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PL 3 - Tireoide, Paratireoide e Pâncreas

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Thais Alves Fagundes 
GLÂNDULA VESICULAR (FOLICULAR) TIREOIDE 
 
Folicular: porção secretora da glândula é envolvida pelos capilares, ao contrário da cordonal, na qual os cordões 
secretores são entremeados pelos sinusoides. A porção secretora folicular produz um coloide inicial, que será 
digerido e seus hormônios liberados na corrente sanguínea, pelos capilares que envolvem os folículos. 
ORIGEM 
Endodérmica: porção cefálica do tubo digestivo (endoderma embrionário). 
LOCALIZAÇÃO 
Região cervical, anterior à laringe, em estreita proximidade com a traqueia. 
 Observa-se as glândulas (4) paratireoidianas presas à tireoide. 
 Vasos sanguíneos (artérias e veias tireoidianas superiores, veia média e inferiores). 
 
 FUNÇÕES DA TIREOIDE 
Produz três hormônios: 
1. T4 
2. T3 
3. Calcitonina 
T3 e T4 sofrem regulação do eixo hipotálamo-hipofisário. 
Calcitonina sofre regulação por meio dos níveis sanguíneos de cálcio. 
Thais Alves Fagundes 
 
 T3 E T4 
SECREÇÃO: 
 Estímulo hipotalâmico produz TRH (hormônio liberador de tireotrofina). 
 TRH atua sobre a adeno-hipófise, fazendo com que ocorra a secreção de TSH (hormônio tireoestimulante). 
 TSH atua na tireoide, fazendo com que ocorra a secreção de T3 e T4 na corrente sanguínea. 
 T3 e T4 agem em vários órgãos-alvo do corpo, aumentando o metabolismo basal com efeito termogênico, 
isto é, com produção de calor. 
AUTO-REGULAÇÃO: 
 Retroalimentação negativa. 
 Níveis elevados de T3 e T4 inibem a produção de TSH na adeno-hipófise e TRH no hipotálamo, uma vez que 
esses hormônios atravessam a barreira hematoencefalica. 
FUNÇÕES: 
 Catabolismo proteico em adultos. 
 Desenvolvimento do SNC fetal. 
 Termogênico. 
 Aumenta o metabolismo de carboidratos. 
 Eleva a peristalse. 
 Promove o crescimento ósseo. 
 Promove a lipólise. 
 Aumenta a glicogenólise. 
 Aumenta o DC, FC e FR. 
 Promove a vasodilatação. 
Thais Alves Fagundes 
SÍNTESE: 
1. Síntese da tireoglobulina no retículo endoplasmático rugoso. 
 Proteína que vai servir de base para a produção dos hormônios T3 e T4. 
 Tireoglobulina vai para o complexo de golgi onde sofre modificações. 
2. Captação de iodeto do sangue pelas células foliculares. 
 Esse processo ocorre com a ajuda de proteína transportadora que carrega sódio + iodo. 
3. Ativação do iodeto no citoplasma. 
 Esse processo ocorre pela ação do peróxido de hidrogênio H2O2. 
4. Transporte do iodo pela pendrina para a região do folículo. 
 Pendrina, proteína transportadora de iodo localizada na membrana das células, carrega o iodo. 
5. Incorporação do iodo à tireoglobulina. 
 Esse processo ocorre pela ação da peroxidase tireoidiana. 
 Ocorre iodação de tirosina, aclopada a tireoglobulina. 
 Formação do coloide. 
6. Endocitose do coloide. 
 Ocorre quando os níveis de T3 e T4 estão baixos ativando o eixo hipotálamo-hipófise, que ativa a 
tireoide a endocitar o coloide. 
 Endocitose significa absorção desse coloide. 
7. Digestão do coloide nos lisossolomos. 
 Restos dessa digestão atingem a corrente sanguínea. 
8. Liberação de T3 e T4 (tirosina + iodo)  capilares. 
 
