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1 Astrofísica Observacional Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica Julho de 2009 Francisco Jablonski chico@das.inpe.br mailto:chico@das.inpe.br 2 Astrofísica Observacional O espectro eletromagnético Os efeitos da atmosfera terrestre Telescópios e detectores 3 O espectro eletromagnético O que tem Hamlet a ver com este curso, e com espectro eletromagnético? Newton, 1671 4 O que entendemos por “espectro”? 0 100 200 300 400 500 600 si 3 la 3 do 3 In te ns id ad e Freqüência (Hertz) • Exemplo: Espectro acústico • Intensidade x freqüencia • Piano: 262, 294, 330, 349 , 392, 440 e 494 Hz • Origem: ondas de pressão 5 Freqüência x comprimento de onda 0 100 200 300 400 500 600 do 4 la 3 do 3 In te ns id ad e Freqüência (Hertz) 11 )2622sen()( Cttf 22 )4402sen(2)( Cttf 33 )5242sen()( Cttf sc 0,000 0,005 0,010 do4 la3 do3 In te ns id ad e Tempo (s) Exercício: Quanto vale para uma onda acústica com freqüência igual ao la3 ? Resposta: = 340/440 = 0,77 m 6 Dois exemplos de espectros acústicos em Astrofísica Oscilações acústicas no Sol… … e em Centauri 7 Outro tipo de espectro 88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 In te ns id ad e, e ne rg ia Freqüência (MHz) • Na região das FM (88-108 MHz) • Intensidade x freqüencia • Ondas eletromagnéticas • Emissão discreta • Fenômenos físicos distintos em diferentes partes do espectro eletromagnético!!! Partículas Ondas 8 O espectro eletromagnético! • Lembrar: c hE • “O” espectro eletromagnético • “Um” espectro específico 9 O que é a luz A luz visível é parte do espectro eletromagnético A luz visível pode ser separada em cores distintas, com o uso de um prisma As cores são caracterizadas pelo seu comprimento de onda 10 Espectro de um objeto muito quente (6000 graus) 0.7 m0.4 m 0.5 m 1 milímetro = 0,001 metro 1 mm = 0,001 m 1 mícron = 0,001 milímetro 1 m = 0,001 mm 11 O infravermelho Frederick William Herschell (1800) Uma experiência simples 12 Uma versão moderna, caseira 13 Como vemos o espectro de gases excitados 656.3 nm486.1 nm 14 Continuação… 15 O espectro de lâmpadas fluorescentes • Luz visível (lâmpadas fluorescentes) • Unidades: 0,55 m = 550 nm = 5500 Å • Emissão discreta + contínua Linha espectral (www.intl-light.com/handbook/) 16 O espectro do céu nublado e do céu azul 17 Outra visualização do EEM 18 Espectro de corpo negro 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 T=3000 K T=6000 K T=10000 K In te ns id ad e Comprimento de onda (m) 1 12)( 5 2 kT hc e hcTB m2898max T • Lei de Planck (forma da curva) • Lei de Wien ( máximo) • Lei de Stefan-Boltzmann (área) 4TF 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 T=3000 K T=6000 K T=10000 K Lo g 1 0 ( In te ns id ad e) Comprimento de onda (m) 19 Os espectros do Sol e da Terra In te ns id ad e Comprimento de onda (µm) 20 Uma anã marron e um exoplaneta 21 Anãs marrons 22 23 Espectro: contínuo, emissão, absorção • A aproximação de corpo negro é boa para o espectro contínuo de muitas estrelas • Linhas de emissão indicam a presença de gás tênue excitado e/ou ionizado • Linhas de absorção indicam a presença de gás mais frio entre a região emissora e o observador • Linhas de emissão ou absorção podem ser utilizadas para determinar a velocidade radial da fonte! c v 0 0 Rotação Período orbital Redshift 24 Velocidade radial de um sistema binário 25 Classificação espectral (estrelas) • Diferentes elementos químicos apresentam diferentes intensidades de linhas de absorção, conforme a temperatura da atmosfera. • A classificação espectral numa sequência de temperaturas é denotada pelas letras O,B,A,F,G,K,M • A classificação numa sequência de gravidades superficiais é denotada por algarismos romanos. Ia Supergigantes mais luminosas Ib Supergigantes menos luminosas II Gigantes luminosas III Gigantes normais IV Subgigantes V Anãs (da seqüência principal) • O Sol é uma estrela tipo G2 V Aldebaran é uma K5 III 26 Um espectro na faixa rádio • Eixo X: Como v/c o eixo X pode ser expresso em termos de velocidade: v = c x (-244.94)/244.94 • Eixo Y: lembrar que na lei de Planck, para max B T Molécula do CS 27 Outras regiões do EEM • Ultravioleta extremo • Raios X 28 Em altas energias (raios ) • Note o eixo X mostrado em termos de energia (Eh) Energia (keV) In te ns id ad e Surto de raios gama (gamma ray burst) • Composição do solo lunar a partir de espectroscopia de raios gama 29 O espectro de ondas gravitacionais 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Lo