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Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
1 
QUADRO SINÓTICO 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
 
1. Competência Tributária 
 
• Função da constituição em matéria tributária: i) estabelecer os 
princípios constitucionais tributários; ii) as imunidades 
tributárias; iii) núcleo definidor dos elementos da regra matriz 
de incidência. 
 
• A Constituição não cria tributos. É o ente político (União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios), que tem o poder de 
exercer a competência tributária para editar as leis ordinárias 
criadoras ou majoradora dos tributos. 
 
• Competência para instituição de tributos: Arts. 153 a 156 da CF, 
além das Taxas e Contribuições de Melhoria: Art. 145 da CF e 
Contribuições do Art. 149 da CF. 
 
• A exceção a essa regra diz respeito a possibilidade da Lei 
Complementar criar empréstimos compulsórios (art. 148, da 
CF); o imposto de competência residual (art. 154, I), além das 
outras contribuições sociais (§ 4º do art. 195) e, por último, o 
imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VIII). 
 
1.1. Diferença entre Competência Tributária e Capacidade Tributária 
Ativa. 
 
• Nomenclatura corrente utilizada na doutrina para identificar que o 
órgão público que realiza a cobrança ou a fiscalização dos 
tributos é entidade diversa do sujeito ativo competente 
determinado pela Constituição e pela Lei (União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios), utilizando os recursos 
para o custeio de atividades próprias. 
 
• A doutrina considera tal circunstância como a transferência da 
capacidade tributária ativa, pelo qual a pessoa política, por meio de 
lei, atribui à terceira pessoa, a função de arrecadação e fiscalização 
dos tributos com a perspectiva da disponibilidade do tributo 
arrecadado. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
2 
• Estas pessoas só poderão sê-las as Pessoas Jurídicas de Direito 
Público (Ex: Autarquias/Fundações Públicas) ou entidades 
jurídicas de direito privado perseguidoras de finalidade públicas 
(Ex: Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais: art. 149, 
da CF, na cobrança pelos órgãos de classe das profissões 
regulamentadas em Lei da respectiva contribuição no interesse de 
categorias profissionais (OAB, CREA, CRM). 
 
1.2. Competência tributária: Classificação 
 
• Descriminação das competências dos entes políticos. Competência 
cumulativa: art. 147 da c.c. o art. 155 da CF. 
 
Art. 147. Competem à União, em Território 
Federal, os impostos estaduais e, se o 
Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao 
Distrito Federal cabem os impostos 
municipais. 
 
• Competência Privativa: 
 
União Federal: Impostos: Art. 153. Empréstimo Compulsório: Art. 148. 
Contribuições do Art. 149. 
 
Estado-membro e Distrito Federal: Impostos: Art. 155. Contribuições Sociais 
do Sistema Previdenciário dos Estados, Distrito Federal: §1º, do Art. 149. 
 
Municípios e Distrito Federal: Impostos: Art. 156. Contribuições Sociais do 
Sistema Previdenciário dos Municípios, Distrito Federal: §1º, do Art. 149. 
COSIP: Art. 149-A. 
 
OBS: Empréstimo Compulsório é tributo. Superação da Súmula 418 do 
STF. 
 
 
• Competência Comum: Taxas e Contribuição de Melhoria: Art. 
145 
 
• Competência Residual: art. 154, I e § 4 do art. 195. Cuidado com 
a interpretação do STF em que fixou a impossibilidade de criação 
de contribuições novas, desde que não tenham fato gerador e base 
de cálculo idênticas de contribuições sociais já existentes. Ou seja, 
é possível a criação de contribuições sociais novas que possuam 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
3 
fato gerador e base de cálculo idênticos a impostos (RE 228.321/RS 
– Pleno – Min. Carlos Velloso) 
 
• Competência Extraordinária: art. 154, II. Imposto Extraordinário 
de Guerra 
 
1.3. Competência Tributária: Características 
 
• Privativa: Significa a competência para instituição 
de tributos dos entes federativos para dispor da 
regra-matriz de incidência dos tributos e de sua 
cobrança. Impossibilidade de usurpação de 
competências tributárias pelos entes federativos. 
 
OBS (1): Tratados Internacionais celebrados pela União. Possibilidade. 
Manifestação do Estado-Nação. Convivência pacífica das normas do Tratado ou 
Convenção com as de normas jurídicas internas. Prevalência do Tratado com a 
adoção do Princípio da especialidade. 
 
 
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais 
revogam ou modificam a legislação tributária interna, 
e serão observados pela que lhes sobrevenha. 
 
Este artigo apresenta os tratados e convenções internacionais, como atos 
normativos primários, desde que ratificados por Decreto Legislativo. 
 
Tratado e Convenção Internacional no qual o Estado Brasileiro deve ser 
signatário, que reformam ou modificam a legislação tributária, somente produz 
efeitos jurídicos, com força de lei ordinária, por meio de Decreto Legislativo. 
 
Em que pese a Emenda constitucional 45/2004 ter provocado alteração na CF no 
que tange ao artigo 5º, Inciso LXXVIII, §3º, passando este a regular a eficácia 
do processo legislativo desses tratados e convenções quando dispõe de matéria 
relativa a direitos humanos, em matéria tributária os tratados e convenções 
Internacionais são ratificados por meio de Decreto Legislativo, vigorando então 
com força de Lei Ordinária, na conformidade do art. 98 do CTN. 
 
Portanto, pela interpretação do STF (ADIn 1.480/DF-2001), no caso de uma lei 
tributária interna já existente for incompatível com a norma prevista em tratado 
ou convenção internacional, prevalece este último, por força do princípio da 
especialidade, não existindo hierarquia entre eles, permanecendo em vigor a lei 
tributária interna existente naquilo que for compatível. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
4 
Porém, pela mesma interpretação constitucional do STF (ADIn 1.480/DF-2001), 
caso uma lei interna tributária superveniente seja incompatível com o tratado ou 
convenção internacional, aquela não será nula, ilegítima ou inaplicável, devendo 
ter validade e ser eficaz, trazendo por consequência a denúncia do diploma 
internacional, ficando o Brasil sujeita as sanções previstas no tratado ou 
convenção. 
 
CUIDADO: Decreto Legislativo. A sua função é introduzir no ordenamento 
jurídico brasileiro os convênios internacionais e no âmbito tributário é ratificar 
os convênios entre os entes políticos (Estados, Municípios). Caráter de Lei 
Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 62 da CF. 
 
• Competência Indelegável: impossibilidade de 
transferência do poder de legislar dos entes 
federativos em matéria tributária, inclusive, nem 
mesmo delegar essas funções ao poder executivo. 
 
