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Universidade de São Paulo Escola Politécnica Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões Recursos Hídricos e Meio Ambiente Aula 7 Evapotranspiração Arisvaldo Vieira Méllo Júnior arisvaldo@usp.br PHD5036 Modelagem de Processos Hidrológicos 1 Calor específico ▪ Quantidade de calor absorvido por unidade de massa ▪ Quantidade de calor necessário para elevar em 1oC a massa de 1 g de uma substância 2 A água possui uma grande capacidade de armazenamento de energia para uma pequena mudança de temperatura. Forte efeito sobre a formação do tempo e o clima 1 cal = quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 g de água de 14,5oC para 15,5oC Calor latente e sensível ▪ Calor latente (o que está oculto, subentendido) ❑ Energia requerida para uma substância mudar de estado ❑ 600 cal são requeridas para evaporar 1 g de água a temperatura ambiente ▪ Calor sensível ❑ Aquele que pode ser sentido e medido por um termômetro ▪ Transferência de calor na atmosfera ❑ Condução: o ar é um pobre condutor calor ❑ Convecção: Transferência pelo movimento da massa de um fluido (ar) ❑ Radiação: Transferência de um objeto a outro sem que o espaço entre eles seja aquecido Condução Convecção Radiação↑ ℃⟹ ↑ intensidade ou taxa de Radiação emitida 3 Radiação e Temperatura ▪ Josef Stefan (1835–1893) e Ludwig Boltzmann (1844–1906) ❑ Todo corpo com temperatura acima de zero Kelvin emite energia radiativa ❑ A densidade de fluxo dessa energia é proporcional a quarta potência da temperatura absoluta desse corpo ▪ Comprimento de onda de radiação - Lei de deslocamento de Wilhelm Wien (1864 - 1928) ❑ O produto entre a temperatura absoluta de um corpo e o comprimento de onda de máxima emissão energética é uma constante 𝐸 = 𝑒 ∙ 𝜎 ∙ 𝑇4 E – radiação emitida, W/m2 e – emissividade do corpo (0,95 a 1,0) - constante de Stefan-Boltzman (5,67.10-8 W/m2.K4 = 4,903.10-9 MJ/m2.K4) T – temperatura, K 1 W (watt) = 1 J/s 1 J (joule) = 0,24 cal 1 m (micrometro) = 10-6 m 𝜆𝑚𝑎𝑥 ∙ 𝑇 = 2897 𝜇m K 𝜆𝑚𝑎𝑥 = 2897 𝜇m K 𝑇 𝐾 Comprimento de onda emitido pela Terra (T = 300 K) Ondas longas 𝜆𝑚𝑎𝑥 = 2897 300 = 9,657 𝜇m = 9,657 ∙ 10−3 nm Comprimento de onda emitido pelo Sol (T = 6000 K) Ondas curtas 𝜆𝑚𝑎𝑥 = 2897 6000 = 0,483 𝜇m = 4,83 ∙ 10−4 nm 4 Análise conjunta da leis de Wien e Stefan-Boltzman ▪ Quatro corpos com temperaturas crescentes (T1 < T2 < T3 < T4) apresentam potência emitida crescente (E1 < E2 < E3 < E4) e comprimento de onda de máxima emissão decrescente (1 > 2 > 3 > 4) ▪ Radiação solar ❑ Principal fonte de energia para a terra ❑ Um dos fatores determinantes do tempo e do clima ❑ Afeta processos físicos (aquecimento e evaporação), biofísicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese) 5 E1 T1 1 2 T2 E2 3 T3 E3 4 T4 E4 Espectro Eletromagnético 6 Sensor de inframermelho (distingue objetos com diferentes temperaturas) Área de uma esfera 7 Pn P2 P1 Pn -1 x1 = a x2 xn = bXn -1 y x Segmento do arco de curva xk yk lk 𝑙𝑘 = ∆𝑥𝑘 2 + ∆𝑦𝑘 2 = ∆𝑥𝑘 + ∆𝑦𝑘 2 ∆𝑥𝑘 2 ∙ ∆𝑥𝑘 2 𝑙𝑘 = 1 + ∆𝑦𝑘 2 ∆𝑥𝑘 2 ∙ ∆𝑥𝑘= 1 + ∆𝑦𝑘 ∆𝑥𝑘 2 ∙ ∆𝑥𝑘 Comprimento total do arco 𝐿 = 𝑘=1 𝑛 𝑙𝑘 = 𝑘=1 𝑛 1 + ∆𝑦𝑘 ∆𝑥𝑘 2 ∙ ∆𝑥𝑘 = න 𝑎 𝑏 1 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 2 ∙ 𝑑𝑥 ∆𝑥𝑘= 𝑥𝑘 − 𝑥𝑘−1 ∆𝑦𝑘= 𝑦𝑘 − 𝑦𝑘−1 𝑘 = 1, 2, … , 𝑛 𝑟2 = 𝑥2 + 𝑦2 𝑦 = 𝑟2 − 𝑥2 Girando o segmento de comprimento infinitesimal 𝑙𝑘 sobre a curva y, no eixo x, produzirá uma superfície infinitesimal de área dA 𝑑𝐴 = 2𝜋𝑦 ∙ 𝑙𝑘 𝑙𝑘 2𝜋𝑟 - comprimento da circunferência 𝑟 – raio da circunferência 𝑙𝑘 - elemento diferencial de comprimento do arco 𝑑𝐴 = 2𝜋𝑦 ∙ 1 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 2 𝐴 = 2 ∙ න 0 𝑟 2𝜋 ∙ 𝑟2 − 𝑥2 ∙ 1 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 2 ∙ 𝑑𝑥 = 2 ∙ න 0 𝑟 2𝜋 ∙ 𝑟2 − 𝑥2 ∙ 1 + −𝑥 𝑟2 − 𝑥2 2 ∙ 𝑑𝑥𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑟2 − 𝑥2 = 𝑟2 − 𝑥2 Τ1 2 ∴ 𝑦′ = 1 2 ∙ 𝑟2 − 𝑥2 − Τ1 2 ∙ −2𝑥 = − 𝑥 𝑟2 − 𝑥2 𝑦 = 𝑢𝑛 ∴ 𝑦′ = 𝑛𝑢𝑛−1 ∙ 𝑢′ 𝐴 = 4𝜋 ∙ 0 𝑟 𝑟2 − 𝑥2 ∙ 𝑟2−𝑥2+𝑥2 𝑟2−𝑥2 ∙ 𝑑𝑥 = 4𝜋 ∙ 0 𝑟 𝑟 ∙ 𝑑𝑥 = 4𝜋 ∙ 𝑟 ∙ 𝑥 ቚ𝑟 0 = 4𝜋 ∙ 𝑟 ∙ 𝑟 −𝑟 ∙ 0 = 4𝜋𝑟2 Sol D ▪ O sol emite radiação igualmente em todas as direções (4) ▪ Se a intensidade luminosa (I) for interceptada, a energia total emitida será: 4I ▪ Área da esfera = 4r2 = 4D2 ▪ Densidade de fluxo de radiação solar (Irradiância solar) na superfície da esfera ▪ Lei do inverso do quadrado da distância: a energia recebida em uma superfície é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte emissora e a superfície receptora Esfera hipotética de raio igual à distância D, a qual estará interceptando a energia emitida 4𝜋𝐼 4𝜋𝐷2 = 𝐼 𝐷2 Área da superfície esférica de uma esfera de raio r é igual a área de quatro círculos de raio r (A = 4 r2) Terra 8 9 Verão HS Inverno HS Outono HS Primavera HS ▪ Como a distância Terra-Sol varia continuamente ao longo do ano, a irradiância solar extraterrestre também variará ▪ Hemisfério Sul tem 81% de água e no HN 61%. Mantem as temperaturas de verão mais frias e as temperaturas de inverno mais quentes no HS do que no HN. Periélio Distância Terra-Sol (D) 1,47*108 km Afélio Distância Terra-Sol (D) 1,52*108 km Constante solar ▪ Fluxo de radiação solar incidente no topo da atmosfera terrestre, em uma superfície plana e perpendicular aos raios solares, a uma distância Terra-Sol média (Io = 1367 W/m2 2 cal/cm2.min) ▪ Caso a terra esteja a uma distância do sol (d) diferente da média (D), chamado de inverso da distância relativa 𝐼𝑜 ′ = 𝐼𝑜 ∙ 𝑑 𝐷 2 𝑑 𝐷 2 = 1 + 0,033 ∙ 𝑐𝑜𝑠 360 ∙ 𝑁𝐷𝐴 365 NDA – número do dia do ano (1 a 365) NDA = 04/07 = 185 NDA = 04/01 = 4 2 2 360 185 1 0,033 cos 0,967 365 1367 0,967 1321,9 W/mo d D I = + = = = 2 2 360 4 1 0,033 cos 1,033 365 1367 1,033 1412 W/mo d D I = + = = = 1 W = 1 J/s 1 cal = 4,18 J 1 cal/cm2.min = 696,67 W/m2 1 Langley = 1 cal/cm2 1 MJ/m2.dia = 23,923 cal/cm2.dia SI : W/m2 = J/m2.s MJ/m2.dia ST: cal/cm2.min 10 Distribuição da radiação solar na superfície da terra ▪ A radiação solar varia de acordo com o ângulo de incidência dos raios. ▪ ÂNGULO ZENITAL (Z): ângulo formado entre o Zênite local e os raios solares. ▪ Os raios incidentes apresentam diferentes ângulos nas diferentes horas do dia e épocas do ano e latitude. ▪ A radiação solar total é calculada pela soma total da radiação que chega à Terra ▪ Quanto maior Z menor é a irradiação solar Zênite Ângulo Zenital (Z1) Z Z Z Para = 0o Z = 0o Para = 45º Z = 45o Para = 60º Z = 60o Variação da elevação solar e do ângulo zenital (Z) em diferentes latitudes 11 Irradiação solar extraterrestre 𝐼𝑍 = 𝐼𝑜 ⋅ 𝑑 𝐷 2 ⋅ cos 𝑍ℎ 𝑑 𝐷 2 = 1 + 0,033 ∙ 𝑐𝑜𝑠 360 ∙ 𝑁𝐷𝐴 365 cos 𝑍ℎ = 𝑠𝑒𝑛𝜑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛿 + cos 𝜑 ⋅ cos 𝛿 ⋅ cosh 𝛿 = 23,45 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 360 365 ⋅ 𝑁𝐷𝐴 − 80 ℎ = hora local − 12 ⋅ 15 IZ – irradiação solar, W/m2 Zh – ângulo zenital em dado instante Io – constante solar, W/m2 (d/D)2 – correção da distância Terra-Sol com relação à média - latitude - declinação da Terra h – ângulo horário NDA – no do dia (01/01 = 1; 04/03 = 63 ou 64, dependendo do fevereiro) Qual a radiação incidente em Aracaju ( = -10o 54’ 10”) em 10 de janeiro às 14h? 𝛿 = 23,45 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 360 365 ⋅ 10 − 80 = −21, 9o ℎ = 14 − 12 ⋅ 15 = 30 ∴ cosh =0,866 cos 𝑍ℎ = 𝑠𝑒𝑛 − 10,9 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 − 21,9 + cos−10,9 ⋅ cos−21,9 ⋅ 0,866 = 0,859 𝑑 𝐷 2 = 1 + 0,033 ⋅ cos 360 365 ⋅ 10 = 1,0325 𝐼𝑍 = 1367 ⋅ 1,0325 ⋅ 0,859 = 1212,42W/m2 12 Irradiação solar extraterrestre diária ▪ Integrando os valores instantâneos (Iz) obtêm-se a radiação solar extraterrestre diária (Qo) ▪ Energia disponível em um dia em dada latitude, sem considerar os efeitos atenuantes da atmosfera 𝑄𝑜 = න𝐼𝑧 ⋅ 𝑑ℎ 𝑄𝑜 = 37,6 ⋅ 𝑑 𝐷 2 ⋅ 𝜋 180 ⋅ 𝐻 