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Violência e Indiciplina Escolar

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VIOLÊNCIA E INDICIPLINA ESCOLAR 
 
 
Nos dias atuais a violência e a indisciplina estão mais presentes no cotidiano de alunos 
e professores, e se constituem tanto física quanto verbal, principalmente dentro do 
âmbito escolar. As queixas de educadores sobre violência e indisciplina têm sido 
constantes e apresentam certos desafios, tais como em saber identificar o que é 
indisciplina e o que é violência e quais as formas como elas se apresentam e quais 
atitudes tomar para o enfrentamento do problema. A obediência às normas deve ser 
relacionada a ideais democráticos de justiça e igualdade. A falta de respeito entre alunos 
e alunos e professores ocasiona nas escolas situações que levam à violência e à 
indisciplina. 
A indisciplina escolar não é um assunto recente e sempre rondou o ambiente 
educacional fazendo com que questionamentos acerca do assunto sejam muito mais 
profundos do que se é esperado. Sabe-se que a “educação de antigamente” era 
permeada por medo, coação e até mesmo submissão dos alunos onde em meio aos atos 
de indisciplina, as correções eram estimuladas e apoiadas. A indisciplina sempre existiu, 
mas a opressão que o professor exercia sobre os alunos, era maior que a existente na 
atualidade, e o aluno que estava sendo formado era diferente do atual. 
Pensando nisso e olhando para a atualidade podemos dizer que devemos conceber a 
indisciplina como fenômeno de aprendizagem, superando sua conotação de anomalia, 
ou de problema comportamental a ser neutralizado através de mecanismos de controle. 
Dessa maneira, o aluno indisciplinado não seria apenas aquele cujas ações rompem com 
as regras da instituição, mas também aquele que prejudica o seu próprio 
desenvolvimento cognitivo, moral e atitudinal. Analisar a indisciplina sob a ótica de um 
fenômeno de aprendizagem é de fato um avanço na leitura, sinalizando uma nova 
perspectiva a ser considerada, apontando uma forma de compreender o aluno também 
como um ser complexo, além de oportunizar um questionamento sobre a prática 
docente com relação as regras e o desenvolvimento dos alunos. 
 A violência, por outro lado seria caracterizada por qualquer ato que, no sentido jurídico, 
provocaria, pelo uso da força, um constrangimento físico ou moral. Dessa maneira 
muitos comportamentos apresentados pelos alunos durante as aulas, não seriam 
indisciplina escolar, mas violência devendo, portanto, ser abordados com formas 
diferentes. 
Essa confusão com respeito ao entendimento do que é violência e indisciplina escolar 
trás, uma diversidade de entendimentos conceituais a respeito da indisciplina, fato que 
interferia e direcionava práticas pedagógicas, metodologias e, até mesmo, seus 
processos de avaliação. 
Por isso que a distinção do que é a indisciplina e a violência é tão importante de ser 
trabalhada; para além de ajudar o âmbito escolar em geral, auxiliar os docentes em meio 
a tantas dúvidas e questões sobre os diferentes assuntos; uma vez que ao entender que 
mesmo um aluno sendo punido várias vezes, pelo mesmo ato o comportamento não se 
altera pois a criação de um bloqueio, de uma raiva constante se instaura naquele 
individuo o impossibilitando de ver e compreender o que está sendo feito por ele. 
Portanto a escola como um espaço de interação e de comunicação com a sociedade, 
deveria atribuir aos comportamentos de seus membros valores e significados que 
atravessam os valores éticos, que os sujeitos concebem dos fatos; auxiliando no 
entendimento do que vem a ser tanto a indisciplina como a violência com sob diferentes 
óticas, ou seja, a escola denomina a indisciplina e violência na escola segundo critérios 
de seu ponto de vista cultural que auxilia o docente nas práticas e tomadas de decisões 
dentro e fora de sala de aula. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
VIANA, Pedro N. Ética, indisciplina e violência nas escolas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 
2004. 
A indisciplina e o processo ensino aprendizagem. Disponível em 
http:wwwescuta.com.br/leitura.asp? texto ID=11866. Acesso em: 08/10/13. 
GARCIA, J. A gestão da indisciplina na escola. In: COLÓQUIO DA SECÇÃO PORTUGUESA DA 
AFIRSE/AIPELF. 11, Lisboa. Atas. Lisboa: Estrela e Ferreira. 2001. p. 375-381.

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