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Eletrotermofototerapia

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Revisão eletrotermofototerapia 
Aula 1: INTRODUÇÃO A ELETROTERMOFOTOTERAPIA 
Tratamento ou avaliação usando uma das várias modalidades, incluindo estímulos elétrico, 
ultrassom, métodos de aquecimento e resfriamento, diatermia por ondas curtas e radiação 
eletromagnética como infravermelho e terapias de luz incluindo laser e ultravioleta. 
Origem: homem das cavernas. Homem com dores crônicas no calcanhar, ao banhar-se em um 
rio, encostou acidentalmente seu pé em uma enguia elétrica e obteve uma melhora dos 
sintomas. 
O QUE É? 
Eletro - Eletricidade 
Termo - Calor 
Foto - Luz 
Terapia - Tratamento 
ELETROTERAPIA 
• Equipamentos 
• Aplicam corrente elétrica no tecido através de eletrodos 
• Calor por ondas ou resfriamento 
AS CORRENTES TERAPÊUTICAS SÃO DIVIDIDAS 
• Baixa frequência 
• Média frequência 
• Alta frequência 
CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA 
Tens - fes - galvânica - farádica - curto período - longo período - ritmo sincopado difásica – 
monofásica - ultra excitante 
 
MÉDIA FREQUÊNCIA 
Russa - interferencial – aussie 
 
ALTA FREQUÊNCIA 
Ondas curtas – microondas 
TERMOTERAPIA 
Utilização de recursos terapêuticos que geram calor 
Ultra som - ondas curtas - micro ondas - infra vermelho 
 
FOTOTERAPIA 
Utiliza as radiações eletromagnéticas visíveis ou não 
Infra vermelho - laser - ultra violeta 
 
FATORES QUE INTERFEREM 
A aplicação externa de energia pode alterar beneficamente o processo fisiológio na reparação 
tecidual. Tudo irá depender da espessura, do modo de eletro utilizado, os parâmetros e da fase 
do reparo tecidual 
Pele: diferentes espessuras ao longo do corpo. 
Diferentes profundidades: altera a quantidade de energia que pode ser absorvida; diferença 
da penetração por diversas formas de aquecimento ou resfriamento 
Estado nutricional/idade 
 
USOS DA ELETROTERAPIA 
• Controle de dores agudas e crônicas 
• Redução de edema 
• Redução de contraturas articulares 
• Inibição de espasmos musculares 
• Minimização de atrofia por desuso 
• Reeducação muscular 
• Consolidação de fraturas 
• Fortalecimento muscular 
• Cicatrização de lesões abertas e fechadas 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA 
Ação vasodilatadora • a corrente elétrica impede a secreção de noradrenalina produzindo 
vasodilatação passiva. A vasodilatação passiva é produzida pela histamina. 
Ação ionizante • predominante nas correntes unidirecionais que produzem aumento da 
permeabilidade da membrana celular além do fenômeno da eletrólise, em que íons são 
atraídos pelo pólo oposto da sua carga. 
Efeito excitomotor • resulta do músculo ser um tecido excitável, cuja resposta ao estímulo 
elétrico é a contração. 
Efeito analgésico • a teoria da comportas ou portão é o mecanismo mais relevante, além da 
ativação/produção substâncias endógenas como endorfinas. 
Efeito cicatrizante • a corrente elétrica pode favorecer o reparo tecidual estimulando 
diretamente as células a produzirem mais atp, aumento a síntese de proteínas, revitalizando a 
área lesionada. 
Aula 2: TERMORREGULAÇÃO 
Os agentes eletrofísicos são utilizados pelo fisioterapeuta para tratar diversas lesões. 
• Ondas eletromagnéticas e sonoras 
• Correntes eletroestimuladoras 
• Técnicas utilizadas para induzir o aquecimento dos tecidos 
O QUE É CALOR? 
➢ Calor 
➢ Forma de energia 
➢ Transmitida de um corpo a outro 
➢ Razão da diferença de temperatura 
Essa energia só é chamada calor enquanto está sendo transferida energia em trânsito. 
Calor é um conceito do âmbito da física que representa uma forma de energia, sendo a energia 
térmica em movimento entre partículas atômicas. 
A palavra calor também pode remeter para alguma coisa quente, ou seja, com temperatura 
elevada. 
Quanto maior for o calor (energia térmica) 
Aplicada a um objeto ou sistema que esteja em condições isoladas (sem influências externas) 
maior será a sua temperatura. 
✓ Maior temperatura 
✓ Menor temperatura 
✓ Equilíbrio térmico 
Calor e temperatura 
Quando diversas formas de energia são convertidas em calor, sempre há razão constante entre 
a quantidade de energia que desaparece e a quantidade de calor produzido, sugerindo assim 
que a energia não é criada e nem destruída. 
1° LEI DA TERMODINÂMICA 
“Em todos os processos que ocorrem em um sistema isolado, a energia do sistema permance 
constante’’ 
As diversas formas de energia podem ser convertidas em energias térmica com 100% de 
eficiência, mas o reverso não é possível. 
Por ex: energia química é transformada em mecânica, sempre há produção de calor. 
Calor – Produção de calor – ligada ao seu metabolismo – Aumenta metabolismo, aumenta 
produção de calor – Unidade internacional de energia: Joule(j) 
Unidades de calor 
• 1 caloria 4,1868 j 
• Medido em calorias (cal) 
 