• Competência Incaducável: o poder de legislar dos 
entes federativos sobre a competência tributária 
atribuída pela Constituição Federal não se perde 
pelo transcurso do tempo. 
 
• Competência Irrenunciável: o poder de legislar dos 
entes federativos em razão da competência 
tributária atribuída pela CF de 88 não pode ser 
renunciada, como se fosse um bem jurídico 
livremente disponível. 
 
• Competência Inalterável: a competência tributária é 
matéria reservada da Constituição só podendo ser 
alterada por meio de Emenda à Constituição. Ou 
seja, todos os termos e limites jurídicos 
determinados na Carta Magna ao exercício da 
competência tributária não poderá ser alterado por 
normas infraconstitucionais. 
 
• Competência Facultativa: os entes federativos não 
são obrigados a legislar sobre a matéria tributária 
atribuída pela competência designada na 
Constituição de 88. Ou seja, nenhum Estado-
membro ou Município está obrigado ao exercício da 
criação e cobrança dos tributos. Como exemplo 
disso, temos até hoje a previsão do imposto sobre 
grandes fortunas na Carta Magna, mas a União não 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
5 
exerceu a sua competência para criá-lo. Caso 
idêntico é a previsãoda competência tributária aos 
Estados e Municípios para criarem o sistema 
próprio de arrecadação do tributo necessário ao 
custeio de previdência dos respectivos funcionários 
públicos, que na grande maioria não foram ainda 
instituídos. 
 
OBS (2): CUIDADO. O art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 
101/2001), que dispõe ser requisito essencial da responsabilidade na 
gestão fiscal dos entes políticos a efetiva arrecadação de todos os tributos, 
não altera a característica de facultatividade do exercício da competência 
tributária, eis que trata-se de sanção jurídica ao ente que deixar de exercer 
a plena cobrança de tributos que recebe por competência da CF de 88. 
 
• Bitributação é a pretensão de mais de um ente 
político para tributar duas vezes o mesmo fato 
imponível (comportamento do sujeito de direito). 
Essa possibilidade se verifica com a criação do 
Imposto Extraordinário de Guerra pela União poder 
se valer da hipótese de incidência dos impostos de 
competência dos outros entes políticos. Outra 
possibilidade é a incidência de imposto federal de 
importação concomitantemente com os Estados-
membros e Distrito Federal tributarem o ICMS na 
importações de mercadorias e serviços. 
 
• Bis in Idem significa a mesma pessoa política 
tributar mais de uma vez o mesmo fato 
imponível. Temos, como exemplo, o acréscimo 
patrimonial que serve de hipótese de incidência ao 
imposto de renda como também da contribuição 
social sobre o lucro líquido. Outro exemplo, o 
imposto federal de importações e o imposto sobre 
produtos industrializados devido na importação de 
produtos, como também a incidência de 
PIS/COFINS incidentes sobre o faturamento. 
 
2. Princípios Constitucionais Tributários 
 
• Princípios constitucionais tributários: conceito e hierarquia no 
sistema jurídico 
 
• Princípio da legalidade: conceito. Art. 150, I da CF 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
6 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que 
o estabeleça; 
 
• Regime jurídico da MP: § 2º do art. 62 da CF 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos 
políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a 
carreira e a garantia de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e 
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 
167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança 
popular ou qualquer outro ativo financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de 
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
 
• MP permissível somente para Impostos. 
CUIDADO: A interpretação do STF, anteriormente 
a Emenda Constitucional 32/2001, consolidou-se no 
sentido de permitir a utilização de medidas 
provisórias para instituição e majoração de 
Contribuições Sociais previstas no Art. 149, da CF, 
respeitando-se, a seu turno, a eficácia temporal 
conforme o prazo de noventa dias da edição da 
medida provisória. ADI-MC 1.417/DF – Pleno – 
Ministro Octavio Gallotti 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
7 
• Considerando o precedente anterior é possível, 
então, que MP possa ser utilizada para instituição de 
taxas e contribuições de melhoria, contudo, 
respeitando-se a eficácia temporal para produzir 
efeitos jurídicos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último dia 
daquele em que foi editada. 
 
OBS (1): Impossibilidade de MP para matérias de competência da Lei 
Complementar: 
 
• Imposto Residual: Art. 154, I, da CF. 
 
• Empréstimo Compulsório: Art. 148, da CF 
 
• Imposto sobre Grandes Fortunas: 153, VII, da CF 
 
• Contribuição Social Nova: 195, §6º, da CF 
 
• Normas Gerais em Direito Tributário: Art. 146 da 
CF 
 
• ICMS: Art. 155, §2º, XII e alíneas da CF 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local 
das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
8 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros 
produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e 
exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, 
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso 
X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na 
importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
 
• ITCMD: Art. 155, §1º, III, da CF 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
III - propriedade de veículos automotores. 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior; 
 
• ISS: Art. 156, III e §3º da CF 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos 
em lei complementar. 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da suaincidência exportações de serviços para o exterior. 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais 
serão concedidos e revogados. 
 
• Contribuição Social: Art. 195, §11º (remissão e 
anistia para débitos em montante fixado em lei 
complementar). Nova redação Emenda 
Constitucional 103, de 2019: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
9 
§11º. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) 
meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições 
sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
OBS (2): Aparente Exceção: mitigação em relação ao regime jurídico das 
alíquotas de determinados tributos, que podem ser majoradas ou minoradas sem 
a necessidade de lei (Decretos do Executivo ou Convênios), mas nos limites e 
em de acordo com as condições estabelecidas em Lei. Segue a previsão 
Constitucional: 
 
• § 1º do art. 153 da CF: Imposto de Importação; 
Impostos de Exportação; IPI e IOF. 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
 
• Impostos dotados de extrafiscalidade, visando a manipulação das 
alíquotas com nítidas intenções de regulação do mercado 
(consumo), da inflação ou em relação aos processos industriais. 
 
• Alteração das alíquotas dos referidos impostos por meio de Decreto 
do Presidente da República. 
 
• Art. 177, § 4º, “b” da CF: 
 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às 
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural 
e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes 
requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o 
disposto no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001). 
 
• Manipulação das alíquotas da CIDE-
Combustíveis por meio de Decreto Presidencial. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
10 
OBS (3): Os Convênios celebrados pelas entidades federativas São acordos 
de cooperação entre duas ou mais pessoas de direito público visando o 
aprimoramento da arrecadação e fiscalização tributárias, na conformidade do 
Art. 199 do CTN, em tudo subordinados a lei tributária. 
 
Os Convênios de ICMS, na previsão do Art. 155, §2º, Inciso XII, “g”, da CF, 
são regulados pela lei complementar, dispondo sobre a forma como, mediante 
deliberação dos Estados e Distrito Federal, as isenções, os incentivos e os 
benefícios fiscais em matéria de ICMS serão concedidos e revogados. 
 
