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Aula 4 e 5 Infecções sexualmente transmissíveis (1) (1) (1)

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Infecções Sexualmente Transmissíveis
PROFª SILVANA TASSO– ENFERMAGEM UDF
Porque da mudança de nomenclatura
A nova denominação é uma das atualizações da estrutura regimental do Ministério da Saúde por meio do pelo Decreto nº 8.901/2016 publicada no Diário Oficial da União em 2016.
 “A denominação ‘D’, de ‘DST’, vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticas (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, por exemplo) ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo (casos da infecção pelo HPV e vírus do Herpes) e são somente detectadas por meio de exames laboratoriais” 
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS
COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST). 2020
Recomendações gerais no cuidado
Realizar aconselhamento, oferecer testes rápidos para HIV, Hepatite B, Hepatite C e Sífilis. 
Interromper as relações sexuais até a conclusão do tratamento e o desaparecimento dos sintomas. Caso não seja possível, fazer uso de preservativo. 
 Oferecer e estimular o uso de preservativos. 
 Encorajar a pessoa a comunicar ao(s) parceiro(s) sexual(is) dos últimos três meses para que possam ser atendidos e tratados. 
 Oferecer tratamento ao(s) parceiro(as). 
 Notificar o caso em formulário do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em caso de sífilis, síndrome do corrimento uretral masculino, hepatites virais, HIV em gestantes e AIDS
Princípios para comunicação das parcerias sexuais 
Confidencialidade: qualquer informação sobre o caso-índice, incluindo identidade, não deve ser revelada à parceria sexual e vice-versa. Há menor resistência em utilizar o serviço de saúde quando as pessoas percebem que é garantida a confidencialidade. 
Ausência de coerção: a comunicação às parcerias sexuais pelo caso-índice deve ser voluntária, e este deve continuar tendo acesso aos serviços, mesmo que não coopere com o procedimento. Se o profissional perceber que o risco à saúde da parceria e/ou outros é tão elevado que seria antiético deixar de realizar a comunicação, poderá fazê-lo, em último caso, esgotadas todas as possibilidades. 
Proteção contra discriminação: a comunicação às parcerias sexuais deverá ser realizada respeitando os direitos humanos e a dignidade dos envolvidos, principalmente, naqueles lugares em que o estigma e a discriminação possam se seguir ao diagnóstico, tratamento ou notificação. 
Fatores de risco e Cuidados com os preservativos
 Más condições de armazenamento.
Não observação do prazo de validade.
Danificação da embalagem.
Lubrificação vaginal insuficiente.
Sexo anal sem lubrificação adequada.
Uso de lubrificantes oleosos.
Presença de ar e/ou ausência de espaço para recolher o esperma na extremidade do preservativo.
Tamanho inadequado em relação ao pênis.
Sexo Seguro ?!
Usar preservativo;
Imunizar para HAV, HBV e HPV;
Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);
Testar regularmente para HIV e outras IST;
Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção)
Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado;
Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção;
Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado.
Uma pessoa com IST nunca é uma só pessoa. 
É uma rede de parceiros sexuais que estão infectados.
... Persistência da cadeia de transmissão...
Abordagem sindrômica das
infecções sexualmente transmissíveis
A Abordagem Sindrômica foi instituída, em 1991, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
 Consiste em incluir as infecções dentro de síndromes pré-estabelecidas, baseadas em sinais e sintomas, e instituir tratamento imediato sem aguardar resultados de exames confirmatórios.
 Os fluxogramas específicos para cada síndrome foram desenvolvidos a partir da queixa principal que motivou o paciente a buscar o atendimento, levando em conta o exame físico e os achados etiológicos mais prevalentes em cada síndrome.
 IST genitais estão divididas em 3 síndromes: 
Úlceras genitais 
Corrimentos vaginais e corrimentos uretrais
Verrugas genitais
	INFECÇÃO	AGENTE ETIOLÓGICO
	ULCERA ANOGENITAL	
	Linfogranuloma venéreo	Chlamydia trachamatis
	Cancróide	Haemophilus ducreyi
	Herpes Genital	Herpes simplex
	Donovanose	Klabsiela granulomatis
	Sífilis	Treponema pallidum
	CORRIMENTO VAGINAL / URETRAL	
	Candidíase 	Cândida albicans
	Clamídia	Chlamydia trachamatis
	Gonorreia	Nisseria gonorrhoeae
	Tricomoníase	Trichomonas vaginalis
	Vaginose bacteriana	Multiplos agentes
	VERRUGA ANOGENITAL	
	Condiloma acuminado	Papilomavirus Humano (HPV)
Úlceras genitais
Sífilis
 Pacientes com suspeita de Sífilis devem ser rastreados pelo teste rápido treponêmico: detectam anticorpos específicos para T. pallidum. 
