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Revisao direito de familia

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REVISÃO 
Direito de Família 
 
Pacto Antenupcial: é um pré-contrato celebrado antes do 
casamento, permitindo que o casal estabeleça o regime de bens 
que irá reger sua união. É uma forma de personalizar as regras 
patrimoniais do casamento, podendo definir, por exemplo, a 
separação total de bens, a comunhão parcial de bens ou a 
participação final nos aquestos. O pacto antenupcial deve ser 
feito por escritura pública e registrado no cartório de registro 
de imóveis. 
 
Pode ser celebrado por menor de 16 e 18 anos? 
- fica condicionado a aprovação de seu representante legal 
 
Tem efeito erga-omnes? 
Sim! Desde que registrado antes! 
 
Regime da Comunhão Universal de Bens: Nesse regime, todos 
os bens passados e futuros são considerados comuns, ou seja, 
pertencem igualmente aos cônjuges. Em caso de dissolução da 
união, os bens serão partilhados de forma igualitária. É 
importante ressaltar que algumas situações, como heranças e 
doações com cláusula de incomunicabilidade, podem ser 
excluídas dessa comunhão. 
 
Bens que não se comunicam? 
1. Doações e heranças com cláusula de incomunicabilidade: 
Se um dos cônjuges receber um bem por doação ou 
herança com cláusula de incomunicabilidade, esse bem 
não será partilhado na comunhão universal de bens. 
 
2. Bens de uso pessoal e profissional: Bens de uso pessoal, como 
roupas, joias, objetos de uso íntimo e instrumentos de trabalho 
necessários ao exercício profissional, não entram na 
comunhão. 
 
3. Bens gravados com cláusula de incomunicabilidade: É 
possível estabelecer uma cláusula de incomunicabilidade em 
bens específicos, desde que seja feito por meio de pacto 
antenupcial. 
 
4. Dívidas anteriores ao casamento: As dívidas contraídas por 
cada cônjuge antes do casamento normalmente não entram na 
comunhão, a menos que sejam relacionadas às necessidades 
comuns do casal ou à administração dos bens comuns. 
 
É importante destacar que, para que os bens sejam excluídos 
da comunhão universal, é necessário que haja uma previsão 
expressa no pacto antenupcial ou em documentos específicos, 
como nas doações e heranças com cláusula de 
incomunicabilidade. 
 
Os frutos dos bens incomunicáveis comunicam se comunicam? 
SIM! De acordo com o artigo 1669 do código civil a 
incomunicabilidade dos bens enumerados não se estende aos 
frutos. 
 
Participação Final nos Aquestos (melhoramentos): No regime 
de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui sua 
própria propriedade, mas ao final da união, os bens adquiridos 
durante o casamento serão divididos de forma proporcional, 
levando em consideração a contribuição de cada um. Esse 
regime busca valorizar a participação econômica de cada 
cônjuge na construção do patrimônio comum. 
 
Separação de Bens: No regime de separação de bens, cada 
cônjuge possui seu próprio patrimônio, sem comunicação 
patrimonial durante a união. Cada um é responsável por suas 
próprias dívidas e obrigações, não havendo divisão de bens em 
caso de separação. É importante destacar que é possível 
estabelecer um pacto antenupcial para definir esse regime. 
 
Obrigação Alimentar: A obrigação alimentar é a 
responsabilidade de uma pessoa prover o sustento de outra, 
seja do cônjuge ou dos filhos, quando não têm condições de se 
sustentar por si mesmos. Essa obrigação é regida pelo princípio 
da solidariedade familiar e tem como objetivo garantir a 
subsistência e o bem-estar dos beneficiários. 
 
Mesmo cumprindo a prisão a dívida persiste 
Cumpre-se a prisão pelo regime fechado 
encontrando-se o devedor empregado regularmente é possível 
pedido de desconto em folha de pagamento. 
a prisão civil é de 1 a 3 meses e permite a justificativa de 3 
dias para pagar ou justificar. 
Pelo rito da prisão são computados às 3 últimas parcelas 
atrasadas e todas as que venceram durante a tramitação do 
processo. 
Pode o credor optar pela execução pelo rito da penhora de 
bens. 
Observação: se a pensão estiver atrasada, para que seja 
executada é necessário que haja um título comprovando a 
fixação do valor da pensão. 
Se o filho já for maior cobra somente os dois últimos anos. 
Seu filho ainda for menor, é possível executar todos os 
atrasados. 
Só paga a partir do momento que for intimado. 
 
