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Gestão Financeira

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Prévia do material em texto

Gestão Financeira
Fluxo de Caixa e Planejamento 
Financeiro
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
Desenvolvimento do material: Danielle Stelzer
1ª Edição
Copyright © 2021, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por 
qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, 
por escrito, da Unigranrio.
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Fluxo de Caixa e Planejamento Financeiro
Para Início de Conversa... ............................................................................... 4
Objetivo ......................................................................................................... 4
1. Análise e Planejamento Financeiro ....................................................... 5
2. Fluxo de Caixa ............................................................................................... 6
3. Orçamento de Caixa .................................................................................... 10
3.1 Previsão de Vendas ............................................................................... 10
3.2 Recebimentos .......................................................................................... 10
3.3 Pagamentos ............................................................................................. 10
Referências ........................................................................................................ 15
 Gestão Financeira 3
 Gestão Financeira 4
Para Início de Conversa...
Muito se ouve falar sobre planejamento financeiro, mas o que realmente 
significa e quais são as ferramentas disponíveis para a sua construção? 
Planejar significa elaborar ou organizar um plano por meio de projeções, 
ou seja, por meio do desenho de possíveis cenários futuros. Sendo assim, 
o planejamento financeiro nada mais é do que a projeção de todos os 
recebimentos e pagamentos decorrentes das atividades organizacionais, 
possibilitando delinear um panorama da situação em que a empresa 
estará após algum tempo. Essa construção se dá por meio do fluxo de 
caixa projetado e do orçamento de caixa.
O fluxo de caixa e o orçamento de caixa são ferramentas indispensáveis 
ao administrador, pois seu controle e análise o permite apurar e projetar 
as disponibilidades para novos investimentos, capital de giro e eventuais 
dificuldades de caixa. Quer saber como essas técnicas podem ajudar a 
manter a empresa financeiramente estável? 
Objetivo
 ▪ Identificar a importância do planejamento financeiro para a 
sobrevivência das empresas, através de uma metodologia gerencial 
que permite estabelecer a direção a ser seguida. 
 Gestão Financeira 5
1. Análise e Planejamento Financeiro
De acordo com Assaf (2017, p. 415) “o planejamento consiste em 
estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de 
cenários e condições preestabelecidas, estimando os recursos a serem 
utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos 
fixados”. Conhecemos três tipos de planejamento: 
 ▪ O estratégico (que se refere ao longo prazo). 
 ▪ O tático (que visa otimizar o planejamento estratégico). 
 ▪ Operacional (que envolve o curto e o médio prazo e tem como 
objetivo maximizar a riqueza por meio da aplicação dos recursos 
disponíveis). 
Sendo assim, quando falamos em planejamento 
financeiro, nos referimos, principalmente, ao 
planejamento estratégico das operações; 
à projeção e análise dos pagamentos e 
recebimentos futuros, desenhando o provável 
cenário em que a organização estará 
enquadrada e quais deverão ser as ações 
tomadas pelo Administrador; sejam elas para 
a aplicação ou destinação dos recursos.
Figura 1: O planejamento estratégico das operações; à projeção e análise dos pagamentos e 
recebimentos futuros. Fonte: Dreamstime.
O planejamento financeiro funciona como um instrumento de controle, 
acompanhando as atividades, realizando comparações do realizado com 
o projetado e indicando, antecipadamente, a necessidade de capital para 
que a empresa honre com os seus compromissos. Manter o controle 
financeiro é substancial para a sobrevivência da organização.
 Gestão Financeira 6
2. Fluxo de Caixa
Uma das tarefas mais árduas da área financeira é dimensionar o fluxo de 
caixa da empresa, composto basicamente por Contas a Receber e Contas 
a Pagar, incluindo previsões de outros gastos e recebimentos futuros. 
Devem ser registrados todos os recebimentos, todos os pagamentos e 
previsões. Em outras palavras, o fluxo de caixa é o controle de entradas 
e saídas financeiras da organização.
Figura 2: A previsão do fluxo de caixa. Fonte: Dreamstime.