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛿 + cos 𝜑 ⋅ cos𝛿 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝐻 𝐻 = arccos −𝑡𝑔𝜑 ⋅ 𝑡𝑔𝛿 H – ângulo horário ao nascer do sol Irradiância Solar Extraterrestre (-22,7 o ) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Horário Iz ( W /m 2 ) Qo RADIAÇÃO SOLAR x LATITUDE 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses Q o ( M J m -2 d -1 ) 10S 20S 30S 40S Equador ▪ Os valores de Qo variam ao longo do ano para uma mesma latitude ▪ No Equador ocorre variação de Qo porque a também varia ▪ Quanto maior a latitude maior a variação de Qo ao longo do ano 13 Balanço de radiação – Radiação líquida absorvida Radiação global (Qg) Radiação emitida (Qe) Radiação refletida (a.Qg) Radiação absorvida Qa = (1 – a).Qg 𝑄𝐿 = 𝑄𝑎 − 𝑄𝑒 𝑄𝐿 = 1 − 𝑎 ⋅ 𝑄𝑔 − 𝑄𝑒𝑠 + 𝑄𝑒𝑎 𝑄𝐿 = 1 − 𝑎 ⋅ 𝑄𝑔 − 𝑒𝑠𝜎𝑇𝑠 4 − 𝑒𝑎𝜎𝑇𝑎 4 Qes – radiação emitida pela superfície Qea – radiação emitida pelo atmosfera es – emissividade da superfície ea – emissividade da atmosfera Ts – temperatura da superfície (solo, cultura, etc) Ta – temperatura do ar - constante de Stefan-Boltzmann Material Albedo Pedras 0,15 - 0,25 Solo cultivado 0,07 – 0,14 Florestas 0,06 – 0,2 Areia clara 0,25 – 0,45 Cultura 0,12 – 0,45 Altura do sol Água (90 – 40º) 0,02 Água (30º) 0,06 Água (20º) 0,13 Água (10º) 0,35 Água (5º) 0,59 14 Radiação líquida – Transmitância global (Tg) ▪ Os valores instantâneos da radiação solar global na superfície sofrem grandes variações temporais e espaciais em função das condições atmosféricas (umidade e nebulosidade) e da época do ano e da hora do dia, pois ocorre variação da camada da atmosfera a ser atravessada pela radiação solar ▪ Razão entre a radiação solar global e a extraterrestre (Tg = Qg/Qo) ▪ Representa a proporção da radiação solar determinada no limite extremo da atmosfera que efetivamente chega à superfície ▪ Varia com o ângulo zenital e a nebulosidade Tg < ao nascer e pôr do sol Tg > ao meio dia > Nebulosidade (< insolação) < Tg < Nebulosidade (> insolação) > Tg 0,7 < Tg < 0,8 0,2 < Tg < 0,3 Tg média = 0,5 Qg = 0,5.Qo Sem nuvem Com nuvem 15 Relação entre Qg/Qo e n/N ▪ Valores de a e b ❑ Variam de acordo com a localidade ❑ Dependem da composição atmosférica de cada local em cada época do ano ❑ Locais ou épocas com maior umidade no ar terão valores menores ❑ Valores utilizados quando não se dispõe de equipamento específico de medição n/N Qg/Qo 0 1 Máx. Min. Y = a + b.X Y = Qg/Qo X = n/N a = Min. b = Máx. – Min. n = insolação ou número efetivo de horas de brilho solar = f(N e nebulosidade) N = fotoperíodo = f(latitude e declinação solar) 𝑄𝑜 = 𝑓 latitude e declinação solar 𝑄𝑔 = 𝑓 𝑄𝑜, absorção, difusão, insolação 𝑄𝑔 𝑄𝑜 = 𝑎 + 𝑏 ∙ 𝑛 𝑁 𝑄𝑔 = 𝑄𝑜 ∙ 𝑎 + 𝑏 ∙ 𝑛 𝑁 𝑎 = 0,29 ∙ cos𝜙 𝑏 = 0,52 Dados: Latitude = -20o Qo = 35,54 MJ/m2 d N = 12 h n = 8,5 h a = 0,29 cos -20 = 0,273 b = 0,52 𝑄𝑔 = 35,54 ∙ 0,273 + 0,52 ∙ 8,5 12 = 22,8 MJ m−2 𝑑−1 Exemplo: 16 Radiação: Instrumentos de medição 17 Instrumentos de medição da Qg ▪ Actinógrafo (ou salarímetro) ❑ Registram a quantidade de energia solar incidente na superfície da terra (radiação global) ❑ Constituídos de placas bimetálicas (negras e brancas) que absorvem radiação, dilatando-se diferentemente ❑ A dilatação é amplificada e transmitida por um sistema de alavancas que aciona uma pena que registra o movimento no diagrama (actinograma) fixo em um mecanismo de relojoaria Placas bimetálicas, cobertas por uma cúpula de vidro ou quartzo (impede que as ondas longas atinjam as placas) Sistema de registro mecânico Junção quente Junção fria Junção quente Junção fria ▪ Piranômetro ❑ Registram a radiação global por meio da diferença de aquecimento entre placas (termopares) negras e brancas ❑ As placas geram uma força eletromotriz proporcional à irradiância ❑ O sinal gerado é captado por um sistema automático de aquisição de dados 18 Medição