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Balanço de Energia Profa Virgínia Balanço de Radiação A radiação solar que chega na superfície terrestre é constituída predominantemente de OC (λ< 3.000 nm) e a distribuição espacial e estacional dessa radiação é a grande causa dos fenômenos meteorológicos. A radiação solar atua diretamente sobre o desenvolvimento e o crescimento das plantas, e indiretamente pelos efeitos no regime térmico de qualquer sistema terrestre, assim como sobre a evaporação de água nas superfícies naturais. Balanço de Radiação A radiação de onda curta, ao interagir com a atmosfera e a superfície, sofre processos de atenuação (absorção, difusão e reflexão). Balanço de Radiação A soma da radiação direta (23%) mais a difusa (29%) compõe a radiação global que chega a superfície (Qg), representando em média, 52% da radiação solar no topo da atmosfera (Qo). Qg = Qd + Qc Balanço de Radiacao Uma fração é refletida pela superfície (em média 4%), determinando que o balanço de ondas curtas (na atmosfera + superfície) represente, em média, 48% do valor de Qo. Portanto, o albedo (coeficiente de reflexão) terrestre é cerca de 35%. A energia disponível para os processos biológicos e/ou físicos dependem não somente do balanço de OC, visto que todos os corpos terrestres são também emissores de energia radiante, mas com um espectro (distribuição) de comprimento de ondas longas (λ > 3.000nm). Balanço de Radiação A caracterização do espectro de um corpo, OC ou OL, depende do λmáx, tendo uma relação com a temp. de emissão desse corpo dada pela lei de Wien. A quantidade de energia, expressa por unidade de área e de tempo, está relacionada à temp. de emissão do corpo pela lei de Stefan-Boltzmann. O balanço de radiação Rn (chamado também de saldo de radiação ou radiação líquida) é composto do balanço de ondas curtas (BOC) e do balanço de ondas longas (BOL) Rn=BOC+BOL Irradiância Solar na Superfície Terrestre após os efeitos atenuantes da Atmosfera Os processos de absorção e difusão da radiação solar pela atmosfera promovem atenuação da irradiância solar que atinge a superfície terrestre (denominada de global) em relação aos valores observados no topo da atmosfera. Ondas Curtas Ondas Longas Os valores instantâneos da irradiância solar global (Ig) na superfície, (componentes direta (Id) + difusa (Ic)), sofrem grandes variações temporais e espaciais em função: das condições atmosféricas (umidade e nebulosidade), e também da época do ano e hora do dia, pois ocorre variação da camada da atmosfera a ser atravessada pela radiação solar. Transmitância Global À razão entre a irradiância solar global e a extraterrestre (Tg), representa a proporção da radiação solar determinada no limite extremo da atmosfera que efetivamente atinge a superfície terrestre. Observe que ao longo do dia a espessura da atmosfera varia em função do ângulo zenital, Tg também varia: Tg < ao nascer e pôr do sol Tg > ao meio dia A nebulosidade tem papel fundamental na transmitância da atmosfera: > Nebulosidade (< insolação) < Tg < Nebulosidade (> insolação) > Tg 0,7 < Tg < 0,8 0,2 < Tg < 0,3 Tg médio = 0,50 Qg = 0,50 Qo Uma outra forma de entendermos melhor a relação entre Qg, Qo, nebulosidade e os processos de absorção e difusão exercidos pela atmosfera é relacionando as seguintes variáveis em termos diários: Qo = irradiância solar extraterrestre diária = f (latitude e declinação solar) Qg = irradiância solar global diária = f (Qo, absorção, difusão, insolação) n = insolação ou número efetivo de horas de brilho solar = f (N e nebulosidade) N = fotoperíodo = f (latitude e declinação solar) n/N