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Neurulação - Desenvolvimento do SI

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Graziela Gonzaga Santana 
1 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 O sistema nervoso consiste em três regiões 
principais: 
 O sistema nervoso central (SNC), que é 
formado pelo encéfalo e pela na medula 
espinhal e está protegido pelo crânio e 
coluna vertebral. 
 O sistema nervoso periférico (SNP), que inclui 
os neurônios fora do SNC, bem como os 
nervos cranianos e os nervos espinhais (e 
seus gânglios associados), os quais conectam 
o encéfalo e a medula espinhal com as 
estruturas periféricas. 
 O sistema nervoso autônomo (SNA), que 
possui partes no SNC e no SNP e é formado 
por neurônios que inervam o músculo liso, o 
músculo cardíaco, o epitélio glandular e a 
combinação desses tecidos. 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO 
 As primeiras indicações do sistema nervoso 
aparecem durante a 3ª semana de 
desenvolvimento, de acordo como 
desenvolvimento da placa neural e do sulco 
neural. 
 Tubo neural  Medula espinhal. 
 Notocorda  Corpo vertebral. 
ORIGEM: ECTODERMA EMBRIONÁRIO 
 SNC. 
 SNP. 
 Olhos. 
 Ouvidos internos. 
 Crista neural. 
 Tecido conjuntivo da cabeça. 
NEURULAÇÃO 
 Momento embrionário, primórdios de tecidos 
formadores do SN, estruturas primordiais 
formadoras de estruturas de sustentação e 
deslocamento do cérebro rudimentar. 
 Finaliza quando há o fechamento do neuroporo 
caudal. 
 Conforme a notocorda se desenvolve, ela induz o 
ectoderma a se espessar e formar a placa neural 
(sulco neural + prega neural). 
 O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC 
(encéfalo + medula espinhal). 
LINHA PRIMITIVA 
 Tudo se inicia com o surgimento da linha 
primitiva, que resulta da proliferação e do 
movimento das células do epiblasto para o plano 
mediano do disco embrionário. 
 Tão logo a linha primitiva aparece, é possível 
identificar o eixo crânio caudal do embrião, que 
começa a surgir no sentido cauda—crânio. 
 A linha primitiva forma ativamente o mesoderma 
pelo ingresso de células até o início da 4ª semana, 
formando o indivíduo trilaminar. 
 Com sua expansão, forma o nó primitivo (parte 
cranial da linha primitiva) e uma fosseta primitiva. 
 A linha primitiva tende a desaparecer. Se não 
desaparecer continua a diferenciação de células 
de modo desorganizado. 
 
 
 
SULCO PRIMITIVO 
 É um sulco estreito. 
 Formado pela depressão na linha primitiva e pela 
invasão das células epiblásticas. 
FOSSETA PRIMITIVA 
 Pequeno no nó primitivo. 
 Formado pela invaginação das células epiblásticas. 
CÉLULAS DA LINHA PRIMITIVA: MIGRAM DA 
SUPERFÍCIE PROFUNDA 
 Migram da superfície profundo em direção ao 
interior. 
 