da insolação (n) e da Radiação líquida ▪ Heliógrafo (indolação – n) ❑ Registram o número de horas de insolação (horas em que o sol realmente brilhou) ❑ Constituído de uma esfera de vidro transparente, suspensa nas extremidades de um arco metálico ❑ Os raios solares são convergidos pela esfera sobre o heliograma (tira de cartolina especial fixada na concha metálica), queimando-o. Fita p/ verão Fita p/ outono e primavera Fita p/ inverno Heliógrafo Campbell- Stokes ▪ Saldo-radiômetro: mede o saldo de radiação (radiação líquida) Qg a.Qg Qa Qs Modelo de saldo- radiômetro, com medidas dos componentes do Balanço de radiação Qg+Qa a.Qg+Qs Modelo de saldo- radiômetro sem cúpulas 19 Distribuição da radiação R e fl e tâ n c ia 20 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4097918/mod_resource/content/1/4_Indices%20de%20Vegeta%C3%A7%C3%A3o2017.pdf Resposta espectral da vegetação, solo e agua 21 ▪ Luz Visível (0,38 a 0,7 m) ❑ Detectadas pelo sistema visual humano (associada a diferentes comprimentos de onda) ❑ Processos fotossintéticos e mecanismos de regulação fotossensível (fototropismo e fotoperíodo) • Fototropismo positivo (brotos procuram a luz) • Fototropismo negativo ( intensidade luz afeta a planta) ❑ Duração do período luminoso determina o florescimento e afeta o conteúdo de carbohidratos solúveis ▪ Infravermelho (0,7 a 1000 m) ❑ IV próximo (0,7 a 1,3 m): radiação solar e lâmpadas incandescentes ❑ IV médio (1,3 a 6 m) ❑ IV distante (6 a 1000 m) ❑ Efeito térmico nas plantas emissão eletromagnética de objetos terrestres ▪ Raios Gama e X ❑ Possuem elevada energia (muito penetrantes) ❑ Aplicação: medicina e indústria ❑ Efeito desprezível às plantas devido a baixa incidência na superfície ❑ Efeito biológico deletério (matar microrganismos, esterilizar o solo, erradicar doenças ❑ Influenciam a germinação de plantas, a qualidade das sementes e inibe a fotossíntese ▪ Ultravioleta ❑ Produzida em grande quantidade pelo sol ❑ Nociva aos seres vivos (grande poder de penetração) ❑ Quase que totalmente absorvida pela camada de O3 ❑ Efeito desprezível às plantas (baixa incidência na superfície) ❑ Efeito biológico deletério ❑ Influenciam a germinação de plantas, a qualidade das sementes e inibe a fotossíntese Luz visível Violeta: 0,38 a 0,45 m Azul: 0,45 a 0,49 m Verde: 0,49 a 0,58 m Amarelo: 0,58 a 0,6 m Laranja: 0,6 a 0,62 m Vermelho: 0,62 a 0,7 m https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4097918/mod_resource/content/1/4_Indices%20de%20Vegeta%C3%A7%C3%A3o2017.pdf Reflexão, Transmissão e Absorção ▪ Vegetação sadia: alta absorção da radiação na região visível que é capturada pela clorofila ▪ A alta refletância no IV próximo é devido a estrutura celular ▪ A partir do IV próximo o conteúdo de água modula as bandas de absorção de radiação na planta 22 Evaporação 23 Evaporação ▪ Perda de água dos reservatórios naturais condicionada pelos elementos climáticos (radiação solar, umidade relativa, temperatura do ar e velocidade do vento) ▪ Taxa de transferência de água para a atmosfera da fase líquida para a fase de vapor diretamente da superfície de água livre, do solo e das plantas (evaporação do orvalho ou da água interceptada das chuvas) Para que ocorra evaporação da água há a necessidade de energia. Essa energia é chamada de calor latente de vaporização (), que em média corresponde a: = 2,45 MJ/kg (a 20oC) 1 Joule representa a quantidade de energia requerida para exercer uma força de 1 Newton através de uma distância de 1 metro (1 J = 1 N.m) Evaporação da água das superfícies de água livre, vegetação úmida ou do solo 24 Tanque Classe A - TCA Medição Direta da Evaporação 25 Tanque GGI 3000 D = 61,8 cm Tanque 20 m² - T20 D = 5,05 m ▪ Grande volume de água reduz o efeito de fatores externo ▪ Retirado o efeito da insolação nas laterais do tanque ▪ valores medidos são mais