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DENSITOMETRIA ÓSSEA

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FESVIP
FACULDADE DE ENFERMAGEM SÃO VICENTE DE PAULA
RADIOLOGIA
DENSITOMETRIA ÓSSEA
JOÃO PESSOA/ PB
2024
sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................4
2.1 Osteoporose...................................................................................................4
2.2 Importância da densitometria óssea...............................................................5
2.3 Osteogênese imperfeita ................................................................................5
2.4 Raquitismo ....................................................................................................6
2.5 Câncer nos ossos ..........................................................................................6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................7
REFERÊNCIAS...................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Avanços na tecnologia disponibilizaram imagens de melhor qualidade e possibilitaram uma variedade de diagnósticos. Uma dessas vantagens é o uso de radiação ionizante para visualizar a densidade óssea. Pesquisas mostram que a densitometria óssea para o diagnóstico precoce para melhorar a qualidade de vida através da reposição mineral, prevenindo a fragilidade óssea e a possibilidade de fraturas por perda de densidade mineral (Santos, 2020).
Este ramo da radiologia é denominado densitometria, um aspecto relativamente novo da área devido ao uso precoce da radiação ionizante na saúde (Rebelo, 2010).
A densitometria óssea é atualmente a forma mais eficaz de medir a massa óssea. Este é um teste não invasivo e foi desenvolvido para avaliar pessoas com deformidades da coluna vertebral, mulheres com deficiência de estrogênio e pacientes com hiperparatireoidismo primário. A densitometria usa tecnologia de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) para medir a densidade óssea. Durante o teste, o detector se move com a fonte de radiação por todo o corpo do paciente (Guarniero; Oliveira, 2004).
A densitometria óssea pode ser usada para medir a massa óssea e prever fraturas. Através de suas medições, eles confirmaram que é possível prever fraturas futuras da mesma forma ou melhor do que medir os níveis de colesterol se você tiver uma doença cardíaca ou prever um derrame (Santos, 2020).
Desta forma, precisamos entender um pouco sobre a composição óssea, onde eles contêm células chamadas osteoblastos, osteoclastos e osteócitos, onde os osteoblastos são responsáveis ​​pela formação óssea e os osteoclastos são responsáveis ​​pela reabsorção óssea, portanto, quando a formação óssea está madura, essas células são chamadas de osteócitos. Entre essas células está uma proteína chamada colágeno, que se combina com a hidroxiapatita para criar uma estrutura flexível e macia que testa a resistência do osso, cria resistência e previne fraturas e ferimentos leves. Os ossos são constituídos por uma estrutura externa chamada osso cortical ou osso compacto e uma estrutura interna chamada osso esponjoso ou osso esponjoso (Freire; Aragão, 2004).
No exame de densitometria óssea pode ser realizado para fazer diagnóstico de osteoporose. A osteoporose, que afeta principalmente mulheres mais velhas, é caracterizada pela redução da massa óssea e por um esqueleto frágil e sujeito a fraturas (Oliveira et al., 2023).
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Osteoporose 
A osteoporose tem recebido atenção mundial desde a década de 1960. Foi recentemente definida pelo Consenso sobre Osteoporose de 2001 como uma “epidemia do século XXI” devido a mudanças no perfil demográfico global que resultaram no aumento da esperança de vida e no declínio das taxas de natalidade, particularmente nos Estados Unidos e nas comunidades europeias. Entretanto, esta situação estimula a investigação para alcançar progressos significativos nos métodos de diagnóstico e estratégias eficazes para a prevenção e tratamento da osteoporose (Guarniero; Oliveira, 2004).
A osteoporose é uma doença na qual os ossos se tornam fracos e frágeis devido à perda de massa óssea. Muitas vezes não apresenta sintomas, desenvolve-se durante um longo período de tempo, torna-se uma doença silenciosa e é diagnosticada quando ocorre uma fratura. Ocorre principalmente no pós-parto; mulheres na menopausa e a perda da remodelação óssea começa aos 45 anos devido ao desequilíbrio de cálcio no organismo (Freire; Aragão, 2004).