2 
 
 Há formação da mesênquima. 
DESTINO DA LINHA PRIMITIVA 
 A linha primitiva forma ativamente o mesoderma, 
até o início da 4ª semana, diminui de tamanho e 
atinge um tamanho mínimo, na região 
sacrococcígea. 
 Normalmente desaparece no final da 4ª semana. 
FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL 
PLACA NEURAL 
 De início a placa neural corresponde em 
comprimento à notocorda. 
 Ela surge rostralmente ao nó primitivo e 
dorsalmente a notocorda. 
 É um espessamento do ectoderma adjacente a 
linha média,é alongada com células epiteliais 
espessas. 
 Está localizada rostralmente ao nó primitivo 
posterior a notocorda e estende-se a membrana 
bucofaríngea. 
 A placa neural forma o tecido neuroectoderma. 
 A notocorda é o agente indutor da formação do 
tubo neural. 
 O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o 
encéfalo e a medula espinhal. 
TUBO NEURAL 
 O processo envolvido na formação da placa neural 
e das pregas neurais e no fechamento das pregas 
para formar o tubo neural constitui a neurulação. 
 A formação do tubo neural é um processo celular 
complexo e multifatorial que envolve uma cascata 
de mecanismos moleculares e fatores extrínsecos. 
 Ao final da 3ª semana, as pregas neurais se 
movem e se fusionam transformando a placa 
neural em tubo neural (primórdio das vesículas 
encefálicas- prosencéfalo, mesencéfalo, 
rombemcéfalo, e da medula espinhal). 
 O tubo neural se separa do ectoderma superficial 
assim que as pregas neurais se fusionam. 
 Enquanto o tubo neural se fecha, as cristas 
neurais se formam e depois se unem, 
acompanhando o movimento do tubo neural. 
 O tubo neural se separa do ectoderma superficial 
assim que as pregas neurais se fusionam. 
 Tubo Neural Mediano: longitudinal, pregas 
neurais em ambos os lados proeminentes na 
extremidade caudal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Placa Neural  formação  pregas neurais  
fusão  tubo neural  separação do ectoderma 
superficial = final da neurulação (4ª semana). 
  O neuroporo caudal fecha de dois a cinco dias 
após o fechamento do cranial. 
 A frequência de problemas na medula é maior 
que no encéfalo, parte disso é por conta desse 
fechamento tardio do neuroporo caudal. 
FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL 
 A crista neural é formada pelas células das pregas 
neurais (neuroectodérmicos) perdem afinidade 
com células vizinhas. 
 Há a formação da massa achatada entre tubo 
neural e ectoderma superficial. 
 Ocorre a separação em porções direita e esquerda 
em direção ao interior e a lateral dos somitos, e 
originam: 
 Gânglios sensoriais. 
 Bainha de mielina. 
 Leptomeninges. 
 Células pigmentares. 
 Células da medula da adrenal. 
 Muitas doenças resultam de defeitos na migração 
ou diferenciação das células da crista neural. 
FORMAÇÃO DOS SOMITOS 
 Além da notocorda, as células derivadas do nó 
primitivo formam o mesoderma paraxial que se 
 
3 
 
diferencia, se condensa e começa a se dividir em 
corpos cuboides pareados, os somitos (formados 
na sequência craniocaudal). 
 Mesoderma paraxial: 
 Coluna celular espessa e longitudinal. 
 Lateral ao mesoderma intermediário. 
 Estreite-se com o mesoderma lateral. 
 Formam-se cerca de 38 pares de somitos que são 
utilizados para determinar a idade do embrião e 
dão origem a maior parte do esqueleto axial e a 
musculatura associada. Tem-se 42 pares de 
somitos ao final da 5ª semana. 
 São triangulares (transversalmente); saliências na 
superfície do embrião. 
 Sua sequência é crânio-caudal. 
 Proeminentes na quarta e quinta semana. 
 O período somático do desenvolvimento humano 
do vigésimo ao trigésimo dias. 
 Originam: 
 Esqueleto axial. 
 Musculatura associada ao esqueleto axial. 
 Derme (próxima ao esqueleto axial). 
 O 1º, 2º e 3º par de somitos estão relacionados à 
formação do osso occipital. 
 O tubo neural no nível do 4ª par de somitos 
adiante é onde considera-se a medula espinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO 
PLANO MEDIANO 
 No plano mediano há o dobramento das 
extremidades, produzindo pregas cefálicas e 
caudal que se movem para a região cranial e 
caudal (ventralmente). 
PLANO HORIZONTAL 
 O dobramento lateral produz pregas laterais 
(direita e esquerda). 
 O dobramento lateral resulta do rápido 
crescimento da medula espinhal e dos somitos. 
QUARTA SEMANA 
 26ª dia: 
 Três partes dos arcos faríngeos visíveis. 
 Prosencéfalo produz elevação na cabeça. 
 Brotos dos membros superiores. 
 Fossetas óticas visíveis (primórdios das orelhas 
internas). 
 Placoides do cristalino. 
 Espessamentos extodérmicos (futuro cristalino 
dos olhos). 
DESENVOLVIMENTO DO SI 
 O tubo neural se diferencia no SNC. 
 A crista neural dá origem às células que formam a 
maior parte de SNP e SNA. 
 O fechamento dos neuroporos coincide com o 
estabelecimento da circulação vascular para o 
tubo neural. 
 As células neuroprogenitoras da parede do tubo 
neural se espessam para formar o encéfalo e a 
medula espinhal. 
 O canal neural forma o sistema ventricular do 
encéfalo e o canal central da medula espinhal. 
DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL 
 Os defeitos do fechamento do tubo neural (DFTN) 
são malformações congênitas frequentes que 
ocorrem devido a uma falha no fechamento 
adequado do tubo neural embrionário, durante a 
quarta semana de embriogênese. 
 Apresentam umespectro clínico variável, sendo 
os mais comuns a anencefalia e a espinha bífida. 
 Os DFTN são determinantes importantes de 
morbimortalidade perinatal. Todas as crianças 
anencéfalas são natimortas ou morrem pouco 
tempo após o nascimento. 
 Devido à gravidade dos DFTN e sua alta 
morbimortalidade, tornam-se muito importantes 
 
