanda hiPertensão ArteriAl Paulo Cesar B. V. Jardim ergometriA, exerCíCio e reABilitAção CArDíACA Ricardo Stein Primeiro eDitor (1948-1953) † Jairo Ramos REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948www.arquivosonline.com.br Presidente Jadelson Pinheiro de Andrade Vice-Presidente Dalton Bertolim Précoma Diretor Administrativo Marcelo Souza Hadlich Diretora Financeira Eduardo Nagib Gaui Diretor de Relações Governamentais Daniel FrançaVasconcelos Diretor de Comunicação Carlos Eduardo Suaide Silva Diretor de Qualidade Assistencial José Xavier de Melo Filho Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/Funcor Carlos Alberto Machado Diretor de Relações Estaduais e Regionais Marco Antonio de Mattos Diretor de Departamentos Especializados Gilberto Venossi Barbosa Diretor de Tecnologia da Informação Carlos Eduardo Suaide Silva Diretor de Pesquisa Fernando Bacal Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira Editor do Jornal SBC Fábio Vilas-Boas Pinto Coordenador do Conselho de Projeto Epidemiológico David de Pádua Brasil Coordenadores do Conselho de Ações Sociais Alvaro Avezum Junior Ari Timerman Coordenadora do Conselho de Novos Projetos Glaucia Maria Moraes Oliveira Coordenador do Conselho de Aplicação de Novas Tecnologias Washington Andrade Maciel Coordenador do Conselho de Inserção do Jovem Cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa Coordenador do Conselho de Avaliação da Qualidade da Prática Clínica e Segurança do Paciente Evandro Tinoco Mesquita Coordenador do Conselho de Normatizações e Diretrizes Harry Correa Filho Coordenador do Conselho de Educação Continuada Antonio Carlos de Camargo Carvalho Comitê de Atendimento de Emergência e Morte Súbita Manoel Fernandes Canesin Nabil Ghorayeb Sergio Timerman Comitê de Prevenção Cardiovascular Antonio Delduque de Araujo Travessa Sergio Baiocchi Carneiro Regina Coeli Marques de Carvalho Comitê de Planejamento Estratégico Fabio Sândoli de Brito José Carlos Moura Jorge Walter José Gomes Comitê de Assistência ao Associado Maria Fatima de Azevedo Mauro José Oliveira Gonçalves Ricardo Ryoshim Kuniyoshi Comitê de Relações Internacionais Antonio Felipe Simão João Vicente Vitola Oscar Pereira Dutra Presidentes das Estaduais e Regionais da SBC SBC/AL - Alfredo Aurelio Marinho Rosa SBC/AM - Jaime Giovany Arnez Maldonado SBC/BA - Augusto José Gonçalves de Almeida SBC/CE - Eduardo Arrais Rocha SBC/CO - Hernando Eduardo Nazzetta (GO) SBC/DF - Renault Mattos Ribeiro Junior SBC/ES - Antonio Carlos Avanza Junior SBC/GO - Luiz Antonio Batista de Sá SBC/MA - Magda Luciene de Souza Carvalho SBC/MG - Maria da Consolação Vieira Moreira SBC/MS - Sandra Helena Gonsalves de Andrade SBC/MT - José Silveira Lage SBC/NNE - Aristoteles Comte de Alencar Filho (AM) SBC/PA - Claudine Maria Alves Feio SBC/PB - Alexandre Jorge de Andrade Negri SBC/PE - Silvia Marinho Martins SBC/PI - Ricardo Lobo Furtado SBC/PR - Álvaro Vieira Moura SBC/RJ - Glaucia Maria Moraes Oliveira SBC/RN - Carlos Alberto de Faria SBC/RS - Justo Antero Sayão Lobato Leivas SBC/SC - Conrado Roberto Hoffmann Filho SBC/SE - Eduardo José Pereira Ferreira SBC/SP - Carlos Costa Magalhães SBC/TO - Adalgele Rodrigues Blois Sociedade Brasileira de Cardiologia Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos SBC/DA - Hermes Toros Xavier (SP) SBC/DCC - Evandro Tinoco Mesquita (RJ) SBC/DCM - Orlando Otavio de Medeiros (PE) SBC/DCC/CP - Estela Suzana Kleiman Horowitz (RS) SBC/DECAGE - Abrahão Afiune Neto (GO) SBC/DEIC - João David de Souza Neto (CE) SBC/DERC - Pedro Ferreira de Albuquerque (AL) SBC/DFCVR - José Carlos Dorsa Vieira Pontes (MS) SBC/DHA - Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza (GO) SBC/DIC - Jorge Eduardo Assef (SP) SBC/SBCCV - Walter José Gomes (SP) SBC/SBHCI - Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes (PB) SBC/SOBRAC - Adalberto Menezes Lorga Filho (SP) SBC/DCC/GAPO - Daniela Calderaro (SP) SBC/DCC/GECETI - João Fernando Monteiro Ferreira (SP) SBC/DCC/GEECABE - Luis Claudio Lemos Correia (BA) SBC/DCC/GEECG - Carlos Alberto Pastore (SP) SBC/DCP/GECIP - Angela Maria Pontes Bandeira de Oliveira (PE) SBC/DERC/GECESP - Daniel Jogaib Daher (SP) SBC/DERC/GECN - José Roberto Nolasco de Araújo (AL) Arquivos Brasileiros de Cardiologia Filiada à Associação Médica Brasileira Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC. Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)". Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço: www.arquivosonline.com.br. Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil Tel.: (21) 3478-2700 E-mail: arquivos@cardiol.br www.arquivosonline.com.br SciELO: www.scielo.br Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: comercialsp@cardiol.br Produção Editorial SBC - Núcleo Interno de Publicações Produção Gráfica e Diagramação RF Design APOIO 1. Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória e Apresentação da diretriz ............. página 3 1.1. Aspectos epidemiológicos da PCR ....................................................................................................... página 3 1.2. O sucesso de uma RCP ........................................................................................................................ página 3 1.3. Evidências científicas ........................................................................................................................... página 4 2. Suporte Básico de Vida no adulto ......................................................................................... página 4 2.1. Introdução ............................................................................................................................................ página 4 2.2. Sequência do SBV do adulto para profissionais da saúde ..................................................................... página 4 2.3. Compressões torácicas ........................................................................................................................ página 5 2.4. Ventilações ........................................................................................................................................... página 6 2.5. Desfibrilação ........................................................................................................................................ página 8 2.6. Sequência do SBV do adulto para leigos............................................................................................. página 10 2.7. Considerações finais ........................................................................................................................... página 11 3. Terapias elétricas: Desfibrilação, Cardioversão e Marca-passo Transcutâneo ....... página 11 3.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 11 3.2. Características do desfibrilador/cardioversor .....................................................................................página 11 3.3. Marca-passo transcutâneo ................................................................................................................. página 13 4. Dispositivos que auxiliam as manobras de ressuscitação cardiopulmonar ........ página 15 4.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 15 4.2. Técnicas em ressuscitação cardiopulmonar ....................................................................................... página 15 4.3. Equipamentos .................................................................................................................................... página 16 4.4. Conclusão .......................................................................................................................................... página 17 5. Suporte Avançado de Vida em Cardiologia no Adulto ................................................ página 17 5.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 17 5.2. Manejo da via aérea ........................................................................................................................... página 18 5.3. Monitorização durante a PCR ............................................................................................................. página 21 5.4. Manejo da parada cardíaca ................................................................................................................ página 23 5.5. Tratamento da PCR conforme o ritmo ................................................................................................ página 24 5.5.1. Fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso ............................................................... página 24 5.5.2. Assistolia e atividade elétrica sem pulso ........................................................................................ página 27 5.6. Vias para administração de medicamento ......................................................................................... página 29 5.7. Via aérea avançada ............................................................................................................................ página 29 5.8. Intervenções medicamentosas na ressuscitação cardiopulmonar ...................................................... página 30 5.9. Intervenções não recomendadas rotineiramente durante a PCR ........................................................ página 31 5.10. Bradicardia....................................................................................................................................... página 32 5.11. Taquiarritmias .................................................................................................................................. página 36 5.11.1. Taquicardias com QRS estreito .................................................................................................... página 37 5.11.2. Fibrilação atrial e flutter atrial ...................................................................................................... página 40 5.11.3. Taquicardias com QRS largo ........................................................................................................ página 41 6. Cuidados Pós-Ressuscitação ................................................................................................. página 44 6.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 44 6.2. Reconhecendo a síndrome pós-PCR ................................................................................................... página 45 6.3. Cuidados com o paciente crítico ......................................................................................................... página 46 6.4. Terapia neuroprotetora ....................................................................................................................... página 48 Sumário 6.5. Prognóstico após RCP ........................................................................................................................ página 50 6.6. Suporte específico .............................................................................................................................. página 50 6.7. Perspectivas futuras ........................................................................................................................... página 52 7. Manejo Inicial da Síndrome Coronária Aguda ................................................................ página 52 7.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 52 7.2. Epidemiologia da doença arterial coronariana .................................................................................... página 53 7.3. Morte súbita ....................................................................................................................................... página 53 7.4. Síndrome coronariana aguda ............................................................................................................. página 53 7.5. Estratégias de reperfusão ................................................................................................................... página 62 7.5.1. SCA sem supradesnível de ST ........................................................................................................ página 62 7.5.2. IAM com supradesnível de ST ........................................................................................................ página 63 7.6. Complicações relacionadas à SCA ...................................................................................................... página 65 8. Acidente Vascular Encefálico ................................................................................................. página 66 8.1. Introdução .......................................................................................................................................... página 66 8.2. Aspectos epidemiológicos .................................................................................................................. página 66 8.3. AVC: uma emergência neurológica ..................................................................................................... página 67 8.4. Imagem na fase aguda do AVC........................................................................................................... página 69 8.5. Exames complementares na fase aguda do AVC ................................................................................ página 70 8.6. Exames na fase subaguda para definir a nosologia e atuar sobre fatores de risco ............................. página 70 8.7. Tratamento da fase aguda do AVC isquêmico ..................................................................................... página 71 8.7.1. Anticoagulantes, antiagregantes plaquetários e estatinas ............................................................. página 71 8.7.2. Protocolo de trombólise intravenosa ............................................................................................. página 72 8.7.3. Protocolo de trombólise intra-arterial............................................................................................ página 74 8.7.4. Protocolo de trombólise combinada (EV e IA) ............................................................................... página 74 8.7.5. Protocolo de trombólise mecânica................................................................................................. página 75 8.7.6. Agioplastia e stent ..........................................................................................................................página 75 8.7.7. Fragmentação mecânica do trombo ............................................................................................... página 75 8.7.8. Remoção do trombo ....................................................................................................................... página 75 8.7.9. Trombectomia por sucção .............................................................................................................. página 75 8.7.10. Trombectomia com stent autoexpansível ..................................................................................... página 75 8.8. Classificação dos centros de referência para o diagnóstico e tratamento do AVC ............................... página 76 8.9. Manejo de pacientes com hemorragia intraparenquimatosa cerebral espontânea ............................ página 76 9. Parada cardiorrespiratória associada a situações especiais .................................. página 83 9.1. Condições de hipoxemia .................................................................................................................... página 83 9.2. PCR em pacientes com asma grave ................................................................................................... página 84 9.3. PCR na anafilaxia ............................................................................................................................... página 84 9.4. PCR na gravidez ................................................................................................................................. página 85 9.5. PCR na embolia pulmonar ................................................................................................................. página 86 9.6. PCR nos distúrbios hidroeletrolíticos .................................................................................................. página 86 9.7. PCR no trauma ................................................................................................................................... página 87 9.8. Commotio cordis ................................................................................................................................ página 87 9.9. PCR no quase-afogamento ................................................................................................................. página 87 9.10. PCR na hipotermia acidental ............................................................................................................ página 88 9.11. PCR no choque elétrico .................................................................................................................... página 88 9.12. PCR por intoxicações ........................................................................................................................ página 88 10. Suporte Básico de Vida em Pediatria ............................................................................. página 89 10.1. Introdução ........................................................................................................................................ página 89 10.2. Definição das faixas etárias para o atendimento nas emergências pediátricas ................................ página 89 10.3. Sequência de Suporte Básico de Vida em Crianças para profissionais de saúde com 1 socorrista ....... página 90 10.4. Sequência de Suporte Básico de Vida em Crianças para profissionais de saúde com 2 socorristas ..... página 92 10.5. Utilização do desfibrilador externo automático (DEA) ....................................................................... página 93 10.6. Sequência de Suporte Básico de Vida em Lactentes para profissionais de saúde com 1 socorrista ..... página 93 10.7. Sequência de Suporte Básico de Vida em Lactentes para profissionais de saúde com 2 socorristas .... página 94 10.8. RCP com via aérea avançada .......................................................................................................... página 94 10.9. Atendimento a PCR por público leigo ............................................................................................... página 95 10.10. Atendimento à obstrução de vias aéreas por corpo estranho ......................................................... página 95 11. Suporte Avançado de Vida em Pediatria ....................................................................... página 96 11.1. Introdução........................................................................................................................................ página 96 11.2. Terapia elétrica ................................................................................................................................ página 97 11.3. Vias aéreas ...................................................................................................................................... página 99 11.4. Medicações administradas durante a parada cardíaca/ressuscitação cardiopulmonar ................. página 100 11.5. Medicamentos para a manutenção do débito cardíaco adequado ................................................. página 103 11.6. Arritmias ........................................................................................................................................ página 104 11.6.1. Bradiarritmias ............................................................................................................................. página 104 11.6.2. Taquiarritmias ............................................................................................................................ página 108 11.7. Situações especiais em pediatria ................................................................................................... página 113 11.7.1. Choque séptico .......................................................................................................................... página 113 11.7.2. Choque hipovolêmico ................................................................................................................ página 113 11.7.3. Trauma........................................................................................................................................ página 113 11.7.4. Parada cardíaca por afogamento ............................................................................................... página 114 11.7.5. Anafilaxia .................................................................................................................................... página 115 11.7.6. Crise hipoxêmica ........................................................................................................................ página 116 11.7.7. Cardiopatia congênita – ventrículo único .................................................................................. página 117 11.7.8. Hipertensão pulmonar ............................................................................................................... página 117 11.7.9. Morte súbita ............................................................................................................................... página 117 11.7.10. Canalopatias ............................................................................................................................. página 117 11.7.11. Transplante cardíaco ................................................................................................................ página 118 11.7.12. Disfunção miocárdica aguda em pós-operatório - oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) página 118 11.8. Cuidados pós-ressuscitação ........................................................................................................... página 121 12. Ressuscitação neonatal ...................................................................................................... página 122 12.1. Introdução ......................................................................................................................................página 122 12.2. O preparo para a assistência do recém-nascido em sala de parto .................................................. página 122 12.3. Avaliação da vitalidade ao nascer .................................................................................................. página 123 12.4. Assistência ao recém-nascido com líquido amniótico meconial ..................................................... página 123 12.5. Passos iniciais ................................................................................................................................ página 123 12.6. Equipamentos para a ventilação .................................................................................................... página 124 12.7. Massagem cardíaca ....................................................................................................................... página 125 12.8. Medicações .................................................................................................................................... página 126 12.9. Aspectos éticos da assistência ao recém-nascido na sala de parto ................................................ página 126 12.10. Quando não iniciar a reanimação ................................................................................................ página 126 12.11. Quando interromper a reanimação .............................................................................................. página 127 12.12. Considerações finais .................................................................................................................... página 127 13. Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca .......................................... página 128 13.1. Introdução ...................................................................................................................................... página 128 13.2. Insuficiência cardíaca descompensada .......................................................................................... página 129 13.2.1. Insuficiência cardíaca descompensada aguda ........................................................................... página 129 13.2.2. Insuficiência cardíaca descompensada hipertensiva ................................................................. página 129 13.2.3. Insuficiência cardíaca descompensada por edema agudo de pulmão ...................................... página 129 13.2.4. Insuficiência cardíaca descompensada por choque cardiogênico ............................................. página 129 13.2.5. Insuficiência cardíaca descompensada por alto débito ............................................................. página 129 13.2.6. Insuficiência cardíaca descompensada direita .......................................................................... página 129 13.3. Fisiopatologia ................................................................................................................................. página 129 13.4. Classificação funcional ................................................................................................................... página 130 13.5. Abordagem inicial .......................................................................................................................... página 130 13.5.1. A – Avaliação clínica/hemodinâmica .......................................................................................... página 131 13.5.2. B – Boa ventilação e adequada oxigenação ............................................................................... página 132 13.5.3. C – Circulação e reposição volêmica ......................................................................................... página 133 13.5.4. D- Diuréticos .............................................................................................................................. página 133 13.5.5. E – Eletrocardiograma ................................................................................................................ página 134 13.5.6. F – Frequência cardíaca e controle de arritmias ........................................................................ página 134 13.5.7. G – Garantir a não suspensão de drogas ................................................................................... página 134 13.5.8. H – Heparina (profilaxia de TVP e TEP) ..................................................................................... página 134 13.6. Padrão de abordagem e drogas vasoativas .................................................................................... página 135 13.7. Conclusão ....................................................................................................................................... página 138 14. Times de Resposta Rápida e Registro de Parada Cardiorrespiratória ........... página 139 14.1. Times de resposta rápida ............................................................................................................... página 139 14.1.1. Código Azul ................................................................................................................................ página 139 14.2. Registro da parada cardiorrespiratória intra-hospitalar .................................................................. página 140 14.2.1. Importância ................................................................................................................................ página 140 14.2.2. Aplicação do modelo .................................................................................................................. página 140 14.2.3. Variáveis do modelo Utstein ...................................................................................................... página 140 14.2.4. Padronização do carro de emergência ....................................................................................... página 143 15. Atendimento Pré-Hospitalar e Transporte ................................................................... página 147 15.1. Introdução ...................................................................................................................................... página 147 15.2. Regulação médica das urgências e emergências ........................................................................... página 147 15.3. Classificação da ambulância e tripulação necessária para atendimento pré-hospitalar e transporte de pacientes ........................................................................................................................ página 148 15.4. Etapas do atendimento pré-hospitalar............................................................................................ página 149 15.5. Reconhecimento e ações do médico regulador em casos de vítimas com dor torácica .................. página 149 15.6. Reconhecimento e ações do médico regulador em casos de vítimas com parada cardiorrespiratória ................................................................................................................................... página 149 15.7. Inter-relacionamento do pronto-socorro e o APH............................................................................. página 150 15.8. O atendimento pré-hospitalar ......................................................................................................... página 150 15.9. Cuidados pós-parada cardíaca no APH e transporte ....................................................................... página 154 15.10. Quando interromper os esforços e declarar morte ....................................................................... página 154 15.11. Atendimento de vítimas de trauma fora do hospital .................................................................... página 155 16. Primeiros Socorros: emergências clínicas, traumáticas e ambientais ..........página 156 16.1. Introdução ...................................................................................................................................... página 156 16.2. Atendimento ao paciente consciente ............................................................................................. página 156 16.3. Atendimento ao paciente inconsciente ........................................................................................... página 157 16.4. Dor torácica sugestiva de isquemia miocárdica ............................................................................. página 158 16.5. Acidente vascular encefálico (AVE) ................................................................................................. página 158 16.6. Desmaio ou síncope ....................................................................................................................... página 159 16.7. Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) .................................................................... página 160 16.8. Crise de Asma ................................................................................................................................ página 161 16.9. Anafilaxia ....................................................................................................................................... página 162 16.10. Convulsões ................................................................................................................................... página 164 16.11. Hipoglicemia ................................................................................................................................ página 164 16.12. Envenenamento ........................................................................................................................... página 165 16.13. Abordagem a vítima em situação de trauma ............................................................................... página 166 16.14. Queimaduras ............................................................................................................................... página 168 16.15. Hipotermia ................................................................................................................................... página 168 16.16. Acidentes por animais peçonhentos ............................................................................................. página 168 16.17. Acidentes causados por aranhas .................................................................................................. página 171 16.18. Acidente por lagartas do gênero Lonomia sp ............................................................................... página 172 16.19. Acidente por himenópteros .......................................................................................................... página 172 17. Princípios Éticos na Ressuscitação Cardiopulmonar .............................................. página 173 17.1. Introdução ...................................................................................................................................... página 173 17.2. Princípios éticos ............................................................................................................................. página 173 17.3. O conceito de futilidade .................................................................................................................. página 173 17.4. Ordens de não ressuscitar .............................................................................................................. página 174 17.5. Comunicação com pacientes e familiares ...................................................................................... página 174 17.6. Aspectos jurídicos ........................................................................................................................... página 174 I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia realIzação Sociedade Brasileira de Cardiologia coorDenaDor De normatIzações e DIretrIzes Da sBc Harry Correa Filho coorDenaDores Da DIretrIz Maria Margarita Gonzalez, Manoel Fernandes Canesin, Carlos Alberto Machado, Jadelson Pinheiro de Andrade, Sergio Timerman comIssão De reDação e planejamento Maria Margarita Gonzalez, Thatiane Facholi Polastri grupos De traBalho Grupo 01 - Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória. Apresentação da diretriz. Participantes: Flávio Rocha Brito Marques, Roberto Kalil Filho Grupo 02 - Suporte básico de vida no adulto Participantes: Ana Paula Quilici, Elaine Peixoto, José Mário Meira Teles, Manoel Fernandes Canesin, Maria Margarita Gonzalez, Renan Gianotto-Oliveira, Tatiane Christine Nunes Barral, Thatiane Facholi Polastri, Willian Nazima Grupo 03 - Terapias elétricas: Desfibrilação, Cardioversão e Marca-passo Transcutâneo Participantes: Antonio Pazin-Filho, Carlos Henrique Miranda, Glaucylara Reis Giovanini Grupo 04 - Dispositivos que Auxiliam a Ressuscitação Cardiopulmonar Participantes: Carlos Franchin Neto, Flávio Tarasoutchi, Luiz Francisco Cardoso, Sergio Timerman, Tarso Augusto Duenhas Accorsi Grupo 05 - Suporte Avançado de Vida em Cardiologia no Adulto Participantes: André Schmidt, Elerson Arfelli, Fernando Ramos de Mattos, Frederico José Neves Mancuso, Jose Antonio Franchini Ramires, João Batista de Moura Xavier Moraes Junior, Manoel Fernandes Canesin, Maria Helena Favarato, Maria Margarita Gonzalez, Maria Lícia Ribeiro Cury Pavão, Sebastião Araújo, Sergio Timerman, Thiago Luis Scudeler, Willian Nazima Grupo 06 - Cuidados Pós-Ressuscitação Cardiorrespiratória Participantes: Claudia Bernoche, Everton Padilha Gomes, Leonardo Nicolau Geisler Daud Lopes, Luis Augusto Palma Dallan, Sergio Timerman, Silvia Gelas Lage, Weiber Silva Xavier Grupo 07 - Manejo da Síndrome Coronariana Aguda Participantes: Ari Timerman, Gilson Soares Feitosa-Filho, Leopoldo Soares Piegas, Márcia M. Noya Rabelo, Nivaldo Menezes Filgueiras Filho, Pedro Silvio Farsky, Rodrigo Marques Gonçalves Grupo 08 - Acidente Vascular Encefálico Participantes: Alexandre Longo, Alexandre Pieri, Eli Faria Evaristo, Gabriel Rodriguez de Freitas, Jamary Oliveira-Filho, Jefferson Gomes Fernandes, João José Freitas de Carvalho, Octávio Marques Pontes-Neto, Rubens José Gagliardi, Sheila Cristina Ouriques Martins Grupo 09 - Ressuscitação Cardiopulmonar em Situações Especiais Participantes: Hélio Penna Guimarães, Renato Delascio Lopes Grupo 10 - Suporte Básico de Vida em Pediátria Participantes: Ana Maria Santos, Dirley Glizt Sant’Ana, Renan Gianotto-Oliveira, Thatiane Facholi Polastri, Yara Kimiko Sako Grupo 11 - Suporte Avançado de Vida em Pediatria Participantes: Adailson Wagner Siqueira, Amélia Reis, Ana Cristina Sayuri Tanaka, Anna Christina de Lima Ribeiro, Estela Azeka, Filomena G Galas, José Fernando Cavalini, Ludhmila A. Hajjar, Mônica Satsuki Shimoda, Nana Miura, Sonia Meiken Franchi, Tânia Shimoda, Vanessa Alves Guimarães Grupo 12 - Ressuscitação Neonatal Participantes: Maria Fernanda Branco de Almeida, Ruth Guinsburg Grupo 13 - Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca Participantes: Antonio Carlos Pereira Barreto, Manoel Fernandes Canesin, Múcio Tavares de Oliveira Jr., Willian Nazima Grupo 14 - Times de Resposta Rápida e Registro de Parada Cardiorrespiratória Participantes: Fatima Gil Ferreira, Diego