próximos dos reaisobservados em lagos ▪ Menor volume de água armazenado ▪ Volume evaporado é maior que no T20 𝐸𝑇20 = 0,75 ∙ 𝐸𝑇𝐶𝐴 = 0,85 ∙ 𝐸𝐺𝐺𝐼 Volpe e Oliveira (2003) Evaporígrafo 26 Fonte: Sabesp Medição da evaporação - Método do tanque de evaporação ▪ Valores observados de evaporação no tanque (Ep) são multiplicados por um fator do tanque (0 ≤ kp ≤ 1) para convertê-los em evaporação equivalente de superfície de água livre 27 𝐸 = 𝐸𝑝 ∙ 𝑘𝑝 Kp - coeficiente do tanque, depende do tipo de tanque e de outros parâmetros meteorológicos B - bordadura (m) U - velocidade do vento (km/dia) UR - umidade relativa (%) 𝑘𝑝 = 0,482 + 0,024 ∙ ln 𝐵 − 0,00037 ∙ 𝑈 + 0,0045 ∙ 𝑈𝑅 Mês kp Janeiro 0,74 Fevereiro 0,80 Março 0,69 Abril 0,75 Maio 0,63 Junho 0,75 Julho 0,72 Agosto 0,69 Setembro 0,66 Outubro 0,80 Novembro 0,79 Dezembro 0,87 Balanço de Energia - Equação de Penman-Monteith (Allen, 2005) 𝐸 𝑜𝑢 𝐸𝑇 = 0,408 ∙ 𝑅𝐿 − 𝐺 + 𝛾 ∙ 900 𝑇𝑎 + 273 ∙ 𝑢2 ∙ 𝑒𝑠 − 𝑒𝑎 ∆ + 𝛾 ∙ 1 + 0,34 ∙ 𝑢2 ∆= 4098 ∙ 𝑒𝑠 237,3 + 𝑇𝑎 2 E – evaporação (mm/dia) ET – evapotranspiração (mm/dia) ∆ - taxa de variação da es com a temperatura do ar ( kPa/oC) RL – radiação líquida na superfície (MJ/m2.s) G – fluxo de energia para o solo (MJ/m2.s) es – pressão de saturação de vapor (kPa) ea – pressão parcial de vapor do ar (kPa) u2 – velocidade do vento numa elevação a partir da superfície, m/s 𝛾 - constante psicrométrica aerodinâmica (kPa/oC) 𝜆 – calor latente de vaporização (MJ/kg) Cp – calor específico do ar à pressão constante (1,0048 kJ/kg oC) p - pressão atmosférica, kPa Tw – temperatura da água (oC) Ta – temperatura do ar (oC) Tmax – temperatura máxima do ar (oC) Tmin – temperatura mínima do ar (oC) 28 𝑒𝑠 = 0,6108 ⋅ exp 17,27 ⋅ 𝑇𝑎 273,3 + 𝑇𝑎 𝜆 = 2,501 − 0,002361 ⋅ 𝑇𝑤 𝑒𝑎 = 𝑒𝑠 − 𝜆 𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛 2 𝛾 = 𝐶𝑝 ∙ 𝑝 0,622 ∙ 𝜆 = 1,0048 𝑘𝐽 𝑘𝑔 ∙ ℃ ∙ 𝑘𝑃𝑎 0,622 ∙ 103 ∙ 𝑘𝐽 𝑘𝑔 = 0,00162 𝑝 𝜆 𝑘𝑃𝑎 ℃ Transpiração solo = - 0,1 a - 2 atm raíz = - 1 a - 10 atm folhas = - 5 a - 40 atm ar = - 100 a - 1000 atm Transferência de água para a atmosfera Teoria da Coesão Evaporação O abaixamento do potencial hídrico da atmosfera (ar) promove a evaporação das paredes celulares. Isso promove a redução do potencial hídrico nas paredes celulares e no citoplasma Coesão (no xilema) A coluna de água no xilema é mantida por coesão das moléculas de água nos vasos. Bolhas de ar bloqueia o movimento Absorção de água (do solo) O menor potencial hídrico das raízes provoca a entrada de água. A área de absorção depende da quantidade de radículas. A água se move através da endoderme por osmose 29 Transpiração ▪ Processo biofísico pelo qual a água passa pela planta, como parte de seu metabolismo, é transferida para a atmosfera pelos estômatos, obedecendo uma série de resistências desde o solo, passando pelos vasos condutores (xilema), mesófilo, estômatos e finalmente indo para a atmosfera Transpiração Transporte Absorção ▪ Zona de absorção de água: células epidérmicas das raízes (pelos absorventes) ❑ Aumentam a área de contato entre raiz e solo ▪ A água e os nutrientes movimentam-se por meio das células e dos espaços intercelulares até alcançar as células do xilema e do floema (tecidos vasculares) ❑ Xilema: conduz seiva bruta (água e sais minerais) até a parte aérea da planta ❑ Floema: conduz seiva elaborada (solução de materiais orgânicos elaborados na fotossíntese) das folhas às raízes 30 Estrutura da raiz ▪ Paredes celulares e espaços intercelulares (espaços externos) ❑ Movimento por diferença de potencial ❑ Os solutos são arrastados (fluxo de massa) ou movem-se por difusão ❑ Não é envolvida energia do metabolismo vegetal ❑ Absorção passiva ▪ Membranas celulares (espaço interno) ❑ Movimento por diferença de potencial osmótico ❑ Solutos movem-se por transporte ativo ❑ Transporte envolve energia metabólica ❑ Absorção ativa Movimento da água do solo