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DIREITO CIVIL IV

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P1 - 4º SEMESTRE
31/07/23
Introdução ao Estudo da
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
1. Histórico
- formação da sociedade -> quando o homem passou a viver na sociedade
- escambo -> troca ou permuta
- direito romano
- 1º regulação
- contractus
- idade média
- não tinha comércio
- senhor/servo -> pagava tributo para o senhor
- suserano/vassalo ->
-
- renascimento -> mascate (vendendor de rua)
- comércio -> surgiu a volta das cidades -> burgo
- volta do contrato
- mercantilismo -> evoluiu para o capitalismo
- fundamento -> de contrato
- França
- Revolução Francesa
- Napoleão -> assume o controle da França
- código Napoleão -> código civil francês (1804)
- base -> da teoria clássica dos contratos
- princípio pacta sunt servanda
- Alemanha
- BGB -> código civil alemão (1896)
- princípio da autonomia da vontade
- base teoria clássica
- individualista
- liberal
- capitalismo liberal
- abusos
- burgueses
- contrato -> instrumento de opressão das classes dominadas
- 2º guerra mundial
- direito fundamentais -> socialização do direito
- mudança nos contratos
- saio do individualismo -> entra a visão social
- função social
- teoria moderna dos contratos
- aplicam os princípios clássicos -> de forma limitada
- princípio moderno
- função social
- boa-fé objetiva
- equivalência material
- finalidade
- evitar abusos
- CF 88
- direito fundamental
- princípio da dignidade da pessoa humana
- inverteu abuso
- não cumpre contrato
- liberdade econômica
01/08/23
2. Conceito de contrato
- contrato é um negócio jurídico pelo qual as partes se manifestam no sentido de formular
um acordo conforme sua autonomia de vontade, que irá disciplinar os efeitos patrimoniais
que pretendem atingir, vinculativo entre elas, limitados pelo princípio da dignidade da
pessoa humana, função social, boa fé objetiva, equivalência material.
3. N.J
- negócio jurídico
- fonte de obrigações
- núcleo do contrato -> vontade das partes
4. Importância
- contratos são a base de uma economia capitalista
- contrato é um fato natural de uma sociedade capitalista
5. Elementos
- alteridade
- elemento estrutural
- vontades -> à vontade tem quer ser contrapostas
- harmonização
- elemento funcional
- compatibilidade das vontades
- tem que funcionar como a perfeição das engrenagens de um relógio
6. Plano de existência, validade e eficácia dos contratos
- plano de existência
- verificar se o contrato existe
- pressuposto de existência
- manifestação de vontade
- agente
- objeto
- forma
- plano de validade ( defeito, invalidade: absoluta e relativa)
- existe -> verificar de é válido
- plano de adjetivação
- requisitos:
- manifestação de vontade -> livre e de boa fé
- agente -> capaz e legitimado
- objeto -> lícito, possível e determinável
- forma -> adequada
- plano de eficácia
- existe e é válido! Verificar se está produzindo efeitos
- se sim! -> então o negócio é PURO
- se não -> depende de um elemento acidental, que são:
- condição -> pode ser suspensiva ou pode ser resolutiva
- termo -> data inicial, data final, e se tem os dois é PRAZO
- encargo
7. Forma e prova do contrato
- art. 107
- forma livre
- regra
- exceção -> quando a lei traz forma
- ad solemnitatem
- ad probationem
- ad solemnitatem
- a forma é imposta para a validade
- se descumprir a forma -> nulidade absoluta
- ex:
- art. 108
- art. 819 -> fiança -> obrigatoriamente deve ser por ESCRITO
- ad probationem
- forma é para a PROVA
- não vincula a validade
- forma livre
- ex:
- art. 758 -> contrato de seguro -> só prova -> apólice (contrato escrito) ou comprovante de
pagamento do prêmio
03/08/23
Princípios Fundamentais do Direito Contratual
1. Origens e formação atual
- compreender toda a teoria contratual
- formação
- vinculatividade
- função
- cumprimento
- teoria clássica do contrato
- teve origem no direito francês -> código de Napoleão (1804)