 CALCITONINA 
Responsável pela síntese do hormônio Calcitonina, cuja produção varia de acordo com os níveis de cálcio no sangue. 
 Cálcio ingerido na dieta é absorvido no intestino pela ação da vitamina D. 
 Após ser absorvido, o cálcio é depositado na matriz óssea em conjunto com o fosfato, formando cristais de 
hidroxiapatita. 
 Cristais de hidroxiapatita são responsáveis por fornecer a resistência do tecido ósseo. 
 Entretanto, o cálcio possui diversas outras funções, como a coagulação sanguínea, secreção de 
neurotransmissores e a contração muscular. Por isso, é necessário manter os níveis constantes de cálcio no 
sangue. 
Thais Alves Fagundes 
 Calcitonina e o paratormônio (PTH) regulam a calcemia. 
 Níveis de cálcio baixos no sangue: liberação de paratormônio pela paratireoide. 
o Aumento no número de osteoclastos – células do tecido ósseo esponjoso – que por meio de 
sinais/interleucinas aumentam a atividade dos osteoclastos, produzindo enzimas digestivas 
lisossomais que quebram os cristais de hidroxiapatita. 
o Quebra dos cristais de hidroxiapatita separa o cálcio do fosfato que vão para a corrente sanguínea. 
o Fosfato é excretado pelo estímulo do paratormônio. 
o Cálcio eleva a calcemia. 
 Níveis de cálcio altos no sangue: liberação de calcitonina pela tireoide. 
o Diminuição do número e inibição do funcionamento dos osteoclastos. 
o Reduz o processo de reabsorção. 
o Cálcio e fosfato permanecem retidos nos ossos e com concentrações menores no sangue. 
Calcionina é produzida pelas células parafoliculares (células localizadas ao redor dos folículos tireoideanos). 
A calcitonina reduz a quantidade de cálcio e fosfato no sangue por inibir a reabsorção óssea e acelerar a formação 
de matriz óssea. 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS DA TIREOIDE 
 
 
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ESTROMA 
 Cápsula de tecido conjuntivo frouxo. 
o Cápsula penetra o parênquima da tireoide pelas trabéculas. 
 Trabéculas. 
 
PARÊNQUIMA 
 Folículos tireoideanos: esféricos, de tamanho variável (50 a 500µm), armazenam os hormônios tireoideanos. 
o COLOIDE(*), composto por Tireoglobulina, T3 e T4. 
 Células foliculares ou tireócitos: epitélio de revestimento cúbico, colunar ou pavimentoso, simples, com 
núcleo central e que secreta os hormônios. 
o Simples: uma camada. 
o Quanto maior a atividade, maior o comprimento do epitélio. 
 
 Capilares fenestrados circundam os folículos tireoideanos (glândula endócrina folicular). 
 Células parafoliculares: secretoras do hormônio calcitonina. 
o Reduz a calcemia. 
 
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 VARIAÇÕES DO EPITÉLIO FOLICULAR TIREOIDEANO 
 
APLICAÇÕES CLÍNICAS 
HIPERTIREOIDISMO (DOENÇA DE GRAVES) 
 Massa aumentada no pescoço. 
 Sinais oculares típicos (exoftalmia). 
 Utilização aumentada de coloide(*) para produção dos hormônios tireoideanos (T3 e T4). 
 
 
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Lâmina TIREOIDE (Hematoxilina Eosina) 
 Identificar as regiões da Tireoide. 
 Identificar o estroma (cápsula e trabéculas) e o parênquima (tireócitos, células parafoliculares e colóide. 
 Localizar as paratireoides. 
 
ROTEIRO TIREOIDE 
 Estroma: identificar a cápsula de tecido conjuntivo frouxo e as trabéculas. 
 Parênquima: identificar os folículos tireoidianos repletos de coloide. Localizar os tireócitos (células 
foliculares) formando os folículos, bem como os sinais de absorção de coloide, nos folículos de maior 
atividade. 
 Classificar a Glândula como Endócrina do tipo Folicular. 
 Caracterizar o Epitélio Simples Cúbico (podendo ainda ser pavimentoso ou colunar) dos folículos 
tireoidianos. 
 Identificar os Capilares fenestrados ao redor dos folículos teireoidianos. 
 Identificar as Células Parafoliculares (C) produtoras do hormônio calcitonina. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
GLÂNDULA CORDONAL PARATIREÓIDES 
 
Cordonal: capilares sinusoides entremeiam os cordões das células principais produtoras do paratormônio. 
ORIGEM EMBRIONÁRIA 
Desenvolvem-se dos terceiros e quartos pares de bolsas faríngeas embrionárias. 
LOCALIZAÇÃO 
Estão (4) na face dorsal da Tireoide, ou dentro dela. Medem 3x6mm e pesam 0,4g. 
 
