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Importância do Plano de Tratamento

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Introdução à Prótese Dentária 
Prof. Esp. Igor George da Silva Vasconcelos
Graduado em Odontologia - Universidade Nilton Lins – AM; 
Especialista em Prótese Dentária – ABCD- AM;
Especialista em Implantodontia – Ceproeducar AM;
Mestrando em Periodontia – São Leopoldo Mandic – Campinas SP.
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Edentulismo no Brasil
Segundo a Pesquisa Mundial de Saúde, realizada pela OMS e conduzida pela Fiocruz, estima-se que 14,4% dos brasileiros perderam todos os dentes.
Condição socioeconômica baixa 
Mulheres com condições socioeconômicas baixas com mais de 50 anos 
Índice de edentulismo maior
Percentual de edentulismo de 55,9%
Mulheres com condições socioeconômicas boas com mais de 50 anos 
Percentual de edentulismo de 18,9%
Prevalência percentual do edentulismo por localizações e faixas etárias 
Idosos de 65 a 74 anos. Edentulismo funcional, ou seja, a presença de menos do que 20 dentes naturais. Região geográfica (norte, nordeste, centro‐oeste, sul e sudeste); tipo de município (capital ou interior); idade no momento do exame (65 a 66 anos, 67 a 69 anos e 70 a 74 anos); sexo (masculino ou feminino); raça autorreferida (branca ou não branca); escolaridade (nenhum ano de estudo, 1 a 4 anos, 5 a 8 anos, e 9 ou mais anos de estudo); renda familiar mensal (até 500 reais, 501 a 1.500 reais, 1.501 a 2.500 reais, 2.501 a 4.500 reais, e acima de 4.500 reais); número de pessoas por cômodo (categorias obtidas a partir dos tercis, sendo até 0,92, 0,93 a 1,49 e a partir de 1,50); numero de bens, sejá fez ou não uma visita ao dentista na vida e tempo da ultima consulta odontológica (menos de um ano, um a dois anos, e três anos ou mais). 
Dentre as variáveis incluídas no modelo final, destaca‐se a maior associação do edentulismo funcional com a renda familiar, com um aumento de 44% a 58% da prevalência nas faixas de rendimento inferior a R$ 2.501,00 em relação à categoria de referência (acima de R$ 4.500,00). 
	Gráfico comparando a variação populacional com o percentual de edentulismo na população brasileira entre 50 a 74 anos, projetando essa relação a partir do ano de 2003. Apesar de esperada uma queda no percentual de edentulismo, o aumento da população compensará essa queda, mantendo o número de edententados quase constante.
Qual a importância de se estabelecer um plano de tratamento adequado?
PRÓTESE TOTAL
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL
PRÓTESE PARCIAL FIXA
PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA
Prótese Total
	A retenção e a estabilidade dessas próteses são consideradas os pontos mais críticos desse tipo de tratamento, são influenciadas por muitos fatores, tais como a qualidade e a quantidade da saliva, a ação da musculatura e a oclusão.
	Além disso, nem sempre se conseguem as condições ideais de retenção e estabilidade devido a condições desfavoráveis, tais como anatomia do rebordo residual, problema de coordenação neuromuscular e intolerância ao uso de próteses por parte do paciente.
	O estabelecimento da sequência no plano de tratamento é calcado em condutas diagnósticas, as quais podem ser resumidas em: (1) história médica e dentária; (2) exame clínico; (3) exames de imagens e (4) análise de modelos de estudo.
Fatores a serem considerados no plano de tratamento: 
Limitações cirúrgicas
Limitações psicológicas
Limitações anatômicas
Limitações financeiras
Limitações financeiras
O aumento do número de procedimentos clínicos (cirúrgicos e protéticos), além do custo dos implantes e dos componentes protéticos, tende a aumentar o custo final de uma prótese sobre implantes. Esse fator tende a ser restritivo para a indicação desse tipo de prótese para um número significativo de pacientes.
Limitações psicológicas
	A maioria dos indivíduos edentados habitua-se à utilização de PTs convencionais, embora estas próteses não apresentem as mesmas características de conforto e eficiência mastigatória dos dentes naturais. Dentre estes pacientes, um pequeno número não se habitua ao uso destas próteses e vai aumentar as estatísticas dos indivíduos que não ficam satisfeitos com os tratamentos executados: os inválidos orais.
	Esse grupo é o que provavelmente demonstrará mais desejo ou vontade de utilizar uma PT com o auxílio de implantes para melhorar sua função, constituindo-se no tipo de paciente que melhor aceitará submeter-se às complexidades do tratamento que esse tipo de prótese exige. Entretanto, apesar de a Implantodontia já ser conhecida por uma parcela considerável da população, a segurança dos procedimentos sempre fica abalada pelos casos de insucesso mal administrados. Isso faz com que algumas pessoas tenham resistência em se submeterem aos procedimentos cirúrgicos, por medo do desconforto que os mesmos possam acarretar, sem que se possa garantir um índice de sucesso de 100%
Limitações anatômicas
	O osso alveolar, após a perda de uma raiz dentária, sofre reabsorção devido à falta de estímulos gerados pelos ligamentos periodontais Além disso, as tentativas de repor a dentição perdida através de PTs convencionais podem gerar
pressões não fisiológicas sobre o osso remanescente, o que aceleraria o processo de reabsorção.
A massa óssea e sua densidade mineral são o resultado do balanço entre reabsorção e formação ósseas. As cargas aplicadas sobre o osso são de suma importância para alterações estruturais do mesmo. Dessa forma, as tensões funcionais geradas pela prótese sobre o osso podem mediar tanto a formação como a reabsorção óssea. 
	Na fase de planejamento, deve-se sempre levar em consideração as limitações anatômicas do caso. Na mandíbula, essas limitações são contornáveis, pois na região pré-mentoniana em geral não são encontradas estruturas anatômicas que possam restringir significativamente a instalação dos implantes.
	Na maxila, mesmo sendo a região anterior a eleita para a colocação dos implantes para reter uma PT, os fatores limitantes aparecem com mais frequência.
	A reabsorção do rebordo anterior superior no sentido horizontal é praticamente o dobro da que se observa no sentido vertical, o que pode causar a formação de uma região estreita entre as corticais vestibulares e palatinas, restringindo a colocação de implantes. Outro fator limitante seria a distância entre a cortical alveolar e a base da cavidade nasal, que pode estar reduzida em pacientes com áreas de reabsorções severas.
Fatores cirúrgicos
	Qualquer condição que possa comprometer o processo de cicatrização deve excluir o paciente de tratamentos que necessitem de intervenções cirúrgicas.
	Dessa forma, a indicação para um paciente ser submetido à instalação de implantes pode ser restringida por condições como: (1) discrasias sanguíneas; (2) uso continuado de medicamentos que inibam a coagulação sanguínea; (3) uso abusivo de drogas, inclusive tabaco e álcool; (4) doenças que afetem o poder de reparação tecidual, tais como diabetes, osteoporose e doenças cardiovasculares não controladas; (5) durante tratamentos que alterem temporariamente o processo de reparo, como quimioterapia para o câncer e tratamento antimetabólico para artrite; e (6) após tratamentos com efeitos deletérios cumulativos, como a aplicação de radiação na região maxilomandibular ou administração sistêmica de bisfosfonatos.
A osteonecrose induzida por bisfosfonato, descrita pela primeira vez em 2003, refere-se a uma condição caracterizada pela exposição óssea na mandíbula ou maxila, persistindo por mais de 8 semanas em um paciente que utiliza, ou utilizou, bisfosfonatos sem história prévia de radioterapias
Obrigado
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