A previsão do fluxo de caixa mede as necessidades futuras de recursos, 
a capacidade de pagamento pontual dos compromissos assumidos ou 
previstos, bem como a disponibilidade para investimentos. É considerado 
um dos mais importantes instrumentos da gestão financeira, pois auxilia 
no processo decisório, no alcance dos objetivos organizacionais e na 
gestão eficiente do capital de giro.
O fluxo de caixa pode ser elaborado manualmente, porém, é muito 
trabalhoso, principalmente, se houver uma grande movimentação 
financeira na empresa em questão. Então, será muito mais fácil 
automatizar esse processo, utilizando uma planilha eletrônica ou um 
programa de gestão.
O volume da movimentação financeira não está relacionado aos valores 
envolvidos, mas sim, à quantidade de operações realizadas diariamente 
pela empresa.
Ao elaborar o fluxo de caixa, o administrador terá uma visão do presente e 
do futuro, avaliando a disponibilidade de caixa e a liquidez da empresa e 
permitindo antecipar decisões importantes, como a redução de despesas 
sem o comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a 
 Gestão Financeira 7
organização de promoções para desencalhe 
de estoque, o planejamento de solicitação 
de empréstimos, a negociação para uma 
dilatação de prazo com fornecedor e 
outras medidas, evitando ou minimizando 
possíveis dificuldades financeiras (SEBRAE).
A construção do fluxo de caixa depende 
do registro das entradas e saídas em uma 
determinada data ou período. O fluxo de caixa 
líquido ou saldo final será representado pelas ENTRADAS menos as 
SAÍDAS de caixa. As entradas ou recebimentos podem ser: vendas à 
vista, vendas a prazo, em cheques (inclusive, pré-datados) duplicatas, 
cartões, rendimentos de aplicações, e outros recebimentos. Já as saídas 
ou pagamentos incluem: fornecedores, despesas bancárias, despesas 
financeiras, salários e encargos de funcionários, telefonia, internet, 
correios, manutenções de equipamentos, veículos, prédios etc.; retirada 
pró-labore, salários dos sócios que trabalham na empresa, serviços de 
terceiros, contador, advocacia, etc; impostos e contribuições, materiais 
de escritório, copa, limpeza etc.; investimentos realizados, amortização 
de empréstimos e dívidas.
Figura 3: A construção do fluxo de caixa. Fonte: Dreamstime. 
O saldo final ou fluxo líquido de caixa não significa que a empresa teve 
lucro ou prejuízo em suas atividades. O resultado é um instrumento para 
análise e monitoramento do comportamento financeiro.
Um alto saldo positivo pode ser prejudicial à organização. Dinheiro 
parado em caixa significa que a empresa está perdendo a oportunidade 
de maximizar seus resultados, aplicando o saldo disponível em 
investimentos que lhe renderiam juros ou, até mesmo, negociando com 
fornecedores taxas de descontos por antecipação de pagamentos. Há 
Faça o 
registro 
diário de 
entradas 
e saídas.
Em situação 
deficitáriatome 
decisões 
sobre a 
necessidade 
de capital 
de giro.
Projete os 
pagamentos 
e 
recebimentos 
futuros
Em situação 
superavitária 
tome 
decisões 
sobre o 
investimento 
e aplicação 
do recurso.
Analise o 
saldo 
diariamente 
e em 
períodos 
futuros.
 Gestão Financeira 8
ainda uma terceira opção, quando as empresas importam produtos ou 
insumos. Nesse caso, quando há dinheiro disponível em caixa, é possível 
se beneficiar com melhores cotações de moeda internacional (a variação 
é constante) e realizar suas operações de câmbio com importâncias 
menores.
Quando o saldo elevado é negativo, reitera-se a necessidade de 
aprimoramento na organização financeira, pois a “cobertura” desse 
saldo pode levar a financiamentos com o custo elevado ou a atraso 
de pagamentos e 
inadimplência empresarial. 
Quando isso acontece, é 
preciso averiguar a causa, 
pois diversos fatores podem 
interferir nesse resultado: 
atraso ou inadimplência por 
parte dos clientes, queda 
das vendas e falha na 
determinação do ciclo de 
caixa.
