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A intubação orotraqueal

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A intubação orotraqueal, muitas vezes conhecida apenas como intubação, é um procedimento no qual o médico insere um tubo desde a boca da pessoa até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda ligado a um respirador, que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.
Dessa forma, a intubação é indicada quando o médico precisa ter total controle sobre a respiração da pessoa, o que acontece mais frequentemente durante cirurgias com anestesia geral ou para manter a respiração em pessoas internadas em estado grave.
Este procedimento só deve ser feito por um médico profissional de saúde capacitado e em local com equipamentos adequados, como hospitais, já que existe risco de causar lesões graves na via aérea
A intubação orotraqueal é feita quando é necessário controlar completamente a via aérea.
A intubação é indicada nos casos graves de COVID-19 em que há insuficiência respiratória grave, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e em pessoas que mesmo utilizando tratamento com oxigênio por cateter nasal, continuam com oxigenação do sangue baixa, com saturação menor que 95%, e sintomas como dificuldade para respirar, frequência respiratória acima de 25-30 respirações por minuto, excesso de produção de suor e aumento dos batimentos cardíacos.
Este procedimento deve ser realizado na UTI pelo médico e por profissionais de saúde com treinamento adequado como enfermeiros e fisioterapeutas, para garantir a ventilação pulmonar, a oxigenação do corpo adequada, e evitar a falência respiratória causada pela inflamação grave dos pulmões devido à infecção pelo coronavírus.
A VM tem o objetivo de melhorar as trocas gasosas, diminuir trabalho respiratório, aumentar os níveis de oxigenação, diminuir a hipercapnia e a acidose respiratória e permitir melhora da relação ventilação/perfusão (V/Q) pulmonar.
A VMI é indicada para casos de insuficiência respiratória grave. Nestes casos os pacientes podem se apresentam com FR > 35mrpm, uso da musculatura acessória, PaO2 < 60mmHg e/ou PaCO2 > 55, pH < 7,25, SaO2 < 90% apesar do uso de O2 suplementar. Algumas situações indicam o uso de intubação endotraqueal e o uso de VM como o rebaixamento do nível de consciência (Glasgow <8), o desconforto respiratório associado a instabilidade 
hemodinâmica, a obstrução de vias aéreas superiores (edema de glote, 
epiglotite, queimadura de face, etc), as situações com aumento de risco de 
aspiração (doenças neurológicas, síndrome de Guillain-Barré, miastenia gravis), 
a ressuscitação cardiopulmonar prolongada, a fadiga da musculatura 
respiratória, entre outros. 
A causa de base da insuficiência respiratória deve ser identificada, uma vez 
que parâmetros ventilatórios são ajustados de acordo. Exames complementares 
são necessários na avaliação do paciente em VM, como hemograma, eletrólitos, 
radiografia de tórax, ECG e gasometria arterial (quando houver necessidade, 
outros exames devem ser solicitados). O paciente deve ser monitorado com 
oximetria de pulso contínua, aferições da pressão arterial frequentes e monitor 
cardíaco quando disponível.m

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