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Crise na Educação

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CRISE NA EDUCAÇÃO 
 
 
A crise tomou conta do mundo em que vivemos e abate quase todas as áreas da nossa 
vida, sendo ela de diversas maneiras em todos os países, fazendo com que cada vez mais 
atinja um número maior de pessoas e se apresentando das mais variadas formas. 
Na América, essa crise aparece fortemente na educação, onde pelos menos na 
última década, se transforma num problema político com um grau de intensidade maior 
do que os jornais nos mostram, em consequência disto por muitas vezes, acabamos 
achando que essa questão é apenas um fato isolado e que não existem outros 
problemas que devemos considerar, no entanto, não se pode levar em conta que 
a crise esteja somente ligada a educação, pois se fosse assim ela não seria hoje 
uma questão política, onde as autoridades responsáveis já perderam o controle. 
Devemos sempre ter em mente e fazer disto uma regra geral que todos os 
acontecimentos da nossa época, podem acontecer num outro país num futuro que nós 
mesmo podemos prever. Com a crise acontecem muitas faltas de oportunidades, com 
ela descobrimos questões escondidas e temos a possibilidade de descobrir qual a 
verdadeira razão do problema na educação. 
Mesmo que a crise na educação prejudique todo o mundo, é fato que na América ela 
aconteça de forma mais intensa, pois a educação, realiza um papel diferente na América, 
sua natureza política é mais importante do que em outros países de forma incompatível. 
A educação desempenha um plano irrealizável, desde a Antiguidade até os dias atuais, 
mostra bem como seria melhor começar um novo mundo com os que são novos por 
nascimento e por natureza. Por este fato é que na Europa vence a crença da necessidade 
de se começar novos planos pelas crianças, onde principalmente os movimentos 
revolucionários, tiram os filhos dos pais os ensinando suas doutrinas. Se quisermos com 
seriedade colocarmos ordem na política sem o uso da força, sem obrigar as pessoas a 
pensar como queremos, será preciso aceitar a conclusão de que: expulsar todas as 
pessoas velhas para se estabelecer um novo estado. 
As crianças vivem num mundo que já existe, um mundo feito pelos vivos e pelos mortos, 
somente aqueles que entram pela imigração encontram coisas novas. 
No nosso século a educação apresenta métodos ilusórios para o despertar de novas 
experiências, trazendo as suas mais sérias consequências. As questões que para a 
Europa não passam de tentativas, sendo testadas, em algumas escolas e instituições 
educativas isoladas, foi produzindo influência em alguns setores da América, 
fazendo com que fossem adotados métodos estabelecidos de ensino e de 
aprendizagem, isso faz com que os fatores mais relevantes sejam levados em 
conta na utilização de determinadas teorias, boas ou más, diferente das questões 
políticas que quando apresentam falhas ou se desiste da tentativa de encontrar 
respostas, instaura-se a crise. 
Desta maneira a crise na educação americana apresenta o fracasso da educação 
progressiva dando existência ao problema de uma sociedade em busca de respostas. 
Devemos nos lembrar sempre que um outro fator agravou a crise e este é o conceito de 
igualdade que a vida americana procura até hoje, isso está ligado não somente a 
igualdade perante a lei, mas a questão de querer colocar as classes no mesmo patamar, 
sendo levado em grande consideração a expressão “igualdade d e oportunidade”, onde 
estamos observando o direito a educação, onde na visão americana, o acesso a mesma 
é um direito civil inalienável. 
Numa observação superficial, existiria uma deformidade na natureza de uma sociedade 
de massas, onde a educação teria deixado de ser privilégio das classes mais altas, no 
entanto, na Inglaterra, foi criado um exame onde da escola primária, somente cerca de 
dez por cento dos alunos de onze anos são considerados capazes de continuar nos anos 
secundários. Já na América, essa divisão dos tipos físicos entre crianças que eram 
consideradas inteligentes e não inteligentes não seria admitida. 
Assim percebemos que a forma de política do país é que faz com que a crise da educação 
seja tão forte entre nós, onde cada um precisa lutar para ter igualdade de direitos, ou 
para que não se faça notar a diferença entre novos e velhos, entre os inteligentes e os 
não inteligentes, entre crianças e adultos e em especial entre alunos e professores. 
 
De modo geral, há um esclarecimento e reavivamento da responsabilidade pelo mundo 
e a responsabilidade pela história, o passado de todos os habitantes desse mundo. 
Entendemos que a preocupação, a partir de A Crise na Educação, está em mostrar que 
a educação não consiste em inculcar nas crianças e jovens uma arte de viver, ou seja, 
que a escola não está para ensinar como se deve viver a vida. Acima disso, o papel da 
escola deve ser ensinar as crianças e jovens acerca do mundo, ensinar “um mundo” a 
eles. E esse ensino consiste em apropriações indispensáveis e contextuais do passado, o 
que possibilitará a eles um futuro novo. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
A crise na educação. In: ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 
2011. 
 
ARENDT, Hannah. A Crise na Educação. Fragwürdige Traditionsbestände im Politischen Denken 
der Gegenwart, Frankfurt: Europäische Verlagsanstalt: Partisan Review,1957

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