O ciclo de caixa ou ciclo 
de conversão de caixa é o 
prazo desde o pagamento 
aos fornecedores até o 
recebimento com a venda 
do produto final. Se o prazo para o pagamento for menor do que o prazo 
para recebimento das vendas, possivelmente irá impactar no fluxo de 
caixa líquido.
Além disso, é necessária a administração do capital de giro. Em todas 
as empresas, existem custos variáveis e custos fixos. Os custos fixos 
não se relacionam à quantidade de produtos vendidos ou serviços 
prestados. Dessa forma, se a empresa tiver um menor volume de vendas 
em determinado período, seus custos fixos não serão alterados e será 
preciso que haja uma reserva de caixa para a liquidação das dívidas.
Figura 4: Administração 
do capital de giro.
Fonte: Dreamstime.
 Gestão Financeira 9
Para construir o fluxo de caixa, basta relacionar todas as entradas e 
saídas no período escolhido. Considere o exemplo a seguir, para o dia 
01/XX/XX:
▪ O saldo inicial previsto será de R$ 60.000,00.
▪ A empresa espera vendas à vista diariamente no valor médio de R$
7.000,00.
▪ A provisão de devedores duvidosos (PDD) será encontrada calculando
4% sobre o recebimento das vendas a prazo.
▪ Recebimento das vendas efetuadas com prazo de 30 dias para
recebimento: R$ 5.580,00.
▪ Pagamento a fornecedor: R$ 8.590,00.
▪ Pagamento da conta de telefone: R$ 428,00.
▪ Pagamento da conta de energia elétrica: R$ 900,00.
▪ Pagamento dos salários: R$ 8.440,00.
▪ Pagamento de Pró-Labore: R$ 2.000,00.
▪ Pagamento da conta de água: R$ 800,00.
▪ Pagamento do combustível: R$ 4.000,00.
▪ Pagamento da comissão dos vendedores: R$ 3.400,00.
▪ Pagamento de impostos: R$ 630,00.
O fluxo de caixa será o seguinte:
Figura 5: Fluxo de caixa. Fonte: Elaborado pela autora.
No exemplo, foram listadas apenas as contas mencionadas (água, 
salários etc.), mas, ao elaborar um fluxo de caixa empresarial, devem 
constar todas as possíveis contas de gastos e despesas da organização.
Esse processo deve ser repetido diariamente, imputando as informações 
de entradas e saídas previstas para cada dia. Assim, o administrador 
Mês “X”
DIAS
1
SALDO INICIAL 60.000
ENTRADAS
Vendas à vista 7.000
Vendas a prazo 5.580
Outros recebimentos -
TOTAL DE ENTRADAS 12.580
SAÍDAS -
Fornecedores 8.590
Pró-labore 2.000
Salários 8.440
Água 800
Energia elétrica 900
Telefone 428
Comissões de Vendedores 3.400
Impostos 630
Combustíveis 4.000
Total de SAÍDAS 29.188
Provisão para devedores 223
Saldo do Dia -16.831
SALDO FINAL 43.169
Se a provisão é de 4% das vendas a prazo, 
é preciso calcular 4% de R$ 5580,00
O saldo do dia refere-se apenas às movimentações 
realizadas neste dia, então, será total de entradas 
-total de saídas-PDD
O saldo final considera o saldo anterior de caixa, 
ou seja, o SALDO INICIAL, então, o saldo final será 
SALDO INICIAL+ SALDO DO DIA
 Gestão Financeira 10
construirá um Fluxo de Caixa Projetado para o período escolhido, 
podendo analisar, monitorar e tomar decisões que visem a boa gestão 
do caixa, bem como a maximização da riqueza e a prevenção de futuras 
faltas de caixa.
O saldo inicial do período seguinte será sempre igual ao saldo final do 
período anterior. Por exemplo: Se você guardar R$ 10,00 em sua carteira 
antes de dormir, quanto você terá em sua carteira ao acordar? Os mesmos 
R$ 10,00. Isso significa que o valor apresentado no fechamento do caixa 
no período anterior deverá ser o mesmo valor de abertura do caixa no 
período seguinte, ou seja, o saldo inicial.