4 
 
a suplementação dietética com ácido fólico e o 
diagnóstico pré-natal das malformações do tubo 
neural. 
ANENCEFALIA 
 A anencefalia é a malformação letal provocada 
pelo não fechamento do neuroporo anterior - 
ocorre a ausência completa ou parcial do cérebro 
e do crânio. 
 A anencefalia é causa comum de natimorto, e o 
tronco encefálico existente pode ser suficiente 
para manter a vida vegetativa por um curto 
período. 
ENCEFALOCELE 
 As encefaloceles, muitas vezes descritas como 
crânio bífido, têm origem embrionária 
controvertida. 
 São protrusões de elementos intracranianos 
através de defeitos da calvária ou da base do 
crânio. 
 Essas protrusões podem ser epitelizadas ou não, e 
conter meninges, líquido cefalorraquidiano (LCR) 
e encéfalo em proporções variadas. 
 Teorias mais modernas acreditam que haja um 
defeito na separação entre o neuroectoderma e o 
tecido de revestimento, comprometendo a 
interposição do mesoderma, responsável pela 
formação do crânio, levando a herniação 
secundária das meninges e tecido cerebral através 
da falha de ossificação. 
ESPINHA BÍFIDA OU MIELODISPLASIA 
 A espinha bífida se refere a um defeito congênito 
da porção posterior do canal vertebral, o qual se 
apresenta fechado de forma incompleta, devido à 
falta de fusão dos arcos vertebrais. 
 Essa patologia pode ser subdividida em oculta ou 
fechada, quando coberta por pele e aberta 
quando há tecido neural exposto sem cobertura 
da pele. 
 Na variante fechada o defeito encontra-se 
coberto por tecido cutâneo, geralmente com 
algum apêndice epidérmico ou depósito de 
gordura anômalo sobrejacente à malformação. 
 Na espinha bífida aberta, ocorre exposição do 
tecido nervoso/meninges, podendo este estar 
recoberto por uma fina camada epitelial contendo 
líquor, com aspecto cístico, não oferecendo 
barreira de proteção contra o meio externo. 
ESPINHA BÍFIDA OCULTA 
 Ocorre quando existe falha da separação entre o 
tubo neural e a pele, sendo a lesão recoberta por 
pele, dita oculta. 
 Classifica-se como um defeito de fechamento 
ósseo do arco posterior de uma ou mais vértebras 
sem comprometimento do sistema nervoso. 
 A espinha bífida oculta pode evoluir de forma 
assintomática, durante toda a vida. Nesse caso, 
não há necessidade de nenhum tratamento. 
ESPINHA BÍFIDA ABERTA/CÍSTICA 
MIELOMENINGOCELE 
 A mielomeningocele se caracteriza pela protusão 
cística, contendo tecido nervoso exposto em seu 
interior não coberto por pele e é o tipo mais 
frequente de espinha bífida. 
 Essa patologia, que ocorre nas primeiras quatro 
semanas de gestação, decorrente de uma falha no 
processo de neurulação primária, que é processo 
normal de fechamento do tubo neural, resultando 
numa abertura vertebral, músculo-fascial, cutânea 
e dural, com protrusão e exposição da medula 
espinhal que se encontra aberta em forma plana, 
recebendo neste local a denominação de placa 
neural ou placódio. 
 Disto resulta uma alteração funcional da medula 
espinhal em graus variados, na dependência do 
nível medular em que ocorre. 
 As causas da MMC são desconhecidas e estão 
associadas a fatores genéticos e ambientais.

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