Manoel Gonçalves, Felipe Gallego Lima, Juliana de Lima Lopes, Ludimila Brunório, Maria Francilene Silva Souza, Patricia Ana Paiva Correa Pinheiro, Rita de Cassia Gengo e Silva, Vanessa Santos Sallai Grupo 15 - Atendimento Pré-Hospitalar e Transporte Participantes: Agnaldo Píspico, Gisele Corrêa Barbosa, Samir Lisak, Valéria Cristina Lima Grupo 16 - Primeiros-Socorros: emergências clínicas, traumáticas e ambientaisParticipantes: Carlos Roberto de Medeiros, Ceila Maria Sant´Ana Malaque, Fan Hui Wen, Heberth César Miotto, Maria Margarita Gonzalez, Renan Gianotto-Oliveira, Thatiane Facholi Polastri, Thiago Arthur Oliveira Machado Grupo 17 - Princípios éticos na Ressuscitação Cardiopulmonar Participante: Eduardo Atsushi Osawa Palavras-chave: Cardiologia, Suporte Básico de Vida, Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, Insuficiência Cardíaca, Arritmias, Ressuscitação Cardiopulmonar, Parada Cardiorrespiratória, Desfibrilação. Keywords: Cardiology, Basic Life Support, Advanced Cardiac Life Support, Heart Failure, Heart Failure, Arrhythmia, Cardiopulmonary Resuscitation, Cardiac arrest, Defibrillation. Esta diretriz deverá ser citada como: Gonzalez M.M., Timerman S., Gianotto-Oliveira R., Polastri T.F., Canesin M.F., Lage S.G., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2013; 101(2Supl.3): 1-221 Correspondência: Maria Margarita Castro Gonzalez Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 - 2º andar - 05403-900 - São Paulo/SP; e-mail: maria.gonzalez@incor.usp.br DOI: 10.5935/abc.2013S006 I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretrizes Declaração de potencial conflito de interesses dos autores/colaboradores da Alterar para: Diretriz em Cardiologia do Esporte - Avaliação pré-participação, prevenção de eventos e morte súbita em esportes, no lazer e nos paratletas Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das Diretrizes: Nomes Integrantes da Diretriz Participou de estudos clínicos e/ou experimentais subvencionados pela indústria farmacêutica ou de equipamentos relacionados à diretriz em questão Foi palestrante em eventos ou atividades patrocinadas pela indústria relacionados à diretriz em questão Foi (é) membro do conselho consultivo ou diretivo da indústria farmacêutica ou de equipa- mentos Participou de comitês normativos de estudos científicos patroci- nados pela indústria Recebeu auxílio pessoal ou institucional da indústria Elaborou textos científicos em periódicos patroci- nados pela indústria Tem ações da indústria Adailson Wagner Siqueira Não Não Não Não Não Não Não Agnaldo Píspico Não Não Não Não Não Não Não Alexandre Longo Não Não Não Não Não Não Não Alexandre Pieri Não Não Não Boheringer Ingelheim Não Não Não Amélia Reis Não Não Não Não Não Não Não Ana Cristina Sayuri Tanaka Não Não Não Não Não Não Não Ana Maria Santos Não Não Não Não Não Não Não Ana Paula Quilici não Sanofi não não não não Não André Schmidt Não Não Não Não Não Não Não Anna Christina de Lima Ribeiro Não Não Não Não Não Não Não Antonio Carlos Pereira Barreto BMS, Servier e Quintiles Abbott, Baldacci, Biolab, EMS, Pfizer, Sanofi Aventis, Servier e Torrent. Não Não Não Abbott, Baldacci, Libbs, Pfizer, Sanofi Aventis e Torrent. Não Antonio Carlos Sobral Sousa Não Não Não Não Não Não Não Antonio Pazin-Filho Não Não Não Não Não Não Não Ari Timerman Astra Zeneca Sanofi Sanofi Não Não Não Não Carlos Alberto Machado Não Não Não Não Não Não Não Carlos Franchin Neto Não Não Não Não Não Não Não Carlos Henrique Miranda Não Não Não Não Não Não Não Carlos Roberto de Medeiros Não Não Não Não Não Não Não Ceila Maria Sant´Ana Malaque Não Não Não Não Não Não Não Claudia Bernoche Não Não Não Não Não Não Não Diego Manoel Gonçalves Não Não Não Não Não Não Não Dirley Glizt Sant Ana Não Não Não Não Não Não Não Eduardo Atsushi Osawa Não Não Não Não Não Não Não Elaine Peixoto Não Não Não Não Não Não Não Elerson Arfelli Não Não Não Não Não Não Não Eli Faria Evaristo Não Não Não Não Não Não Não Estela Azeka Não Não Novartis Não sim Não Não Everton Padilha Gomes Não Boeringher Ingelheim Não Não Não Não Não Fan Hui Wen Não Não Não Não Não Não Não Fatima Gil Ferreira Não Não Não Não Não Não Não Felipe Gallego Lima Não Não Não Não Não Não Não Fernando Ramos de Mattos Não Não Não Não Não Não Não Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 Diretrizes I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia Declaração de potencial conflito de interesses dos autores/colaboradores da Alterar para: Diretriz em Cardiologia do Esporte - Avaliação pré-participação, prevenção de eventos e morte súbita em esportes, no lazer e nos paratletas Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das Diretrizes: Nomes Integrantes da Diretriz Participou de estudos clínicos e/ou experimentais subvencionados pela indústria farmacêutica ou de equipamentos relacionados à diretriz em questão Foi palestrante em eventos ou atividades patrocinadas pela indústria relacionados à diretriz em questão Foi (é) membro do conselho consultivo ou diretivo da indústria farmacêutica ou de equipa- mentos Participou de comitês normativos de estudos científicos patroci- nados pela indústria Recebeu auxílio pessoal ou institucional da indústria Elaborou textos científicos em periódicos patroci- nados pela indústria Tem ações da indústria Filomena G Galas Não Não Não Não Não Não Não Flávio Rocha Brito Marques Não Não Não Não Não Não Não Flávio Tarasoutchi Não Não Não Não Não Não Não Frederico José Neves Mancuso Não Não Não Não Não Não Não Gabriel Rodriguez de Freitas Não Não Não Não Não Não Não Gilson Soares Feitosa-Filho Schering-Plough e Novartis Sanofi-Aventis e Boehringer Não Não Não Não Não Gisele Corrêa Barbosa Não Não Não Não Não Não Não Glaucylara Reis Giovanini Não Não Não Não Não Não Não Harry Correa Filho Não Não Não Não Não Não Não Heberth César Miotto Não Não Não Não Não Não Não Hélio Penna Guimarães Não Não Não Não Não Não Não Jadelson Pinheiro de Andrade Não Não Não Não Não Não Não Jamary Oliveira-Filho Não Não Não Não Não Não Não Jefferson Gomes Fernandes Não Não Não Não Não Não Não João Batista de Moura Xavier Moraes Junior Não Não Não Não Não Não Não João José Freitas de Carvalho Não Boehringer Não Não Boehringer, Ipsen Não Não Jose Antonio Franchini Ramires Não Não Não Não Não Boston Scientific, Biolab, MSD, Boehringer Ingelheim e Pfizer Não José Fernando Cavalini Não Não Não Não Não Não Não José Mario Meira Teles Não Não Não Não Não Não Não Juliana de Lima Lopes Não Não Não Não Não Não Não Leonardo Nicolau Geisler Daud Lopes Não Não Não Não Não Não Não Leopoldo Soares Piegas Não Não Não Não Boehringer Ingelheim Astrazeneca Não Ludhmila A. Hajjar Não Não Não Não Não Não Não Ludimila Brunório Não Não Não Não Não Não Não Luis Augusto da Palma Dallan Não Não Não Não Não Não Não Luiz Francisco Cardoso Não Não Não Não Não Não Não Manoel Fernandes Canesin Não Abbot e Sanofi Avents Phillips Medical Nâo Não Abbot, Sanofi Avents, EMS, Merck Não Márcia M. Noya Rabelo Não Não Não Não Não Não Não Maria Fernanda Branco de Almeida Não Não Não Não Não Não Não Maria Francilene Silva Souza Não Não Não Não Não Não Não Maria Helena Favarato Não Não Não Não Não Não Não Maria Lícia Ribeiro Cury Pavão Não Não Não Não Não Não Não Maria Margarita Gonzalez Não Não Não Não Não Não Não 14 Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 Diretrizes I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia Declaração de potencial conflito de interesses dos autores/colaboradores da Alterar para: Diretriz emCardiologia do Esporte - Avaliação pré-participação, prevenção de eventos e morte