Qg/Qo 0 1 Máx. Min. Y = a + b.X Y = Qg/Qo X = n/N a = Min. b = Máx. – Min. Qg/Qo = a + b n/N Qg = Qo * (a + b n/N) Qg = Qo * (a + b n/N) Indicam a latitude e época do ano Reflete o grau de cobertura do céu por nuvens Refletem os fatores que afetam os processos de absorção e difusão Os valores de a e b variam de acordo com a localidade, sendo ambos dependentes da composição atmosférica de cada local e em cada época do ano. Locais ou épocas com maior umidade no ar terão valores menores de a e b. Um exemplo disso é observado nos valores de a e b para Piracicaba: Prim/Verão a = 0,25 e b = 0,50 Out/Inverno a = 0,28 e b = 0,51 Calcular a transmitância usando os valores de a e b mencionados, para a situação de: Pleno sol durante o dia n = N Na primavera/verão No Outono/Inverno Dia nublado n = 0 Na primavera/verão No Outono/Inverno Essa é uma das formas de se determinar a irradiância solar global quando não se dispõe de equipamentos específicos para sua medida. Caso a e b não estejam disponíveis para um lugar qualquer, é possível o emprego da seguinte aproximação: a = 0,29 * cos b = 0,52 Exemplo: Calcular p/ Latitude = -20o Equinócio Qo = 35,54 MJ/m2d N = 12h n = 8,5h Balanço de Radiação Na figura mostra-se um caso de superfície natural plana e horizontal. À direita, representa-se o BOL, composto por: Qa=>fluxo de energia radiante emitida pela atmosfera em direção à superfície, tb contra-radiação atmosférica, que depende : da T do ar, da quantidade do vapor d’água nela presente (pois o vapor absorve OL) e da cobertura de nuvens; Balanço de Radiação em Superfícies Vegetadas Superfície Tôpo Atm Qo Qg rQg Qsup Qatm Rn = Saldo de Radiação na Superfície = é o balanço entre as entradas e saídas de radiação de ondas curtas (Qg e rQg) e longas (Qatm e Qsup) na superfície Qo = radiação solar no topo da atmosfera, Qg = radiação solar na superfície, rQg = parcela da RS refletida pela superfície (r = albedo), Qatm = radiação emitida pela atmosfera, Qsup = radiação emitida pela superfície Balanço de Radiação Qs=> fluxo de energia radiante emitida pela superfície em direção à atmosfera, denominada de emitância radiante da superfície, que depende da sua T e da sua emissividade ou poder emissor da superfície (ε). Adotando-se como positivo o sentido dos fluxos que entram no sistema, e negativo o dos que saem: BOC = Qg – rQg = Qg (1-r) (1) BOL = Qa – Qs (2) Rn = BOC + BOL = Qg(1-r) + Qa – Qs (3) Rn = BOC + BOL = Qg - rQg + Qatm - Qsup BOC = Qg – rQg = Qg (1 – r) BOL = Qatm - Qsup Balanço de ondas curtas Balanço de ondas longas r é denominado de albedo ou coeficiente de reflexão da superfície. O valor do albedo varia com as características ópticas da superfície; água (r = 5%) e florestas (r = 10 a 15%) tem um albedo baixo, enquanto que as culturas tem albedo mais elevado (r 20%). Neve e areia tem os maiores albedos (entre 40 e 90%) - veja na figura as áreas de desertos e as geleiras. Albedo global Saldo de radiação Balanço de Radiação Em função dos valores de cada um desses fluxos, Rn poderá ter valor positivo ou negativo. Durante o período diurno, o BOC é positivo, sendo nulo à noite. O sinal do BOL depende dos valores de Qa e Qs. Normalmente, o valor diário do BOL em uma superfície natural é negativo. Balanço de Radiação Isso faz com que nas superfícies naturais, o valor diurno do BOC (maior do que o do BOL) torne Rn positivo nesse período (a superfície tem ganho líquido de energia) enquanto à noite, sendo BOC=0 e o BOL negativo, tem-se Rn negativo (a superfície tem perda de energia). Esse é um modo da superfície eliminar parte da energia solar absorvida e que se transformou