A resistência óssea reflete a integração entre a densidade mineral e as propriedades biológicas e físicas que determinam a qualidade óssea. A qualidade óssea reflete a estrutura óssea macroscópica e microscópica, o metabolismo, a capacidade de acumular danos (por exemplo, microfraturas) e o conteúdo mineral, juntamente com a mineralização normal do tecido ósseo (Guarniero; Oliveira, 2004).
A osteoporose é responsável não só por aumentar a frequência de fraturas, mas também por aumentar a probabilidade de vários tipos de fraturas, que vão desde fraturas sem sinais clínicos, como as chamadas fraturas morfológicas dos corpos vertebrais, passando por fraturas incompletas, até fraturas cominutivas muito instáveis que apresentam impossibilidade técnica de remontagem anatômica do osso. Algumas fraturas podem não ser detectadas. Outras condições, como os corpos vertebrais, podem ter consequências muito dolorosas. Em alguns casos, pode resultar na morte do paciente ou em incapacidade física permanente, como fratura da extremidade proximal do fêmur (Souza, 2010).
A definição de osteoporose também inclui alterações nas medições da densitometria óssea devido à perda de massa óssea. Então, temos as seguintes condições: Osteopenia se a perda medida pelo teste for de 1 a 2,5 Desvios Padrão (DP); Osteoporose se a perda for maior que o (DP) 2,5 (CONSENSUS, 2000).
2.2 Importância da densitometria óssea
Hoje temos a densitometria óssea como principal exame de medição da massa óssea in vivo, o que nos permite diagnosticar certas doenças associadas à perda óssea, como a osteoporose. A atenuação de um feixe de radiação ao passar pelo osso é a base do equipamento de medição da densidade óssea. (Costa et al., 2017).
A densitometria óssea é realizada principalmente para avaliar a osteoporose. Quando os ossos são expostos à perda de cálcio, o número de osteócitos diminui e o tecido ósseo permanece hipercalcificado, patologia que ocorre atualmente relacionado à Osteopenia (Lopes et al., 2013).
Um teste de densitometria óssea leva cerca de 10 a 15 minutos e os resultados estão disponíveis imediatamente. (Sampaio; Coutinho; Souza, 2007). Embora existam outros métodos de medição da massa óssea, a DEXA é atualmente a técnica mais utilizada, oferecendo vantagens significativas sobre outros métodos, incluindo velocidade mais rápida, menor dose de radiação, melhor qualidade de imagem e capacidade de medir todas as áreas ósseas. (Rebelo, 2010).
2.3 Osteogênese imperfeita
A Osteogênese Imperfeita (OI) ou Doença dos ossos de vidros/cristais como comumente é conhecida, é uma doença genética rara e possui 7 subtipos, dos quais 4 subtipos (TIPO I, II, III e IV) são conhecidos, sendo a OI Tipo II a mais fatal e 3 subtipos cientificamente desconhecidos. Esta doença afeta o tecido ósseo, mais precisamente a produção de colágeno, enquanto o bebê ainda está no útero materno, causando diversos sintomas patológicos, como fragilidade das articulações e anomalias do crânio, do fêmur ou de alguns órgãos (Paiva; Oliveira; Almohalha, 2018).
A OI é, portanto, considerada rara e consiste em doenças causadas por alterações genéticas que provocam alterações nas proteínas estruturais ósseas, tornando os ossos vulneráveis. Essa fragilidade resulta em fissuras e deformações, sinais importantes da doença, além de esclera azulada, hipoplasia dentinária, frouxidão ligamentar,danos estruturais e superfícies triangulares que podem variar em intensidade ou podem nem ocorrer (Herrera; Charpantier, 2009).
As causas primárias da fragilidade óssea são genéticas, herdadas de pais para filhos, enquanto as causas secundárias estão associadas à fraqueza óssea, como níveis elevados de osteoporose ou arqueamento de ossos longos (Brasil, 2010).
