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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CPP ┗Princípio da Jurisdicionalidade (Nulla Poema, Nulla Culpa sine Iudicio) ┗Decorre da exclusividade do órgão jurisdicional para impor a pena através do (devido) processo penal. Não basta “ter um juiz”, é necessário que seja imparcial, natural e comprometido com a máxima eficácia da própria Constituição. ┗Princípio do juiz natural ┗Trata-se de verdadeira exclusividade do juiz legalmente instituído para exercer a jurisdição, naquele determinado processo, sem que seja possível a criação de juízos ou tribunais de exceção (Art. 5°, XXXVII, CF) ┗Da mesma forma que as normas processuais não podem retroagir para prejudicar o réu, é vedado atribuir poderes especiais para uma competência especifica após ocorrido determinado delito ┗Cada cidadão tem direito de saber, de antemão, a autoridade que irá processá-lo e qual o juiz ou tribunal irá julga-lo, caso pratique uma conduta definida como crime no ordenamento jurídico penal ┗A função do juiz é atuar como garantidor da eficácia do sistema de direitos e garantias fundamentais do acusado no processo penal ┗Princípio da imparcialidade ┗A imparcialidade corresponde a posição de terceiro que o Estado ocupa no processo, por meio do juiz, atuando como órgão além dos interesses das partes. Assume uma posição alheia aos interesses das partes na causa. ┗Princípio da duração razoável do processo ┗A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação (Art. 5° LXVIII) ┗As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa (Art. 4 CPC) ┗Devem-se buscar os melhores resultados possíveis, com a maior economia possível de esforços, despesas e tempo. Esse princípio interliga-se com o da efetividade do processo: afinal, a duração razoável é necessária para que ele seja eficiente. ┗Princípio acusatório ┗O processo penal terá estrutura acusatória, logo, a iniciativa e gestão da prova está nas mãos das partes e deve-se evitar o ativismo judicial (Art. 3-A, CPP) ┗Princípio da presunção da inocência ┗Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (Art. 5°, LVII) ┗Todo réu será considerado inocente até que se prove o contrário ┗Princípio do contraditório e ampla defesa ┗Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes ┗O princípio do contraditório significa que você deve ser informado de todas as alegações e provas apresentadas pela outra parte e ter a chance de responder a elas. Isso garante que ambos os lados tenham igualdade de oportunidades para se expressar e influenciar nas decisões judiciais. Por exemplo, se a outra parte apresentar uma prova contra você, o princípio do contraditório garante que você possa contestar essa prova e apresentar suas próprias evidências em resposta. ┗O princípio da ampla defesa significa que você tem o direito de exercer sua defesa de maneira plena e efetiva. Isso inclui o direito de apresentar argumentos em seu favor, produzir provas que sustentem sua posição, chamar testemunhas que possam depor a seu favor e contar com a assistência de um advogado para orientá-lo e representá-lo durante o processo. A ampla defesa garante que você tenha todas as oportunidades necessárias para se defender de forma adequada e proteger seus direitos. ┗Princípio das decisões judiciais ┗O juiz, ou tribunal, ao proferir suas decisões, deve justificá-las, apresentando as razões pelas quais determinou essa ou aquela medida, proferiu esse ou aquele julgamento. Sem a fundamentação, as partes, os órgãos superiores e a sociedade não conheceriam o porquê de o juiz ter tomado aquela decisão. A fundamentação é indispensável para a fiscalização da atividade judiciária, assegurando-lhe a transparência. Esse controle poderá ser exercido pelos próprios litigantes, pelos órgãos superiores, em caso de recurso, e pela sociedade. ┗Em caso de falta de motivação, qualquer dos litigantes poderá valer-se dos embargos de declaração, solicitando ao juiz que explique os fundamentos de sua decisão. Ou poderá valer-se do recurso adequado para postular a nulidade da decisão. Princípios do proc. penal terça‐feira, 18 de julho de 2023 15:56 Página 1 de Processo penal (Parte geral)
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