em calor sensível. Coeficiente de reflexão Tabela 10.1 Coeficientes de reflexão r para algumas superfícies. Adaptada de Rosenberg et al. (1983) e de Vianello & Alves (1991). Superfície Coef. De reflexão (r, %) Água 5 Areia seca 35 a 45 Areia úmida 20 a 30 Solo claro seco 25 a 45 Solo cinza 10 a 20 Solo escuro 5 a 15 Gramado 20 a 30 Algodão 20 a 22 Alface 22 Milho 16 a 23 Arroz 12 Batata 20 Trigo 24 Feijão 24 Tomate 23 Abacaxi 15 Sorgo 20 Videira 18 Floresta 10 a 15 Nuvens 50 a 90 Animal de pêlo preto 10 Animal de pêlo vermelho 18 Animal de pêlo amarelo 40 Animal de pêlo branco 50Medidas e estimativas do Balanço de Radiação O balanço de radiação de uma superfície (Rn) pode ser medido por um saldo-radiômetro Constituído por duas placas sensoras com pares termoelétricos, uma voltada para cima e outra para baixo, captando as energias de ondas curtas e de ondas longas direcionadas para dentro e para fora do sistema, Medida do saldo de radiação (Rn) Saldo-radiômetros. Todos eles utilizam o mesmo princípio empregado nos piranômetros de termopar, porém medindo OC e OL. Qg rQg Qatm Qsup Qg+Qatm rQg+Qsup Qg+Qatm rQg+Qsup Modelo de saldo-radiômetro sem cúpulas Modelo de saldo-radiômetro com cúpulas de poli-etileno especial (permite transmissão de OC e OL) Modelo de saldo-radiômetro, com medidas dos componentes do BOC e do BOL separadamente Medidas e estimativas do Balanço de Radiação o aquecimento diferencial das placas gera uma força eletromotriz nos termopares, que é registrada e transformada em energia por um coeficiente de calibração, proporcional ao saldo de radiação. Na falta do saldo-radiômetro, pode-se estimar Rn, medindo-se ou estimando Qg e usando-se o valor adequado de r para a superfície de trabalho, BOC = Qg(1-r) Medidas e estimativas do Balanço de Radiação O balanço de ondas longas diário pode ser estimado a partir de medidas meteorológicas feitas em uma estação, por equações empíricas, como a de Brunt por Doorenbos & Pruitt (1975), isto é, Para Clima úmido: Para clima seco: BOL está em MJm-2d-1, T em K, e em kPa, n a insolação (número de horas de brilho solar) e N o fotoperíodo h. Para clima úmido BOL = - [ 4,903*10-9*T4*(0,56 – 0,25 √ ea)*(0,1 + 0,9 n/N) Para clima úmido BOL = - [ 4,903*10-9*T4*(0,34 – 0,14 √ ea)*(0,1 + 0,9 n/N) Estimativa do saldo de radiação (Rn) BOL em MJ/m2d T em Kelvin = 273 + T em oC ea = pressão parcial de vapor do ar (kPa) ea = [0,611*10^(7,5*T/(237,3+T) ]*UR%/100 n = insolação (h) N = fotoperíodo (h) Rn = BOC + BOL = [Qg*(1 – r)] + {- [ 4,903*10-9*T4*(0,56 – 0,25 √ ea)*(0,1 + 0,9 n/N)} Rn = BOC + BOL = [Qg*(1 – r)] + {- [ 4,903*10-9*T4*(0,34 – 0,14 √ ea)*(0,1 + 0,9 n/N)} Medidas e estimativas do Balanço de Radiação Analogamente, Ometto (1981,p65) surgere uma relação empírica, semelhante à equação de Angström-Prescott, para estimativa de Rn em locais onde se dispõe somente de medidas de horas de brilho solar (n), ou seja: Rn = Qo(an + bn n/N) (4) Qg/Qo=0,29cosΦ+0,52n/N Glover &McCulloch (1958) Exemplo de Estimativa da Radiação Líquida sobre Gramado - local: Ribeirão Preto (SP); Latitude = 21,18°S; Data: 15/01/96; r (do gramado)=0,25; Tmed=28,1°C=301,1K; UR=45%; n=9,3h; N=13,2h (tabelado) Medidas e estimativas do Balanço de Radiação Medidas e estimativas do Balanço de Radiação Medidas e estimativas do Balanço de Radiação a=0,29cos(-21,18)=0,27; b=0,52 Qo (tabelado)=41,74 MJm-2d-1, Qg=Qo(a+bn/N)=41,74*(0,27+0,52*9,3/13,2)=26,56 MJm-2d-1 BOC=Qg(1-r)=26,56*(1-0,25)=19,92 MJm-2d-1 es= 0,6108*10[(7,5*28,1)/(237,3+28,1)] =3,80 kPa ea=esUR/100=3,80*45/100=1,71kPa BOL=-6,90MJm-2d-1 Rn=BOC-BOL=19,92 – 6,90 = 13,02 MJ m-2 d-1 Pela equação