- e no direito alemão -> BGB (1896)
- princípios clássicos
- três pontos principais -> séries de abusos
- individualismo -> todo era voltado pro EU, nunca para a sociedade
- patrimonialismo
- segurança jurídica
- teoria moderna
- contrapor os abusos -> aplicação irrestrita dos princípios clássicos
- princípios modernos
- limitar os princípios clássicos
- três bases:
- socialização e humanização do Direito
- considerar a publicização do Direito privado
- combate à segurança jurídica desmedida
- pós CF/88
- direitos fundamentais das relações privadas
- princípio da dignidade da pessoa humana
- movimento pendular da teoria contratual
- abusos dos princípios modernos -> decisões dos judiciais
- quem era abusado -> começou a abusar
- imposição de limites -> ex: lei da liberdade econômica, lei da pandemia
- princípios clássicos modernizados
- autonomia privada
- força obrigatória dos contratos
- relativamente subjetiva dos efeitos dos contratos
- princípio modernos
- diretos fundamentais nas relações privadas
- princípio da dignidade humana
- função social do contrato
- boa fé objetiva (figuras especiais)
- equivalência material
07/08/23
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA
-> PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE: A pessoa contrata o que quiser, mas na
verdade não funciona assim. (Ex: só tem a Energisa para contratar energia)
-> ATUALMENTE: EVOLUÍMOS: Liberdade de contratar. 3 enfoques:
- Se eu quero contratar? Sim
- Com quem contratar? Sim, algumas vezes ocorre o monopólio e não tem como escolher
o fornecedor, exemplo da energia.
- O que contratar? Apresenta alguns limites:
* Direitos fundamentais;
* Dignidade humana;
* Função social;
* Boa-fé objetiva;
* Lei;
* Moral;
*Ordem Pública;
-> Fenômeno da massificação dos contratos: elaborar maior número de contratos possíveis
no menor tempo possível. Um dos pilares desse fenômeno é:
- Contrato de adesão: atinge os 3 enfoques. (contrato de adesão é aquele que já vem
pronto e você só assina);
-> Influência das “big techs” na vontade: são grandes conglomerados tecnológicos.
PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA NOS CONTRATOS
-> Clássico – pacta sunt servanda
-> Chama-se pedra angular – ou seja, sem tirar cai tudo.
- Esse princípio retrata a segurança jurídica dos contratos.
-> Atualmente – o contrato faz lei entre as leis. Não é mais absoluto como era no passado.
-> Apoio em 3 apoios: TRINOMIA DE APOIO
- Vontade das partes.
- Autodeterminação da lei: a lei fundamenta os contratos. Dois aspectos:
- Negativo: normas de interpretação proibitiva. Às vezes não é proibido no contrato, mas
na lei é (ex: juros acima de 1%).
- Positivo: a norma insere cláusulas. Não tem cláusula no contrato, mas a lei insere, ex
juros moratórios que sempre são devidos.
- Justiça contratual: quando um contrato não estiver em equilíbrio o juiz pode atuar para
reequilibrar o contrato. Atuação do judiciário para promover o equilíbrio contratual.
14/08/23
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE SUBJETIVA DOS EFEITOS DOS CONTRATOS
-> Contratos só gera efeitos inter partes
- Relativização dos efeitos dos contratos – só produz efeitos em relação às partes. Não
tem efeitos erga omnes, não atinge terceiros. REGRA.
EXCEÇÕES:
-> Dívidas do morto em relação aos herdeiros.
- Quem responde pelas dívidas são os herdeiros, nos limites das forças da herança.
-> Estipulação em favor de 3° - beneficiado. Assino contrato com alguém, mas o benefício
vai para o 3°.
- EX: Dia dos namorados, contrata buquê e manda entregar.
-> Promessa de fato de 3°
- EX: Prometer show e o cantor não ir, deve pagar perdas e danos, aquele que era
responsável por trazer o cantor.
-> Contrato com pessoa a declarar.
-> Consumidor por equiparação
- EX: Não comprei nada na loja, mas sou atingido pelos efeitos. Explosão de celular de
amigo me atinge, tenho direito de entrar com ação.
-> Desconsideração da personalidade jurídica da pessoa jurídica, direta e inversa.