 
Cumprimento de Sentença dos Alimentos Pretéritos: É o 
procedimento para cobrar os alimentos devidos e não pagos no 
passado. Após uma decisão judicial favorável, o beneficiário 
pode executar o valor devido, seja por meio de penhora de 
bens, bloqueio de contas bancárias ou outras medidas judiciais. 
 
Referem-se aos alimentos mais atrasados (4º mês em diante) 
 
 
Execução de Alimentos: A execução de alimentos é o processo 
judicial utilizado para obrigar o devedor de alimentos a 
cumprir com suas obrigações. O beneficiário dos alimentos 
pode requerer a execução, e o devedor será citado para pagar o 
valor devido, podendo sofrer medidas coercitivas em caso de 
não cumprimento. 
 
Ação de Execução de Alimentos: É o instrumento jurídico 
utilizado para iniciar o processo de cobrança dos alimentos 
devidos. O beneficiário dos alimentos ingressa com essa ação, 
requerendo judicialmente o cumprimento da obrigação 
alimentar pelo devedor. 
 
Defesa do Devedor de Alimentos: O devedor de alimentos tem o 
direito de se defender no processo de execução, podendo alegar 
impossibilidade de pagamento, mudança nas circunstâncias 
financeiras ou outros motivos relevantes para a redução ou 
extinção da obrigação alimentar. A defesa pode ser 
apresentada por meio de contestação ou embargos à execução. 
 
Conversão da Separação em Divórcio: Quando um casal está 
separado judicialmente, é possível converter essa separação 
em divórcio, para encerrar definitivamente o vínculo 
matrimonial. Essa conversão requer um processo judicial, em 
que é necessário comprovar a separação de fato por 
determinado período. 
 
União Estável: A união estável é uma relação de convivência 
duradoura, pública e com intenção de constituir família, 
estabelecida entre duas pessoas, independentemente de seu 
gênero. Possui direitos e deveres similares ao casamento, 
incluindo questões patrimoniais e alimentares. A união estável 
também pode ser objeto de contrato (contrato de convivência) 
para estabelecer regras específicas para o relacionamento. 
 
1. João e María se divorciaram, porém, não efetuaram a partilha dos bens Pergunta. se: 
caso João e Maria desejem se casar novamente, que regime deverão adotar diante 
da falta de partilha dos bens que amealharam quando eram casados um com o 
outro? Justifique legalmente sua resposta. 
 
R: Caso João e Maria desejem se casar novamente e não tenham realizado a partilha 
dos bens que amealharam durante o casamento anterior, deverão adotar um novo 
regime de bens para o novo casamento. 
 
Isso ocorre porque cada casamento é considerado como um novo negócio jurídico e, 
portanto, pode ser estabelecido um novo regime de bens. Mesmo que o casal tenha 
mantido o mesmo regime de bens no casamento anterior, isso não significa que devam 
adotá-lo novamente no novo casamento. 
 
A escolha do regime de bens é um direito dos cônjuges, devendo ser feita no momento 
do casamento e formalizada em um pacto antenupcial. O artigo 1.639 do Código Civil 
Brasileiro prevê que os nubentes podem escolher livremente o regime de bens que 
lhes aprouver, desde que não seja vedado pela lei. 
 
Dessa forma, caso João e Maria desejem se casar novamente, poderão optar por 
qualquer um dos regimes de bens previstos em lei: comunhão parcial de bens, 
comunhão universal de bens, separação total de bens e participação final nos 
aquestos. 
 
 
2. No Regime de Comunhão Parcial de Bens que patrimônio não se comunica num 
eventual divórcio? Aponte o dispositivo legal que fundamenta sua resposta. 
 
R: O regime de comunhão parcial de bens é o mais comum no Brasil e é adotado 
automaticamente peloscasais que não optam por outro regime de bens no momento 
do casamento. 
 
Nesse regime, todos os bens adquiridos durante o casamento são considerados 
comuns e devem ser partilhados igualmente entre os cônjuges em caso de divórcio. 
Entretanto, há exceções previstas no artigo 1.659 do Código Civil, que menciona os 
bens que não se comunicam no regime de comunhão parcial de bens. 
 
Nesse sentido, não se comunica o patrimônio que cada cônjuge possuía antes do 
casamento, os bens de uso pessoal, os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge 
e as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Dessa forma, em 
caso de divórcio, esses bens não entrarão na partilha a ser realizada entre os cônjuges, 
permanecendo com o seu respectivo proprietário. 
 