➢ Quantidade de energia necessária para elevar em 1° c a temperatura de 1g de água. 
➢ As trocas de calor são sempre consideradas em termos de potência (energia por 
unidade de tempo). 
➢ Ex: joules por segundo – 1 Watt ou W. 
 
TRANFERÊNCIAS DE CALOR 
• As leis da termodinâmica regulamentam processos envolvendo o movimento da 
energia térmica de um ponto para o outro 
• A lei estabelece os princípios das trocas de calor 
 
2° LEI DA TERMODINÂMICA 
“O calor não pode sozinho, ou seja, sem a realização de trabalho por alguma agência externa, 
passar de um corpo mais frio para um mais quente’ 
Na eletroterapia, nos preocupamos com a transferência de energia térmica entre o ambiente 
externo e a superfície corporal, e entre os tecidos e fluídos componentes do próprio corpo 
assim como os efeitos terapêuticos do calor. 
TRANSFERÊNCIA DE CALOR CORPORAL 
As modalidades de aquecimento podem ser subdivididas de acordo com seu modo de 
transferência de calor, durante o aquecimento seletivo de tecidos superficiais e profundos. 
• Dentro dos tecidos ocorre principalmente a condução e convecção 
• A técnica de aplicação de uma modalidade de tratamento também modificará a 
temperatura tecidual 
• Quando aplicamos calor profundo (doc, mo, us) a conversão de energia em calor 
ocorre a medida que pentra nos tecidos 
 
➢ A temperatura central do corpo permance constante 
➢ O equilíbrio é mantido entre a produção de calor interno (metabólico) e a perda de 
calor (ou ganho) da superfície da pele 
 
TIPOS DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA 
• Vaporização 
• Radiação 
• Convecção 
• Condução 
 
 
 
VAPORIZAÇÃO 
Subdivido em três 
Ebulição: do liquído para o gasoso 
Calefação: efeito que acontece quando um liquído entra em contato com uma chapa quente e 
muda rapidamente para o estado gasoso 
Evaporação: processo mais lento e com temperaturas mais baixas. É o que ocorre em nosso 
organismo através da pele e nas vias respiratórias 
• Sudorese (perda de água perceptível), perda de calor por evaporação 
• A evaporação completa de il de suor da superfície corporal 1l dissipa cerca de 400 
w/cm2 
CONVECÇÃO 
• É a transferência de energia térmica por partículas de determinado fluído, das regiões 
mais quentes para as mais frias e vice-versa 
• Uma vasilha sobre uma chama, a parte de baixo do fluído ao aquecer, sofrerá 
expansão, terá sua densidade diminuida, e assim subirá. A parte mais superior, mais 
fria e mais densa, descerá. Forma-se então as correntes de convecção, uma ascendente 
e outra descendente 
• É o que ocorre na sauna e forno de bier 
 
CONDUÇÃO 
• Depende de um contato – quando há meio material (presença de moléculas) 
• Corpos com temperaturas diferentes 
• O calor passa do mais quente para o mais frio, tranferindo energia para esse 
A perda ou ganho de calor depende da diferença de temperatura entre o corpo e o meio ao 
redor, da condutividade térmica e área de contato 
A quantiade de gordura subcutânea é um fator importante na determinação do resfriamento 
do tecido pois provoca isolamento, e é importante para prevenir perda condutiva de calor 
durantea imersão em água fria. 
➢ Esta forma de condução caracterizase pela presença de contato entre a fonte de calor e 
o corpo receptor 
➢ Os principais exemplos na eletroterapia são as compressas quentes e frias 
RADIAÇÃO 
• Como o calor proveniente do sol chega até a superfície do planeta? Através das ondas 
eletromagnéticas. A parte visível dessas ondas nos chamamos de luz 
• Nesta forma de tranferências de energia não há necessidade de um meio material; a 
energia se transmite pelo vácuo 
• A irradiação térmica é o processo de tranferência de calor através de ondas 
eletromagnéticas 
 