súbita em esportes, no lazer e nos paratletas Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador das Diretrizes: Nomes Integrantes da Diretriz Participou de estudos clínicos e/ou experimentais subvencionados pela indústria farmacêutica ou de equipamentos relacionados à diretriz em questão Foi palestrante em eventos ou atividades patrocinadas pela indústria relacionados à diretriz em questão Foi (é) membro do conselho consultivo ou diretivo da indústria farmacêutica ou de equipa- mentos Participou de comitês normativos de estudos científicos patroci- nados pela indústria Recebeu auxílio pessoal ou institucional da indústria Elaborou textos científicos em periódicos patroci- nados pela indústria Tem ações da indústria Mônica Satsuki Shimoda Não Não Não Não Não Não Não Múcio Tavares de Oliveira Jr. Bristol Myers Squibb, Pfizer, Novartis, Roche Diagnóstica, Biosite Abbott, Roche Diagnostica, Sanofi–Aventis, Boehringer Ingelheim, Merck Serono, GSK Não Não Sanofi-Aventis, Boehringer Ingelheim Roche Diagnostica, Sanofi–Aventis, Merck Serono, Baldacci Não Nana Miura Não Não Não Não Não Não Não Nivaldo Menezes Filgueiras Filho Não Não Não Não Merck-Sharp-Dohme Novartis não não Octávio Marques Pontes-Neto Não Não Não Não Não Não Não Patricia Ana Paiva Corra Pinheiro Não Não Não Não Não Não Não Pedro Silvio Farsky Não Não Não Não Não Não Não Renan Gianotto-Oliveira Não Não Não Não Não Não Não Renato Delascio Lopes Não Não Não Não Não Não Não Rita de Cassia Gengo e Silva Não Não Não Não Não Não Não Roberto Kalil Filho Não Não Não Não Não Não Não Rodrigo Marques Gonçalves Eli Lilly, Aché, Novo Nordisk, Merck, Boehringer Ingelheim, Bristol-Myers Squibb Não Não Não Não Nycomed Pharma Não Rubens José Gagliardi Não Não Não Não Daiichii Sankio, D-Pharma, Bayer Pharma, Shering-Ploug Não Não Ruth Guinsburg Não Não Não Não Não Não Não Samir Lisak Não Não Não Não Não Não Não Sebastião Araújo Não Biolab Farmacêtica Não Não Não Não Não Sergio Timerman Não Não Não Não Não Não Não Sheila Cristina Ouriques Martins Lundbeck Não Não Não Boehringer Ingelheim, Bayer, Ferrer Não Não Silvia Gelas Lage Não Não Não Não Não Não Não Sonia Meiken Franchi Não Não Não Não Não Não Não Tânia Shimoda Não Não Não Não Não Não Não Tarso Augusto Duenhas Accorsi Não Não Não Não Não Não Não Tatiane Christine Nunes Barral Não Não Não Não Não Não Não Thatiane Facholi Polastri Não Não Não Não Não Não Não Thiago Arthur Oliveira Machado Não Não Não Não Não Não Não Thiago Luis Scudeler Não Não Não Não Não Não Não Valéria Cristina Lima Não Não Não Não Não Não Não Vanessa Alves Guimarães Não Não Não Não Não Não Não Vanessa Santos Sallai Não Não Não Não Não Não Não Weiber Silva Xavier Não Não Não Não Não Não Não Willian Nazima Não Não Não Não Não Não Não Yara Kimiko Sako Não Não Não Não Não Não Não 15 Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 Diretrizes I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia Editorial Esta edição traz as Diretrizes Brasileiras sobre o Manejo da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Embora a ressuscitação tenha uma longa história que remonta aos tempos bíblicos e se prolonga através dos séculos1, o seu ‘nascimento’ moderno é amplamente considerado como tendo ocorrido em 1960, quando Koewenhoven, Jude e Knickerbocker publicaram seu memorável artigo2 sobre o uso da compressão torácica: eles salientaram que “tudo o que se precisa são duas mãos” e de fato escreveram sobre 14 sobreviventes em um universo de 20 tentativas em que utilizaram esta técnica. Conquanto manobras semelhantes tenham sido descritas inúmeras vezes em períodos anteriores3, naquele momento, elas assumiriam uma nova importância, porque Safar já havia feito experimentos com a ventilação boca a boca e a desfibrilação externa já era uma realidade. Tudo o que restava era juntar esses três componentes-chave, o que aconteceu em setembro de 1960, em um simpósio organizado pelo Corpo Docente de Medicina e Cirurgia do Estado de Maryland, onde se consagrou que “esses componentes não podiam mais ser considerados como elementos isolados, e sim como parte de uma abordagem completa para a ressuscitação”4. Naquele momento, no entanto, a ressuscitação era considerada um procedimento estritamente médico; até mesmo enfermeiros e dentistas eram impedidos de executar a prática. De modo que seu impacto era limitado, apesar do grande interesse internacional. Gradualmente, os pontos de vista foram mudando e, por volta de 1974, as grandes vantagens de envolver o público em geral tornaram-se mais evidentes quando a American Heart Association publicou suas primeiras diretrizes destinadas tanto aos profissionais da saúde quanto a leigos5. A publicação das novas diretrizes de RCP em uma importante revista médica tomou, como ponto de partida, dois princípios. O primeiro princípio consistia no fato de que um método ideal poderia ser definido para todas as situações de parada cardíaca inesperada; e o segundo, de que a disseminação desse procedimento poderia e deveria ser posta em prática no âmbito da sociedade em geral. Embora esses pontos de vista parecessem plausíveis, não eram compartilhados universalmente naquela época. Mais alguns anos se passariam antes que as diretrizes de ressuscitação viessem a tornar-se verdadeiramente internacionais. Mais uma vez, foi a American Heart Association que assumiu a liderança nesse sentido. Mais de 25% dos participantes de sua conferência em Dallas, no ano de 1992, vinham de fora dos Estados Unidos. Nesse encontro, decidiu-se criar uma comissão internacional de especialistas dos cinco continentes para orientar a prática de ressuscitação, um grupo que mais tarde seria conhecido como a Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (International Liaison Committee on Resuscitation - ILCOR)6. Ao longo dos anos, este órgão consultivo evoluiu em termos de sua importância e influência devido à reconhecida competência dos seus membros. No que diz respeito à sua aplicabilidade em situações diversas, os diferentes requisitos voltados para crianças e, posteriormente, aos lactentes e recém-nascidos, tornaram-se rapidamente aceitos. Mais tarde, também, foram surgindo diferenças nacionais baseadas em parte nos costumes locais, mas também nas variações epidemiológicas. Por este motivo, o termo “diretriz” foi descartado pelo comitê internacional dando lugar ao “consenso”, fazendo com que grupos regionais fossem adaptando as práticas às suas necessidades específicas. A aceitação da necessidade de promulgar diretrizes no âmbito da sociedade não sofreu qualquer tipo de oposição após meados dos anos 1970, mas até relativamente há pouco tempo, observavam-se grandes diferenças no nível de aplicação dessas diretrizes. A capacitação em grande escala depende da existência de organizações locais capazes de disseminar a formação voltada para essas técnicas. Poucos países tiveram grupos fortes capazes de aceitar este desafio, uma situação que mudou, em parte, porque foram criados inúmeros conselhos e comitês de ressuscitação, e organizações como a Cruz Vermelha Internacional que vêm desempenhando um papel crescente nessa iniciativa. Um aspecto da prática de ressuscitação, no entanto, enfrentou obstáculos. Em diversos países, principalmente na Europa, considerava-se ilegal o uso de desfibriladores por parte de pessoas não qualificadas na área médica. Embora essas barreiras tenham sido transpostas, ainda se observa uma espécie de relutância em algumas áreas gerada por considerações equivocadas sobrequestões de segurança, principalmente para os membros do público em geral (leigos), que não possuem certificação em cursos de treinamentos reconhecidos. Este pensamento é inadequado quando se trata de desfibriladores modernos automáticos, para os quais aspectos de segurança não são uma grande preocupação. 