FUNÇÕES DA PARATIREOIDE 
HORMÔNIO PARATIREPOIDEANO 
Produzido pelas células principais, células menores do parênquima paratireoideano. 
Funções do hormônio Paratireoideano (PTH): 
 Ativa a síntese de colágeno. 
o Aumenta o número de osteoblastos e fatores de crescimento. 
o Para compensar a retirada do cálcio dos ossos, ocorre deposição de colágeno. 
 Aumenta o número dos osteoclastos, por meio das interleucinas  eleva a calcemia. 
o Promove maior reabsorção óssea, isto é, retirada de cálcio dos ossos para o sangue. 
 Aumenta a reabsorção renal de cálcio  eleva calcemia. 
 Aumenta a absorção intestinal de cálcio  eleva a calcemia. 
o Via vitamina D3, a qual é sintetizada
nos rins, pelo estímulo do PTH. 
o Vitamina D3 aumenta a absorção de cálcio no intestino. 
 Permite a excreção renal de fosfato (diurese de fosfato) e bicarbonato. 
o Fosfato é retirado do osso junto com o cálcio. 
Thais Alves Fagundes 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS DA PARATIREOIDE 
 
ESTROMA 
 Cápsula de tecido conjuntivo. 
 Trabéculas: permeiam os cordões de células principais. 
 Tecido adiposo: no meio do parênquima e na cápsula. 
 
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PARÊQUIMA 
 Células Principais: pequenas (5-8µm), núcleos escuros e borda fina, com citoplasma levemente acidófilo. 
o Secretam PTH. 
 Células Oxifílicas: maiores (8-12µm), núcleos escuros, citoplasma eosinofílico (muitas mitocôndrias). 
o Não secretoras (são células principais inativas ?). 
 Células Límpidas: maiores (8-12µm), núcleos escuros, citoplasma claro. 
 Capilares sinusóides. 
 Células Adiposas: aumentam com a idade. (*) 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
APLICAÇÕES CLÍNICAS DA PARATIREOIDE 
Hiperparatireoidismo: tumor nas glândulas paratireoides que aumenta a secreção de PTH e, consequentemente, a 
reabsorção óssea e a calcemia (alta concentração de cálcio no sangue). 
 Fraturas ósseas por descalcificação extrema. 
Raquitismo: deficiência de vitamina D na infância, podendo levar à osteomalácia (redução da absorção intestinal de 
cálcio) e hiperplasia das paratireoides (compensatória). 
 Baixa de calcemia faz com que a paratireoide aumente seu funcionamento, isto é, hiperplasia das células da 
glândula paratireoide como forma de compensação da redução de cálcio. 
Lâmina PARATIREOIDES (Hematoxilina Eosina) 
 Identificar as regiões das Paratireoides. 
 Identificar as células principais, septos e cápsula de conjuntivo separando elas da tireoide. 
 
ROTEIRO PARATIREOIDE 
 Estroma: identificar a cápsula de tecido conjuntivo frouxo e as trabéculas. 
 Parênquima: identificar as células principais, menores, produtoras de PTH (paratormônio), com citoplasma 
levemente acidófilo e núcleos escuros. 
 Identificar as células oxifílicas, maiores do que as principais, com núcleos escuros e citoplasma eosinofílico. 
Não secretam hormônios. 
 Identificar as células límpidas com núcleos escuros e citoplasma claro. Não secretam hormônios. 
 Localizar e identificar adipócitos permeando o parênquima paratireoideano. 
 
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GLÂNDULA CORDONAL: PÂNCREAS ENDÓCRINO 
ILHOTAS DE LANGERHANS 
 
 
Tipo de glândula mista, pois possui: 
 Porção exócrina (os ácinos pancreáticos – 95%) que produz enzimas digestivas: amilase, lipase e proteases 
pancreáticas. 
o Essas enzimas são secretadas nos ductos intercalares que desembocam no ducto pancreático, que 
desemboca no duodeno. 
 Porção endócrina (as ilhotas de Langerhans – 2 a 5%, medindo 100 a 200μm de diâmetro, mais abundante 
na cauda do pâncreas). 
ORIGEM EMBRIONÁRIA 
Endoderme (surge a partir da 6ª a 8ª semana embrionária). 
PÂNCREAS ENDÓCRINO: ILHOTAS DE LANGERHANS E SEUS TIPOS CELULARES 
PARÊQUIMA ENDÓCRINO PANCREÁTICO 
 Células Beta pancreáticas (B): 70% das ilhotas de Langerhans 
o Produtoras de insulina, hipoglicemiante. 
 Células Alfa pancreáticas (A): 20% das ilhotas de Langerhans 
o Produtoras de glugacagon, hiperglicemiante, ativa glicogenólise e lipólise. 
 Células Delta pancreáticas (D): <5% das ilhotas de Langerhans 
o Produtoras de somatostatina. 
o Somatostatina reduz acidez estomacal, uma vez que inibe gastrina responsável por estimular a 
produção de HCl e suco gástrico pelas células do estômago. 
o Somatostatina inibe a síntese de GH pela hipófise, o hormônio do crescimento. 
o Somatostatina possui ação parácrina (no próprio pâncreas) e inibe a secreção de insulina. 
 PP: produtor de polipeptídeo, redutor da fome e da absorção intestinal. 
 Épsilon: produtora de grelina, que provoca a sensação de fome em gestantes. 
Thais Alves Fagundes 
 