Nesse caso, a Lei Complementar nº 24/75 estipula que o Poder Executivo deverá 
ratificar por Decreto o Convênio de ICMS, firmado pelos Estados, por meio de 
seus Secretários Estaduais, quando assim deliberam sobre aplicação uniforme da 
legislação de ICMS em todo o território nacional. 
 
Nesse sentido, os Convênios de ICMS visam integrar a legislação tributária do 
ICMS em face dessas desonerações tributárias, por meio do Decreto do 
Executivo, valendo como norma interna no âmbito estadual. 
 
Nesse sentido, temos a possibilidade de Convênios de ICMS celebrados entre os 
Estados da Federação definirem as alíquotas incidentes sobre o ICMS: 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
XII - cabe à lei complementar: 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados 
e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o 
seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no 
art. 150, III, b. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
 
 
OBS (4): Atenção para os casos de isenção, extinção e redução dos demais 
tributos, que também obedecem ao princípio da legalidade, conforme previsão 
do §6º, do Art. 150 da Constituição Federal. 
 
§6º. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito 
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só 
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que 
regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art2
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
11 
contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
OBS (5): CUIDADO: Decreto Legislativo. A sua função é introduzir no 
ordenamento jurídico brasileiro os convênios internacionais e no âmbito 
tributário é ratificar os convênios entre os entes políticos (Estados, Municípios). 
Caráter de Lei Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 59, Inciso VI da 
CF. 
 
OBS (6): CUIDADO: As Resoluções. Previsão do Art. 59, Inciso VII, da CF. 
 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
 
É um mecanismo, estabelecido pela Constituição Federal, para dispor sobre 
matéria tributária de competência do Senado federal em matéria de alíquotas de 
determinados impostos. É, então, um ato normativo primário. 
 
Em matéria de ICMS, temos a previsão do Inciso IV, do Art. 155, da CF, que 
determina que resolução do Senado Federal fixarão as alíquotas máximas de 
ICMS. 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
A seu turno Resolução do Senado, deiniciativa do Presidente da República ou 
de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros 
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações de caráter 
interestadual, previsão do Inciso IV, do §2º, do art. 155, da CF. 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um 
terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as 
alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
12 
Ainda, em matéria de ICMS, vamos encontrar a previsão do Art. 155, §2º, Inciso 
V, “a”, da CF, que dispõe de resolução para definir as alíquotas máximas e 
mínimas nas operações e prestações internas, como também, fixar as 
alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico 
que envolva interesse de Estados (Art. 155, §2º, Inciso V, “b”). 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de 
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito 
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da 
maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; 
 
O ITCMD terá sua alíquota máxima fixada pelo Senado Federal por meio de 
resolução. O ITCMD tem a alíquota máxima fixada pela Resolução 9/92, que a 
fixa em 8% (Art. 155, §1º, Inciso IV). 
 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993) 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
Outro exemplo é em relação ao IPVA, o Senado poderá estabelecer por 
resolução alíquotas mínimas para o imposto, na previsão do Inciso I, §6º, do art. 
155, da CF (Projeto Resolução do Senado Federal nº 15/2017). 
 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
• Princípio Constitucional da não-cumulatividade: II, § 3º do 
art. 153, e art. 155, § 2º, I da CF 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores; 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155§2
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155§2
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
13 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante 
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
 
• Princípio da irretroatividade tributária: art. 150, III, a, da 
CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
 
• Princípio constitucional que atinge diretamente não 
propriamente a cobrança dos tributos, mas, o plano 
de vigência da lei tributária. 
 
• Ou seja, a lei tributária deve atingir o fato 
imponível ocorrido após a vigência da lei não 
podendo atingir os fatos geradores já ocorridos. 
 
• A lei tributária se projeta para o futuro atingindo as 
relações jurídicas e os fatos da realidade que ainda 
estão por acontecer. 
 
• O princípio da irretroatividade tributária traz a 
consagração do princípio constitucional da 
segurança jurídica, em que o cidadão contribuinte 
deve saber antecipadamente qual é a norma vigente 
e aplicável ao fato ou relações jurídicas realizadas 
por ele que implicarão no dever de recolhimento 
dos tributos. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
14 
• A norma do art. 106 do CTN, que determina a 
aplicação retroativa da lei tributária. 
 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou 
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta 
de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao 
tempo da sua prática. 
 
• As leis interpretativas são normas jurídicas que 
explicam o conteúdo e dão conceito aos institutos 
jurídicos contidos em outras normas jurídicas 
 
• Jamais uma lei interpretativa pode inovar ou irradiar 
efeitos jurídicos sobre os fatos ou relações jurídicas 
que estavam sob a égide do comando da lei 
interpretada, já ocorridos e acabados no passado. 
 
• Ou seja, uma lei interpretativa não pode provocar 
onerosidade tributária ou agravamento da situação 
do contribuinte com aplicação de penalidades aos 
fatos imponíveis regidos pela lei interpretada. 
 
• A lei mais benigna retroage a favor do contribuinte, 
no tocante as infrações tributárias e penalidades 
tributárias. Esta regra nunca será aplicada em 
relação ao não-pagamento do tributo, no caso de 
eximir o contribuinte do cumprimento da obrigação 
tributária com posterior entrada em vigor de lei que 
estabeleça uma isenção. 
 
• A leis mais benigna em relação a aplicação de 
penalidades e infrações tributárias somente será 
aplicada no caso do ato não estiver transitada em 
julgado em decisão administrativa ou judicial. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
15 
• Princípio da anterioridade tributária: Art. 150, III, b, e c, 
combinada com o §1º do Art. 150 e § 6º, do Art. 195 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na 
alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedaçãodo inciso III, 
c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e 
V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos 
nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.203) 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
(Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei 
que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, "b". 
 
 
• Conceito: Norma Jurídica Constitucional que afeta a eficácia 
da norma tributária. Aplicabilidade à Administração 
Fazendária e Poder Legislativo 
 
• Impossibilidade de cobrança retroativa ainda que a norma 
tenha eficácia no exercício seguinte. Obediência ao princípio 
constitucional da segurança jurídica, para atingir fato 
imponível futuro. 
 
• Garantia Individual do Contribuinte – Entendimento do STF 
ADI nº 939-7 (1993). Direito Fundamental. Cláusula Pétrea 
(Impossibilidade de Supressão) 
 
• Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003, acréscimo da 
Alínea “c”. Exercício financeiro seguinte. 
 
