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Conversão Eletromecânica de Energia Prof. Eduardo Henrique Diniz Fittipaldi, DSc www.polivirtual.eng.br Capítulo 5 Máquinas Elétricas Rotativas: Aspectos Operacionais www.polivirtual.eng.br 5.1 Introdução polivirtual.eng.br Este capítulo visa mostrar alguns aspectos operacionais das máquinas elétricas rotativas. Máquinas Síncronas: Estator: Enrolamentos de Armadura (corrente alternada) Rotor: Enrolamentos de Campo (corrente contínua) Máquinas de Indução: Estator: Enrolamentos de Armadura (corrente alternada) Rotor: Enrolamentos de Campo (corrente alternada) Máquinas de Corrente Contínua: Estator: Enrolamentos de Campo (corrente contínua) Rotor: Enrolamentos de Armadura (corrente alternada que passa a ser contínua após o comutador) http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br 5.2 Máquinas Síncronas: Aspectos Operacionais http://www.polivirtual.eng.br/ A corrente CC que alimenta os enrolamentos de campo no rotor chegam até eles através do sistema de excitação da máquina. Muitas vezes, utilizam-se baterias na partida dos geradores síncronos que são substituídas por parte da própria tensão gerada pela máquina retificada através de sistemas retificadores a estado sólido. Em máquinas antigas, costumava-se empregar geradores CC acoplados no próprio eixo do gerador síncrono (excitatriz). Para alimentar os motores síncronos, utilizam-se correntes alternadas trifásicas fornecendo energia para a armadura no estator, sendo parte desta excitação trifásica retificada por sistemas externos, sendo levado ao enrolamento no rotor por meio de anéis coletores e escovas de carvão. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Os geradores síncronos fornecem tensões alternadas com uma frequência determinada pela própria velocidade mecânica de rotação da máquina. Dessa forma, diversos geradores síncronos que alimentam o mesmo sistema de potência devem girar numa velocidade tal que produzam a mesma frequência elétrica (todos os geradores giram à velocidade síncrona). Em sistemas de potência com muitos geradores síncronos acoplados, a tensão e a frequência nos terminais de cada gerador são variáveis definidas pelo próprio sistema de potência, sendo portanto consideradas grandezas constantes. Muitas vezes, costuma-se representar o restante do sistema em que um gerador síncrono está conectado como uma fonte com tensão e frequência constantes (barramento infinito). polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br Gerador Síncrono Motor Síncrono http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br PERDA DE SINCRONISMO Gerador acelera, podendo atingir velocidades perigosas http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br PERDA DE SINCRONISMO Gerador acelera, podendo atingir velocidades perigosas PERDA DE SINCRONISMO Motor desacelera, podendo parar e queimar http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Os motores síncronos não têm conjugado de partida. Essas máquinas partem como se fossem motores de indução que, por sua vez, possuem conjugado de partida como será discutido no próximo item. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br 5.3 Máquinas de Indução: Aspectos Operacionais http://www.polivirtual.eng.br/ O rotor de uma máquina de indução polifásica pode ser de dois tipos: •Rotor enrolado ou bobinado: possui enrolamentos polifásicos semelhantes aos enrolamentos da armadura (relativamente incomuns, encontradas em um número limitado de aplicações especializadas). Nestas máquinas, pode-se ter acesso aos enrolamentos de campo do rotor. •Rotor de gaiola de esquilo: constituído de barras condutoras encaixadas em ranhuras de ferro no rotor e curto-circuitadas em cada lado por anéis coletores. É o tipo de motor mais comum utilizado em indústrias. As figuras a seguir mostram um motor de indução em corte e os rotores tipo gaiola de esquilo. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Com os campos do estator e do rotor girando sempre à mesma velocidade, um conjugado eletromagnético estável sempre estará presente nestas máquinas (conjugado assíncrono). O rotor de uma máquina de indução NUNCA pode girar na velocidade síncrona, pois se isso ocorresse, não haveria indução de tensão nos enrolamentos do rotor, fazendo com que não houvesse fluxo do rotor e não haveria conjugado na máquina. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br Faixa de operação normal http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ O conjugado máximo limita a capacidade de sobrecarga de curta duração do motor. Pela faixa de operação normal da máquina, observa-se que o motor de gaiola de esquilo é, essencialmente, um motor de velocidade constante, que varia de uns poucos por cento da condição de vazio (velocidade próxima da síncrona), para a velocidade de plena carga. Para os motores de rotor bobinado, pode ser incluída uma resistência externa para alterar a velocidade do motor para um valor especificado de conjugado. No entanto, essa é uma situação pouco utilizada pelo custo envolvido com esse tipo de máquina. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Os motores síncronos partem como se fossem motores de indução. Eles possuem um conjunto de enrolamentos curtos circuitados utilizados exclusivamente na partida dessas máquinas (enrolamentos amortecedores). Em vazio, ao girar próximo à velocidade síncrona, alimenta-se os enrolamentos de campo principais dessa máquina e ela “entra em sincronismo”, passando a girar na velocidade síncrona. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Os geradores de indução operam com escorregamentos negativos, com as velocidades do rotor ficando acima da velocidade síncrona. O gráfico do conjugado versus a velocidade da máquina para os motores e geradores de indução é apresentado na figura a seguir. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br Motor Gerador 100 120 140 160 180 200 Velocidade Conjugado -50 -100 -150 -200 -250 -300 http://www.polivirtual.eng.br/ As máquinas CC apresentam uma grande versatilidade de uso, devido às diferentes formas de ligação dos enrolamentos de campo, produzindo uma grande variedade de características de tensão x corrente (nos geradores CC) ou de velocidade x conjugado (nos motores CC). Além disso, a velocidade dessas máquinas pode ser facilmente controlada a partir dessas diferentes ligações dos enrolamentos, a serem estudadas mais adiante. Inicialmente serão estudadas as principais características de funcionamento das máquinas CC, ressaltando as quatro maneiras de se ligar os enrolamentos de campo, tanto para os geradores quanto para os motores. Na sequência será estudado o funcionamento do comutador (que é o “retificador mecânico” dessas máquinas). polivirtual.eng.br 5.3 Máquinas de Corrente Contínua: Aspectos Operacionais http://www.polivirtual.eng.br/ A figura abaixo mostra esquematicamente uma máquina CC genérica. polivirtual.eng.br 5.3.1 Funcionamento das Máquinas http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br • http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br • http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.brhttp://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ As grandes vantagens das máquinas de corrente contínua provêm da grande variedade de características operativas que podem ser obtidas quando se escolhe o método de excitação dos enrolamentos de campo. A figura a seguir mostra os vários tipos de ligação que podem ser feitas para levar corrente contínua para os enrolamentos de campo: a) Excitação independente b) Série c) Derivação d) Composto O método de excitação influencia diretamente as características de operação das máquinas. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ • polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br Excitação Independente http://www.polivirtual.eng.br/ As figuras a seguir apresentam as ligações das bobinas que estão nas diversas ranhuras do rotor com as lâminas do comutador e o contato que essas lâminas fazem com as escovas de carvão que são fixas. Os enrolamentos se fecham com o lado que está diametralmente oposto a ele (a bobina de cima se completando com a bobina de baixo na ranhura oposta). As ligações são tais que a corrente nas escovas se dividem em dois caminhos alimentando bobinas diferentes. A partir do restante das ligações, a corrente chega até a outra escova, fechando o circuito. Assim, nas bobinas que estão num determinado lado do rotor, a corrente estará sempre entrando ou sempre saindo. Ou seja, numa determinada bobina, a corrente flui num sentido e depois no outro, dependendo do lado em que ela esteja passando. Do ponto de vista externo à máquina, a corrente entra por uma escova e sai pela outra, estando sempre no mesmo sentido. polivirtual.eng.br 5.3.2 Funcionamento do Comutador http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Nas lâminas que são curto-circuitadas pelas escovas, a corrente passa pela comutação, que é a mudança de sentido da corrente. O ideal é a corrente mudar de sentido através da comutação linear. Afastamentos significativos da condição linear produzem faiscamento nas escovas. A forma de onda da corrente em uma bobina sob comutação linear é apresentada na figura a seguir. Os enrolamentos das máquinas CC em geral são mais complicados dos que os apresentados, existindo mais lâminas, mais bobinas, com mais polos nas máquinas. No entanto, esse enrolamento simplificado mostra bem o funcionamento do comutador dessas máquinas de corrente contínua. polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/ Fim do Capítulo 5 polivirtual.eng.br http://www.polivirtual.eng.br/
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