g 1 0 ( In te ns id ad e) Freqüência (kHz) • OG são previstas pela teoria da relatividade geral, mas não foram observadas diretamente ainda • Massas aceleradas produzem OG de modo parcialmente análogo a cargas aceleradas produzirem ondas eletro- magnéticas • Previsões: Contínuo de fundo Sinais periódicos (pulsares) Transientes 30 O Sol ao longo do espectro eletromagnético 171 nm 195 nm 284 nm 304 nm Raios X 393.4 nm Visível 1083 nm 31 O Sol… 32 33 A nossa galáxia em rádio (408 MHz 34 1.42 GHz (rádio) 35 No visível 36 No infravermelho próximo (2MASS, 1-2.5 m) 37 No infravermelho distante (60, 100 e 240 m) 38 As vizinhanças do centro galáctico 39 Posições IV e em raios-X Em azul: IV (2MASS) Em vermelho: raios-X 40 A transparência do Universo 41 A poeira no meio interestelar • Carbono, Silício e Oxigênio • 0.005 a 1 m de tamanho •Absorve a radiação eletromagnética •Produz polarização •Produz halos em torno de fontes pontuais 42 Centaurus A NGC5128 43 A Nebulosa de Órion em duas regiões espectrais distintas • CamIV – LNA (1-2 m) 44 Nebulosa de Órion… Objeto BN 1,25 m 1,65 m 2,15 m 45 Júpiter visível e invisível 46 Criaturas ao longo do espectro eletromagnético… 47 sc c hE 1 12)( 5 2 kT hc e hcTB 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 T=3000 K T=6000 K T=10000 K In te ns id ad e Comprimento de onda (m) m2898max T 4TF 48 Efeitos de diluição da radiação eletromagnética • Mesmo fora da atmosfera terrestre, fontes pontuais isotrópicas produzem efeitos progressivamente menores à maiores distâncias • Se uma quantidade de energia se propaga sob forma de frente de onda num meio bidimensional, a energia transportada cai proporcionalmente a 1/r • Num meio tridimensional, a energia disponível (neste caso, por unidade de área) na frente de onda, cai com 1/r2 • Na nossa atividade prática, vamos verificar experimentalmente a “lei do inverso do quadrado da distância”, para a energia radiante 49 Efeitos da atmosfera terrestre sobre a radiação eletromagnética • Absorção • Espalhamento • Refração (só muda direção) - Sistemas adaptativos! Telescópios Gemini & SOAR • Dependem de 50 Extinção pela atmosfera • Espalhamento • Rayleigh (o céu azul) • Mie (névoa seca) • Não seletivo • Absorção • Contínua • H2 0 • CO2 • O3 1 0 constPorque a água do mar é azul-esverdeada? Porque as nuvens são brancas/cinza? 51 A transmissão da atmosfera Opaca Opaca Opaca Janela do visível Janela rádio Comprimento de onda Tr an sp ar ên ci a 52 Detetores e Telescópios • Um detetor de ondas acústicas • Como funciona? • Porque dois detetores? • A sensibilidade • Analogia com detetores de OG 53Detetores de radiação eletromagnética • Na faixa rádio: detetar significa medir a amplitude e fase (às vezes) das ondas eletromagnéticas (métodos coerentes) • Para energias mais altas (do infravermelho aos raios gama): métodos incoerentes. Mudança de propriedades nos materiais, em geral relacionadas com efeitos sobre os elétrons e seus níveis de energia 54 Exemplo prático Arranjo HAWAII 1024 x 1024 pixels Sensível no IV próximo 500 1000 1500 2000 2500 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 HAWAII CCD Olho humano R es po st a (nm) 55 Telescópios, para quê, mesmo? 1) Determinar a direção da qual provém a informação 2) Captar a maior quantidade possível de informação 56 Telescópios: o básico • Refratores • Refletores Cromatismo Deformações 57 Refletores… • Newton 1668 58 Foco Cassegrain Foco fixo (Coudé) 59 Refletores em raios X 60 Na região rádio 61 Efeitos sobre a trajetória da radiação eletromagnética • Cintilação atmosférica • Métodos adaptativos!!! (Telescópios Gemini e & SOAR) 62 Telescópios órbita x solo Imagem limitada pela: optica X atmosfera 63 Óptica Adaptativa: alisando as ondas luminosas luz do ast ro espelho auxiliar sensor de frente de onda atuadores moldam o espelho terciário onda corrigida imagem nítida 64 Exemplo de Óptica Adaptativa 65 …Óptica adaptativa Netuno Telescópio Keck (10m) Banda H 66 …Óptica adaptativa OA (banda K) --> OA (banda L) --> Voyager Sem OA 67 Júpiter no IV com Gemini 68 A região próxima ao centro galáctico Gentzel et al. (2003) 69 Medidas diretas de órbitas estelares em torno do centro galáctico 70 Massa do objeto central Alexander (2005) 71 Massa do objeto central RS ~ 3 (M/M ) km 8 arcsec @ 8 kpc 72 Telescópios no LNA/CNPq (www.lna.br) 1,6 m 0,6 m 0,6 m 73 Telescópio(s) Gemini • 8 metros de diâmetro • Óptica ativa e adaptativa (imagens melhores que do telescópio espacial, no IV) • Otimizado para o infravermelho www.gemini.edu • 2,5% do capital é brasileiro! 