de Ometto (eq. 4): Rn = Qo(0,17+0,22 n/N) Rn = 41,74(0,17 + 0,22* 9,3/13,2) = 13,57 MJm-2d-1 Exercício Calcular o saldo de radiação para uma cidade com os seguinte dados com céu claro Calcular o saldo de radiação para uma cidade com os seguinte dados com céu nublado Dia: 01/01/2002 T = 25,3oC es = 3,22 kPa UR = 76,9% ea = 2,48 kPa Qg = 27,0 MJm-2d-1 n = 11,4 h e N = 13,3 h r = 0,23 Dia: 13/01/2002 T = 21,5oC es = 2,56 kPa UR = 100,0% ea = 2,56 kPa Qg = 7,4 MJm-2d-1 n = 2,0 h e N = 13,3 h r = 0,23 Balanço de Radiação em Ambiente Protegido O conhecimento dos princípios do balanço de radiação ajuda a entender fenômenos como efeito estufa, etc. Um exemplo, na prática agrícola, é a alteração do balanço de radiação para proteção contra geadas. Um exemplo do uso desses princípios é o de cultivos protegidos, realizados sob coberturas, especialmente plásticas. Balanço de Radiação em Ambiente Protegido Neste caso, o balanço natural de radiação sofre alterações, pois o plástico absorve e reflete parte da radiação incidente, sendo o restante transmitido para dentro do ambiente. Dentro do ambiente, há novamente absorção e reflexão pela superfície protegida, e assim sucessivamente até que os processos de reflexão e absorção pela cobertura e pela superfície do terreno tornem-se desprezíveis. Balanço de Radiação em Ambiente Protegido r1->coef. de reflexão, t-> coef. de transmissão, r2-> coef.de reflexão das plantas. BOC dentro do amb. Protegido: tQg->entrada princ. de OC é transmitida pela cobertura A energia incidente sobre as plantas sofre uma primeira reflexão, r2tQg, representando uma saída de OC da vegetação. Essa energia atinge a cobertura sofrendo uma 2° reflexão, r1r2tQg, representa uma entrada secundária de OC p/ as plantas. Novamente, essa energia incidente sofre uma nova reflexão, r2r1r2tQg, que é uma nova saída de OC das plantas. Balanço de Radiação em Ambiente Protegido Esse é um processo de múltiplas reflexões, em que a quantidade de energia refletida vai diminuindo rapidamente. Segundo o que os itens de 1 a 4, o BOC: BOC = tQg – r2tQg + r1r2tQg – r1r2r2tQg (5) BOC = tQg(1- r2 + r1r2 – r1r2r2) (6) P/ maioria das plantas r2 varia entre 0,2 e 0,3. t e r1 dependem do tipo de cobertura. Objetivo captar energia solar(épocas frias), utiliza-se coberturas plásticas com t grande e r1 pequeno, nessas condições os valores de r1r2 e r1r2r2 são desprezíveis. Balanço de Radiação em Ambiente Protegido Objetivo é proteger as plantas do excesso de radiação solar, p. ex. viveiros, a cobertura deve ter baixa transmissividade (t pequeno) e alto poder refletor (r1 grande) Logo, para fins práticos, o BOC pode ser reduzido a BOC = tQg(1-r2), com erro inferior a 10%. No caso do BOL é preciso saber que “um corpo emissor de ondas longas é também um ótimo absorvedor de OL” (Lei de Kirchhoff das radiações). Balanço de Radiação em Ambiente Protegido Portanto, o BOL dentro de um ambiente protegido artificialmente depende fundamentalmente da diferença de temperatura das plantas (Tp) e da cobertura (Tc). Cobertura plástica depende da espessura do plástico. Experimentos mostram que o BOL interno é uma fração f do BOL externo, portanto: BOLint = f BOL ext (7) Balanço de Radiação em Ambiente Protegido O balanço global de radiação, ou seja, a radiação líquida dentro do ambiente protegido será: Rn = tQg(1 – r2) + f BOLext (8) Balanço de Radiação em Ambiente Protegido Um aspecto importante a ser considerado no caso de coberturas plásticas é o efeito difusor sobre a radiação solar transmitida. A radiação difusa, por não ter direção predominante, penetra melhor entre as plantas aumentando sua