3. Orçamento de Caixa
O orçamento de caixa é outro instrumento de planejamento da área 
financeira, e também auxilia na compatibilização de entradas e saídas de 
caixa. Geralmente, é utilizado para períodos mensais. É de extrema valia 
para se detectar dificuldades futuras de falta de caixa ou momentos 
ideais para novos investimentos.
3.1 Previsão de Vendas
A previsão de vendas é o insumo básico de qualquer orçamento de 
caixa. Normalmente é fornecida ao Administrador Financeiro pelo 
departamento de Marketing.
Com base na previsão de vendas, a empresa 
estimará os fluxos de caixa mensais, que 
resultam na projeção dos recebimentos 
de vendas e gastos relacionados com 
a produção, estoques e distribuição. 
Determinará também o nível de 
imobilizado necessário, o montante 
de financiamento, se inevitável, 
exigido para sustentar o nível previsto 
de produção e vendas e a possibilidade 
de sua obtenção.
3.2 Recebimentos
Incluem todos os itens que resultem em entradas de caixa em qualquer 
período.
3.3 Pagamentos
Incluem todos os desembolsos de caixa nos períodos cobertos. Os 
pagamentos mais comuns são: compras à vista, pagamentos de 
duplicatas, pagamentos de dividendos, aluguéis, ordenados e salários, 
recolhimento de impostos, aquisição de equipamentos, pagamentos de 
juros etc.
 Gestão Financeira 11
Considere o exemplo a seguir:
Você é o administrador financeiro da empresa São João e tem a tarefa 
de preparar seu orçamento de caixa para os meses de JUNHO, JULHO e 
AGOSTO. Sabe-se que:
 ▪ As vendas em abril foram de R$ 800.000,00 e as de maio R$ 
400.000,00.
 ▪ Foram previstas vendas de R$ 600.000,00 em junho, R$ 400.000,00 
em julho e R$ 500.000,00 em agosto.
 ▪ Tradicionalmente, os recebimentos das vendas ocorrem das seguintes 
formas: 30% das vendas são à vista, 50% em 30 dias e 20% em 60 
dias.
 ▪ Em agosto, a empresa receberá 40% de um empréstimo que ela 
forneceu a uma empresa controlada, o valor total deste empréstimo 
foi de R$ 450.000,00.
 ▪ A empresa receberá ainda, em julho, dividendos no valor de R$ 
500.000,00.
 ▪ Faça também, na programação de Recebimentos Projetados, uma 
provisão para cheques devolvidos, pois, segundo levantamentos 
efetuados, 10% dos cheques para 30 dias são devolvidos, assim como, 
20% dos cheques de 60 dias. 
Agora, é preciso montar a programação de recebimentos e pagamentos 
da empresa:
PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS PROJETADOS PARA A SÃO JOÃO
Referente aos meses de JUNHO, JULHO E AGOSTO (em R$ 1.000)
ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO
Vendas realizadas 800 400 - - -
Previsão de vendas - - 600 400 500
Recebimentos das vendas
- à vista (30%) 240 120 180 120 150
- Após 30 dias (50%) - 400 200 300 200
- Após 60 dias (20%) - - 160 80 120
Outros recebimentos - - - - -
- Recebimentos de 
empréstimos
- - - - 180
- Dividendos a receber - - - 500 -
Cheques Devolvidos
- Para 30 dias (10%) - 40 20 30 20
- para 60 dias (20%) - - 32 16 24
TOTAL DE RECEBIMENTOS - - 488 954 606
Figura 6: Programação de recebimentos e pagamentos da empresa.
Fonte: Elaborado pela autora.
 Gestão Financeira 12
A programação de recebimentos deve ser 
preenchida conforme as informações 
coletadas pelo administrador.
Na linha de “VENDAS REALIZADAS”, são 
lançadas apenas as vendas já realizadas, 
ou seja, nos meses anteriores ao mês da 
projeção. No caso do exemplo, em “ABRIL e 
MAIO”.
