Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Thais Alves Fagundes GLÂNDULA VESICULAR (FOLICULAR) TIREOIDE Folicular: porção secretora da glândula é envolvida pelos capilares, ao contrário da cordonal, na qual os cordões secretores são entremeados pelos sinusoides. A porção secretora folicular produz um coloide inicial, que será digerido e seus hormônios liberados na corrente sanguínea, pelos capilares que envolvem os folículos. ORIGEM Endodérmica: porção cefálica do tubo digestivo (endoderma embrionário). LOCALIZAÇÃO Região cervical, anterior à laringe, em estreita proximidade com a traqueia. Observa-se as glândulas (4) paratireoidianas presas à tireoide. Vasos sanguíneos (artérias e veias tireoidianas superiores, veia média e inferiores). FUNÇÕES DA TIREOIDE Produz três hormônios: 1. T4 2. T3 3. Calcitonina T3 e T4 sofrem regulação do eixo hipotálamo-hipofisário. Calcitonina sofre regulação por meio dos níveis sanguíneos de cálcio. Thais Alves Fagundes T3 E T4 SECREÇÃO: Estímulo hipotalâmico produz TRH (hormônio liberador de tireotrofina). TRH atua sobre a adeno-hipófise, fazendo com que ocorra a secreção de TSH (hormônio tireoestimulante). TSH atua na tireoide, fazendo com que ocorra a secreção de T3 e T4 na corrente sanguínea. T3 e T4 agem em vários órgãos-alvo do corpo, aumentando o metabolismo basal com efeito termogênico, isto é, com produção de calor. AUTO-REGULAÇÃO: Retroalimentação negativa. Níveis elevados de T3 e T4 inibem a produção de TSH na adeno-hipófise e TRH no hipotálamo, uma vez que esses hormônios atravessam a barreira hematoencefalica. FUNÇÕES: Catabolismo proteico em adultos. Desenvolvimento do SNC fetal. Termogênico. Aumenta o metabolismo de carboidratos. Eleva a peristalse. Promove o crescimento ósseo. Promove a lipólise. Aumenta a glicogenólise. Aumenta o DC, FC e FR. Promove a vasodilatação. Thais Alves Fagundes SÍNTESE: 1. Síntese da tireoglobulina no retículo endoplasmático rugoso. Proteína que vai servir de base para a produção dos hormônios T3 e T4. Tireoglobulina vai para o complexo de golgi onde sofre modificações. 2. Captação de iodeto do sangue pelas células foliculares. Esse processo ocorre com a ajuda de proteína transportadora que carrega sódio + iodo. 3. Ativação do iodeto no citoplasma. Esse processo ocorre pela ação do peróxido de hidrogênio H2O2. 4. Transporte do iodo pela pendrina para a região do folículo. Pendrina, proteína transportadora de iodo localizada na membrana das células, carrega o iodo. 5. Incorporação do iodo à tireoglobulina. Esse processo ocorre pela ação da peroxidase tireoidiana. Ocorre iodação de tirosina, aclopada a tireoglobulina. Formação do coloide. 6. Endocitose do coloide. Ocorre quando os níveis de T3 e T4 estão baixos ativando o eixo hipotálamo-hipófise, que ativa a tireoide a endocitar o coloide. Endocitose significa absorção desse coloide. 7. Digestão do coloide nos lisossolomos. Restos dessa digestão atingem a corrente sanguínea. 8. Liberação de T3 e T4 (tirosina + iodo) capilares. CALCITONINA Responsável pela síntese do hormônio Calcitonina, cuja produção varia de acordo com os níveis de cálcio no sangue. Cálcio ingerido na dieta é absorvido no intestino pela ação da vitamina D. Após ser absorvido, o cálcio é depositado na matriz óssea em conjunto com o fosfato, formando cristais de hidroxiapatita. Cristais de hidroxiapatita são responsáveis por fornecer a resistência do tecido ósseo. Entretanto, o cálcio possui diversas outras funções, como a coagulação sanguínea, secreção de neurotransmissores e a contração muscular. Por isso, é necessário manter os níveis constantes de cálcio no sangue. Thais Alves Fagundes Calcitonina e o paratormônio (PTH) regulam a