captação. Fundamentos do Balanço de energia em sistemas vegetados: Nos sistemas vegetados a energia captada pode ser utilizada no aquecimento do ar e das plantas (H, calor sensível), no aquecimento do solo (G), na evapotranspiração (LE, calor latente), e nos processos de sínteses biológicas(F). Balanço de Energia em Sistema Vegetado A quant. de energia que chega à superf. é determinada pela radiação solar inc. e pela radiação atmosférica, porém, a energia armazenada no sistema depende do tipo de cobertura, variando com o coef. de refletividade, que é função da coloração e da rugosidade. O sistema a ser estudado é um volume de controle contendo no seu interior ar atmosférico e uma população de plantas. Nessas condições, as principais trocas de energia entre o sistema e o meio: O saldo de radiação é repartido em diferentes processos: - Físicos: aquecimento do ar (H) e do solo (G) e evaporação (LE) - Bio-Físico: transpiração (LE) - Bio-Químico: fotossíntese (F) Rn= H + G + LE + F Balanço de Energia A partição do saldo de radiação (Rn) Considerando-se que o aproveitamento energético na fotossíntese é menor que 3% de Rn e que a evaporação e a transpiração (evapotranspiração) ocorrem simultâneamente e são indistingüiveis, a equação acima pode ser aproximada para: Rn = H + G + LE Ou seja, o saldo de radiação é repartido entre os três principais processos: aquecimento do ar, aquecimento do solo e evapotranspiração. A proporção entre esses três processos irá depender a disponibilidade hídrica da superfície. Superfície úmida - dia Superfície úmida - noite Superfície seca - dia Rn Rn Rn Normalmente, quando a superfície está úmida LE predomina, consumindo cerca de 70 a 80% de Rn Sob condição de superfície seca, o processo de aquecimento do ar predomina Balanço de Energia em Sistema Vegetado Ou seja, a energia disponível ao sistema é distribuída entre os processos de: aquecimento do ar e das plantas (H), de aquecimento do solo (G) e de evapotranspiração (LE). Na evapotranspiração, parte da energia radiante é transformada em calor latente de vaporização. Evaporação de 1kg de água a 20°C requer 2,45MJ Portanto, toda vez que a superfície estiver bem umedecida, a maior parte da energia disponível será utilizada na evapotranspiração, o que representa ~ 70% a 80% da Rn. Balanço de Energia em Sistema Vegetado O restante da energia será utilizada no aquecimento das plantas, do ar e do solo. Se a superfície não estiver bem suprida de água, a fração de Rn destinada a LE diminui, aumentando a fração para H+G. Um superfície com deficiência hídrica, a evapotranspiração será restringida e a maior parte da energia disponível será utilizada no aquecimento de ar, das plantas e do solo, resultando numa elevação brusca da temperatura. Balanço de Radiação em Sistema Vegetado Por exemplo, em floresta tropical, na Tailândia, resultados de Pinker et al. (1980) indicam que em média: Mês úmido ( chuva =122mm): Mês seco (chuva=11mm) Rn=11,92 MJm-2d-1, Rn=11,40 MJm-2d-1 LE=8,21 MJm-2d-1 = 3,35 mm/dia; LE=1,47MJm-2d- 1=0,6mm/dia H=3,72 MJm-2d-1 H=9,94MJm-2d-1 (Obs: 1mm/dia=2,45MJm-2d-1) Balanço de Radiação em Sistema Vegetado Rn não variou, porém a variação da precipitação foi significativa -> alterou significativamente o balanço de energia. No mês úmido LE/Rn = 0,69 e H/Rn=0,31, isto é 69% da energia disponível foi utilizada na conversão de calor latente, e 31% convertida em aquecimento(calor sensível). No mês seco a situação inverteu-se com LE/Rn=0,13 e H/Rn=0,87 )] / 9 , 0 1 , 0 )( 25 , 0 56 , 0 ( 10 . 903 , 4 [ 4 9 N n e Tar BOL a + - - = -
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