1 Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 Diretrizes I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia As diretrizes brasileiras de 2012 se baseiam no Consenso Científico da ILCOR de 20107, tendo sido muito bem-vindas. O novo consenso não introduziu ideias radicais. De fato, enfatizou-se a primazia das compressões como sendo a chave para o sucesso da ressuscitação em casos de parada cardíaca, com recomendações adicionais destinadas a reduzir atrasos particularmente na administração de choques em vítimas com fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. Outros capítulos da diretriz apresentam orientações sobre temas como síndromes coronarianas agudas, qualificação e primeiros socorros. Esta diretriz necessita ser bem-conhecida e divulgada na comunidade, devendo-se coletar dados em todas as regiões do país, sobre a frequência na qual pessoas leigas que presenciam os eventos são capazes de iniciar os primeiros socorros ou as manobras de ressuscitação cardiopulmonar antes da chegada de profissionais da saúde. Não estamos no final do processo evolutivo, o qual começou em 1960. A cadeia de sobrevivência exige a rápida notificação de paradas cardíacas, assistência das pessoas próximas à vítima, desfibrilação precoce, mesmo antes da chegada dos serviços de emergência e de cuidados especializados. Em nenhum país, pode-se afirmar que todos esses requisitos são atendidos de forma satisfatória. Assim como a implementação mais efetiva dos conceitos existentes sobre as melhores práticas, as diretrizes propriamente ditas não permanecerão inalteradas, mas continuarão evoluindo no mesmo passo da evolução da ciência da ressuscitação. O papel da terapia farmacológica vem sendo analisado de perto, porém a ciência básica também apresenta possibilidades interessantes para a área clínica. Pode-se também questionar se o suporte básico de vida administrado pelos membros da comunidade (para quem a simplicidade é um fator-chave) deve ser quase idêntico ao suporte dado pelos profissionais da saúde, que podem fazer maior uso de habilidades adaptadas a diferentes circunstâncias. Douglas Chamberlain 2 Arq Bras Cardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 Diretrizes I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia 1. Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória e Apresentação da Diretriz Esforços no sentido de reunir o conhecimento científico a respeito da PCR (parada cardiorrespiratória) e de estabelecer um padrão e uniformidade para o seu tratamento vêm sendo realizados desde o início dos anos 1960. Com o estabelecimento do ILCOR (Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação), esses esforços foram sistematizados através de uma ampla revisão da literatura científica publicada atinente ao tema, culminando com o primeiro consenso científico internacional, no ano de 2000. Duas revisões deste consenso, em 2005 e em 2010, incorporaram o vasto conhecimento científico que vem se avolumando no decorrer dos últimos anos a respeito do tema, aliás, uma das áreas de grande produção científica mundial dentro da cardiologia. Este consenso científico internacional de 2010, atualizado com algumas novas evidências científicas recolhidas dos últimos dois anos, reflete-se nestas diretrizes de Emergências Cardiovasculares e RCP da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 1.1. Aspectos epidemiológicos da PCR A PCR permanece como um problema mundial de saúde pública. Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionadas à PCR, ainda que não tenhamos a exata dimensão do problema pela falta de estatísticas robustas a este respeito. Os avanços também se estendem à legislação sobre acesso público à desfibrilação e obrigatoriedade de disponibilização de DEAs (desfibriladores externos automáticos), bem como no treinamento em RCP (ressuscitação cardiopulmonar), missão esta em que a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresenta, há muitos anos, uma posição de destaque. Podemos estimar algo ao redor de 200.000 PCRs ao ano, no Brasil, sendo metade dos casos ocorrendo em ambiente hospitalar, e a outra metade em ambientes como residências, shopping centers, aeroportos, estádios, etc. Estima-se que a maioria das PCRs em ambiente extra- hospitalar sejam em decorrências de ritmos como fibrilação ventricular e taquicardia venticular sem pulso, enquanto que, em ambiente hospitalar, a atividade elétrica sem pulso e a assistoloia respondam pela maioria dos casos. Esta diferença deve-se provavelmente a um perfil diverso do paciente internado, em que a PCR é um evento que reflete uma deterioração clínica progressiva, diferentemente do que acontece fora do hospital, em que a maioria das PCRs é súbita e devida, em grande parte, a arritmias decorrentes de quadros isquêmicos agudos ou a problemas elétricos primários. A maior parte das PCRs ocorre em adultos, mas crianças também são afetadas, com atenção para o ambiente hospitalar. O perfil etiológico/epidemiológico da criança é totalmente diferente do adulto, o que se reflete em diferenças importantes no tratamento. 1.2. O sucesso de uma RCP Uma RCP bem-sucedida depende de uma sequência de procedimentos que pode ser sistematizada no conceito de corrente de sobrevivência. Esta corrente de sobrevivência é composta por elos que refletem em ações importantes a serem realizadas, cujos impactos na sobrevivência de uma vítima de PCR são grandes e que não podem ser considerados isoladamente, pois nenhuma destas atitudes sozinha pode reverter a maioria das PCRs. As evidências científicas publicadas recentemente têm apontado para uma necessidade de mudança de foco do estudo de melhorias pontuais de procedimentos isolados para uma visão de melhoria de fluxo, alterando-se toda a sequência de ações da RCP. Ainda que muitas novas evidências científicas tenham sido incorporadas nestas novas diretrizes, a revisão sistemática da literatura apontou para algumas questões que ainda se mostram sem resposta e podem direcionar futuras pesquisas. Os pontos principais de desenvolvimento nos últimos anos podem ser resumidos em: • RCP de qualidade, sobretudo com redução das interrupções das compressões torácicas. O foco da RCP deve ser colocado em compressões torácicas de qualidade, com frequência e profundidade adequadas. O próprio sucesso de uma desfibrilação depende da qualidade das compressões torácicas realizadas. • Fatores que influenciam a performance do socorrista. Uma simplificação de procedimentos, principalmente voltada para o socorrista leigo, pode proporcionar uma maior aderência a possíveis tentativas de ressuscitação de sucesso. O melhor entendimento de eventuais barreiras para a realização de uma RCP podem gerar ações que aumentem as taxas de RCP, sobretudo no ambiente extra-hospitalar. • Registros hospitalares de RCP. Informações sobre epidemiologia e desfechos da RCP têm contribuído com informações valiosas para um maior sucesso das tentativas de ressuscitação. • Evidências insuficientes sobre drogas e dispositivos no suporte avançado de vida. Existe uma falsa impressão de que existam evidências científicas fortes sobre drogas e dispositivos para o tratamento da PCR. Infelizmente, as dificuldades de pesquisas em seres humanos, nesta área, fazem com que as evidências venham, em sua maioria,
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