 
 
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art150iiic
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
16 
OBS (1). Atenção para o art. 104, do CTN, que se encontra derrogado em parte em face da 
Constituição de 1988, pelo princípio da anterioridade, por conta de ser somente aplicado em 
relação ao imposto de renda, mas não em relação aos demais tributos que incidam sobre o 
patrimônio do contribuinte, além de que existe entendimento consolidado no Supremo 
Tribunal Federal que a extinção e redução de isenções podem ser aplicadas de imediato, 
exceto aquelas que são concedidas a prazo certo e sob determinadas condições. 
 
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a 
sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a 
renda: 
I - que instituem ou majoram tais impostos; 
II - que definem novas hipóteses de incidência; 
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais 
favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. 
 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas 
condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o 
disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 1975) 
 
• Possibilidade da lei ser publicada entre 03/10 a 31/12. 
Postergação dos noventa dias subsequentes para o exercício 
fiscal seguinte. 
 
• Exceções a Alínea “b”, do Inciso III, do Art. 150: 
 
Imposto de Importação 
Imposto de Exportação 
IPI 
IOF 
Imposto Extraordinário de Guerra 
Empréstimo Compulsório Calamidade Pública e Guerra Externa 
 
• Exceções a Alínea “c”, do Inciso III, do Art. 150 
 
Imposto de Importação 
Imposto de Exportação 
IOF 
Imposto Extraordinário de Guerra 
Empréstimo Compulsório Calamidade e Guerra Externa 
Base de Cálculo do IPVA e IPTU 
 
Conclusões: 
 
a) Tributos que são exigidos ou aumentados imediatamente: II, IE, IOF, IEG e 
Empréstimo Compulsório Calamidade e Guerra Externa; 
 
b) O IPI não respeita a regra da anterioridade anual, mas, somente poderá ser 
exigido após 90 dias da publicação da lei que o aumentou; 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp24.htm#art13
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
17 
c) IR e alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA, somente podem ser 
aumentados respeitando unicamente a regra da anterioridade anual. 
 
• As Contribuições Sociais previstas no art. 195, obedecem a 
regra da anterioridade nonagesimal estabelecida no §6º, do 
art. 195. 
 
• Contribuições Sociais Novas (§4º, do art. 195), enquanto 
novas fontes de custeio do sistema de seguridade social, sem 
previsão no texto constitucional submetem-se, de igual 
modo, unicamente, ao princípio da anterioridade 
nonagesimal. 
 
• As Contribuições Sociais Previdenciárias dos Estados, 
Distrito Federal e Municípios, previstas no §1º, do art. 149, 
da CF, obedecem a regra da anterioridade nonagesimal 
conforme o art. 195, §6º, da Carta Magna. 
 
• A CIDE/CICP e COSIP, previstas no art. 149, da CF, 
obedecem a regra geral do exercício financeiro seguinte + 90 
dias: alíneas “b” e “c”, do Inciso III, do Art. 150. 
 
• O Empréstimo Compulsório relativo a investimento público 
de caráter urgente e de relevante interesse nacional (art. 148, 
III), obedece somente a eficácia temporal relativa ao 
exercício financeiro seguinte, conforme a alínea “b”, do art. 
150, Inciso III. 
 
• O Imposto de Competência Residual: art. 154, II, da 
Constituição Federal, obedece a regra geral da anterioridade 
relativa ao exercício financeiro seguinte + 90 dias. 
 
• Taxas e Contribuição de Melhoria; exercício financeiro 
seguinte + 90 dias, obediência a regra geral do princípio 
constitucional da anterioridade. 
 
OBS (2). CUIDADO: CIDE-COMBUSTÍVEL. EXCEÇÃO: Art. 149, §2º, Inciso II 
combinado com o Art. 177, §4º, Inciso I, “b”, não precisa aguardar o exercício financeiro 
seguinte, mas obedece a regra da noventena. 
 
OBS (3). CUIDADO: ICMS-COMBUSTÍVEL. EXCEÇÃO: Art. 155, §4º, Inciso IV, 
Alínea “c”, não precisa aguardar o exercício financeiro seguinte, mas obedece a regra da 
noventena. 
 
• Prazo de Pagamento de Tributos: Súmula Vinculante nº 50 
do Supremo Tribunal Federal: Norma legal que altera o 
prazo de recolhimento da obrigação tributária não se 
sujeita ao princípio da anterioridade. 
 
OBS (4). CUIDADO. Revogação de Isenção: não obedece a regra geral do princípio da 
anterioridade, nesse sentido o contribuinte imediatamente estará submetido a eficácia da lei 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
18 
que impõe o tributo, inclusive, relativamente ao ICMS e Tratados Internacionais Revogados, 
salvo aquelas concedidas a prazo certo e sob condição, pelo qual não poderão ser 
revogadas antes do prazo previsto de sua eficácia plena pela Lei isentiva. 
 
O Supremo Tribunal Federal na ADI nº 4.016/PR, na esteira do Voto do Ministro Gilmar 
Ferreira Mendes, entende que no caso de mera alteração dos índices de correção monetária do 
tributo; que reduzem ou extinguem descontos no pagamento do tributo ou até mesmo no caso 
de revogação de isenções, não se tem a obediência ao princípio da anterioridade. 
 
Nesse sentido, muita atenção também para a Lei Complementar ISS. Isenção Heterônoma. 
Serviços para o exterior considerados como não incidentes de ISS. Sua revogação não 
obedece as alíneas “b” e “c”, do Inciso III, do Art. 150 da CF. Retorno a condição de 
tributação do sujeito passivo de maneira imediata, não precisa aguardar o exercício financeiro 
seguinte e tampouco os 90 (noventa) dias de publicação da lei que revoga a isenção. 
 
OBS (5). CUIDADO. A redução de benefício fiscal implica em aumento de tributo, devendo 
se submeter a regra da anterioridade de acordo com o regime jurídico da espécie tributária. 
 
• Princípio da Igualdade tributária: art. 150, II, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
 
• Conceito. Igualdade perante a Lei. Igualdade na 
Lei. 
 
• Igualdadeperante a Lei: objetivo do aplicador da lei 
que deve impor o conteúdo da norma jurídica a 
todos aqueles que realizarem a conduta descrita na 
hipótese legal. 
 
• Igualdade na Lei: proibição ao legislador de impor 
critérios de diferenciação entre os cidadãos 
baseados no arbítrio, estabelecendo diferenças 
jurídicas sem fundamento jurídico razoável. 
 
• Princípio constitucional tributário autoaplicável 
destinado ao legislador infraconstitucional no 
momento do exercício de sua competência 
tributária. Tem por função limitar a atuação do 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
19 
legislador, proibindo a adoção de privilégios 
tributários a determinada categorias de 
contribuintes, devendo aquele estabelecer critérios 
de diferenciação entre contribuintes a ponto de 
equipará-los de maneira justa e razoável, em face 
dos níveis de riqueza que se apresentam. 
 