para o xilema através da parede celular e das membranas 31 O feixe vascular do xilema penetra na folha (parênquima lacunoso) onde a água evapora Estrutura da folha 32 Estrutura da folha ▪ Número médio (10.000 est/cm2) ▪ Abertura devida à diferenças do potencial da água dentro das células-guarda ▪ Aumento de volume das células- guarda provoca a abertura do ostíolo O vapor d’água chega a atmosfera pelos estômatos localizados na superfície das folhas 33 Evapotranspiração ▪ Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera por evaporação da água do solo e da vegetação úmida e por transpiração das plantas Unidades de altura divididas por unidade de tempo: mm/dia, mm/mês, etc... 34 Evapotranspiração Evapotranspiração de referência (ETo) ▪ ETo ❑ É a evapotranspiração de uma extensa superfície vegetada com vegetação rasteira (gramado), em crescimento ativo, cobrindo totalmente o solo, com altura entre 8 e 15 cm (IAF 3), sem restrição hídrica e com ampla área de bordadura para evitar a advecção de calor sensível (H) de áreas adjacentes. ❑ Depende apenas das variáveis meteorológicas ▪ ETp ❑ Perda de água de uma superfície vegetada, em qualquer estágio de desenvolvimento, em condições não restritivas de umidade no solo ❑ Representa a máxima perda de água da cultura Condição de ETp ou ETo Clima Saldo de radiação Temperatura Umidade relativa Veloc. do vento Cultura de referência Sem restrição hídrica + 35 Evapotranspiração Evapotranspiração Real (ETr) Percentagem de redução de ET com a umidade do solo (Ks) ▪ ETr ❑ É a evapotranspiração nas mesmas condições de contorno de ETP, porém, com ou sem restrição hídrica. Nesse caso: ETr ≤ ETp Clima Saldo de radiação Temperatura Umidade relativa Veloc. do vento Cultura de referência Com ou sem restrição hídrica ETr + - umidade do solo cc pmp CAD AFD CAD 0 36 Coeficiente de umidade do solo - Ks ▪ CAA – Capacidade atual de armazenamento de água no solo (mm) ▪ CTA – Capacidade total de armazenamento de água no solo (mm) Opções de cálculo Constante: Ks = 1 Logarítmico: Ks = ln (CAA + 1) / ln (CTA + 1) Linear: Ks = CAA / CTA 37 Evapotranspiração Evapotranspiração de Cultura (ETc) ETc É a evapotranspiração de uma cultura em dada fase de seu desenvolvimento, sem restrição hídrica, em condições ótimas de crescimento e com ampla área de bordadura para evitar a advecção de calor sensível (H) de áreas adjacentes. Assim ETc depende das condições meteorológicas, expressas por meio da ETp (ou ETo), do tipo de cultura (maior ou menor resistência à seca) e da área foliar. A área foliar da cultura real varia e o valor de Kc também irá variar. Coeficiente de Cultura (Kc) Cultura sem restrição hídrica e em condições ótimas de desenvolvimento 38 Coeficiente de cultura Kc médio Kc final Estabele- cimento Desenvolvimento Vegetativo Florescimento e Frutificação Maturação Tempo (dias) Os valores de Kc acompanham a área foliar da cultura. No caso de culturas perenes ou árvores, os valores de Kc também irão variar de acordo com o IAF e o tipo de cultura. Culturas anuais 0,3 ≤ Kc inicial ≤ 0,5 0,8 ≤ Kc médio ≤ 1,2 0,4 ≤ Kc final ≤ 0,7 39 Evapotranspiração real da cultura (ETr) Kc * Ks ETr - umidade do solo ccpmp CAD AFD ETr É a evapotranspiração nas mesmas condições de contorno de ETc, porém, com ou sem restrição hídrica. Nesse caso: Kc médio Kc final Tempo (dias) 𝐸𝑇𝑟 ≤ 𝐸𝑇𝑐 𝐸𝑇𝑝 = 𝐸𝑇𝑜 ∙ 𝐾𝑐 𝐸𝑇𝑟 = 𝐸𝑇𝑜 ∙ 𝐾𝑐 ∙ 𝐾𝑠 40 Kc (Doorenbos e Kassam, 1979) 1- Intervalo inferior: sob alta umidade ( > 70%) e vento fraco ( v < 5m/s) 2- Intervalo superior: sob baixa umidade ( min < 20%) e vento forte (v > 5m/s) Banana tropical 0.40 - 0.50 0.70 - 0.85 1.00 - 1.20 0.90 - 1.00 0.75 - 0.85 0.70 - 0.80 subtropical 0.50 - 0.65 0.80 -0.90 1.00 - 1.20 1.00 - 1.15 1.00 - 1.15 0.85 - 0.95 Feijãoverde 0.30 - 0.40 0.65 - 0.75 0.95 - 1.05 0.90 - 0.95 0.85 - 0.95 0.85 - 0.90 seco 0.30 - 0.40 0.70 - 