- Quem responde pelas dívidas da PJ, a própria PJ.
-> Ordem pública e interesse social.
- 3° de má-fé pode ser atingido.
DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS
Direitos fundamentais – são direitos subjetivos mínimos, garantidos na constituição tanto no
aspecto material, quanto formal.- Eficácia:
- DIRETA: Imediata, não depende de regulamentação;
- INDIRETA: Mediata, depende de regulamentação;
- VERTICAL: Relações públicas (Estado – Pessoa);
- HORIZONTAL: Relações privadas (Pessoa - pessoa);
Relações interpessoais direta ou indireta? A incidência dos direitos fundamentais nas
relações privadas era direta. Aplicar princípios de direito privado.
15/08/23
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NOS CONTRATOS
-> Na nossa CF, não é apenas um princípio, é um fundamento da república (Art. 1°, III).
-> Direitos básicos de autodeterminação da pessoa, que vão constituir um mínimo
existencial invulnerável.
-> Direito privado: as relações privadas não devem promover o desrespeito à dignidade
humana.
- O código civil na parte geral traz a proteção de direitos da personalidade.
-> Em se tratando de contratos, a dignidade da pessoa humana passa pela humanização e
socialização do direito – isso trouxe mudanças na esfera contratual.
- Primeiro contrato anulado – arremesso de anões, na França, contrato anulado por ferir o
princípio da dignidade da pessoa humana.
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
-> Parte da ideia da socialização do direito privado, dentro dessa socialização existem
séries de manifestações, como a função social da propriedade, do contrato, da herança, da
empresa..
- Contrato: 421 CC. O contrato deve atender uma finalidade social – ele tem que ter um
por que dentro da sociedade. Não pode o contrato atender somente interesses particulares.
O fim da visão individualista dos contratos. Agora o contrato passa a ter uma visão social,
que vai limitar a autonomia da vontade. Tendo por norte a busca pela justiça e solidariedade
social.
-> Função social tem 2 níveis
- Extrínseco: visão do contrato perante a sociedade, ou seja, o contrato deve atender um
fim, ter uma finalidade.
- Intrínseco: diz respeito às partes, se manifesta na boa fé objetiva e equivalência material.
-> Paradigmas:
- PATERNALISTA: (judiciário pende mais pra esse lado, não é tão bom)
- Justiça distributiva: O contrato tem por objetivo distribuir riquezas. Buscar sempre
equilibrar as partes, sempre pendendo para o mais fraco.
- O problema é que se levar ao extremo, você coloca a atividade contratual dentro de um
estado social.
- DA ECONOMIA DO DIREITO (INDIVIDUALISTA):
- Todo contrato deve ser analisado dentro de uma função social econômica.
- Contrato não tem por ideia distribuir riquezas, na verdade o contrato deve buscar
fundamentos dentro da própria economia, pois o contrato visa lucro. A função social
verdadeira é a promoção da circulação de bens e serviços dentro dessa sociedade.
21/08/23
PRINCÍPIO DA BOA FÉ OBJETIVA
A ideia de boa fé se subdividem em duas espécies:
Subjetivo: interior da pessoa (estado de espírito) pende a pessoa desconhece o vício,
onde está prejudicando o direito dela.
Objetivo: comportamento social, normal de conduta social;
- tem conteúdo ético jurídico (conteúdo ético e exigibilidade jurídica)..
- conceito jurídico indeterminado.
- formação do contrato, quanto assinatura e cumprimento.
- quando elas vão celebrar um contratos, as partes devem agir com:
• agir com lealdade;
• honestidade;
• honradez;
• probidade;
• respeito mútuo;
- DEVENDO:
• informar;
• esclarecer;
• confiar;
- BEM COMO EVITAR:
• enganação;
• chicanas;
Funções:
1. Interpretativa - art. 113, CC - (alterado pela lei da liberdade econômica);
- boa fé se presume - a má fé deve ser provada.
