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Educação e Ideologia

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Trabalho de Metodologia do Ensino de História. – 6° período.
Prof. Humberto.
Textos para análise.
Texto I.
“(...). Assim, quando dizemos que a educação ficará ao serviço da Nação, queremos significar que ela, longe de ser neutra, deve tomar partido, ou melhor, deve adotar uma filosofia e seguir uma tábua de valores, deve reger-se pelo sistema das diretrizes morais, politicas e econômicas, que formam a base ideológica da Nação, e que, por isso, estão sob a guarda ou a defesa do Estado”. (CAPANEMA, Gustavo, apud, Mariete S. A educação brasileira e o Estado Novo, p.25).
1- Qual o papel atribuído à educação?
Texto II.
“A escola é hoje, como deveria ter sido sempre, a miniatura da Pátria;é o seu próprio resumo. Deve ter a austeridade e a doçura de um templo. Nela, oficia o sacerdote, ministrando através de cada aula a oração que purifica, educa, aperfeiçoa e forma o cidadão. (...). A educação objetiva antes de tudo a Pátria para alcançar a vida que tem expressão social dentro dela. (...). A educação nacionalista (...) é hoje o primeiro dever e o desígnio supremo de todos os que como educadores e mestres, se entregam à obra evangélica de iluminar, semear, povoar e enriquecer a alma jovem e ardente do Brasil, generosa e grande, bela e opulenta como o seu próprio território. Diante de uma e de outro, antes do professor está o patriota, o soldado de sua bandeira, o operário de sua unidade, o pregoeiro de seu destino, o paladino de sua honra, o garimpeiro de sua história, o sacerdote de sua imortalidade.
Da palavra que proferimos desça à juventude a hóstia que consagra ao Brasil nossa fidelidade e nosso amor. E, se cumpra o seu culto com a devoção dos que creem na sua grandeza e querem sua felicidade” (LOBO, Cel Aylton. O que o Estado Nacional espera do professor. In: Ciencia Política, mr, 1941, p.42 e 49).
2- Quais aspectos ideológicos são ressaltados neste texto e, que definem a educação e o educador?
Texto III.
“TEJUCUPAPO.
Os holandeses não tinham escolha. A ilha de Itamaracá, o precioso celeiro de suas tropas, estavam praticamente esgotados. Os pernambucanos, valentemente, iam fechando o cerco em torno de Recife. Só restava então uma saída para os holandeses: invadir, pelo porto de Tejucupapo, o município de Goiana, abundante em frutas, legumes e mandioca.
Sem armas e sem soldados, a população percebeu que estava dolorosamente encurralada, quando 500 holandeses e mais 200 índios chefiados por Lichtart desembarcaram em Tejucupapo. As possibilidades de socorro eram nenhuma, uma vez que era impossível o deslocamento, a tempo, da tropa brasileira que se encontrava em Igarassu. Foi então, que aconteceu um dos episódios mais brilhantes de heroísmo e bravura do povo brasileiro. O major de milícias Agostinho Nunes, com seu companheiro Mateus Fernandes, comandaram a resistência. O segundo foi com trinta homens na frente, tentar com valentia retardar o avanço holandês. O primeiro reuniu as mulheres e as crianças num reduto de pau-a-pique e distribuiu entre elas e os setenta homens restantes, as únicas armas disponíveis: algumas espingardas, foices, porretes, etc....
Chorando e cantando, mulheres e crianças ouviram os machados holandeses abrindo caminho em direção ao reduto brasileiro, até que aconteceu: Os primeiros holandeses a entrarem no cercado, foram surpreendidos pela fúria dos pernambucanos e um punhado de bravas mulheres a lhes jogar nos olhos, água com pimenta malagueta; a lhes cortar os pescoços a golpes de foice; a lhes esfolar os corpos com unhadas, tapas e pontapés. Atônitos, os holandeses numericamente muito superiores, começaram a duvidar da possibilidade de êxito, quando o golpe final veio pela retaguarda, através de Mateus Fernandes e os homens que tinham ido na frente. Pensando tratar-se de tropa brasileira que vinha em socorro, os holandeses bateram em retirada, enquanto o cercado de pau-a-pique ecoou um grito de vitória, orgulho e alegria. Era a comemoração da façanha desesperada que só se deteve num minuto de silencio de dor, quando todos perceberam que o maior de seus bravos, o major Agostinho Nunes, estava morto.
Hoje, Tejucupapo, é capitulo glorioso da história de seu povo. O povo de Pernambuco” (Texto extraído de livro didático).
3- Analise o documento histórico acima, situando-o historicamente, os objetivos específicos almejados por dada disciplina escolar e implicações para a formação dos alunos.
Texto IV.
1) Coloque X na correta:
a) Portugal, nos primeiros 30 anos de nossa história, preocupou-se em aplicar seus capitais:
( ) no Brasil ( ) nas Indias.
b) Nesta época o produto explorado no Brasil era:
( ) o pau-brasil ( ) a cana-de-açúcar
2) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
1) Gonçalo Coelho ( ) 2° nome do Brasil.
2) Cristovão Jacques ( ) fundou a feitoria de Cabo Frio.
3) Terra de Santa Cruz ( ) Comandante da 2° expedição exploradora
4) Américo Vespúcio ( ) comandante das expedições guarda costas
(Exercício extraído de livro didático).
4- O exercício acima é um exemplo claro de dada concepção de historia e de dada metodologia de ensino-aprendizagem da disciplina. Explique-a ressaltando seus pontos negativos.
Texto V.
“O trafico, que infesta de negros o Brasil, impedia, por isso mesmo, a imigração de gente branca, livre, inteligente, tão necessária ao nosso aperfeiçoamento e depuração. O trabalho livre e pronto, com o incentivo do salario, rende duas a três vezes mais, que o defeitioso e demorado do escravo: as consequências morais de um e de outro, nem se podem honestamente comparar (...).
O cruzamento entre brancos e pretos infestou o Brasil de inúmeros mulatos, sub-raça que participa do caráter de uma e outra, com alguns defeitos aumentados, devido ao clima, a má educação e, principalmente, à indisciplina social. (...).
Haja liberdade de comunicações, de comercio, de industrias: é o que reclamam um pais agrícola, distante dos mercados, distante de simesmo, tão apartados são os núcleos disseminados da sua população. As nossas riqueas tão faladas, quase em ser, sejam exploradas, pois da riqueza virá o progresso, conforto e civilização. (...).
A fusão lenta das misturas mal feitas ainda, a seleção reiterada da cultura, a disciplina forçada da vida social, farão dessa massa um povo forte, são e feliz? O esboço de hoje dará um povo voluntarioso, sentimental, inteligente, digno da terra e do tempo em que viver?” ( PEIXOTO, Afranio; Minha terra e minha gente – manual dedicado ao ensino primário).
5- Quais os aspectos ideológicos do ensino da disciplina encontramos acima e com os quais o aluno deveria se identificar?

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