calcemia. Níveis de cálcio baixos no sangue: liberação de paratormônio pela paratireoide. o Aumento no número de osteoclastos – células do tecido ósseo esponjoso – que por meio de sinais/interleucinas aumentam a atividade dos osteoclastos, produzindo enzimas digestivas lisossomais que quebram os cristais de hidroxiapatita. o Quebra dos cristais de hidroxiapatita separa o cálcio do fosfato que vão para a corrente sanguínea. o Fosfato é excretado pelo estímulo do paratormônio. o Cálcio eleva a calcemia. Níveis de cálcio altos no sangue: liberação de calcitonina pela tireoide. o Diminuição do número e inibição do funcionamento dos osteoclastos. o Reduz o processo de reabsorção. o Cálcio e fosfato permanecem retidos nos ossos e com concentrações menores no sangue. Calcionina é produzida pelas células parafoliculares (células localizadas ao redor dos folículos tireoideanos). A calcitonina reduz a quantidade de cálcio e fosfato no sangue por inibir a reabsorção óssea e acelerar a formação de matriz óssea. ASPECTOS MICROSCÓPICOS DA TIREOIDE Thais Alves Fagundes ESTROMA Cápsula de tecido conjuntivo frouxo. o Cápsula penetra o parênquima da tireoide pelas trabéculas. Trabéculas. PARÊNQUIMA Folículos tireoideanos: esféricos, de tamanho variável (50 a 500µm), armazenam os hormônios tireoideanos. o COLOIDE(*), composto por Tireoglobulina, T3 e T4. Células foliculares ou tireócitos: epitélio de revestimento cúbico, colunar ou pavimentoso, simples, com núcleo central e que secreta os hormônios. o Simples: uma camada. o Quanto maior a atividade, maior o comprimento do epitélio. Capilares fenestrados circundam os folículos tireoideanos (glândula endócrina folicular). Células parafoliculares: secretoras do hormônio calcitonina. o Reduz a calcemia. Thais Alves Fagundes VARIAÇÕES DO EPITÉLIO FOLICULAR TIREOIDEANO APLICAÇÕES CLÍNICAS HIPERTIREOIDISMO (DOENÇA DE GRAVES) Massa aumentada no pescoço. Sinais oculares típicos (exoftalmia). Utilização aumentada de coloide(*) para produção dos hormônios tireoideanos (T3 e T4). Thais Alves Fagundes Lâmina TIREOIDE (Hematoxilina Eosina) Identificar as regiões da Tireoide. Identificar o estroma (cápsula e trabéculas) e o parênquima (tireócitos, células parafoliculares e colóide. Localizar as paratireoides. ROTEIRO TIREOIDE Estroma: identificar a cápsula de tecido conjuntivo frouxo e as trabéculas. Parênquima: identificar os folículos tireoidianos repletos de coloide. Localizar os tireócitos (células foliculares) formando os folículos, bem como os sinais de absorção de coloide, nos folículos de maior atividade. Classificar a Glândula como Endócrina do tipo Folicular. Caracterizar o Epitélio Simples Cúbico (podendo ainda ser pavimentoso ou colunar) dos folículos tireoidianos. Identificar os Capilares fenestrados ao redor dos folículos teireoidianos. Identificar as Células Parafoliculares (C) produtoras do hormônio calcitonina. Thais Alves Fagundes GLÂNDULA CORDONAL PARATIREÓIDES Cordonal: capilares sinusoides entremeiam os cordões das células principais produtoras do paratormônio. ORIGEM EMBRIONÁRIA Desenvolvem-se dos terceiros e quartos pares de bolsas faríngeas embrionárias. LOCALIZAÇÃO Estão (4) na face dorsal da Tireoide, ou dentro dela. Medem 3x6mm e pesam 0,4g. FUNÇÕES DA PARATIREOIDE HORMÔNIO PARATIREPOIDEANO Produzido pelas células principais, células menores do parênquima paratireoideano. Funções do hormônio Paratireoideano (PTH): Ativa a síntese de colágeno. o Aumenta o número de osteoblastos e fatores de crescimento. o Para compensar a retirada do cálcio dos ossos, ocorre deposição de colágeno. Aumenta o número dos osteoclastos, por meio das interleucinas eleva a calcemia. o Promove maior reabsorção óssea, isto