2. Função integrativa - criação de deveres anexos ao contrato;
3. Função delimitadora - delimitar direitos subjetivos principalmente decorrentes dos
princípios clássicos. (art. 187 - abuso de direito);
PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA MATERIAL
A base está em dois princípios:
• função social
• boa fé objetiva
- promover o equilíbrio contratual entre as partes, tanto na formação quanto no
cumprimento, para evitar abusos.
- as partes têm que estar equilibradas.
IDEIAS:
- Vedação ao desequilíbrio desproporcional.
- proteção ao vulnerável.
- evitar abusos.
ex: art. 156, 157, 317, 423, 424, 478, 480
PLANOS:
Plano objetivo - considera o desequilíbrio real nas cláusulas contratuais
- O desequilíbrio pode ser:
• Atual.
• Superveniente.
Plano subjetivo: dominação do poder contratual das partes
Das partes pode ser:
• Dominante.
• Vulnerável.
Equivalência material vai atuar para equilibrar.
Requisitos:
1. Desproporção;
- manifesta entre direitos e deveres.
2. Desigualdade entre poderes negociais;
3. Vulnerabilidade reconhecida entre outros contratantes;
22/08/23
Formação dos Contratos
1. Introdução
- a estrutura de formação dos contratos depende de dois elementos:
- alteridades
- harmonização
- quando os dois se juntam -> se forma o contrato
- pode se passar por três fases:
- puntuação
- proposta
- aceitação
2. Fase de Puntuação
- negociação preliminar
- fase de namoro contratual
- tratativas iniciais para a formação de um contrato
- partes: fazem cálculos, analisam, viabilidade, até que chega um ponto de fazer a minuta
- não é obrigatória
- não é vinculativa
- ninguém é obrigado a contratar
- não gera obrigação
- responsabilidade civil pré contratual
- responsabilidade pela quebra motivada da negociação preliminar
- negociação -> está no estágio avançado, gerou expectativa de contratar
- isso tudo󰗅-> gera desrespeito à boa fé objetiva
- essa quebra de expectativa, gera dever de indenizar
- precisa de três requisitos:
- 1. formação de expectativa de contratar legítima
- 2. frustração injustificada
- 3. prova do prejuízo
- qual a diferença de Negociação Preliminar para Contrato Preliminar
- C.P já é um contrato -> vincula
- N.P não é contrato -> antes do contrato, não vincula
3. Proposta de Contratar (MUITO IMPORTANTE)
- ela pode ocorrer
- no final da fase de puntuação
- sem a puntuação
- fase de puntuação -> pode gerar a proposta -> aceitação -> formação do contrato
3.1 Conceito e Força Vinculante
- policitação
- proposta é oferta vinculativa que uma parte faz a outra com o intuito de celebrar um
contrato de interesse de ambos
- quem são as partes:
- ofertante ou policitante (quem faz a proposta)
- oblato quem recebe a proposta
- características da proposta:
- séria -> tanto nas condições e no preço
- concreta
- força vinculante
- proposta séria e concreta ela vincula o ofertante
- art. 427
- regra da força obrigatória da proposta -> regra: proposta obriga o proponente
- exceções: (não obriga)
- termos da proposta
- natureza da proposta
- circunstância do caso
- perda da validade -> prazo ou retratação
3.2 Prazo de Validade da Proposta
- art. 428
- espécies de pessoas
- pessoas presentes
- contato direto e imediato
- não tem intervalo de comunicação
- pessoas ausentes
- não tem contato direto
- tem intervalo de comunicação
- art. 428
- prazos: PROVA
- sem prazo a pessoa presente -> imediato
- sem prazo a pessoa ausente -> tempo suficiente para chegar a resposta **
- prazo razoável
- se feita com prazo a pessoa ausente -> a resposta no prazo **
- se antes ou junto chegar a retratação
04/09/23
3.3 Oferta ao Público
- a proposta é uma oferta dirigida -> um destinatário específico
- oferta ao público
- não é dirigida -> porque é para todos
- art. 429
- características
- destinação geral