➢ São ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz 
➢ Se propagam no vácuo 
➢ Na eletroterapia: raios infra vermelho, mo e oc 
➢ Principal forma de dissipação de calor que utilizamos, cerca de 60% 
➢ A pele é o principal meio de troca de calor 
Depende da natureza das superfícies radiantes, suas temperaturas e da relação geométrica 
entre elas 
Estender os braços e perna aumentam efetivamente a área de superfície sobre a qual pode 
ocorrer troca de calor por convecção e radiação 
 
TERMOGRAFIA 
➢ É uma técnica utilizada para detectar áreas de inflamação e mudança na circulação 
sanguínea 
➢ É realizado uma fotografia com uma câmera termográfica em que a imagem é 
processada para produzir um mapa com contornos coloridos de acordo com as 
diferentes temperaturas da superfície avaliada 
TEMPERATURA HUMANA 
• Humanos são homeotérmicos em relação a sua temperatura central 
• Termperatura dos orgãos mantida em níveis relativos e constantes 
• Temperatura corporal normal – 37 c 
• Hipertermia – 39 c 
• Hipotermia - < 35 
 
 
Regulação Térmica: Mantendo o Equilíbrio 
Homeostasia Térmica: É a capacidade do corpo de manter a temperatura interna estável, 
crucial para o funcionamento adequado dos processos fisiológicos. 
Homeotermia: Refere-se à habilidade do organismo de manter a temperatura corporal dentro 
de limites estreitos, independente das variações ambientais. 
Mecanismos de Regulação: O corpo utiliza uma combinação de processos fisiológicos e 
comportamentais para manter a temperatura corporal ideal. Em condições de frio, são 
adotadas medidas para gerar calor interno, como o uso de roupas quentes e atividades físicas. 
Controle Central: A regulação da temperatura é coordenada pelo Sistema Nervoso Central, 
especialmente pelo hipotálamo, que recebe informações dos termorreceptores sobre 
mudanças na temperatura corporal e ambiente. O hipotálamo inicia respostas adaptativas, 
como vasodilatação e sudorese em condições de calor, e vasoconstrição e tremores em 
condições de frio, para manter a homeostase térmica. 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR 
• Aumento da temperatura 
• Expansão do material 
• Mudança do estado físico 
• Aceleração das reações químicas 
• Produção de uma diferença de potencial elétrico 
• Produção de ondas eletromagnéticas 
• Emissão termiônica 
• Redução da viscosidade dos tecidos 
Aumento da temperatura – a energia cinética média das moléculas constituentes da matéria 
aumenta 
Homeostasia Térmica: É o equilíbrio do organismo para manter sua temperatura interna 
constante, controlando a troca de calor com o ambiente. Mecanismos como frequência 
cardíaca, respiração, metabolismo e digestão dependem dessa regulação térmica. 
Homeotermia: Processo que mantém a temperatura corporal dentro de limites estreitos (cerca 
de ±2°C) independentemente das variações ambientais, assegurando a funcionalidade dos 
processos biológicos. 
 