2.4 Raquitismo 
O raquitismo é uma doença caracterizada pela falta de mineralização óssea durante o crescimento. Pode ser categorizada em hipocalcemia por deficiência ou resistência à vitamina D e hipofosfatemia, geralmente por perda renal de fosfato, sendo a apresentação mais comum de origem genética. O tratamento do raquitismo é feito com base na reposição das vitaminas que estão ausentes no organismo do paciente (Miliani; Valeri, 2004).
2.5 Câncer nos ossos
O câncer é um problema de saúde pública no Brasil, sendo a segunda causa de morte depois das doenças circulatórias. O osteossarcoma é o tipo mais comum de malignidade óssea, causado por células neoplásicas que formam o osso e caracterizado por um estroma sarcomatoso. Afeta principalmente ossos longos, como metáfise do fêmur distal e tíbia proximal, com pico de incidência entre 10 e 30 anos de idade. Ela cresce rapidamente, desenvolve-se ao longo de várias semanas e causa muita dor na área afetada. O tratamento consiste em quimioterapia, radioterapia e cirurgia (Stolagli; Evangelista; Camargo, 2008).
O sarcoma de Ewing é um tumor ósseo maligno com pequenas células redondas que representa aproximadamente 4-6% dos tumores ósseos primários. Geralmente é diagnosticada na segunda década de vida, ocorre principalmente em homens e é rara na população negra. O sarcoma de Eviga apresenta-se como uma lesão lítica penetrante da diáfise ilíaca com um grande componente de tecido mole e uma reação periosteal típica em múltiplas camadas. O tratamento consiste em terapia intensiva multiagentes combinada com tratamento local, que pode incluir ressecção cirúrgica do tumor com ou sem radioterapia (Júniro, 2017).
O osteossarcoma é um tumor maligno dos ossos longos que afeta frequentemente o fêmur distal e a tíbia proximal e apresenta alta incidência de metástases. Esses tumores ósseos são caracterizados pela formação de osso imaturo que prolifera através do tecido ósseo e do interstício celular. Além do mieloma, o osteossarcoma é o tumor ósseo primário mais comum e afeta principalmente adultos jovens (Tossato; Pereira; Cavalcanti, 2002).
Cordoma é uma lesão maligna da medula espinhal que surge a partir de restos de tecido ectópico da notocorda. Esta é uma neoplasia rara e o local preferencial é o sacro. Cresce lentamente, mas apresenta comportamento localmente agressivo (Sena et al., 2006).
O tumor de células gigantes (TGC) é um tumor ósseo benigno agressivo e de comportamento biológico incerto, composto histologicamente por células gigantes multinucleadas espalhadas pelo tecido tumoral, cujos núcleos compartilham as mesmas características das células ovoides e fusiformes que compõem o estroma. (Camargo et al., 2001).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, pode-se concluir que o objetivo da densitometria óssea é avaliar a densidade mineral óssea em uma ou mais regiões anatômicas para diagnosticar doenças metabólicas ósseas. Este é um teste muito importante para detectar patologia. A principal doença metabólica óssea com maior impacto na população é a osteoporose, uma perda progressiva de massa óssea que torna os ossos frágeis e propensos a fraturas. Graças aos avanços tecnológicos, a densitometria óssea avançou significativamente e destacou a sua importância na prevenção e controle da osteoporose, doença considerada um grave problema de saúde pública devido à sua elevada morbidade e mortalidade.
Os testes de densitometria óssea detectam deficiência de cálcio ósseo e densidade mineral óssea. Com base nos valores da tabela de referência, que leva em consideração sexo e idade, podem ser realizados exames para saber se o paciente não tem osteoporose ou outras doenças ósseas. Os resultados são rápidos e, na maioria dos casos, ficam prontos no mesmo dia.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 1.306, de 22 de Novembro de 2013. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteogênese Imperfeita. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt1306_22_11_2013.html. Acesso em: 08 abr. 2024.
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