 
3. Mesmo no Regime de Comunhão Universal de Bens que patrimônio não se comunica 
num eventual Divórcio? Aponte o dispositivo legal que fundamenta sua resposta. 
R: No regime de comunhão universal de bens, todos os bens presentes e futuros dos cônjuges, 
tanto os adquiridos antes quanto durante o casamento, são considerados como comuns e 
devem ser partilhados igualmente em caso de divórcio. 
Entretanto, há exceções previstas no artigo 1.668 do Código Civil Brasileiro, que menciona os 
bens que não se comunicam no regime de comunhão universal de bens. 
O primeiro bem que não se comunica são os bens que um dos cônjuges possuía antes do 
casamento e que foram excluídos da comunhão por meio de cláusula antenupcial. Isso significa 
que, se o casal optou por excluir determinados bens da comunhão universal de bens no 
momento do casamento, esses bens não serão divididos em caso de divórcio. 
Além disso, os bens de uso pessoal, como roupas, sapatos, objetos de higiene pessoal e outros 
itens que sejam destinados ao uso exclusivo de um dos cônjuges, também não se comunicam 
no regime de comunhão universal de bens. 
Por fim, as doações e as heranças recebidas por um dos cônjuges com cláusula de 
incomunicabilidade também não se comunicam no regime de comunhão universal de bens. 
Essas doações e heranças são consideradas como de propriedade individual do cônjuge que as 
recebeu e não serão divididas em caso de divórcio. 
Importante ressaltar que, mesmo com essas exceções, é possível que os bens de propriedade 
individual de um cônjuge sejam incluídos na partilha caso tenham sido utilizados para 
beneficiar a família. Por exemplo, se o cônjuge utilizou o dinheiro de uma herança para 
comprar um imóvel em nome do casal, esse imóvel pode ser incluído na partilha. 
 
4. Os frutos ou rendimentos exclusivos de bens particulares se comunicam perante o 
outro cônjuge? Justifique legalmente sua resposta. 
R: No regime de comunhão parcial de bens, os frutos ou rendimentos exclusivos de bens 
particulares não se comunicam perante o outro cônjuge. Isso significa que, se um dos cônjuges 
possuir um bem particular, como um imóvel, por exemplo, e receber aluguel referente a esse 
imóvel, esses rendimentos serão considerados como de propriedade exclusiva do cônjuge 
proprietário do bem e não serão divididos em caso de divórcio. 
Essa disposição está prevista no artigo 1.659, inciso I, do Código Civil Brasileiro, que determina 
que são excluídos da comunhão os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe 
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu 
lugar. 
Dessa forma, os frutos e rendimentos obtidos a partir desses bens particulares são 
considerados como bens sub-rogados em seu lugar e, portanto, também são excluídos da 
comunhão. 
Cabe ressaltar, no entanto, que caso o cônjuge proprietário de um bem particular utilize os 
frutos ou rendimentos desse bem para beneficiar a família, como por exemplo, pagar as 
despesas da casa, esses valores podem ser considerados como bens comuns e, portanto, serão 
incluídos na partilha em caso de divórcio. 
 
 
5. Guarda Compartilhada e Guarda Alternada são a mesma coisa? Justifique sua 
resposta 
R: Não, guarda compartilhada e guarda alternada não são a mesma coisa. 
A guarda compartilhada é um tipo de guarda em que os pais continuam a exercer 
conjuntamente a responsabilidade sobre os filhos, mesmo após o divórcio ou a dissolução da 
união estável. Nesse modelo de guarda, os pais dividem igualmente o tempo de convivência 
com os filhos e as decisões relativas à educação, saúde e bem-estar da criança são tomadas em 
conjunto. 
Já a guarda alternada é um tipo de guarda em que os filhos alternam sua residência com cada 
um dos pais em períodos previamente estabelecidos. Nesse modelo, a criança mora em um 
período com um dos pais e no outro período com o outro. 
Assim, enquanto na guarda compartilhada os pais mantêm uma responsabilidade conjunta 
sobre a educação dos filhos e o tempo de convivência é dividido igualmente, na guarda 
alternada os filhos residem em períodos alternados com cada um dos pais, e a 
responsabilidade pela educação pode ser exercida individualmente por cada genitor durante o 
período em que a criança estiver sob sua guarda. 
 
 
6. Na execução de alimentos, quem é o Alimentando e quem é o Alimentante? 
R: Na execução de alimentos, o alimentando é a pessoa que tem o direito de receber os 
alimentos, ou seja, é o beneficiário da pensão alimentícia. Geralmente, o alimentando é o filho 
menor de idade, mas também pode ser o ex-cônjuge, o companheiro ou até mesmo os pais, 
em alguns casos específicos. 
Já o alimentante é a pessoa que é obrigada a pagar os alimentos, ou seja, é aquele que deve 
prover financeiramente o sustento do alimentando. O alimentante pode ser o pai, a mãe ou 
qualquer outra pessoa que tenha a obrigação legal de prestar alimentos, como o ex-cônjuge ou 
o companheiro que não tem a guarda dos filhos, por exemplo. 
A obrigação alimentar é estabelecida judicialmente, e o valor a ser pago é definido levando em 
consideração as necessidades do alimentando e as possibilidades financeiras do alimentante. 
Em caso de descumprimento da obrigação de pagar os alimentos, o alimentando pode entrar 
com uma ação de execução de alimentos para cobrar os valores devidos, incluindo as parcelas 
atrasadas e as que ainda vão vencer. 
 