74 Gemini (NS) – 8m 75 Conceito de Cúpula: controle térmico 50% da degradação da imagem vem de dentro da cúpulaAberturas de ventilação para controle térmico 76 Espelho Primário: peça chave do telescópio Diâmetro: 8.1 m capta tanta luz quanto 2.5 milhões de olhos humanos Espessura: 20 cm para troca de calor rápida com o ar Peso: 23 tons Rugosidade: 16nm = /40 16 milionesimos mm 77 Espelho Primário: qualidade da superfície 6 mm6 mm Espelho Primário Ampliando o espelho ao tamanho do Brasil, a rugosidade seria 6 mm 78 Telescópio SOAR • 4,1 m de diâmetro • 50% do capital brasileiro!!! • 100 noites para nós por ano • 17/04/2004 • Participação INPE 79 Telescópio SOAR 80 Telescópio SOAR 81 SOAR: sistema de apoio do M1 82 Telescópio SOAR 83 Considerações importantes: • O tamanho das imagens produzidas por um telescópio é proporcional a D • A “concentração” de energia é proporcional a 1/D2 • A capacidade coletora é proporcional a D2 Consequências: -Grandes aberturas (Gemini, Keck, Subaru, VLT) - Métodos de “driblar” os efeitos da atmosfera terrestre (óptica adaptativa, como nos telescópios Gemini e SOAR) 84 Referências on-line http://astro.if.ufrgs.br/ http://www.lna.br http://www.astro.iag.usp.br/ http://zebu.uoregon.edu/spectra.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/forces/isq.html http://xte.mit.edu/ http://apod.nasa.gov/apod/ http://astro.if.ufrgs.br/ http://www.lna.br/ http://zebu.uoregon.edu/spectra.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/forces/isq.html http://xte.mit.edu/ http://apod.nasa.gov/ 85 Medidas da radiação luminosa • Medir o quê? A energia radiante emitida por uma fonte em função da distância • Prá quê? Verificar a “ lei do 1/r2 ” Aprender um pouco sobre medidas experimentais 86 Medidas da radiação luminosa • Como? Circuito integrado TSL235 +5 V 0 V 0 V +5 V 87 Características 88 Astrofísica Observacional Astrofísica Observacional O espectro eletromagnético O que entendemos por “espectro”? Freqüência x comprimento de onda Dois exemplos de espectros acústicos em Astrofísica Outro tipo de espectro O espectro �eletromagnético! O que é a luz Espectro de um objeto�muito quente (6000 graus) O infravermelho Uma versão moderna, caseira Como vemos o espectro de gases excitados Continuação… O espectro de lâmpadas fluorescentes O espectro do céu nublado e do céu azul Outra visualização �do EEM Espectro de corpo negro Os espectros do Sol e da Terra Uma anã marron e um exoplaneta Anãs marrons Slide Number 22 Espectro: contínuo, emissão, absorção Velocidade radial de um sistema binário Classificação espectral (estrelas) Um espectro na faixa rádio Outras regiões do EEM Em altas energias (raios ) O espectro de ondas gravitacionais O Sol ao longo do espectro eletromagnético O Sol… Slide Number 32 A nossa galáxia em rádio (408 MHz 1.42 GHz (rádio) No visível No infravermelho próximo (2MASS, 1-2.5 m) No infravermelho distante (60, 100 e 240 m) As vizinhanças do centro galáctico Posições IV e em raios-X A transparência do Universo A poeira no meio interestelar Centaurus A NGC5128 A Nebulosa de Órion em duas regiões espectrais distintas Nebulosa de Órion… Slide Number 45 Criaturas ao longo do espectro eletromagnético… Slide Number 47 Efeitos de diluição da radiação eletromagnética Efeitos da atmosfera terrestre sobre a radiação eletromagnética Extinção pela atmosfera A transmissão da atmosfera Detetores e Telescópios Detetores de radiação eletromagnética Exemplo prático Telescópios, para quê, mesmo? Telescópios: o básico Refletores… Slide Number 58 Refletores em raios X Na região rádio Efeitos sobre a trajetória da radiação eletromagnética Telescópios órbita x solo Óptica Adaptativa:�alisando as ondas luminosas Exemplo de Óptica Adaptativa …Óptica adaptativa …Óptica adaptativa Júpiter no IV com Gemini A região próxima ao centro galáctico Medidas diretas de órbitas estelares em torno do centro galáctico Massa do objeto central Massa do objeto central Telescópios no LNA/CNPq�(www.lna.br) Telescópio(s) Gemini Gemini (NS) – 8m Conceito de Cúpula:�controle térmico Espelho Primário:�peça chave do telescópio Espelho Primário:�qualidade da superfície Telescópio SOAR Telescópio SOAR Telescópio SOAR SOAR: sistema de apoio do M1 Telescópio SOAR Considerações importantes: Referências on-line Medidas da radiação luminosa Medidas da radiação luminosa Características Slide Number 88
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