Aula 3: RECEPTORES SENSORIAS 
O QUE SÃO RECEPTORES? 
- Os receptores são estruturas que reconhecem estímulos no ambiente interno ou externo de 
um organismo. 
- Localizados nos órgãos dos sentidos, os receptores sensoriais são terminações nervosas 
capazes de receber um estímulo específico e convertê-lo em um impulso nervoso. 
- Os receptores são classificados de acordo com a natureza do estímulo para o qual são 
sensíveis. 
QUAIS OS TIPOS? 
Quimiorreceptores: Sensíveis à presença ou concentração de determinadas substâncias, 
detectando alterações químicas. Exemplos incluem receptores de gosto na boca, olfato e 
detecção de dióxido de carbono. 
Fotoreceptores: Sensíveis à luz, como os cones e bastonetes do olho. 
Termorreceptores: Sensíveis às mudanças de temperatura. 
Mecanoceptores: responsáveis pelas sensações táteis, detectam deformações mecânicas do 
receptor ou dos locais próximos ao receptor 
Nociceptores: detectam dor! Lesões nos tecidos desencadeada por fatores químicos e/ou 
físicos 
CLASSIFICAÇÃO GERAL 
➢ Exteroceptores: recebem estímulos do exterior 
➢ Visceroceptores: recebem estímulos dos orgãos internos 
➢ Proprioceptores: localizados nas articulações, músculos e tendões, e dão ao snc 
informações sobre o posicionamento corporal e a força necessária para ser aplicada 
CLASSIFICAÇÃO 
• Somestesia: sentido somático do corpo (tato, pressão, temperatura, oriundo da 
superfície e interior do corpo) 
• Propriocepção: sentido de posição e movimento do corpo e de suas partes. Sentido de 
peso dos objetos. Receptores localizados nos músculos, articulações e tendões 
• Sentidos especiais: orgãos sensoriais localizados na cabeçå. Os sentidos especiais 
promovem a percepção de estímulos oriundos do ambiente externo (olfação, gustação, 
audição e visão) 
 
RECEPTORES SENSORIAIS 
• TNL: TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES 
• DISCOS DE MERKEL 
• RECEPTORES DOS FOLÍCULOS PILOSOS 
• CORPÚSCULOS DE PACINI - PRESSÃO 
• CORPÚSCULOS DE MEISSNER 
• CORPÚSCULOS DE KRAUSE (FRIO) E RUFINNI (CALOR) 
• FUSO NEUROMUSCULAR 
• CORPÚSCULOS TENDÍNEOS OU DE GOLGI 
• SISTEMA VESTIBULAR 
TERMORECEPTORES 
➢ Bulbos de krause: sensível ao frio. Este corpúsculo é o mais pequeno receptor sensorial 
➢ São encapsulados, e situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas 
mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios) 
➢ Suas fibras são mielínicas. São formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui 
forma de clava 
Corpúsculo de ruffini: encontrado na pele e no tecido subcutâneo dos seres humanos dando a 
percepção do calor 
 
Mecanorreceptores: 
 - Mecanorreceptores são tipos especializados de receptores sensoriais que respondem a 
estímulos mecânicos, como pressão, toque e movimento. 
Principais Tipos de Mecanorreceptores: 
➢ Corpúsculos de Pacini: Sensíveis a estímulos táteis e de pressão, formados por uma 
fibra nervosa envolvida por várias camadas de células de sustentação. 
➢ Corpúsculos de Meissner: Localizados em saliências da pele sem pelos, respondem ao 
toque e são formados por ramificações terminais de um axônio mielinizado. 
➢ Discos de Merkel: Sensíveis ao toque e à pressão, formados por terminações nervosas 
ramificadas em várias células acessórias. 
➢ Nociceptores: Terminações nervosas livres sensíveis a estímulos mecânicos, térmicos e 
dolorosos. 
Homúnculo de Penfield: 
 - Representação neural do corpo humano no cérebro, destacando áreas mais sensíveis, como 
dedos, mãos e face, que possuem uma alta densidade de mecanorreceptores. 
 
Transdução dos Estímulos Sensoriais: 
 - Processo pelo qual os estímulos mecânicos são convertidos em impulsos nervosos. 
 - Envolve a mudança no potencial elétrico da membrana do receptor, com diferentes tipos de 
receptores sendo sensíveis a estímulos específicos. 
 
Classificação Fisiológica das Fibras Nervosas: 
• Fibras nervosas divididas em tipos A e C. 
• Fibras A: mielinizadas, de tamanho grande e médio. 
• Fibras C: finas e amielínicas. 
 
Transmissão de Sinais de Diferentes Intensidades: 
 - Mecanismos de somação espacial e temporal. 
 - Intensidade do sinal depende do número de fibras estimuladas e da frequência dos 
impulsos nervosos. 
Transmissão e Processamento dos Sinais nos Agrupamentos Neuronais: 
 - Neurônios trabalham juntos para formar campos estimulatórios e promover a transmissão 
eficiente dos sinais. 
 - Divergênciados sinais promove a excitação de um grande número de fibras nervosas. 
Aula 4 
 
Efeitos Fisiológicos do Frio e do Calor: 
 - A escolha entre modalidades terapêuticas como termoterapia e crioterapia depende do 
conhecimento dos efeitos fisiológicos de cada uma. 
 - Os termorreceptores cutâneos na pele são sensíveis às mudanças de temperatura e 
contribuem para o controle da temperatura corporal. 
 - A termoterapia utiliza calor para tratamento, enquanto a crioterapia utiliza resfriamento. 
Ambas têm efeitos fisiológicos específicos. 
 