Em caso de contaminação, tornam-se positivos em até 20 dias, após o período de incubação.
 Teste> VDRL ( Veneral disease Research Laboratory) são não treponêmicos, positivam cerca de 3 semanas após o aparecimento de cancro. 
Com o tratamento, ocorre a queda gradual da
 titulação entre 9 a 12 meses. 
Cuidados gerais... 
Corrimento uretral 
Avaliar corrimento uretral, disúria e desconforto peniano.
Retrair prepúcio, verificar se o corrimento é proveniente o meato uretral 
Realizar ordenha da uretra para avaliar corrimento
Abordar na anamnese: vida sexual ativa, relações desprotegidas e mudanças de parceiros 
Tratamento:
Tratamento para Clamídia • AZITROMICINA 1g, VO, em dose única; ou • DOXICICLINA 100mg, VO, a cada 12h, por 7 dias; ou • AMOXICILINA 500 mg, VO, 08/08h, por 7 dias; ou • ERITROMICINA 500mg, VO, a cada 6h, por 7 dias. 
Tratamento para Gonorreia • CEFTRIAXONA 500mg, IM, dose única; ou • CEFOTAXIMA 1g, EV, dose única.
Cuidados gerais...
Corrimento Vaginal
Avaliar a queixa do corrimento por meio de exame físico na genitália interna, externa e região anal, introduzir espéculo e avaliar canal vaginal. 
 Teste de pH vaginal, com a colocação da fita na lateral do canal.
Colher com swab conteúdo endocervical e observar se presença de muco purulento
Avaliar se colo friável ou dor a mobilização 
Gonorreia e Clamídia
Tricomoníase e Vaginose
Cuidados gerais...
Candidíase
Fatores que predispõe à Candidíase
Gravidez 
Obesidade 
Diabetes mellitus (descompensado) 
Uso de corticoides e antibióticos 
Uso de contraceptivos orais 
Uso de imunossupressores ou quimio/radioterapia 
Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência) 
Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local 
Contato com substancias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou desodorantes íntimos) 
Infecção pelo HIV 
Verrugas genitais - HPV
Cuidados individuais...
Cuidados gerais...
	Síndrome	IST	Agente	Tto
	Úlceras	Sífilis	Treponema pallidum
Bact.	Penicilina G benzatina 2.400.000Ui
		Cancro mole	Haemophilus ducreyi
Bact. 	Azitromicina 1g VO
 OU
Ceftriaxona 250mg IM
		Herpes genital	Herpes simples vírus	Aciclovir 400mg 3x/dia por 7 dias
		Donovanose	Klabsiella granulomatis
Bact.	Doxiciclina 100mg 2x/dia por 21 dias desaparecimento das lesões
 OU
Azitromicina 1g, VO, 1x/semana
		Linfogranuloma Venéreo
	Chamydia trachomatis
Bact.	Doxiciclinab 100 mg VO 2x/dia por 21 dias 
 OU
Azitromicina 500 mg VO 1x/semana por 21 dias (preferencial nas gestantes) 
	Síndrome	IST	Agente	Tto
	Corrimentos	Vaginose Bacteriana	Gardnerella vaginalis;
Mycoplasma;
Peptococcus anaer.
Bact.	Metronidazol 500mg VO, 12/12h, por 7dias
Metronidazol gel, 100mg/g, por 5 dias 
 OU
Clindamicina creme 2%, por 7 dias
		Candidíase	Candida Albicans
Fungo	Miconazol creme 2%, a noite, por 7 dias
Se resistente:
Fluconazol150mg, VO, única
		Gonorreia	Neisseria gonorrhoeae
Bact.	Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única 
 OU
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única
		Clamídia	Chlamydia trachomatis
Bact.	Azitromicina 1g, VO, dose única
 OU 
Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia por 7 dias
		Tricomoníase	Trichomonas vaginalis
Protozoários	Metronidazol 2g, VO, dose única
 OU 
Metronidazol 400mg, 12/12h, por 7 dias
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