- para vincular precisa ter os requisitos necessários para a formação do contrato
- existe uma diferença entre uma oferta ao público e a propaganda
- propaganda -> gênero (divulgar)
- oferta -> espécie (proposta de contratar)
- regra
- oferta -> tem força vinculante
- exceções
- não vincula
- circunstâncias a oferta
- usos e costumes do lugar ou atividade
- revogação da oferta -> requisitos:
- art. 429, § único
- previsão da possibilidade de revogação da oferta
- a revogação deve ser divulgado pela ``mesma via`` da oferta
- via que tenha a mesma amplitude -> mínimo
3.4 Consequências da Morte do Proponente
- PF
- personalíssimo -> extingue -> obrigação de fazer infungível
- não personalíssimo-> não extingue -> herdeiros -> obrigação de dar e fazer coisa fungível
- limites da herança
- PJ
- nao morre -> seextingue
- pode ser
- por falência
- ou dissolução
- regra -> não extingue
- dissolução com baixa -> vai extinguir a proposta mas cabe indenização
- dissolução sem baixa -> não extingue
- falência também não extingue
4. Aceitação
- recebida a proposta -> oblato -> o destinatário dela, cabe aceitar ou nao
- aceitação é a concordância com a proposta
- exteriorização da vontade de contratar
- harmonização
- deve ser
- boa fé (princípio)
- isenta de vícios
- viciado -> termo de nulidade relativa ou nulidade absoluta (simulação)
- art. 430
- proposta -> aceitação -> formação do contrato
- manifestação de aceite -> tem que chegar a conhecimento do proponente
- pode acontecer dessa aceitação, chegar tardiamente
- proponente deve comunicar o atraso imediatamente
- se nao fica esperando achando que contratou
- a data dessa comunicação fere a boa fé objetiva
- se não comunicar -> ou cumpre o contrato ou indenização (pela quebra de expectativa)
- art.431
- a manifestação de aceitação deve ser sim ou não
- aceitação com adições ou reduções, na verdade será
- contra proposta
- aceitação fora do prazo também é considerado contra proposta
- a aceitação pode ser
- expressa
- regra
- há a manifestação expressa
- tácita
- situações que no precisando aceite expresso
- art. 432
- hipóteses
- costume dispensa
- proposta dispensa a aceitação expressa
- CDC art. 39, III
- art. 433
- retratação da aceitação
- é possível -> quando chegar -> antes ou junto
05/09/23
5. Formação dos Contratos entre Ausentes
- F = proposta + aceitação
- pessoas presentes
- sem problemas -> não tem intervalo de comunicação
- D. ausências
- intervalo de comunicação
- quando formou o contrato? -> problema
- algumas teorias -> que vão explicar no momento da formação
- cognição (conhecimento)
- o contrato entre ausente se forma em que o proponente toma conhecimento da resposta
- conhecer -> é real
- é saber o teor da resposta
- agnição (não tem conhecimento)
- o contrato entre ausentes se forma dispensando o conhecimento da resposta
- conhecimento da resposta é -> presumido
- não precisa saber o teor da resposta
- sub teorias da agnição
- teoria da declaração
- o contrato entre ausentes vai se formar em que o oblato redige a resposta
- o oblato recebe a proposta -> redige a resposta -> se forma
- não se aplica
- teoria da expedição
- o contrato ele se forma a partir do momento em que o oblato expede a resposta (ou
seja,envia a resposta)
- o oblato recebe a proposta -> redige a resposta -> envia a resposta -> fórmula o contrato
- teoria da recepção
- o contrato se forma, a partir que o proponente recebe a resposta
- o oblato recebe a proposta -> redige a resposta -> envia. Resposta -> proponente recebe
-> formou o contrato
- não precisa conhecer o conteúdo da resposta
- qual teoria adotada no Brasil?
- não adotou a teoria da cognição e teoria da agnição da declaração
- insegurança jurídica
- art. 434
- CC -> teoria da agnição pela EXPEDIÇÃO
- será?