FUNÇÕES DO PÂNCREAS ENDÓCRINO 
 
VIA DE SINALIZAÇÃO DA INSULINA 
 Insulina é secretada com estímulo da glicose sanguínea. 
 Insulina se liga ao seu receptor específico, iniciando uma cascata de reações químicas que induz a liberação 
do GLUT 4, transportador da glicose. 
 GLUT 4 se desloca para a membrana da célula, permitindo a entrada de glicose na célula. 
 Glicose na célula pode ser metabolizada produzindo energia (oxidação da glicose). 
 Glicose na célula pode ser estocada em forma de glicogênio (glicogênese). 
VIA DE SINALIZAÇÃO DO GLUCAGON 
 Glucagon é secretado com estímulo da redução da glicose sanguínea. 
 Glucagon estimula a quebra do glicogênio estocado (glicogenólise). 
 Glucagon estimula a formação de glicose a partir de aminoácidos/proteínas (gliconeogênese). 
 Glucagon estimula a cetogênese, isto é, produção de corpos cetônicos pelo fígado em jejum prolongado. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO PÂNCREAS EXÓCRINO 
Estrutura da porção exócrina pancreática: produtora de bicarbonato, amilase pancreática, lipase pancreática, 
peptidades (suco pancreático). 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO 
Estrutura da porção endócrina pancreática: produtora de insulina (reduz a glicemia), glucagon (eleva a glicemia) e 
somatostatina (inibem gastrina e secreção insulínica). 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 
 
 COLORAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA PARA OS HORMÔNIOS 
As células pancreáticas não são distinguidas pela coloração de H.E. 
 Células Beta Insulina Corante: Gomori (azul). 
 Células Alfa  Glucagon  Corante Gomori (rosa). 
 Células Delta  Somatostatina (não cora). 
 Células PP  Polipetídeo (não cora). 
 
 
Thais Alves Fagundes 
ALDEÍDO FUCSINA 
 Células Beta Insulina Corante: Aldeído fucsina (roxo). 
 Células Alfa  Glucagon  Corante: Aldeído fucsina (vermelho/laranha). 
 Células Delta  Somatostatina  Corante: Aldeído fucsina (vermelho/laranha). 
 Ácinos Pancreáticos  Corante: Aldeído fucsina (laranja). 
 
APLICAÇÕES CLÍNICAS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO 
Diabetes melitus: 
 Tipo 1: diminuição da secreção de insulina (auto-imune) pelas células beta das ilhotas, na infância. 
o Insulinodependente. 
 Tipo 2: resistência e/ou diminuição (levada pela obesidade) dos receptores de glicose à insulina, com 
exaustão das células beta. 
o Não insulinodependente. 
Glicemia > 126mg/dL (normal < 100mg/dL) 
 
EFEITOS 
 Hiperglicemia. 
 Diurese e desidratação. 
 Aumento da mobilização de gordura com formação de ateromas devido à deposição de ácidos graxos nas 
artérias. 
 Ácidose sanguínea. 
 Depleção proteica. 
 Vasoconstrição neuropatia pé diabético. 
Thais Alves Fagundes 
Lâmina PÂNCREAS ENDÓCRINO – Ilhotas de Langherans (H.C.Floxina) 
 Identificar as regiões do pâncreas endócrino. 
 Identificar as ilhotas pancreáticas, com as células beta e alfa pancreáticas. 
 Identificar a porção exócrina: os ácinos pancreáticos e os ductos intercalares. 
 
ROTEIRO PÂNCREAS ENDÓCRINO 
 Estroma: identificar o colágeno. 
 Parênquima: 
 Identificar e diferenciar as porções endócrina e exócrina. 
 Identificar os ácinos pancreáticos e ductos intercalares (epitélio simples cúbico), produtores de enzimas 
pancreáticas. 
 Identificar as Ilhotas de Langherans (pancreáticas), com os capilares fenestrados permeando o seu interior. 
 Identificar as células Beta-pancreáticas (azul – corante Gomori), produtoras de insulina hipoglicemiante. 
 Identificar as células Alfa-pancreáticas (rosa – corante Gomori), produtoras de glucagon hiperglicemiante. 
 Identificar o gânglio parassimpático permeando os ácinos pancreáticos.

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