Modalidades Terapêuticas: 
 - Termoterapia: utiliza calor para tratamento, promovendo efeitos como aumento da 
extensibilidade dos tecidos e redução da dor. 
 - Crioterapia: utiliza resfriamento para tratamento, com efeitos como redução da 
temperatura local e analgesia. 
 
Considerações para Escolha Adequada: 
 - Avaliação fisioterapêutica e diagnóstico cinésiológico funcional são passos fundamentais. 
 - Compreensão das fases do processo de cicatrização e determinação do recurso mais 
adequado para cada fase são essenciais. 
 
A Pele: 
 - Maior órgão do corpo humano, composta por duas camadas distintas. 
 - Possui terminações nervosas sensíveis à temperatura, contribuindo para a percepção 
consciente de calor e frio. 
 
Termorregulação Cutânea: 
 - Termorreceptores cutâneos sinalizam mudanças de temperatura para o cérebro, 
desencadeando mecanismos de termorregulação como vasodilatação ou vasoconstrição. 
 
Teste de Sensibilidade Térmica: 
 - Importante para garantir a segurança do paciente ao aplicar tratamentos com calor ou frio. 
 - Permite identificar a temperatura adequada para prevenir queimaduras ou danos aos 
tecidos. 
 
Efeitos Fisiológicos da Termoterapia: 
 - Incluem aumento da extensibilidade dos tecidos, redução da dor, alívio de espasmos 
musculares e aumento do fluxo sanguíneo. 
 
Efeitos Fisiológicos da Crioterapia: 
 - Incluem redução da temperatura local, vasoconstrição, diminuição do metabolismo celular e 
analgesia. 
 
Mecanismos de Ação: 
 - Ambas as modalidades têm diferentes mecanismos de ação para promover alívio da dor, 
redução de inflamação e melhora da circulação. 
 
Importância das Fases de Cicatrização: 
 - Entender as fases do processo de cicatrização é crucial para determinar o momento e o tipo 
de tratamento mais adequado para promover a recuperação tecidual. 
 
Aula 5 
Fases da Cicatrização e Reparo Tecidual 
 
Cicatrização e Reparo Tecidual: 
 - Processo que substitui o tecido lesado por tecido novo, envolvendo a regeneração de 
células especializadas, formação de tecido de granulação e reconstrução do tecido. 
 
Cicatriz: 
 - Tecido novo formado durante o processo de cura de uma ferida, utilizado para fechar lesões 
do organismo quando a regeneração completa não é possível. 
 
 
 
Processo de Cicatrização: 
 - Primária: ocorre em ferimentos não contaminados com bordas lisas e próximas, sem perda 
tecidual. 
 - Secundária: caracterizada pelo afastamento das bordas do ferimento e presença de lacuna 
tecidual preenchida por tecido de granulação. 
 
Etapas da Cicatrização: 
• Resposta Inflamatória. 
• Reparação Fibroblástica. 
• Maturação e Remodelação. 
 
Papel do Fisioterapeuta: 
 - Conhecer as fases do processo de reparo tecidual, sua sequência e duração. 
 - Permitir que o processo de cicatrização se complete conforme o planejado. 
 
Trauma Cirúrgico: 
 - Todo ato cirúrgico gera repercussões nos sistemas orgânicos, incluindo lesões teciduais, 
perdas sanguíneas, edema, alterações endocrinometabólicas e hemodinâmicas, aumento do 
consumo de oxigênio, risco de infecções e comprometimento de órgãos. 
 
Lesão: 
 - O processo de cicatrização começa assim que um tecido sofre lesão, desencadeando uma 
resposta inflamatória caracterizada por sinais como rubor, tumor, dor, calor e perda. 
 
Mediadores Químicos: 
 - Histamina, leucotrienos e citocinas são os principais mediadores da resposta inflamatória, 
auxiliando na limitação da exsudação e edema após a lesão. 
 
Fases da Reparação Tecidual: 
 - Fase de Reparação Fibroblástica: caracterizada pela formação do tecido de granulação, 
produção de colágeno e cicatrização da ferida. 
 - Fase de Maturação (Remodelação): reorganização do colágeno, aumento da força tênsil da 
cicatriz e realinhamento das fibras de colágeno de acordo com as forças de tensão. 
 