• Princípio da capacidade contributiva: art. 145, § 1º da CF 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
 
• Legislador: Destinatário da Norma Constitucional 
 
• Critérios de diferenciação entre contribuintes por 
meio de seu grau de riqueza, independente de sua 
disponibilidade financeira. 
 
• Aplicação aos impostos “sempre”. 
 
• Contribuições Sociais: §9º, do Art. 195, por força 
de diferenciação de alíquotas em função de 
atividade econômica, utilização de mão-de-obra 
ou porte da empresa. 
 
• Taxas: princípio da retributividade em face do 
serviço prestado e poder de polícia realizado. 
 
• A capacidade contributiva também se presta como 
instrumento de extrafiscalidade, enquanto finalidade 
não arrecadatória, mas que visam inibir e reprovar 
condutas indesejáveis dos contribuintes, tudo em 
prol do cumprimento dos demais princípios 
constitucionais que compõem o sistema. 
 
• O contexto jurídico de aplicação do princípio da 
capacidade contributiva determina a adoção de 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
20 
técnicas de aferição da mensuração pessoal da 
riqueza do contribuinte em matéria de impostos. 
 
• Nesse sentido, temos subprincípios de aplicação da 
capacidade contributiva, tais como a 
progressividade e a seletividade contidas na CF de 
1988. 
 
• Princípio da Progressividade Fiscal e Extrafiscal: 
 
• A progressividade fiscal corresponde a aplicação de 
alíquotas diferenciadas, na medida do aumento do 
grau de riqueza do contribuinte, revelado na base de 
cálculo do tributo. 
 
• Temos o Imposto de Renda como imposto 
progressivo previsto no Art. 153, §2º, I, será 
informado pelos critérios de generalidade, 
universalidade e progressividade, correspondendo o 
alcance da lei tributária do imposto sobre a renda 
àqueles que tenham realizado a hipótese de 
incidência do tributo, abrangendo todas as rendas e 
proventos auferidos pelos contribuintes, com 
aplicação de alíquotas variadas em de acordo com o 
aumento da base de cálculo. 
 
OBS (1): Por reiterada posição jurisprudencial do STF, restou definido que o 
Poder Judiciário não pode autorizar a correção monetária da tabela progressiva 
do imposto sobre a renda pessoa física na ausência de lei para tanto (RE 
388.312). 
 
• O imposto territorial rural apresenta-se como 
progressivo, na conformidade do Art. 153, §4º, I, da 
CF de 1988, fixadas de forma a desestimular a 
manutenção de propriedades improdutivas. 
 
• O imposto sobre a propriedade territorial e predial 
urbana de competência municipal e distrital é um 
imposto progressivo, levando em consideração 
alíquotas progressivas em razão da localização, 
valor e uso do imóvel, na esteira do Art. 156, §1º, 
Incisos I e II, bem como o Art. 182, §4º, Inciso II, 
ambos da CF, de 1988. Esta última progressividade 
está relacionada com a progressividade do IPTU no 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
21 
tempo, em caso de descumprimento de exigência 
pelo poder público municipal de adequado 
aproveitamento de solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado. Aplicação da 
Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei 
municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda 
Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas 
para o IPTU, salvo para destinada a assegurar o 
cumprimento da função social da propriedade 
urbana.” 
 
• O imposto de transmissão causa morte e doação, 
previsto no Art. 155, Incisos I a IV, da CF de 1988, 
combinado com a Resolução do Senado federal nº 
9/92 é um imposto progressivo, inclusive, conforme 
interpretação constitucional do STF em repercussão 
geral no AgR-RE 542.485, Precedente RE 
562.045/RS. 
 
• O imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores é um imposto progressivo, na 
conformidade do Art. 155, §6º, Inciso II, da CF de 
1988, aplicando-se alíquotas progressivas em razão 
do tipo e utilização do veículo. 
 
OBS (2): Salientamos, que o ITBI, imposto sobre transmissão de bens imóveis 
inter vivos, de competência municipal, não terá aplicação da progressividade 
fiscal ou extrafiscal, conforme interpretação do STF, Súmula 656: “É 
inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o ITBI com 
base no valor venal do imóvel.” 
 
OBS (3): Não se pode confundir a progressividade fiscal, como princípio 
constitucional corolário da capacidade contributiva e isonomia fiscal, com a 
técnica de tributação conhecida como proporcionalidade. 
 
• A proporcionalidade significa a aplicação de uma 
alíquota única sobre uma base de cálculo variável. 
Ainda, que se possa afirmar que seja a 
proporcionalidade um mecanismos “neutro” de 
justiça fiscal, por meio do qual se induz que o 
pagamento do tributo pelo contribuinte seja 
proporcional a expressão econômica de sua riqueza, 
aplicando-se uma alíquota única. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
22 
• Na verdade, a proporcionalidade é um aspecto da 
regressividade tributária, pois, justa não se 
apresenta na medida que não nivela os desiguais na 
medida de suas desigualdades. Não é crível sugerir, 
que o princípio constitucional da isonomia esteja 
sendo cumprido, quando se aplica uma única 
alíquota, àqueles que tenham rendas ou riquezas 
distintas. 
 
• Imposto de Renda e ITR: Art. 153, § 2º, I e § 4º, I 
 
• IPTU: Art. 156, § 1º, I e II e Art. 182, §4º, II, da 
CF 
 
• ITCMD: Art. 155, Inciso I e IV, da CF c/c 
Resolução do Senado Federal nº 9/92. 
Interpretação Constitucional STF RE 562.045. 
 
• IPVA conforme o Art. 155, §6º, Inciso II, da CF 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da 
progressividade, na forma da lei; 
 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
23 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a 
manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)IPTU 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o 
art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I 
poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 
2000) 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do 
imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
IPTU 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo 
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em 
lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus 
habitantes. (Regulamento) 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos 
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
 
 
ITCMD 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou 
direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
RESOLUÇÃO Nº 9 - DE 5 DE MAIO DE 1992. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art156§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
24 
Faço saber que o senado Federal aprovou, nos termos do inciso IV, do § 
1º, do artigo 155 da Constituição, e eu, Mauro Benevides, presidente , 
promulgo a seguinte Resolução: 
 
Art. 1º A alíquota máxima do Imposto de que trata a alínea "a", inciso I, 
do art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º 
de janeiro de 1992. 
Art. 2º As alíquotas dos Impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser 
progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente 
receber, nos termos da Constituição Federal. 
Art. 3º Essa Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário. 
 