Na linha “PREVISÃO DE VENDAS’’, são registradas as 
previsões para os meses solicitados: JUNHO, JULHO e AGOSTO.As linhas de “VENDAS REALIZADAS” e “PREVISÃO DE VENDAS” são 
meramente informativas. Não entram no cálculo do orçamento de caixa.
Para lançar o recebimento das vendas é preciso estar atento aos 
planos de recebimento. No exemplo, a venda realizada em abril, de 
R$ 800.000,00 foi recebida da seguinte forma: 30% à vista, então, R$ 
240.000,00 deve ser lançado na linha “à vista” em abril. 50% para 30 
dias, por isso, R$ 400.000,00 deve ser registrado no mês de maio (30 
dias depois da venda), na linha de “Após 30 dias” e os 20% para 60 dias, 
que serão inseridos na planilha no mês de junho, ou seja, R$ 160.000,00 
na respectiva linha.
Em seguida, efetua-se o registro dos demais recebimentos, obedecendo 
aos dados coletados.
Na linha “CHEQUES DEVOLVIDOS”, considera-se somente os valores 
mencionados nas vendas a prazo. Vendas à vista não têm cheques 
devolvidos.
O “TOTAL DE RECEBIMENTOS” será a soma das linhas de “Recebimento 
das Vendas” e “Outros Recebimentos”, subtraindo-se as informações das 
linhas “Cheques devolvidos” (se o cheque foi devolvido o dinheiro não 
entrou em caixa. É o mesmo raciocínio utilizado no PDD - Provisão de 
Devedores Duvidosos no fluxo de caixa).
Percebam que os lançamentos das vendas obedecem sempre a uma linha 
de registro diagonal. No mês de julho não é registrado o recebimento 
para 60 dias e no mês de agosto, não são registrados os recebimentos 
para 30 e 60 dias. Isso acontece pelo fato de o orçamento solicitado 
ser apenas para os meses de junho, julho e agosto. Se for solicitado um 
período maior, isso sempre acontecerá com o penúltimo e com o último 
período da projeção.
 Gestão Financeira 13
ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO
Vendas realizadas 800 400 - - -
Previsão de vendas - - 600 400 500
Recebimentos das vendas
- à vista (30%) 240 120 180 120 150
- Após 30 dias (50%) - 400 200 300 200
- Após 60 dias (20%) - - 160 80 120
Outros recebimentos: - - - - -
- Recebimentos de 
empréstimos
- - - - 180
- Dividendos a receber - - - 500 -
Cheques Devolvidos
- Para 30 dias (10%) - 40 20 30 20
- para 60 dias (20%) - - 32 16 24
TOTAL DE RECEBIMENTOS - - 488 954 606
Figura 7: Fluxo de pagamentos. Fonte: Elaborado pela autora.
Para a programação de pagamentos, a São João reuniu os seguintes 
dados para o período:
 ▪ Compras: Representam 60% de suas vendas; 20% desse montante 
serão pagos à vista, 40% no mês seguinte da compra e os 40% 
restantes dois meses após a compra.
 ▪ Salários: 10% de suas vendas + o montante fixo de R$ 5.000,00.
 ▪ Aluguéis: R$ 5.000,00 de aluguéis pagos mensalmente.
 ▪ Aquisição de equipamentos: Compra de um motor no valor de R$ 
50.000,00, com pagamento de 20% à vista no mês de maio e o 
restante dividido em duas parcelas com 30 e 60 dias.
 ▪ Dividendos (pagar): R$ 60.000,00 em agosto.
 ▪ Pagamento de impostos: R$ 30.000,00 em julho.
PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTOS PROJETADOS PARA A SÃO JOÃO
referente aos meses de JUNHO, JULHO e AGOSTO (em R$ 1.000)
ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO
Compras realizadas (60% 
vendas)
480 240 - - -
Compras previstas - - 360 240 300
Previsão de Compras
- À vista 20% 96 48 72 48 60
- Com 30 dias (40%) - 192 96 144 96
- Com 60 dias(40%) - - 192 96 144
Outros pagamentos - - - - -
Salários (10% vendas) - - 65 45 55-
Aluguéis - - 5 5 5
 Gestão Financeira 14
Aquisição de equipamentos - 10 20 20 -
Dividendos - - - - 60
Recolhimento de impostos - - - 30 -
TOTAL DE PAGAMENTOS - - 450 388 420
Figura 8: Fluxo de pagamentos. Fonte: Elaborado pela autora.