- art. 428, II -> CHEGAR
- art. 428, III c/c 434 III -> CHEGAR
- art. 430 -> CHEGAR
- art. 432 -> CHEGAR
- art. 434, I c/c 433 -> CHEGAR
- para a doutrina, nós adotamos a teoria da agnição pela RECEPÇÃO
- em suma
- CC -> teoria da expedição
- doutrina -> teoria da recepção
6. Lugar de Formação do Contrato
- entre pessoas presentes
- o contrato a se formar quando for feita a manifestação de vontade
- assinatura
- pessoas ausentes
- problema
- importância
- definir competência
- usos e costumes do lugar
- circunstância do caso concreto
- art. 435
- entre ausentes -> lugar da proposta
- dificuldade em relação a contratos eletrônicos
- em caso de dúvida:
- local do dispositivo eletrônico que emitiu a proposta
- não sendo possível -> sede da empresa do Brasil
- código de defesa do consumidor -> relação de consumidor -> é sempre no domicílio do
consumidor
11/09/23
1. VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM - Não pode ter comportamento contraditório.
2. SUPRESSIO - as duas faces de uma moeda, como se fosse cara e coroa, extinção de
cláusulas contratual pelo não uso.
3. SURRECTIO - as duas faces de uma moeda, como se fosse cara e coroa, criação de
cláusula contratual pelo uso.
4. EXCEPTIO DOLI - não pode ter comportamento doloso no contrato,
5. TU QUOQUE - agir com quebra de confiança.
6. INADMISSIBILIDADE DA ALEGAÇÃO DA PRÓPRIA TORPEZA - para fins de
nulidades, se agiu com torpeza não pode alegar nulidade.
02/09/23
P2
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE 3º
1. Introdução
- princípio da relatividade subjetiva
- regra -> não atinge terceiros
- exceções
- estipulação em favor de terceiro
- promessa em favor de terceiro
- contrato com pessoa a declarar
2. Conceito
É o contrato onde as partes convencionam os benefícios do contrato, será revertido para
terceiros, indicado ou a ser indicado
3. Partes
- estimulante
- promitente
- beneficiário
4. N.J
- teoria do contrato
- estipulação -> contrato
- tem natureza Sui Generis -> o benefício vai para terceiro
- validade -> não depende da eficácia da vontade do terceiro
5. Regulação
- art. 436
- estipulante pode exigir cumprimento
- § único
- beneficiário pode exigir cumprimento mas tem que respeitar o contrato
- art. 438
- mudança na estipulação
- é possível a mudança na estipulação
- enquanto não cumprido pode mudar
- independentemente da vontade do promitente ou beneficiário
- requisito
- ter previsão no contrato
- art. 437
- remissão
-> terceiro pode cobrar -> nao pode (estipulante não pode fazer a remissão -> perdão)
-> terceiro não pode cobrar -> pode
PROMESSA DE FATO DE 3º
1. Conceito
Nada mais é do que o contrato em que a prestação é prometida em relação a m terceiro,
estranho à relação contratual.
2. Partes
- promitente
- beneficiados
- prometido
3. N.J
- contrato vinculado a um fator eficácial
- mantém debitum (obrigado)
- retira obrigatio (resp)
4. Regulação
- art. 439
- terceiro não é obrigado a cumprir se não anuiu
- se terceiro não cumprir -> indenização contra o promitente
- art. 439, § único
- a regra não se aplica no casamento -> terceiro casado com promitente -> nao se aplica à
união estável
- art. 440
- se terceiro anuir -> ele deve cumprir
- se não cumprir -> efeitos do inadimplemento
16/10/23
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
1. CONCEITO
É aquele em que um dos contratantes se reserva o direito de indicar outra pessoa para
assumir sua posição contratual com direitos e obrigações decorrentes
2. PARTES
- promitente (aquele que se compromete respeitar
- estipulante (indicar um terceiro)
- electus (pessoa eleita ou indicada)
3. N.J
- teoria da condição
- gera uma condição resolutivo para o estipulante
4. DISCIPLINA NO CC
- art. 467 a 471
- art. 467
- tem que ser por uma cláusula expressa
- art. 468
- indicação -> sempre tem que ser comunicado ao promitente
- indicação tem prazo
- regra -> o que está no contrato
- exceção -> silêncio do contrato -> 5 dias
- § único
- electus deve manifestar aceite
- forma -> a aceitação da mesma forma do contrato
- art. 469
- efeitos da indicação -> ex tunc
- art. 470 e 471
- contrato original terá pleno efeitos, em 4 situações:
- fim do prazo de indicação
- recusa na indicação pelo electus
- electus insolvente e o promitente desconhecido
- o eleito é incapaz ao tempo da indicação
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
1. CONCEITO
- ideal : onde o objeto da prestação perfeito
- sem defeitos
- real: problemas
- ordem física
- ordem jurídica
- defeitos físicos
- vícios REDIBITÓRIOS
- vícios REDIBITÓRIOS são defeitos ocultos presentes na coisa alienada, o objeto de
contrato comutativo ou doação com encargo.