é, retirada de cálcio dos ossos para o sangue. Aumenta a reabsorção renal de cálcio eleva calcemia. Aumenta a absorção intestinal de cálcio eleva a calcemia. o Via vitamina D3, a qual é sintetizada nos rins, pelo estímulo do PTH. o Vitamina D3 aumenta a absorção de cálcio no intestino. Permite a excreção renal de fosfato (diurese de fosfato) e bicarbonato. o Fosfato é retirado do osso junto com o cálcio. Thais Alves Fagundes ASPECTOS MICROSCÓPICOS DA PARATIREOIDE ESTROMA Cápsula de tecido conjuntivo. Trabéculas: permeiam os cordões de células principais. Tecido adiposo: no meio do parênquima e na cápsula. Thais Alves Fagundes PARÊQUIMA Células Principais: pequenas (5-8µm), núcleos escuros e borda fina, com citoplasma levemente acidófilo. o Secretam PTH. Células Oxifílicas: maiores (8-12µm), núcleos escuros, citoplasma eosinofílico (muitas mitocôndrias). o Não secretoras (são células principais inativas ?). Células Límpidas: maiores (8-12µm), núcleos escuros, citoplasma claro. Capilares sinusóides. Células Adiposas: aumentam com a idade. (*) Thais Alves Fagundes APLICAÇÕES CLÍNICAS DA PARATIREOIDE Hiperparatireoidismo: tumor nas glândulas paratireoides que aumenta a secreção de PTH e, consequentemente, a reabsorção óssea e a calcemia (alta concentração de cálcio no sangue). Fraturas ósseas por descalcificação extrema. Raquitismo: deficiência de vitamina D na infância, podendo levar à osteomalácia (redução da absorção intestinal de cálcio) e hiperplasia das paratireoides (compensatória). Baixa de calcemia faz com que a paratireoide aumente seu funcionamento, isto é, hiperplasia das células da glândula paratireoide como forma de compensação da redução de cálcio. Lâmina PARATIREOIDES (Hematoxilina Eosina) Identificar as regiões das Paratireoides. Identificar as células principais, septos e cápsula de conjuntivo separando elas da tireoide. ROTEIRO PARATIREOIDE Estroma: identificar a cápsula de tecido conjuntivo frouxo e as trabéculas. Parênquima: identificar as células principais, menores, produtoras de PTH (paratormônio), com citoplasma levemente acidófilo e núcleos escuros. Identificar as células oxifílicas, maiores do que as principais, com núcleos escuros e citoplasma eosinofílico. Não secretam hormônios. Identificar as células límpidas com núcleos escuros e citoplasma claro. Não secretam hormônios. Localizar e identificar adipócitos permeando o parênquima paratireoideano. Thais Alves Fagundes GLÂNDULA CORDONAL: PÂNCREAS ENDÓCRINO ILHOTAS DE LANGERHANS Tipo de glândula mista, pois possui: Porção exócrina (os ácinos pancreáticos – 95%) que produz enzimas digestivas: amilase, lipase e proteases pancreáticas. o Essas enzimas são secretadas nos ductos intercalares que desembocam no ducto pancreático, que desemboca no duodeno. Porção endócrina (as ilhotas de Langerhans – 2 a 5%, medindo 100 a 200μm de diâmetro, mais abundante na cauda do pâncreas). ORIGEM EMBRIONÁRIA Endoderme (surge a partir da 6ª a 8ª semana embrionária). PÂNCREAS ENDÓCRINO: ILHOTAS DE LANGERHANS E SEUS TIPOS CELULARES PARÊQUIMA ENDÓCRINO PANCREÁTICO Células Beta pancreáticas (B): 70% das ilhotas de Langerhans o Produtoras de insulina, hipoglicemiante. Células Alfa pancreáticas (A): 20% das ilhotas de Langerhans o Produtoras de glugacagon, hiperglicemiante, ativa glicogenólise e lipólise. Células Delta pancreáticas (D): <5% das ilhotas de Langerhans o Produtoras de somatostatina. o Somatostatina reduz acidez estomacal, uma vez que inibe gastrina responsável por estimular a produção de HCl e suco gástrico pelas células do estômago. o Somatostatina inibe a síntese de GH pela hipófise, o hormônio do crescimento. o Somatostatina possui ação parácrina (no próprio pâncreas) e