O registro dos pagamentos segue a mesma lógica do registro dos 
recebimentos. Então, o “TOTAL DE PAGAMENTOS” será a soma da 
“Previsão de Compras’’ e de todos os “Outros Pagamentos”.
De posse desses lançamentos, é possível montar o orçamento de caixa, 
levando em conta que a São João tinha um saldo final de caixa em MAIO 
no valor de R$ 300.000,00 (se o saldo final de Maio foi de R$ 300.000,00 
isso significa que o saldo inicial em Junho será de R$ 300.000,00):
Figura 9: Orçamento de caixa. Fonte: Elaborado pela autora.
Junho Julho Agosto
Recebimentos 488 954 606
(-) Pagamentos (450) (388) (420)
(=) Fluxo de caixa liquido 38 566 186
(+) Saldo inicial de caixa 300 338 904
338 904 1.090
Primeiro, é preciso preencher a tabela com os dados obtidos na 
programação de recebimentos e na programação de pagamentos. Em 
seguida, subtrai-se o valor do pagamento do valor do recebimento em 
cada mês da projeção.
Por fim, após lançar o valor do saldo inicial do primeiro mês da projeção, 
soma-se com o “Fluxo de Caixa Líquido”, chegando, então, ao “Saldo Final 
de Caixa” do período.
Esse orçamento permite ao administrador prever os saldos futuros de 
caixa mensais, o que permite o alinhamento ao planejamento traçado, 
anteriormente, a análise da movimentação de caixa, a inevitabilidade de 
captação de recursos ou a programação de novos investimentos.
Vimos, neste estudo, que o administrador financeiro precisa conhecer 
e mediar a necessidade de entradas e saídas do caixa, pois o bom 
desempenho organizacional está diretamente relacionado à formação 
de estratégias que se convertam em resultados positivos. 
Aprendemos que o Fluxo de Caixa é o principal instrumento para 
mensurar a capacidade de pagamento e a capacidade de a empresa 
gerar receita suficiente para honrar seus compromissos em determinado 
período, podendo ser utilizado por qualquer empresa, seja ela de 
pequeno, médio ou grande porte.
 Gestão Financeira 15
E descobrimos que o Orçamento de Caixa é normalmente utilizado para 
períodos mensais (diferente do Fluxo de Caixa que, para que seja mais 
assertivo, deve ser elaborado diariamente). Essa ferramenta permitirá ao 
administrador dimensionar a disponibilidade de recursos para suprir as 
necessidades de caixa da empresa e a melhor destinação dos possíveis 
excedentes. 
Afinal, o uso das projeções de fluxo de caixa e orçamento de caixa dão 
ao administrador total controle do capital da empresa, além de servirem 
como suporte à tomada de decisões para aporte de capital ou novos 
projetos de investimento.
Referências
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Fundamentos de administração financeira. 3 
ed. São Paulo: Atlas, 2017.
GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12 ed. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2010.
SEBRAE. O que é o fluxo de caixa e como aplicá-lo no seu negócio. 
Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/
fluxo-de-caixa-o-que-e-e-como-implantar,b29e438af1c92410VgnVCM1
00000b272010aRCRD. Acesso em: 05 mar. 2020.
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/fluxo-de-caixa-o-que-e-e-como-implantar,b29e438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/fluxo-de-caixa-o-que-e-e-como-implantar,b29e438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/fluxo-de-caixa-o-que-e-e-como-implantar,b29e438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
	Fluxo de Caixa e Planejamento Financeiro
	Para Início de Conversa...
	Objetivo
	1. Análise e Planejamento Financeiro
	2. Fluxo de Caixa
	3. Orçamento de Caixa
	3.1 Previsão de Vendas
	3.2 Recebimentos
	3.3 Pagamentos
	Referências

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