0.80 1.05 - 1.20 0.65 - 0.75 0.25 - 0.30 0.70 - 0.80 Repolho 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 0.95 - 1.10 0.90 - 1.00 0.80 - 0.95 0.70 - 0.80 Algodão 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 1.05 - 1.25 0.80 - 0.90 0.65 - 0.70 0.80 - 0.90 Amendoim 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 0.95 - 1.10 0.75 - 0.85 0.75 - 0.85 0.75 - 0.80 Milho verde 0.30 - 0.50 0.70 - 0.80 1.05 - 1.20 1.00 - 1.15 0.95 - 1.10 0.75 - 0.80 grãos 0.30 - 0.50 0.80 - 0.85 1.05 - 1.20 0.90 - 0.95 0.55 - 0.60 0.75 - 0.90 Cebola seca 0.40 - 0.60 0.70 - 0.80 0.95 - 1.10 0.85 - 0.90 0. 75 - 0.85 0.80 - 0.90 verde 0.40 - 0.60 0.60 - 0.70 0.95 - 1.05 0.95 - 1.05 0.95 - 1.05 0.65 - 0.80 Ervilha 0.40 - 0.50 0.70 - 0.85 1.05 - 1.20 1.00 - 1.15 0.95 - 1.10 0.80 - 0.95 Pimenta 0.30 - 0.40 0.60 - 0.75 0.95 - 1.10 0.85 - 1.00 0.80 - 0.90 0.70 - 0.80 Batata 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 1.05 - 1.20 0.85 - 0.95 0.70 - 0.75 0.75 - 0.90 Arroz 1.10 - 1.15 1.10 - 1.10 1.10 - 1.10 0.95 - 1.05 0.95 - 1.05 1.05 - 1.20 Açafrão 0.30 - 0.40 0.70 - 0.80 1.05 - 1.20 0.65 - 0.70 0.20 - 0.25 0.65 - 0.70 Sorgo 0.30 - 0.40 0.70 - 0.75 1.00 - 1.15 0.75 - 0.80 0.50 - 0.55 0.75 - 0.85 Soja 0.30 - 0.40 0.70 - 0.80 1.00 - 1.15 0.70 - 0.80 0.40 - 0.50 0.75 - 0.90 Beterraba 0.40 - 0.50 0.75 - 0.85 1.05 - 1.20 0.90 - 1.00 0.60 - 0.70 0.80 - 0.90 Cana de açúcar 0.40 - 0.50 0.70 - 1.00 1.00 - 1.20 0.75 - 0.80 0.50 - 0.60 0.85 - 1.05 Fumo 0.30 - 0.40 0.70 - 0.80 1.00 - 1.20 0.90 - 1.00 0.75 - 0.85 0.85 - 0.95 Tomate 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 1.05 - 1.25 0.80 - 0.95 0.60 - 0.65 0.75 - 0.90 Melancia 0.40 - 0.50 0.70 - 0.80 0.95 - 1.05 0.80 - 0.90 0.65 - 0.75 0.75 - 0.85 Trigo 0.30 - 0.40 0.70 - 0.80 1.05 - 1.20 0.65 - 0.75 0.20 - 0.25 0.80 - 0.90 Alfafa 0.30 - 0.40 ---- ---- ---- 1.05 - 1.20 0.85 - 1.05 Período total de crescimento Cultura I II III IV V 41 Relação ET, demanda atmosférica, disponibilidade de água no solo e tipo de cultura Sorgo Batata Baixa demanda (ECA < 5 mm/d) Alta demanda (ECA > 7 mm/d) Baixa demanda (ECA < 5 mm/d) Alta demanda (ECA > 7 mm/d) O solo é um reservatório ativo que, dentro de certos limites, controla a taxa de uso da água pelas plantas, sempre associada com a demanda hídrica atmosférica. A Figura mostra que as plantas de sorgo conseguem, numa condição de baixa demanda, manter ETr/ETc = 1 até cerca de 65% da água disponível. Para uma condição de alta demanda, isso só ocorreu até cerca de 85%. Isso se deve à limitação da planta em extrair água do solo na mesma taxa da evapotranspiração. Para uma cultura mais sensível, como a batata, o mesmo ocorre, porém com diferenças significativas. Água Disponível no Solo (%) 0 100 0 1 ET r / ET c 65 85 42 Métodos de Cálculo ▪ Método do Tanque Evaporimétrico ▪ Balanço de Massas ou Aerodinâmico ▪ Balanço de Energia ▪ Sensoriamento Remoto ▪ Equações Empíricas ❑ Fórmula de Thornthwaite ❑ Fórmula de Blaney Criddle ❑ Fórmula de Hargreaves ❑ Fórmula de Papadakis ❑ Fórmula de Hamon 43 Modelagem da Evapotranpiração Méllo Júnior et al. (2022) 44 45 ET P R e c In t ES LF EB P 𝐸𝑇𝑅𝐸𝐴𝐿 = 𝛼𝑉𝐸𝑇𝑅,𝑉 + 𝛼𝑆𝐸𝑇𝑅,𝑆 + 𝛼𝑊𝐸𝑇𝑅,𝑊 + 𝛼𝐼𝐸𝑇𝑅,𝐼 𝐸𝑇𝑅,𝑉 = 𝐸𝑇𝑃 ⋅ 𝑘𝑐 ⋅ 𝑘𝑠 𝑘𝑐 = 𝑘𝑐𝑚𝑖𝑛 + 𝑘𝑐𝑚𝑎𝑥 − 𝑘𝑐𝑚𝑖𝑛 ⋅ 𝑁𝐷𝑉𝐼 − 𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑖𝑛 𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑎𝑥 −𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑖𝑛 If 𝑁𝐷𝑉𝐼 ≤ 1.1 ⋅ 𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑖𝑛 then 𝑘𝑐 = 𝑘𝑐𝑚𝑖𝑛 𝐸𝑇𝑅,𝑆 = 𝐸𝑇𝑃 ⋅ 𝑘𝑐𝑚𝑖𝑛 ⋅ 𝑘𝑠 𝑘𝑠 = 𝑙𝑛(𝑇𝑈𝑅 − 𝑇𝑈𝑃𝑀 + 1) 𝑙𝑛(𝑇𝑈𝐶𝐶 − 𝑇𝑈𝑃𝑀 + 1) If 𝑇𝑈𝑅 < 𝑇𝑈𝑃𝑀 then 𝑘𝑠 = 0 𝐸𝑇𝑅,𝑊 = 𝐸𝑇𝑃 𝑘𝑝 𝑘𝑝 = 0.482 + 0.024 ⋅ 𝑙𝑛 𝐵 − 0.000376𝑈2 + 0.0045𝑈𝑅 𝐸𝑇𝑅,𝐼 = 𝐼 𝐸𝑇𝑅𝐸𝐴𝐿 – real evapotranspiration (mm); 𝛼𝑉 – vegetated fraction of cell area (%); 𝛼𝑆 – bare soil fraction of cell area (%); 𝛼𝑊 – water fraction of cell area (%); 𝛼𝐼 – impermeable fraction