inibe a secreção de insulina. PP: produtor de polipeptídeo, redutor da fome e da absorção intestinal. Épsilon: produtora de grelina, que provoca a sensação de fome em gestantes. Thais Alves Fagundes FUNÇÕES DO PÂNCREAS ENDÓCRINO VIA DE SINALIZAÇÃO DA INSULINA Insulina é secretada com estímulo da glicose sanguínea. Insulina se liga ao seu receptor específico, iniciando uma cascata de reações químicas que induz a liberação do GLUT 4, transportador da glicose. GLUT 4 se desloca para a membrana da célula, permitindo a entrada de glicose na célula. Glicose na célula pode ser metabolizada produzindo energia (oxidação da glicose). Glicose na célula pode ser estocada em forma de glicogênio (glicogênese). VIA DE SINALIZAÇÃO DO GLUCAGON Glucagon é secretado com estímulo da redução da glicose sanguínea. Glucagon estimula a quebra do glicogênio estocado (glicogenólise). Glucagon estimula a formação de glicose a partir de aminoácidos/proteínas (gliconeogênese). Glucagon estimula a cetogênese, isto é, produção de corpos cetônicos pelo fígado em jejum prolongado. Thais Alves Fagundes ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO PÂNCREAS EXÓCRINO Estrutura da porção exócrina pancreática: produtora de bicarbonato, amilase pancreática, lipase pancreática, peptidades (suco pancreático). ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO Estrutura da porção endócrina pancreática: produtora de insulina (reduz a glicemia), glucagon (eleva a glicemia) e somatostatina (inibem gastrina e secreção insulínica). Thais Alves Fagundes COLORAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA PARA OS HORMÔNIOS As células pancreáticas não são distinguidas pela coloração de H.E. Células Beta Insulina Corante: Gomori (azul). Células Alfa Glucagon Corante Gomori (rosa). Células Delta Somatostatina (não cora). Células PP Polipetídeo (não cora). Thais Alves Fagundes ALDEÍDO FUCSINA Células Beta Insulina Corante: Aldeído fucsina (roxo). Células Alfa Glucagon Corante: Aldeído fucsina (vermelho/laranha). Células Delta Somatostatina Corante: Aldeído fucsina (vermelho/laranha). Ácinos Pancreáticos Corante: Aldeído fucsina (laranja). APLICAÇÕES CLÍNICAS DO PÂNCREAS ENDÓCRINO Diabetes melitus: Tipo 1: diminuição da secreção de insulina (auto-imune) pelas células beta das ilhotas, na infância. o Insulinodependente. Tipo 2: resistência e/ou diminuição (levada pela obesidade) dos receptores de glicose à insulina, com exaustão das células beta. o Não insulinodependente. Glicemia > 126mg/dL (normal < 100mg/dL) EFEITOS Hiperglicemia. Diurese e desidratação. Aumento da mobilização de gordura com formação de ateromas devido à deposição de ácidos graxos nas artérias. Ácidose sanguínea. Depleção proteica. Vasoconstrição neuropatia pé diabético. Thais Alves Fagundes Lâmina PÂNCREAS ENDÓCRINO – Ilhotas de Langherans (H.C.Floxina) Identificar as regiões do pâncreas endócrino. Identificar as ilhotas pancreáticas, com as células beta e alfa pancreáticas. Identificar a porção exócrina: os ácinos pancreáticos e os ductos intercalares. ROTEIRO PÂNCREAS ENDÓCRINO Estroma: identificar o colágeno. Parênquima: Identificar e diferenciar as porções endócrina e exócrina. Identificar os ácinos pancreáticos e ductos intercalares (epitélio simples cúbico), produtores de enzimas pancreáticas. Identificar as Ilhotas de Langherans (pancreáticas), com os capilares fenestrados permeando o seu interior. Identificar as células Beta-pancreáticas (azul – corante Gomori), produtoras de insulina hipoglicemiante. Identificar as células Alfa-pancreáticas (rosa – corante Gomori), produtoras de glucagon hiperglicemiante. Identificar o gânglio parassimpático permeando os ácinos pancreáticos.
Compartilhar