- art. 441
2. CARACTERÍSTICAS
- contrato comutativo ou doação com encargo
- defeito oculto (não visto a olho nu)
- defeito existente ao tempo da tradição
- prejuízo grave no valor ou na utilidade (a ponto de se perder o interesse na coisa)
3. DIFERENÇA ENTRE VÍCIOS REDIBITÓRIOS E VÍCIO NO CDC
- vício redibitórios no CC
- envolvem relações de direito civil
- defeito físico
- defeito oculto
- o defeito tem que existir até no momento da tradição
- defeito deve sergrave
- mecanismos de proteção-> restritos -> ações edilícias
- vícios do produto ou serviço no CDC (código de defesa do consumidor)
- envolvem relação de consumo
- defeito em relação à quantidade, qualidade ou informação
- defeito pode ser oculto ou aparente
- o defeito pode surgir a qualquer tempo
- defeito não precisa ser grave
- mecanismos de proteção são abrangentes -> art 18 e 19 CDC
4. FUNDAMENTO JURÍDICO
- fundamento é uma garantia
- teoria do adimplemento contratual
- garantia especial -> exceção a teoria dos riscos contratuais
- art. 444
5. CONSEQUÊNCIA JURÍDICAS DA VERIFICAÇÃO DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS
- redibição da coisa
- art. 442
- rejeição -> devolvo
- pode ser
- extrajudicial -> consensual
- judicial
- ação redibitória*
ESPÉCIES DAS CHAMADAS AÇÕES EDILÍCIAS*
- abatimento do preço
- art. 442
- a pessoa fica com a coisa mas exige um desconto no preço
- pode ser extrajudicial -> consensual (através de acordo)
- judicial
- ação ESTIMATÓRIA ou QUANTI MINORIS*
Tem que pedir uma ação ou outra, não pode pedir as duas (estimatória ou quanti)
- art 443
- redibição -> restituição poderá ser com
- indenização se provar má fé
- ou sem indenização, se o vendedor agir de boa fé
17/10/23
6. PRAZO PARA PROPOSITURA DAS AÇÕES EDILÍCIAS
- art. 445
- são prazos decadenciais
- prazo para entrar com a ação
- coisa móvel -> 30 dias*
- coisa imóvel -> 1 ano*
*Prazo começa a contar quando: Contados da tradição, na entrega efetiva da coisa*
- se o comprador estava na posse do bem, esse prazo vai ser reduzido pela metade
- para coisa móvel -> 15 dias*
- para coisa imóvel -> 6 meses*
*Prazo começa a contar: contados da assinatura do contrato*
- cuidado: prazo mínimo é 30 dias
- o tempo de posse + o prazo reduzido não pode ser menor do que o prazo legal
- coisa móvel: 5 dias na posse -> + 15 dias = 20 < 30 -> será 30 dia
- coisa móvel: 20 dias na posse -> 15 dias = 35 > 30 dias -> aplicará o prazo de 15 dias
- vício é de difícil percepção
- demanda um certo tempo para aparecer
- prazo para descobrir o vício
- móvel: 180 dias
- imovel: 1 ano
EVICÇÃO
1. CONCEITO
Evicção nada mais é do que a perda da coisa, por decisão judicial ou administrativa, pelo
fato de que a propriedade pertence a outra pessoa ou porque não pode permanecer em
circulação por descumprir norma legal.