 
 
7. Quais são os ritos cabíveis para o Cumprimento de Sentença de Débito Alimentar. 
Explique-os. 
R: O cumprimento de sentença de débito alimentar possui ritos próprios, que estão previstos 
nos artigos 528 a 533 do Código de Processo Civil. São eles: 
1. Requerimento: o credor (alimentando) deverá apresentar um requerimento para iniciar o 
cumprimento de sentença, indicando o valor atualizado do débito e requerendo a intimação do 
devedor (alimentante) para pagar a dívida em três dias ou apresentar uma justificativa para o 
descumprimento da obrigação alimentar. 
2. Intimação: após o requerimento, o juiz determinará a intimação do devedor para pagar a 
dívida em três dias, sob pena de multa de até 10% do valor do débito. 
3. Penhora: caso o devedor não efetue o pagamento ou não apresente justificativa para o 
descumprimento da obrigação alimentar, o juiz determinará a penhora de bens suficientes para 
quitar a dívida, seguindo as regras gerais de penhora previstas no Código de Processo Civil. 
4. Prioridade: em qualquer fase do cumprimento de sentença de débito alimentar, será dada 
prioridade aos procedimentos que envolvam a cobrança de alimentos, com preferência na 
ordem de pagamento em relação a outras dívidas do devedor. 
5. Prisão Civil: em último caso, se a penhora de bens não for suficiente para quitar a dívida e o 
devedor continuar descumprindo a obrigação alimentar, o juiz poderá decretar a prisão civil do 
devedor por até 90 dias. 
É importante ressaltar que a prisão civil é uma medida extrema e deve ser aplicada somente 
em casos de comprovada impossibilidade do devedor em quitar a dívida alimentar, e desde 
que a medida seja efetiva para o cumprimento da obrigação. Além disso, a prisãocivil não é 
uma punição pelo não pagamento da dívida, mas sim uma medida coercitiva para garantir o 
cumprimento da obrigação alimentar. 
 
 
8. Estando o Alimentante em atraso com a pensão há 10 anos e contando o 
alimentando com 19 anos, pode este executar os 10 anos de atraso? Justifique 
legalmente sua resposta. 
 
R: quando maior só é possível buscar os dois últimos anos, a prescrição só não ocorre 
para incapaz. 
 
 
 
9. Defina o parentesco natural, parentesco civil, parentesco por afinidade e parentesco 
por afetividade 
 
R: O parentesco é a relação de consanguinidade, afinidade ou socioafetividade que une 
duas ou mais pessoas. Existem quatro tipos de parentesco: o parentesco natural, o 
parentesco civil, o parentesco por afinidade e o parentesco por afetividade. 
 
O parentesco natural é aquele que se estabelece entre pessoas que têm vínculo 
sanguíneo, ou seja, que são descendentes umas das outras ou que têm um ancestral 
em comum. Exemplos de parentesco natural são a relação entre pais e filhos, entre 
irmãos e entre avós e netos. 
 
Já o parentesco civil é estabelecido por meio de adoção ou por determinação da lei. Ele 
se dá quando uma pessoa assume o papel de pai ou mãe de outra, mesmo sem ter 
vínculo sanguíneo. Exemplos de parentesco civil são a relação entre pais e filhos 
adotivos, entre padrastos ou madrastas e enteados e entre tutores ou curadores e 
tutelados ou curatelados. 
 
O parentesco por afinidade é aquele que se estabelece por meio do casamento ou 
união estável. Ele se dá entre uma pessoa e os parentes de seu cônjuge ou 
companheiro(a). Exemplos de parentesco por afinidade são a relação entre sogros e 
genros ou noras, entre cunhados e entre padrinhos e afilhados. 
 
Por fim, o parentesco por afetividade é aquele que se estabelece entre pessoas que 
não têm vínculo sanguíneo, civil ou por afinidade, mas que possuem uma relação de 
afeto e convivência. Exemplos de parentesco por afetividade são a relação entre pais 
ou mães adotivos e seus filhos adotivos, entre avós e netos afetivos, entre padrinhos 
ou madrinhas e seus afilhados afetivos e entre tios e sobrinhos afetivos.

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