 
Tipos de Colágeno: 
Tipo I: encontrado na pele, fáscias, tendões, ossos, ligamentos, cartilagens e tecidos 
intersticiais. 
Tipo II: presente na cartilagem hialina e nos discos intervertebrais. 
Tipo III: na pele, músculo liso, nervos e vasos sanguíneos. 
 
Fatores que Interferem na Cicatrização: 
 - Locais: extensão e profundidade da lesão, grau de contaminação, presença de coleções 
líquidas, suprimento vascular deficiente, entre outros. 
 - Sistêmicos: idade, raça, estado nutricional, presença de doenças crônicas, uso de 
medicamentos. 
 
Distúrbios de Cicatrização: 
 - Cicatriz hipertrófica e queloides são disfunções que resultam em cicatrizes patológicas, 
gerando deficiências funcionais e estéticas. 
Aula 6 
CRIOTERAPIA 
 
Efeitos Fisiológicos: 
• Diminuição da temperatura tecidual. 
• Redução da demanda metabólica. 
• Vasoconstrição. 
• Controle do edema. 
• Diminuição da dor (analgesia). 
• Diminuição do espasmo muscular. 
• Diminuição da resposta inflamatória. 
• Diminuição do extravazamento sanguíneo, reduzindo a produção de colágeno e 
formação de aderências. 
 
Indicações: 
▪ Analgesia. 
▪ Lesões agudas. 
▪ Redução do espasmo muscular. 
▪ Controle do edema/derrame. 
▪ Redução do tempo de imobilização em lesões de tecidos moles. 
▪ Minimizar tempo de recuperação. 
 
Recursos Crioterápicos: 
 - Compressa de gel: atinge temperatura abaixo da terapêutica e troca calor com o ambiente 
rapidamente. 
 - Bolsas de gelo: indicadas na ausência da compressa de gel. Recomenda-se assepsia e 
umedecimento antes do uso. 
 - Crioimersão local em extremidades: temperatura média de 10 a 15°C, controlada por 
termômetro, por até 30 minutos conforme tolerância. 
 
Precauções: 
➢ Idosos. 
➢ Proteção da pele contra queimaduras. 
➢ Proteção de extremidades, proeminências ósseas e terminações nervosas. 
➢ Proteção de cicatrizes cirúrgicas e escoriações. 
➢ Modificação do tempo de aplicação conforme percentual de gordura tecidual local e 
secção transversa do segmento lesionado. 
 
Contraindicações: 
 - Problemas de sensibilidade. 
 - Alergia ao gelo. 
 - Distúrbios cognitivos. 
 - Dor indefinida, diagnóstico inespecífico ou duvidoso. 
Aula 7 
Infravermelho 
 
Radiação Infravermelha (IV): 
 - É emitida e absorvida por objetos quentes, incluindo o corpo humano. 
 - Não é visível e é detectada pela sensação de calor. 
 
Espectro Eletromagnético: 
 - A luz visível está entre 400 e 760 nm. 
 - O IV não tem cor e tem comprimento de onda mais longo que a luz vermelha. 
 
Características Físicas: 
 - O IV está entre as micro-ondas e a luz visível. 
 - É descrito em três bandas biologicamente significativas: IVA, IVB e IVC. 
 
Fontes de Radiação IV: 
 - Podem ser naturais (como o sol) ou artificiais (geradores luminosos e não luminosos). 
 
Comportamento Físico: 
 - As radiações podem ser refletidas, absorvidas, transmitidas, refratadas e difratadas pela 
matéria. 
 - A absorção depende da estrutura e tipo de tecido, vascularidade, pigmentação e 
comprimento de onda. 
 
Aquecimento Corporal: 
 - O IV produz alterações térmicas que levam a uma série de efeitos terapêuticos. 
 
Efeitos Biológicos: 
 - Aumento da extensibilidade dos tecidos de colágeno, redução da dor, alívio do espasmo 
muscular, entre outros. 
 
Dosagem: 
 - É estimada com base na potência da lâmpada, distância entre a lâmpada e o paciente e 
duração do tratamento. 
 
Forma de Aplicação:- Seleção do equipamento, aquecimento, posicionamento do paciente, precauções de 
segurança, entre outros aspectos. 
 
Riscos e Contraindicações: 
 - Lesões agudas, problemas respiratórios, pessoas suscetíveis, riscos oculares, entre outros.

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