IPVA 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e 
utilização.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
• Princípio da seletividade fiscal: art. 153, § 3º, I e art. 155, § 2º, III 
da CF 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
 
• Princípio constitucional, enquanto, técnica de 
tributação aplicável aos chamados impostos 
indiretos, notoriamente ao ICMS e ao IPI, com a 
ressalva de que a sua adoção pelo legislador 
ordinário dos Estados-Membros e Distrito Federal é 
facultativa, quando da instituição do ICMS e será 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155§2
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art155§2
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
25 
obrigatória ao legislador federal, na instituição do 
IPI. 
 
 
 
• Princípio Constitucional do Não-Confisco: art. 150, IV, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
• É proibido à União, aos Estados-Membros, Distrito 
Federal e Municípios, utilizar tributo com efeito de 
confisco. 
 
• Princípio constitucional de extremamente vago e de 
pouca delimitação objetiva, por critérios jurídicos, 
para aferição do que seria atividade confiscatória do 
Estado no momento da instituição e cobrança do 
tributo. 
 
• Com efeito, busca-se por este princípio 
constitucional tolher a iniciativa, por meio da 
atividade tributária, de atingir o mínimo 
indispensável a sobrevivência digna da pessoa 
humana, quando se tratar de tributos incidentes na 
pessoa física do contribuinte, como também, inibir a 
prática de instituição de obrigações tributárias, que 
afetam por completo o livre exercício de atividades 
econômicas, com elevada carga tributária incidente. 
 
• O efeito confiscatório do tributo atrela-se em ofensa 
a capacidade contributiva, enquanto tributação 
excessiva, aniquilando a riqueza do contribuinte e 
atingindo por completo o seu direito de 
propriedade, como critério subjetivo e adotando-se 
como critério objetivo, uma alíquota elevada de 
tributo, sempre, tomando por base, a carga tributária 
total incidente sobre o patrimônio. 
 
• O Princípio do não confisco, em tese, não se aplica 
aos chamados impostos de caráter extrafiscal, como 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
26 
por exemplo, o imposto de importação, de 
exportação, IPI e IOF, que poderão conter alíquotas 
extremamente gravosas como vistas a regulação do 
mercado. 
 
• Em razão do critério de extrafiscalidade aplicado ao 
IPTU e ITR, quando vinculados ao cumprimento da 
função social da propriedade e progressivo no 
tempo, não será considerado confiscatório o manejo 
das alíquotas elevadas para atingir tal objetivo. 
 
• Com relação as taxas, o efeito confiscatório na 
seara tributária apresenta-se no descompasso 
existente entre a cobrança elevada e o custo 
efetivo da prestação estatal aferido em sua base 
de cálculo. 
 
• No mesmo sentido, em relação as contribuições 
de melhoria, quando existe uma falta de 
correspondência entre a valorização imobiliária 
experimentada pelo contribuinte, em razão da 
obra pública realizada, com o montante do 
tributo cobrado. 
 
• No tocante as contribuições, existe confisco na 
falta de proporção entre o valor cobrado pelo 
Estado e a finalidade pretendidacom a 
arrecadação do tributo, com a noção do 
benefício que deverá ser atingido ou mesmo 
quando inexiste a finalidade pretendida contida 
na lei. 
 
• Notoriamente, vamos encontrar o efeito 
confiscatório com a aplicação de pesadas e 
excessivas multas tributárias, que extrapolam o 
limite do razoável, de cunho a evidenciar receita 
adicional além da tributária, com características 
evidentes de atingir a totalidade do patrimônio 
do contribuinte. A jurisprudência do STF já 
consolidou entendimento, considerando 
confiscatória a penalidade tributária aplicada 
acima do patamar de 300% sobre o valor do bem 
ou da operação, em razão da falta de emissão de 
nota fiscal (ADI n. 1.075/DF). 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
27 
 
• Princípio Constitucional da Limitação ao Tráfego: art. 150, V, 
da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
 
• É proibido à União, Estados-Membros, Distrito 
Federal e Municípios, estabelecer limitações ao 
tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a 
cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público. 
 
• É a chamada proibição de tributação incidente pelo 
mero traspasse das fronteiras dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
• Princípio Constitucional da Uniformidade Tributária: art. 151, 
I, da CF 
 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o 
território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal 
ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre 
as diferentes regiões do País; 
 
• Princípio Constitucional do Art. 151, II, da CF 
de 1988 
 
• É proibida à União Federal tributar a renda das 
obrigações da dívida pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
28 
públicos, em níveis superiores aos que fixar para 
suas obrigações e para seus agentes. 
 
• Princípio Constitucional do art. 151, III, da CF 
 
Art. 151. É vedado à União: 
 
III - instituir isenções de tributos da competência 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios 
 
• É vedado à União instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios. 
• O instituto da isenção tributária só pode ser 
utilizado pelo ente competente, que recebe a aptidão 
legislativa plena para instituir ou majorar os 
tributos, proibindo-se a interferência da União 
Federal na competência dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios para isentar os respectivos 
tributos. 
• Este princípio constitucional possui duas ressalvas. 
• A primeira relativa ao ISS, previsto no Art. 156, 
§3º, II, da CF de 1988, onde se permite que a Lei 
Complementar em matéria de ISS possa outorgar 
isenções de serviços destinados ao exterior. 
• A segunda, vincula-se a possibilidade de Tratados e 
Convenções Internacionais sobre matéria tributária 
concederem isenções de tributos estaduais e 
municipais, conforme entendimento do STF (ADI 
1.600/DF). 
 
• Princípio Constitucional do art. 152 
 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios estabelecer diferença tributária entre 
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino. 
 
• Princípio Constitucional do § 5º do art. 150 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
29 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam 
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias 
e serviços. 
 
• Princípio Constitucional do § 6º do art. 150 
 
• É a previsão constitucional que impõe a estrita 
legalidade para qualquer subsídio ou isenção, 
redução de base de cálculo, concessão de crédito 
presumido, anistia ou remissão, relativos a 
impostos, taxas ou contribuições. 
 
• Ou seja, para as matérias acima elencadas a União, 
os Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios 
deverão editar as leis específicas para concedê-las, 
regulando detalhadamente para cada tributo ou 
contribuição, sem prejuízo da edição de Convênios 
de ICMS (Art. 155, §2º, XII, Alínea “g”, regulados 
pelos Estados-Membros e Distrito Federal, 
conforme a Lei Complementar nº 24/1975. 
 
• Princípio do § 7º do art. 150 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, 
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e 
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
• A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo 
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato 
gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a 
imediata e preferencial restituição da quantia paga, 
caso não se realize o fato gerador presumido. 
 
• É a previsão constitucional da Substituição 
Tributária pra frente, ou seja, a Carta Magna 
autoriza a cobrança de imposto ou contribuição do 
http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art150§6
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
30 
responsável tributário, antecipadamente a realização 
do comportamento tributável do sujeito passivo. 
 