- defeito jurídico
2. PARTES
- alienante (quem vende)
- evicto (pessoa que perde a coisa)
- evictor (provoca a perda da coisa)
3. FUNDAMENTO JURÍDICO
- mesmo dos vícios redibitórios
- garantia especial, exceção a teoria do risco contratual
4. REQUISITOS
- contrato oneroso ou doação com encargo
- art. 447
- também se aplica nas aquisições feitas em hasta pública (leilão), inclusive no judiciário
- perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso
- decisão judicial ou administrativa
- ignorância do vício pelo adquirente
- art. 457
- anterioridade do direito o evictor (SÓ SE APLICA NA JUDICIA)*
5. ESPÉCIES
- total
- perde integralmente a coisa
- parcial
- regra: perde parte da coisa
- outras 3 situações:
- obstáculo oposto à fruição pelo adquirente de uma faculdade, o que foi transferida pelo
contrato junto a coisa;
- o fato de ter que suportar um ônus sobre a coisa que foi vendida livre e desimpedida;
- sucumbência em ação, que reconhece direito real sobre coisa alheia na coisa vendida;
23/10/23
6. DIREITOS DO EVICTO
- art. 450
- total -> consequências::
- o evicto tem que ser restituído no preço que pagou
- indenização dos frutos que for obrigado a restituir ao verdadeiro proprietário
- indenização das despesas que teve no contrato
- indenização das custas, honorários e outras despesas da sucumbência do processo
- art. 455
- parcial
- considerável -> o EVicto tem opção
- devolução do que sobrou + restituição do que pagou
- abatimento no preço
- não considerável
- apenas indenização
- art. 450, § único
- valor ao tempo da evicção
- art. 451
- mesmo com deterioração a responsabilidade pela evicção permanece
- art. 452
- se o evicto não for obrigado a indenizar as deterioração ao evictor
- o alienante deve abater no valor da indenização as deteriorações
- art. 453
- o evicto fez benfeitorias -> o evictor não indeniza as benfeitorias
- o alienante terá que indenizar
* apenas as benfeitorias NECESSÁRIAS e ÚTEIS
• As benfeitorias voluptuárias levantadas quando possível -> não será indenizada
- art. 454
- quem fez a benfeitoria foi o alienante -> e quem recebeu a indenização foi o evicto
- o valor deve ser abatido na indenização ao evicto
7. CLÁUSULA DE NÃO EVICÇÃO E AUTONOMIA PRIVADA
- é possível -> porque, por causa da autonomia privada* PROVA
*Contratos de adesão*
- art. 448
- as parte podem aumentar a evicção, diminuir e simplesmente excluir
- problema maior -> é no caso de exclusão
- art. 449
- quando tem a exclusão
- o legislador estabelece uma garantia mínima
- restituição do preço (restituição no preço que pagou)
- quando o evicto não sabia ou não assumiu o risco
- art. 457
- quando a exclusão total vai acontecer quando o evicto ciente do risco assumo
expressamente o risco da evicção
8. EVICÇÃO E DENUNCIAÇÃO À LIDE
- art. 456
- para haver responsabilização o evicto tem que denunciar a lide ao evictor
- artigo bastante polêmico
- CPC/15 -> revogou
- assunto disciplinado -> 125, CPC
- é possível tanto pela denunciação tanto pela ação regressiva
24/10/23
TEORIA DA IMPREVISÃO
1. CONCEITO
- base do dos princípios modernos
- função social / boa fé objetiva
- equivalência material
- limitar a força obrigatória
- consiste no suporte teórico no qual tem se o reconhecimento de que a ocorrência de
acontecimentos novos imprevisíveis pelas partes e a elas não imputável, com impacto na
base econômica do contrato ou na sua execução, admitiria-se a sua resolução ou revisão
para ajusta-lo às condições superveniente.
- entrou com muita força no Brasil, a partir de 1998
- surgiu após a 2º guerra mundial
- teoria da impossibilidade superveniente
- Arnaldo da Fonseca -> 1958
- acrescentou a imprevisão
- e mudou o nome para TEORIA DA IMPREVISÃO
- oque é imprevisível hoje?
2. REQUISITOS PARA APLICAÇÃO
- de fato superveniente
- o fato tem que ser imprevisível, ambos sem culpa das partes
- alteração na base econômica
- tem que provocar onerosidade excessiva para uma das partes, significa a quebra do
equilíbrio

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