of cell area (%); 𝐸𝑇𝑅,𝑉 – real evapotranspiration of the vegetated area (mm); 𝐸𝑇𝑅,𝑆 – real evapotranspiration of the bare soil area (mm); 𝐸𝑇𝑅,𝑊 – real evapotranspiration of the water area (mm); 𝐸𝑇𝑅,𝐼 – real evapotranspiration of the impermeable area (mm); 𝐸𝑇𝑃 – potential evapotranspiration (mm); 𝑘𝑐 – crop coefficient (-); 𝑘𝑐𝑚𝑎𝑥 e 𝑘𝑐𝑚𝑖𝑛 – maximum and minimum possible values for crop coefficient (FAO); 𝑘𝑠 – soil moisture reduction coefficient (-); 𝑁𝐷𝑉𝐼 - standardized vegetation index 𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑎𝑥 e 𝑁𝐷𝑉𝐼𝑚𝑖𝑛 – maximum and minimum values of the standardized vegetation index obtained based on the historical NDVI series for each cell; 𝑇𝑈𝑅 – root zone moisture content (mm); 𝑇𝑈𝑃𝑀 – wilting point moisture content in the root zone (mm); 𝑇𝑈𝐶𝐶 – field capacity moisture content in the root zone (mm); 𝑘𝑝 – water evaporation coefficient (-); 𝐵 – Class A Tank Border Width [between 20 to 30 m] (m); 𝑈2 – average wind speed at 2 m above ground surface (m/s); 𝑈𝑅 – relative humidity (%); 𝐼 – loss to Interception [from 1 to 3 mm] If 𝛼𝑊 = 1 and 𝐸𝑇𝑅,𝑊 > 𝑃𝑚 then 𝐸𝑇𝑅,𝑊 = 𝑃𝑚 Legenda Valor calculado Valor calibrado Valor de entrada ▪ Allen, R. Penman–Monteith equation. Ed. Daniel Hillel. Encyclopedia of Soils in the Environment. Elsevier. 2005. Pages 180-188. ISBN 9780123485304. https://doi.org/10.1016/B0-12-348530-4/00399-4. ▪ Doorenbos, J,; Kassam, A.H. Yield response to water. Irrigation and Drainage, Paper 33. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, 1979. ▪ Méllo Júnior, A.V. Olivos, L.M.O., Billerbeck, C., Marcellini, S.S., Vichete, W.D., Pasetti, D. M., Silva, L.M. da Soares, G.A. dos S., J.R.B. Tercini. Rainfall Runoff Balance Enhanced Model Applied to Tropical Hydrology. Water. 2022, 14, 1958. doi.org/10.3390/w14121958 ▪ Thornthwaite, C.W.; Holzman, B. The determination of evaporation from land and water surfaces. Monthly Weather Review 67(1): 4-11, 1939. ▪ Volpe, C.A,; Oliveira, A.L.de. Relações entre a evaporação medida em diferentes evaporímetros. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 11, n. 2, p. 245-252, 2003. Slide 1: Evapotranspiração Slide 2: Calor específico Slide 3: Calor latente e sensível Slide 4: Radiação e Temperatura Slide 5: Análise conjunta da leis de Wien e Stefan-Boltzman Slide 6: Espectro Eletromagnético Slide 7: Área de uma esfera Slide 8 Slide 9 Slide 10: Constante solar Slide 11: Distribuição da radiação solar na superfície da terra Slide 12: Irradiação solar extraterrestre Slide 13: Irradiação solar extraterrestre diária Slide 14: Balanço de radiação – Radiação líquida absorvida Slide 15: Radiação líquida – Transmitância global (Tg) Slide 16: Relação entre Qg/Qo e n/N Slide 17: Radiação: Instrumentos de medição Slide 18: Instrumentos de medição da Qg Slide 19: Medição da insolação (n) e da Radiação líquida Slide 20: Distribuição da radiação Slide 21: Resposta espectral da vegetação, solo e agua Slide 22: Reflexão, Transmissão e Absorção Slide 23: Evaporação Slide 24: Evaporação Slide 25: Medição Direta da Evaporação Slide 26: Evaporígrafo Slide 27: Medição da evaporação - Método do tanque de evaporação Slide 28: Balanço de Energia - Equação de Penman-Monteith (Allen, 2005) Slide 29 Slide 30: Transpiração Slide 31: Estrutura da raiz Slide 32: Estrutura da folha Slide 33: Estrutura da folha Slide 34: Evapotranspiração Slide 35: Evapotranspiração Slide 36: Evapotranspiração Slide 37: Coeficiente de umidade do solo - Ks Slide 38: Evapotranspiração Slide 39: Coeficiente de cultura Slide 40: Evapotranspiração real da cultura (ETr) Slide 41: Kc (Doorenbos e Kassam, 1979) Slide 42: Relação ET, demanda atmosférica, disponibilidade de água no solo e tipo de cultura Slide 43: Métodos de Cálculo Slide 44: Modelagem da Evapotranpiração Slide 45 Slide 46: Fim
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