3. Imunidades Tributárias 
 
• Norma constitucional demarcatória da competência tributária. É a 
impossibilidade da tributação de pessoas, bens situações jurídicas 
resultantes da vontade da Constituição Federal. 
 
• Constitui-se a Imunidade como Direito Público Subjetivo do sujeito 
de direito beneficiado pela norma constitucional exonerativa. 
 
• A imunidade tributária significa a incompetência dos entes políticos 
no intuito de estabelecer a obrigação tributária dos sujeitos de direito 
ou relações jurídicas imunes. 
 
• A imunidade tributária é uma forma qualificada na Carta Magna de 
não-incidência por supressão do Poder de Tributar dos entes 
federativos. 
 
• A imunidade tributária impede a incidência da lei ordinária sobre 
tributação em face dos sujeitos de direito imunes. 
 
• As imunidades tributárias atingem somente a obrigação 
tributária principal, o dever de pagar o tributo, ficando ao largo 
as obrigações acessórias, que significam os deveres instrumentais 
tributários de fazer ou não fazer em face do cumprimento da 
obrigação tributária principal. 
 
• Ou seja, determinado contribuinte pode estar imune no tocante a 
obrigação de pagar o imposto sobre a renda, porém, deverá entregar 
a declaração de imposto de renda anual, visando o controle da 
fazenda pública, por meio da fiscalização tributária, do correto 
cumprimento da lei e da Constituição. 
 
3.1. Diferenças entre Imunidade e Isenção 
 
• A imunidade decorre do texto da Constituição. As isenções são 
decorrentes de previsão legal. 
 
• Na imunidade não há o que se falar de existência de relação jurídica 
tributária, vez que a norma que imuniza impede o nascimento da 
obrigação tributária e o exercício da competência tributária. As 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
31 
isenções retiram um dos elementos da regra-matriz de incidência 
tributária,definindo os contornos da obrigação tributária no plano 
legal. 
• As imunidades são interpretadas de maneira ampla e as isenções são 
interpretadas literalmente, conforme o inciso I, do art. 111 do CTN. 
 
3.2. A Imunidade e as Espécies Tributárias 
 
• A imunidade tributária atinge as taxas, conforme o 
art.5º., incisos XXXIV; LXXIII; LXXIV; LXXVI e 
LXXVII, da CF. Art. 208 I, da CF. Art. 226, § 1º. 
Art. 230, § 2º.: 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insufiência de 
recursos. 
LXXVI – são gratuitos, para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de 
nascimento; b) a certidão de óbito. 
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os 
que a ele não tiverem acesso na idade própria. 
 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º. O casamento é civil e gratuita a celebração. 
 
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando 
a sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito 
à vida. 
§ 2º. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos 
urbanos 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
32 
• As imunidades são aplicáveis as Contribuições 
Sociais: Art. 195, § 7º. 
 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
(...) 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
• Contribuição Social e de Intervenção no 
Domínio Econômico não incidirão (Imunidades) 
sobre as receitas decorrentes de exportação: Art. 
149, § 2º., Inciso I, da CF. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo 
do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
(...) 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste 
artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001) 
 
 
OBS: Não existe na Constituição imunidades especificas para as 
contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. 
 
OBS: Temos, ainda, Imunidades Específicas de determinados impostos tais 
como: 
 
• Imunidade do ICMS na operação que destine combustível a outro 
Estado da Federação (art. 155, §2º, X, “b”, da CF); 
• Não incidência de ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos 
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica (art. 156, §2, I, da 
CF); 
• A imunidade da transmissão de bens imóveis decorrentes de 
extinção de pessoa jurídica, a não ser que o adquirente tenha como 
atividade preponderante a compra e venda e a locação de imóveis 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
33 
ou o arrendamento mercantil em relação ao ITBI (art. 156, §2º, I, da 
CF); 
• A não incidência de ITR sobre pequenas glebas rurais, assim 
definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua 
outro imóvel (art. 153, §4º, II, da CF). 
 
3.3. Imunidade recíproca: art. 150, VI, a, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
• Respeito aos Princípios Federativos e da Autonomia das Pessoas 
Políticas. Ausência de capacidade contributivas das pessoas 
políticas de direito público, eis que os recursos obtidos são 
exclusivamente destinados a prestação de serviços públicos que 
lhes incubem por expressa dicção da lei. 
 
• As taxas, contribuições de melhoria e contribuições sociais não 
sofrem óbices de incidência em face da imunidade recíproca. 
 
• A imunidade recíproca alcança o IGF; o ITR; o ITCMD; o IPVA; o 
IPTU; o ITBI; o IR; o ISS. 
 
• A imunidade das entidades políticas que compõem a federação 
brasileira alcança também o Imposto de Importação, o Imposto de 
Exportação, o ICMS na Importação, o IPI na Importação e o IOF. 
 
Extensão: § 2º do art. 150, da CF. 
 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
 
• Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, 
com capacidade de autoadministração, para o desempenho de 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
34 
serviço público descentralizado, mediante controle administrativo 
exercido nos limites da lei. 
• As autarquias temos a aplicação da antiga Súmula nº 73, do STF: 
“A Imunidade das autarquias, implicitamente contida no Art. 31, V, 
‘a’, da Constituição Federal, abrange tributos estaduais e 
municipais.” 
 
• As fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público, 
integrantes da Administração Pública Indireta criada pelo Estado 
para a prestação de certos serviços públicos típicos, consistente 
num patrimônio público personalizado e regido por normas de 
direito público, afetado à consecução de um determinado fim 
público. 
 
• Nesta seara temos a inclusão das autarquias de regime especial: 
agência executiva; agência reguladora e associação pública. 
 
• Agência executiva é uma autarquia ou fundação pública que celebra 
contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor com a 
finalidade de cumprir certos objetivos e metas no desempenho de 
atividades estatais (Lei no. 9.649, de 27 de maio de 1998). 
 
• Agência reguladora é entidade de direito administrativo com alto 
grau de especialização técnica, integrante da Administração 
Pública, com a finalidade de regular um setor específico da 
atividade econômica. Exemplos: Agência Nacional das Águas; 
Anatel; ANP; Agência Nacional de Aviação Civil; Agência 
Nacional de Energia Elétrica; ANTT; Agência Nacional de Saúde;Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
 
• Associação Pública é o consórcio público, como uma associação 
pública, com personalidade de direito público, conforme a previsão 
da legislação civil (Código Civil). 
 
• A parte final do parágrafo segundo deixa evidente que o 
patrimônio, renda e serviços imunes das autarquias e fundações 
mantidas pelo poder público devem estar vinculados a sua 
finalidade essencial ou às delas decorrentes. 
 
• Neste sentido, não se presta o patrimônio de uma autarquia, por 
exemplo, que não estando vinculado às finalidades essenciais da 
mesma, possa estar alcançado pela imunidade. Caso concreto da 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
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jurisprudência nós temos com o não alcance da imunidade aos 
terrenos baldios das autarquias. (STF RE 98.382) 
 
• A imunidade recíproca não se aplica nos casos das entidades 
mencionadas efetuarem a aquisição de bens sujeitos ao ICMS e 
ao IPI. As entidades imunes irão se sujeitar ao ICMS e ao IPI 
incidentes nas compras de mercadorias e produtos, eis que atuam na 
condição de consumidoras finais arcando com os tributos incidentes 
no preços dos respectivos bens. 
 
• Vigora na interpretação do STF sobre o assunto a interpretação de 
cunho formal, que não privilegia o fenômeno da interpretação 
econômica, ficando sem valia a figura do contribuinte de fato na 
relação jurídico-tributária do ICMS e do IPI. 
 
• Observar a aplicação da antiga Súmula nº 591 do STF: “A 
imunidade ou isenção tributária do comprador não se estende 
ao produtor, contribuinte do IPI”. 
 
Exclusão: § 3º do art. 150, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam 
ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de 
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar 
imposto relativamente ao bem imóvel 
 
• Empresas públicas e sociedades de economia mista, a estas últimas 
se aplicando a antiga Súmula 76 do Supremo Tribunal Federal, 
que consigna As sociedades de economia mista não estão 
protegidas pela imunidade fiscal do Art. 37, V, a, Constituição 
Federal. 
 
• Tomar cuidado com determinadas empresas públicas ou sociedades 
de economia mista que exercem funções típicas de estado ou 
prestam serviços públicos de caráter obrigatório e exclusivos do 
Estado, daquelas que puramente são instrumentos do Estado e de 
sua participação na economia, com caráter de monopólio estatal e 
com participação majoritária de capital estatal. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
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• As empresas públicas que desenvolvem funções típicas de 
Estado e prestam serviços públicos de caráter obrigatório estão 
imunes e temos como exemplo na jurisprudência do STF, RE 
407.099, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), que 
desempenha atividade estatal, enquanto serviço próprio da União, 
em regime de exclusividade, inclusive, quando também os correios 
realizam serviços não tipicamente postais, em regime de 
concorrência. 
 
• A imunidade da empresa de correios e telégrafos atinge o IPTU de 
seus prédios próprios, bem como o ISS sobre os serviços prestados; 
em relação ao IPVA dos veículos que sejam utilizados para a 
realização do serviço; o ICMS sobre o serviço de transporte. 
 
• Nas mesmas condições temos a aplicação da imunidade à 
INFRAERO, conforme entendimento do STF, no RE-AgR 
363.412. 
 
• Temos também os exemplos da Jurisprudência do STF nesse 
sentido: 
 
• CAERD. Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia. Sociedade 
de Economia Mista prestadora de serviços públicos de saneamento 
básico, abastecimento de água e esgotos sanitários. Ação Cautelar 
nº 1.550-2; 
• CODESP. Companhia das Docas do Estado de São Paulo. 
Sociedade de Economia Mista, que tem por missão executar 
serviços de administração de porto marítimo sob a reserva de 
monopólio estatal. RE 265.749; 
• Hospital Nossa Senhora da Conceição SA. Sociedade de Economia 
Mista prestadora de serviços de saúde, com capital 
majoritariamente estatal. RE 580.264; 
• Casa da Moeda do Brasil. Empresa pública estatal, que exerce a 
prestação de serviços de emissão da moeda, enquanto atividade de 
monopólio estatal. RE 610.517. 
 
• As concessionárias do serviço público, que prestam serviços 
públicos remunerados por preços ou tarifas submetem-se à 
tributação. 
 
• O promitente comprador de bem imóvel público não estará 
alcançado pela imunidade recíproca. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
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• Imunidade tributária dos cartórios e tabelionatos: agentes privados 
delegatários de serviços públicos, visando o lucro e são 
remunerados pelo Estado no exercício das suas funções em plena 
relação de mercado pelos serviços que prestam. Não estão 
abrangidos pela Imunidade. Posição majoritária do STF. (ADIn 
nº 3.089). 
 
• Imunidade Tributária Recíproca aplicada as embaixadas ou 
consulados. Ação Cível Originária nº 1.473 do STF. 
 
 
3.4. Imunidades dos templos de qualquer culto: art. 150, VI, b, da CF 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre; 
b) templos de qualquer culto; 
 
• Conceitos. O Estado brasileiro é laico e nesse sentido protege o 
exercício de manifestação de credos religiosos como ínsita 
característica do liberalismo político e preservação do Estado de 
Direito. 
 
• Imunidade de Impostos, o que não afeta a obrigatoriedade de 
pagamento de outros tributos, tais como as taxas, contribuições 
de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. 
 
• O culto significa o prestígio a realização de valores transcendentais 
do ser humano de caráter pacífico e realçando os bons costumes, 
restando vedada a imunidade de cultos de inspiração e instigação a 
violência física de qualquer natureza, inclusive, psíquica ou moral. 
 
• Está inserido aí o culto da fé cristã apostólica romana; o culto das 
igrejas pentecostais; o budismo; o xintoísmo; o espiritismo; a 
umbanda; o candomblé; a maçonaria. 
 
Limites: § 4º do art. 150, da CF 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", 
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais das entidades 
nelas mencionadas. 
• Não deve existir a incidência dos seguintes 
impostos: 
 
• IPTU: sobre o prédio onde é realizado o culto; sobre a residência de 
propriedade do culto onde os membros do culto residem; sobre o 
local que se destina ao aprendizado da liturgia; 
 
• IPVA: sobre os veículos do culto utilizados no trabalho eclesiástico; 
 
• ITBI: incidente na aquisição pelo culto de imóveis destinados ao 
templo; 
 
• IR: incidente sobre a receita auferida dos dízimos e doações dos 
fiéis ou sobre as aplicações financeiras do templo; 
 
• IOF: incidente sobre as operações financeiras dos templos, que 
estejam ligadas às suas atividades essenciais; 
 
• ISS: incidente sobre todos os serviços religiosos; 
 
• O intérprete da imunidade deve tomar cuidado com a possibilidade 
de desoneração tributária no momento em que os cultos exercem 
atividades ou são proprietários de bens, que não estejam 
diretamente vinculados as suas finalidades essenciais, mas, que 
indiretamente permitem a obtenção de recursos para a 
manutenção de suas atividades. 
 
• Vigora nesse caso a interpretação ampliativa que leva em 
consideração o exercício de atividades correlatas das entidades

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